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Governo de SP libera reabertura de lojas e oficinas de refrigeração

Com base num parecer do Comitê Administrativo Extraordinário da Covid-19 em São Paulo, as lojas e prestadoras de serviços de refrigeração e ar condicionado instaladas no estado podem voltar a reabrir suas portas aos clientes nos próximos dias.

O grupo responsável por tomar as medidas emergenciais durante a pandemia da doença respiratória salientou, em resposta a uma solicitação da Abrava, “que estabelecimentos comerciais de assistência técnica de produtos eletroeletrônicos não estão atingidos pela quarentena” decretada pelo governador João Dória (PSDB).

O comitê esclareceu que as atividades do segmento de refrigeração e ar condicionado  “são congêneres às atividades de assistência técnica de produtos eletroeletrônicos, estando liberadas para funcionamento, observadas as normas sanitárias no contexto da covid-19”.

Do ponto de vista jurídico, “nossa interpretação é de que essa autorização de abertura é válida somente para as empresas associadas à Abrava”, ressalta o presidente executivo da entidade, Arnaldo Basile.

Portas abertas

A unidade de São Paulo da Zeon, localizada na Alameda Glete, voltou a prestar atendimento presencial no balcão hoje (3/4), tomando todos os cuidados necessários, como disponibilização de álcool em gel, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e distanciamento entre as pessoas, de forma a evitar aglomerações nas dependências da loja e prevenir a proliferação do novo agente do coronavírus (Sars-CoV-2).

“Esclarecemos que os pedidos de peças, acessórios, equipamentos e insumos de refrigeração e ar condicionado também podem ser feitos aos nossos vendedores por telefone ou WhatsApp, ou por meio da nossa central de televendas”, diz um comunicado do varejista.

“Dispomos de caminhões, carros e motos para a realização imediata das entregas na Grande São Paulo. As mercadorias compradas remotamente também poderão ser retiradas em nossa loja, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h”, informa o comunicado do comércio.

Conectividade revoluciona indústria global de automação e controle

Automação e controle possuem um papel cada vez mais importante na indústria de refrigeração e ar condicionado. Segundo fabricantes consultados pela Revista do Frio, a evolução desse mercado ocorre à medida em que os contratantes entendem que a aplicação dessas tecnologias traz como resultado mais eficiência energética e economia com manutenção em seus empreendimentos, entre os quais supermercados e edifícios comerciais.

Uma prática muito comum no segmento de automação tem sido a criação de controles dedicados e customizados, atendendo diretamente às necessidades particulares de cada cliente para obter a melhoria de performance desejada, conforme revela Ederson Moreira, coordenador de serviços da Emerson.

Isso vai ao encontro do conceito inovador da Internet das Coisas (IoT) trazido para o setor nos últimos anos. “Tudo caminha para que, cada vez mais, os sistemas sejam inteligentes ao ponto de não só reportar um problema, mas também indicar sua solução”, explica.

“Outra grande inovação – a mais importante, na minha opinião – é a prevenção de problemas proporcionada pela análise de dados estatísticos, ou seja, a automação traça um perfil comportamental e define tendências, permitindo atuar de forma preventiva, reportando algo que ainda não aconteceu. Isso é o que podemos chamar de inteligência artificial (IA).”

Para Rafael de Moura, coordenador de conhecimento e relacionamento da Mercato, “seja por motivos de certificação e/ou redução de custos de operação, a eficiência energética já deixou de ser uma buzzword para estar cada vez mais presente nos requisitos de projetos”.

“Tecnologias que utilizam IA, deep learning e outros algoritmos analíticos capazes de operar de forma mais eficiente o sistema e fornecer informações refinadas que sirvam de apoio à tomada de decisão são, realmente, uma tendência forte no mercado”, reforça.

Outra tendência, segundo o gestor, é a necessidade de se realizar a supervisão remota de sites espalhados ao redor do mundo. “Para isso, será necessário lançarmos mão de equipamentos multiprotocolo, com suporte a diversos meios físicos e que forneçam alta segurança para o tráfego dessas informações”, ressalta.

“Analisando esse cenário, no qual a quantidade de tecnologia empregada aumenta de forma exponencial, mantermos as pessoas envolvidas nesse processo altamente capacitadas e desenvolver soluções mais aderentes às necessidades do mercado são um desafio que os players do setor precisam vencer para continuar competitivos”, avalia.

Expectativas

O mercado brasileiro de automação e controle ainda não se sente confiante o bastante para voltar a ter o desempenho de anos passados. O que ainda se vê é uma grande quantidade de retrofits e poucos novos empreendimentos, dizem os fabricantes.

O setor avalia, porém, que esse cenário tende a se equilibrar, caso um ambiente político-econômico mais estável seja instaurado.

“Há sinais de retomada em 2020. O País está com fundamentos e políticas econômicas mais propícios ao investimento, mas muitas incertezas globais e locais recomendam cautela”, diz Marcos Dillenburg, diretor de tecnologia e operações da Novus.

Segundo o executivo, a companhia já se preparou para um crescimento relevante este ano em todos os mercados em que atua. “No Brasil, apostamos em uma retomada nos investimentos em bens de capital e obras de infraestrutura que demandarão soluções de medição, controle e registro integráveis por meio da internet”, informa.

Enfim, a indústria espera que 2020 seja um ano de reaquecimento do mercado.

Os prestadores de serviços também estão empolgados. “Nossa expectativa é de crescimento contínuo ano a ano em torno de 20%”, diz Fábio Moacir Korndoerfer, da Recomservice.

Esse crescimento, segundo ele, é devido à necessidade de atender aos quesitos de prédios com certificação LEED e também pela economia de energia que pode atingir até 60%, caso o sistema de climatização tenha suas rotinas de eficiência energética ativas e ajustadas à operação do cliente.

“O mercado não cresce mais, pois o cliente, em muitos casos, não percebe a importância da automação, uma vez que ele não tem parâmetros para comparar o antes e o depois em muitas instalações, especialmente as novas, porque não há índices de eficiência energética disponibilizados ao cliente, mostrando-lhe suas vantagens”, explica.

 Inovações

A inovação tecnológica é a base da indústria de automação e controle, além da  constante capacitação de recursos humanos nas empresas do segmento, que apostam, cada vez mais, na integração entre as mais diversas áreas que compõem o HVAC-R global.

Enfim, essas são as razões pelas quais produtos de última geração e de fácil integração e operação são frequentemente lançados. Confira, a seguir, as soluções disponibilizadas por alguns dos mais conceituados nomes do setor:

Ageon

Um dos mais recentes lançamentos da indústria brasileira é o ArcSys Cloud, uma plataforma na nuvem para monitoramento de temperatura, compatível com todos os controladores da linha Web da marca.

Com o ArcSys Cloud é possível monitorar a temperatura dos equipamentos em tempo real. Também emite alertas sempre que a temperatura de um dos controladores sai de uma faixa programada, em caso de energia ou falha na comunicação com a internet.

Dessa forma, o sistema de monitoramento ArcSys Cloud permite a identificação rápida de problemas relacionados ao controle térmico, possibilitando a tomada de ações para evitar prejuízos como a perda de mercadorias, por exemplo.

Por se tratar de uma plataforma na nuvem, não é necessário um profissional de TI para instalar o sistema, visto que o ArcSys Cloud dispensa configurações no modem de internet ou na rede local.

Com poucos passos, gerentes e proprietários de estabelecimentos comerciais podem ter acesso online aos seus equipamentos de forma rápida e prática, gerar relatórios e gráficos e alterar parâmetros dos seus controladores de temperatura remotamente.

Outro lançamento recente da Ageon são os controladores de temperatura da linha Black. “Eles se destacam não só pelo seu design diferenciado, mas também por diversos outros recursos”, enfatiza a gerente de vendas e marketing da empresa, Luciana dos Santos Catão.

A linha Black possui modelos de controladores com a função Modo Econômico, que permite reduzir o consumo de energia elétrica em situações em que o equipamento de refrigeração é pouco utilizado.

Além disso, todos os modelos possuem seis teclas em seu painel frontal, facilitando sua configuração e instalação. “Os controladores da linha Black podem ser configurados pela chave de programação FastKey, permitindo o ajuste de todos os parâmetros em poucos segundos”, diz.

Carel

Lançado oficialmente em 16 de fevereiro na EuroShop 2020, o controlador IJ é o mais novo membro da família de controladores paramétricos da multinacional italiana. “Como principais características, posso citar que o IJ é altamente customizável e possui muitas opções de conectividade”, revela o gerente de aplicação da Carel, Fellipe Dias de Oliveira.

Novo controlador iJ, dispositivo lançado pela Carel na EuroShop 2020

“Com o IJ conseguimos controlar o ciclo de refrigeração (compressor, habilitação de solenóide/válvula de expansão eletrônica, evaporador), incluindo sistemas comandados por PWM ou compressor Embraco via comunicação serial”, acrescenta.

Segundo o engenheiro, o controlador baseia-se na customização: diferentes processadores, distintas estruturas físicas de saída (número de relés, potência dos relés, comunicação com supervisório, controle PWM) e estrutura física de IHM. “O cliente customiza o seu controlador de acordo com as necessidades da aplicação”, afirma.

“Podemos nos conectar ao controlador via NFC, bluetooth, wi-fi, 3G, 4G e 5G. Além de todas essas inovações, esse controlador também pode gravar as variáveis em sua memória (log) se o usuário desejar”, explica.

“O mais interessante é que o usuário poderá inserir sua logomarca, mudar a disposição dos ícones no display, alterar cor do display etc. Ou seja, cada consumidor ou fabricante de equipamento poderá personalizar seu controlador de acordo com suas vontades e necessidades”, diz.

“O futuro está acontecendo na refrigeração. Fico muito empolgado quando vejo esse tipo de produto sendo lançado. Na minha opinião, ele representa a direção para a qual o segmento de controle está caminhando”, arremata.

Coel

De forma muito positiva, a indústria brasileira de controles percebe claramente que os clientes estão antenados sobre o tema, e não buscam apenas o controle, mas sim a transformação dos seus negócios, conforme salienta o diretor de vendas e marketing da Coel, Heraldo Bregagnollo Jr.

Heraldo Bregagnollo Jr. mostra display com equipamentos para automação“Temos uma linha de produtos chamada Coel Connect, focada em IoT. Com ela proporcionamos informações assertivas para a cadeia do frio, como dados aprimorados de vida útil e manutenção, bem como análise de performance do equipamento para positivação e vendas”, diz.

Para a o executivo, o principal desafio nessa área é transformar o controle e a automação em algo interativo, fácil e humanizado. “Hoje, os profissionais da área veem como diferencial no produto ter a informação de forma mais fácil. E isso não acontece apenas no produto, mas em todo conteúdo que está nele. Mirando nesse objetivo, a Coel possui um portal de treinamento, que é o LAB.Coel. Por meio de um acesso fácil e gratuito, o profissional recebe capacitação para apoiar no melhor uso do produto, com cursos interativos, vídeos e fóruns de conhecimento”, acrescenta.

Emerson

A indústria norte-americana possui em seu catálogo produtos para atender todas as necessidades da cadeia do frio, como os controles eletrônicos (Dixell e CPC) para aplicações incluindo controle preciso da temperatura de produtos e ambientes, controle de umidade e gerenciamento e controle de máquinas frigoríficas.

Tais dispositivos possuem funções específicas para maximizar a performance dos equipamentos, garantindo o melhor aproveitamento da energia consumida, ressalta a companhia. Dispositivo para automação da linha Dixell, da Emerson

“Outro diferencial é a nossa solução para transportes (Cargo Solutions), a qual possui rastreadores com geolocalização em nível mundial, para armazenamento e transmissão da temperatura, umidade e monitoramento de abertura de porta durante todo o trajeto de seus produtos, seja ele marítimo, aéreo ou terrestre, garantido a confiabilidade da origem ao destino final”, diz o engenheiro de automação e controle Ederson Moreira, coordenador de serviços da empresa no Brasil.

“Temos também uma solução para controlar a qualidade dentro do estabelecimento comercial, especificamente para produtos alimentícios (Cooper-Atkins), equipada com termômetros, termopares, dataloggers capazes de gerar gráficos HACCP e conectados a um sistema Enterprise, que facilita muito o trabalho dos fiscais e evita a manipulação de dados de temperatura dos produtos”, informa.

“Finalmente nossos sistemas de supervisão local (XwebEvo e Site Supervisor) são capazes de integrar todos os seus equipamentos, gerando alarmes, enviando notificações (email ou SMS), emitindo relatórios para uma fácil e ágil conferência, e permitindo controle/monitoramento de toda sua planta de onde estiver via smartphone, computador, ou outros dispositivos que permitam acesso web”, acrescenta.

Full Gauge Controls

Na era da Indústria 4.0, o operador faz somente a programação inicial dos controles. Depois, é tudo com a automação. Junto com o software de gestão via internet gratuito Sitrad, os controles de centrais de frio, válvulas de expansão eletrônicas e controles de ventilação variável da marca brasileira conseguem proporcionar mais de 40% de economia de energia.

Especial Software de gestão Sitrad, da Full Gauge voltado para automaçãoO segredo da Full Gauge são os investimentos constantes em pequisa e desenvolvimento (P&D) e sua capacidade produtiva, com a construção de mais áreas de produção e aquisição de novas máquinas, o que “nos deixa completamente aptos a acompanhar os desafios de nossos clientes no quesito prazo e qualidade”, diz o vice-diretor comercial da companhia, Rodnei Peres.

“Entendemos isso como algo primordial. Sem falar, é claro, de toda a qualidade de nossos produtos, 100% desenvolvidos e fabricados na nossa planta em Canoas (RS), que nos propicia estar de acordo com as principais normas de qualidade e segurança do mundo, como ISO 9001 e 14001, NSF, UL CE e RoHS”, destaca.

Mulheres do HVAC-R movimentam a indústria do frio

Há cerca de três anos, pouco ouvia-se falar sobre a participação e atuação feminina no setor de HVAC-R (Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração). Algumas caminharam sozinhas por muitos anos; muitas ficaram no anonimato por medo de se expor e serem criticadas; outras se empenharam em criar oportunidades através de um movimento em prol de todas as mulheres deste mercado, reunindo técnicas, mecânicas, engenheiras, vendedoras, prestadoras de serviços, jornalistas, administradoras e empresárias.

Hoje, são centenas delas espalhadas pelo Brasil, unidas na quebra de paradigmas, na ajuda mútua e na participação ativa por meio de grupos em redes sociais, de eventos e treinamentos dedicados, conquistando o reconhecimento e respeito.

De diferentes formações e aprendizados, elas compartilham ideias, projetos, sonhos, e abriram caminhos para o público feminino estreitar a relação com fabricantes, instaladores e meio acadêmico, gerando negócios, além de promover maior conhecimento técnico, melhorar a mão de obra qualificada para o setor e incrementar o networking.

Elas por Elas

Representando a atuação no setor de ar condicionado e refrigeração, 32 mulheres definem a importância desse movimento em prol da participação feminina e as conquistas que obtiveram, tanto profissionais quanto pessoais.

“Desafiador e gratificante a cada cliente atendido”

Adriana Cristina Rodrigues Mourão – Sócia da 4A Refrigeração

 

“O nosso empoderamento está muito além do que se vê, está na força que une o sonho à conquista. Nós mulheres estamos fazendo a diferença no setor HVAC-R e mostrando que o lugar da mulher é onde quiser estar.”

Amanda Ribeiro – Diretora da Central do AR

 

“Representar para inspirar, dividir para multiplicar, unir para fortalecer, e assim, ter oportunidades ao alcance de todas”

Ana Carolina de Souza Rodrigues – Diretora da Frigerar Técnicas em Refrigeração e Ar Condicionado

 

“Empoderar é verbo, é ação, e portanto exige que nos movimentemos em direção aos nossos objetivos, enquanto mulheres que fazem a diferença na sociedade atual.”

Ana Carolina – Diretora Administrativa do Grupo UNIAR Poloar-STR

 

 

“Esse é o momento de ocuparmos o espaço que temos direito e mostrar nossa capacidade e vontade de inovar”

Anna Cristina Barbosa Dias de Carvalho – Professora, Dra, e Pesquisadora da Fatec Itaquera e Fatec São Bernardo

“Até a maior das árvores, um dia foi semente. Você pode tudo o que quiser”

Carmosinda Santos – IBX Facility Technician da Equinix

 

“A união das mulheres proporcionou a mudança e abertura desse mercado, trazendo questões não apenas conceituais, como estruturais”

Christiane Rodrigues Lacerda – Diretora Executiva da GHS Brasil

“O reconhecimento da atuação feminina no setor é uma grande conquista, que precisamos repetir nos diversos setores profissionais”

Daniela Marchesi – Diretora da Climasol Ar Condicionado

 

“Orgulho de fazer parte dessa nova geração de mulheres guerreiras e cheia de esperança num futuro profissional com igualdade e respeito a nós todas”

Fernanda da Mata Costa – Técnica de Monitoramento de Frio Alimentar do Carrefour

“Tenho muito orgulho de estar desde o início. Hoje, cada vez mais unidas para a valorização da mulher em todos os setores”

Gisieli Severo – Técnica em Climatização e Fotovoltaica da LG Severo Climatização

 

“Competência e união. O segmento do HVAC-R vive esse momento de reconhecimento da força das mulheres. Honra fazer parte dessa história”

Graciele Davince – Diretora da Eletrofrigor

“Incrível e inspirador como o movimento criou uma rede forte de cooperação, que trouxe fortalecimento e conhecimento do setor”

Joana B. Canozzi – Líder de Desenvolvimento de Negócios e Suporte Técnico da Chemours

 

“Esse momento em que as mulheres estão assumindo pertencer ao setor de HVAC-R, vejo como o melhor tempo da história”

 

Jossineide Oliveira e Silva – Instrutora de Refrigeração e Climatização do SENAI-RO

 

“É uma honra fazer parte desse momento das mulheres, que conquistaram espaço no setor, através de capacitação e desenvolvimento”

 

Joverci Silva Marques – Diretora Executiva da Bless Climatização Serviço de Manutenção e Vendas

 

“Estamos juntas pelo mesmo propósito, transformando a indústria de ar condicionado. Queremos deixar um legado para as próximas gerações”

 

Juliana Reinhardt – Gerente de Marketing da Trane América Latina

 

“Conheci histórias de outras meninas que trabalham em campo, assim como eu, fortalecendo ainda mais esse amor pelo HVAC-R”

 

Laura de Vooght Mendez Figueiredo – Diretora da Laura Ar Condicionado

“Buscar qualificação para as mulheres que desejam entrar no mercado e a presença feminina, capaz de promover a diferença na economia”

Leylla Lisboa – CEO e Founder da Circuito Soluções e Climatização

 

“Além do espaço aberto a nós, saber que podemos agregar ao setor sem nos ocultarmos é gratificante. Não é fácil, mas é compensador”

Liliane Aparecida de Carvalho – Coordenadora de Manutenção e Projetos da Engecold Engenharia Térmica

“Nosso movimento é muito importante para quebrar o tabu, que só homem exerce a função de homem, e vice-versa”

Marilon Barbosa – Mecânica de Refrigeração e Climatização da OAM

“Ao iniciar a minha carreira neste mercado, éramos poucas e não notadas. Hoje, a mulher batalha e mostra para o que veio. Desabrochou, brilhou e viemos fortes para ficar, opinar, e sermos ouvidas”

Mary Moreira Eloy – Diretora Presidente da Revista do Frio

 

“Lutamos contra o preconceito e a discriminação, buscando reconhecimento, respeito, igualdade e nossa recolocação no HVAC-R”

Marluci S. de Souza Gonçalves – Diretora Comercial da Eletrogel Refrigeração

 

“Vivemos a era da inclusão, e hoje, precisamos cada vez mais nos preparar para os desafios que tanto desejamos”

Mirna Alexandra Costa Carvalho – Diretora Técnica e Comercial da MACC Engenharia de Ar Condicionado

“Mulher, você pode ser o que você quiser”

Mônica Muniz – Diretora da Master Frio Refrigeração

“A visão ampla e sensível, da natureza feminina, nos coloca em um nível acima das equipes que trabalham apenas com o pensamento masculino”

 

Patrice Tosi – Diretora da Indústrias Tosi

 

“Os olhos estão voltados para as ações das mulheres no setor, a hora para fazer diferença é agora, com ações concretas”

 

Priscila Baioco – Gerente Nacional de Vendas – Isolamento da Armacell Brasil

“Não coloque limite em seus sonhos, coloque fé”

Rosana Soares Miranda – Responsável pela Área Administrativa-Comercial da Rofran Ar Condicionado

 

“Profissionalismo e competência traduz a atuação feminina no mercado de HVAC-R”

Rosana Machado Paixão – Engenheira Eletricista e Segurança do Trabalho da Elistec

“Durante anos caminhei sozinha nessa jornada do HVAC-R. É gratificante descobrir que hoje somos muitas”

Sandra Ricardo Botrel e Silva – Diretora Técnica da Protherm Projetos Termo Acústicos

 

“Não estamos atuando no setor para competirmos com os demais, e sim, porque temos amor, respeito e dedicação pela profissão”

 

Sybila de Paula Garcia – Consultora de Vendas da STR Ar Condicionado

 

“A mulher tem papel fundamental na economia mundial. O que ainda precisa ser melhorado é a maneira que é dado o tratamento a ela”

 

Viviane Nunes – Diretora Executiva do Sindratar-SP e presidente do Comitê Diversity Ashrae

 

“Obstáculo é aquilo que você enxerga quando tira os olhos do seu objetivo”

 

Viviane da Silva Oliveira – Técnica em Refrigeração e Climatização da Star Center

Parabéns a vocês, meninas! Não só hoje, mas todos os dias!

Ana Paula Basile Pinheiro – Jornalista Revista do Frio

 

 

Trane® anuncia novo Diretor Geral da marca no Brasil

A Trane® anuncia novo diretor geral da marca no Brasil: Diogo Prado. O cargo foi ocupado por Luiz Moura que parte para novos desafios.

Marcelo Martinez, vice-presidente comercial de HVAC para América Latina, destaca a participação do executivo na Trane® durante os últimos anos, “Luiz desempenhou uma liderança forte e ética, sempre focada no desenvolvimento dos negócios no Brasil juntamente com todo o time. Neste período, a Trane® do Brasil alcançou resultados importantes, como crescimento de participação de mercado, com crescimento de receita recorde em 2019, além de melhoria do resultado operacional. Por esse motivo agradecemos ao Luiz Moura por toda sua dedicação e desejamos um futuro brilhante em seus novos caminhos”.

Diogo Prado assumiu a posição de Diretor Geral da Trane® no Brasil no início deste mês. O executivo, que há mais de 20 anos vem desempenhando um papel importante no amadurecimento, evolução e crescimento dos negócios da empresa, será responsável por levar a Trane® no Brasil a uma nova etapa de expansão e inovação, alinhado ao “Compromisso Climático” da companhia, por meio de estratégias e iniciativas de valor agregado para clientes e colaboradores.

Sobre Diogo Prado

Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com MBA pela Fundação Getúlio Vargas, Diogo iniciou na Trane em 1999 como Trainee na área de Engenharia de Produto. Evoluiu em sua carreira ao assumir posições de maior responsabilidade em vendas indiretas, controles, soluções e contas corporativas. Foi promovido sucessivamente para Engenheiro de Aplicação, Gerente de Vendas de Soluções e Líder de Vendas do Canal Corporativo com responsabilidade pela venda de controles, soluções, serviços e atendimento a contas corporativas no Brasil e desde 2017 lidera a área de Serviço e Negócios de Energia para América Latina. Desde 2008 é membro da ASHRAE Brasil, onde contribuiu com a associação através de ações voluntariadas chegando a ocupar diferentes posições incluindo Tesoureiro, Vice-Presidente e Presidente.

Abrava promove 2º Encontro Nacional de Mulheres do Setor AVAC-R

A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) promoverá a segunda edição do Encontro Nacional de Mulheres do Setor AVAC-R. O evento será realizado no próximo sábado (7), das 8h às 12h, no campus de Itaquera da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec), na capital paulista.

“Esse é um evento voltado para mulheres que atuam no setor e que, certamente, merecem reconhecimento e eventos sob medida que agreguem conhecimento e gerem oportunidades”, informa a entidade.

Segundo os organizadores, o fórum, que terá espaço recreativo exclusivo para os filhos das participantes, tem como objetivo destacar e estimular o protagonismo feminino no setor frente a diversos temas técnicos, com a intenção de atualizar e conectar essas profissionais.

Uma das palestrantes do encontro será técnica em refrigeração Jossineide Silva, professora do Senai de Rondônia, que falará sobre a importância das boas práticas nesse mercado.

Smacna Brasil inicia XXIV Programa de Educação Continuada

A Smacna – Sheet Metal and Air Conditioning Contractors National Association – Chapter Brasil, iniciou em 18 de fevereiro último, o XXIV Programa Smacna de Educação Continuada em Tratamento do Ar, convênio Smacna-Abrava – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento.

Ministrado por Antonio Luis de Campos Mariani e Oswaldo de Siqueira Bueno, o programa tem por objetivo a formação e atualização dos profissionais da área de aquecimento, ventilação e ar Condicionado, utilizando análises de casos práticos, apresentando procedimentos para resolução de eventuais problemas, aliado aos fundamentos teóricos relacionados, motivando os alunos a debates e desenvolvimento de exercícios e projetos.

A 24ª turma é composta por 60 alunos, dentre eles, cinco mulheres, que buscam aprofundar seus conhecimentos e entender situações sob diferentes pontos de vista, agregando valor à sua atuação profissional no mercado de ar condicionado, refrigeração e tratamento do ar.

A mesa de abertura foi composta por Edson Alves, presidente da Smacna Brasil; João Carlos C. Silva, vice-presidente; e pelos docentes do curso, Antonio Luis de Campos Mariani e Oswaldo de Siqueira Bueno.

Para Edson Alves, presidente da Smacna Brasil, nos dias de hoje, em que o mercado compete de maneira cada vez mais acirrada pelos melhores talentos, a capacitação profissional faz toda a diferença.

“O material didático e o corpo docente do Programa Smacna de Educação Continuada em Tratamento do Ar, credenciam como o melhor programa para profissionais da área de HVAC-R do mercado. Os profissionais que se dedicam a este treinamento se diferenciarão dos demais em nosso mercado, se tornando um profissional melhor e mais competente por completo”, destaca Alves.

Na ocasião, estiveram presentes representantes de algumas empresas patrocinadoras do Programa, como Fabio Chaim (Daikin Brasil); Gustavo Hoffmann (Midea Carrier); e Thaís Nakamura (Johnson Controls-Hitachi). Cada um deles relatou a importância do Programa na visão empresarial, incentivando investimentos em capacitação profissional e cursos de educação continuada.

Rio de Janeiro recebe road show gratuito da Danfoss sobre HVAC

A Danfoss promove o road show gratuito “Soluções para Sistemas de Refrigeração e Ar Condicionado” no dia 18 de março, no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro.

Os engenheiros de vendas Katuaki Hayashida Junior e Rodolfo Correa destacam as soluções Danfoss para sistemas de HVAC, como os conversores de frequência e as tecnologias de balanceamento e controle em sistemas de água gelada. Marcio Costa, engenheiro de vendas, irá falar sobre os compressores de velocidade variável e Turbocor®, válvulas de expansão eletrônica, trocadores de placas e microcanal.

As vagas do road show da Danfoss são limitadas e as inscrições devem ser feitas através do email heitor.juliao@danfoss.com.


Road show “Soluções para Sistemas de Refrigeração e Ar Condicionado”
18 de março, das 8h30 às 13h10
Clube de Engenharia
Avenida Rio Branco, 124, Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Gratuito, vagas limitadas
Inscrições: heitor.juliao@danfoss.com

Retomada do consumo reaquece varejo

O otimismo do varejo alimentar voltou a contagiar a indústria de refrigeração comercial, que espera aumento no volume de negócios envolvendo soluções inteligentes, em função, principalmente, da demanda por sistemas mais eficientes e capazes de serem monitorados remotamente.

Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os rumos tomados pela economia no ano passado têm proporcionado melhores resultados neste verão, estação que, aliás, é a principal sazonalidade do segmento.

“Esse movimento maior é reflexo do desempenho do varejo em 2019, que foi o melhor ano para o setor desde 2014, porque não registramos nenhum número negativo”, diz o presidente da entidade, João Sanzovo Neto.

“A recuperação do setor tem acontecido de forma gradual e começou a ser sentida mais no segundo semestre, com melhora do nível de emprego, aumento da confiança de empresários e consumidores e reação positiva da indústria”, ressalta.

Para ele, “o governo federal tem mantido a tendência liberal e cumprido a promessa de preparar o Brasil para ser um país mais empreendedor”, uma vez que “conseguiu aprovar demandas de incentivo ao empresariado, como a MP 881, da Liberdade Econômica, que irá simplificar e desburocratizar as negociações, e a MP 905, do Programa Verde e Amarelo, de estimulo à criação de emprego”.

“Avançamos nas reformas estruturais, principalmente com a aprovação da esperada Nova Previdência, que irá diminuir o crescente deficit fiscal que tanto tem impedido o desenvolvimento do Brasil. Além disso, as reformas tributária e administrativa já estão sendo debatidas no Congresso.”

Enfim, a sensação dos supermercadistas é de que “entramos em 2020 com o pé direito”. Dessa forma, todos os fabricantes, fornecedores e empreiteiros que atuam no segmento devem estar preparados para atender a novos pedidos, conforme avaliam os players do HVAC-R consultados pela Revista do Frio.

 

Tendências

Como sempre, consumo em alta nos supermercados favorece os investimentos em novas lojas ou em modernização de estabelecimentos existentes, o que, consequentemente, impulsiona o mercado de refrigeração comercial.

“Atualmente, o varejo brasileiro está segmentado em duas frentes: uma é a dos atacarejos, na qual cada vez lojas maiores são vistas, e as câmaras frias adentram o espaço do consumidor disfarçadas de walk-in-coller e step-in, entre outros nomes comerciais utilizados. Nessas lojas, temos quase sempre sistemas grandes com dióxido de carbono (CO2) e glicol”, explica o diretor comercial da Girelli Refrigeração, Edson Girelli.

“Na outra frente ocorre justamente o oposto, ou seja, temos as lojas menores, estabelecimentos em que o uso de unidades condensadoras individuais, pequenas câmaras frigoríficas e expositores com máquinas acopladas são a melhor opção, principalmente em regiões frias do País”, acrescenta.

“Os grandes supermercados vêm aumentando, cada vez mais, a utilização de equipamentos de refrigeração com fluido refrigerante secundário por meio da aplicação de chillers compactos ou não”, revela o gerente de desenvolvimento da Eletrofrio, Rogério Marson.

“As instalações que utilizam glicol trazem vantagens como simplicidade da instalação e baixa carga de gás, o que muito agrada aos supermercadistas. No último ano, mais de 60% dos supermercados novos montados no Brasil tinham o glicol como solução de sistema de refrigeração”, completa.

Assim como outros setores da economia, os supermercados, independentemente do seu porte, têm primado por investimentos em tecnologias que otimizam o consumo de energia elétrica, como compressores de velocidade variável, equipamentos que chegam a consumir até 35% menos eletricidade que os modelos de velocidade fixa.

O cenário também estimula a adoção de portas transparentes nos expositores frigoríficos, isolamento térmico das tubulações, controle inteligente de degelo, iluminação com lâmpadas de LED, utilização de válvula de expansão eletrônica, uso de fluidos refrigerantes de melhor performance e atualização de motores e ventiladores, entre outras tecnologias.

“Vemos forte a tendência de automação e controle do processo de refrigeração, além da refrigeração sob demanda,

Automação e
controle ditam
tendências no
segmento de
refrigeração
comercial, avalia
Eládio Pereira, da
Danfoss

com a variação de velocidade dos compressores para produção de frio de acordo com a capacidade exigida em cada momento da instalação”, confirma o gerente de desenvolvimento de negócios da Danfoss, Eládio Pereira.

Durante o funcionamento dos sistemas de refrigeração, “há uma variação grande da carga térmica quando levamos em conta a carga máxima projetada. Estima-se que entre 2% e 5% do tempo em um ano as instalações frigoríficas trabalhem na sua carga máxima; no restante do tempo, elas operam em cargas parciais”, explica.

No campo da automação, a Internet das Coisas (IoT) hoje dá as cartas. “Cada vez mais, controladores e sistemas de automação que trabalham com base em dados de comportamento de cada instalação são empregados. Trazem, assim, inúmeras possibilidades de controles, previsibilidade e melhorias de processo que resultam em eficiência em todos os sentidos”, afirma.

Segundo o gestor, outra tendência forte no segmento de refrigeração comercial é o uso de trocadores de calor de microcanal, que trazem maior robustez aos equipamentos, usam menor quantidade de fluido refrigerante e também são mais eficientes.

“Progressivamente, o varejo brasileiro adquire mais conhecimento das vantagens dessas novas tecnologias e vem solicitando aos fabricantes o uso de tais recursos para melhorar sua eficiência e reduzir os custos em suas operações”, ressalta.

De acordo com o diretor executivo da Mipal, Cláudio Palma, nem sempre a adoção de uma nova tecnologia mais eficiente está atrelada a um custo maior, “porém, o quesito eficiência foi deixado de lado durante a fase mais aguda da crise econômica, quando várias instalações foram feitas com produtos de segunda linha”.

“Agora, no cenário pós-crise e com a retomada do crescimento da economia, os profissionais do setor, como os instaladores e mecânicos que primam por um trabalho bem-feito, seguro e confiável, têm nova oportunidade de priorizar as tecnologias que fornecem resultados operacionais mais satisfatórios e, simultaneamente, melhoram a qualidade de seus trabalhos.”

“Por isso, motoventiladores eletrônicos voltam à tendência no mercado de refrigeração comercial, devido a fatores como durabilidade maior, qualidade e consumo operacional menor”, salienta.

 

Tecnologias para lojas menores

O mercado brasileiro de refrigeração comercial tem se direcionado bastante para aplicações localizadas (self-contained), que podem ser instaladas diretamente nos refrigeradores, sem necessidade de construção de casa de máquina e dezenas de metros de tubulações de cobre.

“As arquiteturas de sistema descentralizadas aplicam menor carga de refrigerante, com menos tubulação, o que significa menor risco de vazamentos e potencial para aplicar refrigerantes inflamáveis (A3) e levemente inflamáveis (A2L)”, destaca o gerente técnico da Emerson, Danilo Gualbino.

Essa tendência – de sistema completo de refrigeração – acompanha a inclinação do varejo para lojas pequenas, com restrição de espaço. “Com sistemas self-contained, além de contribuir para a economia de energia, é possível facilitar a instalação e a manutenção”, diz o gerente sênior de vendas para distribuição e pós-venda da Embraco, Lucas Santos Sell.

“E com compressores individuais instalados nas aplicações, a falha de um deles não impacta outros equipamentos, diminuindo o risco de perda generalizada da carga na aplicação. Além disso, o técnico pode utilizar uma solução substituta enquanto realiza a manutenção no equipamento”, lembra.

“Produtos como nosso Plug n’ Cool respondem a tais necessidades. No caso de câmaras frias, o mercado espera por produtos que estejam preparados para resistir ao clima brasileiro, por ficarem diretamente expostos ao ambiente. Para essa necessidade, temos a condensadora Falcon, lançada no último ano”, acrescenta.

Fabricantes
controladores já
notaram a
tendência de
descentralização
no varejo, diz
Flávio Conceição,
da Coel

Fabricantes de controladores também já notaram a tendência de descentralização dos sistemas de refrigeração no varejo. “Isso pode ser atribuído à redução dos custos iniciais, facilidade de manutenção e maior eficiência dos equipamentos modernos”, avalia o engenheiro de vendas da linha de refrigeração da Coel, Flávio Conceição.

Recentemente, a empresa lançou a linha nanoPAC NP4 Chiller para chillers compactos. Totalmente preparados para a era da Indústria 4.0, “esses controladores controlam todo o processo de refrigeração e podem ser monitorados pela internet. Isso garante que desvios no processo sejam rapidamente detectados e corrigidos”.

 

Retrofits de sucesso

Recentemente, a Embraco teve ótimos resultados em um cliente, ao substituir um compressor de velocidade fixa por um de velocidade variável. Segundo a empresa, o produto FMFT411U foi instalado em um expositor de bebidas de uma loja de conveniência.

Com a troca, o equipamento teve um ganho de mais de 20% no consumo total de energia e redução de quatro horas no pull-down (tempo para atingir a temperatura ideal para consumo).

“Além disso, outra vantagem dos compressores de velocidade variável é a versatilidade, uma vez que eles podem substituir vários tamanhos de compressores de velocidade fixa, além de serem bi-volt e bi-frequência”, diz o gerente sênior de vendas para refrigeração comercial da empresa, Sander Socrepa Malutta.

Com a adoção de soluções propostas pela Danfoss, WM Engenharia e Perfil Refrigeração, a modernização das instalações frigoríficas de uma unidade do Compre Bem – bandeira do GPA para operar com o formato regional e em contato mais próximo de seus consumidores – reduziu o consumo de energia em torno de 15%.

A retromontagem consistiu na mudança do layout e na troca dos expositores e forçadores de ar das câmaras de resfriados, preparo e congelados. Com consultoria da WM Engenharia, a atualização tecnológica dos equipamentos de frio alimentar ficou a cargo da Perfil Refrigeração.

“Como o cliente estava procurando eficiência energética com um custo competitivo e gastos de manutenção otimizados, foi proposta a utilização de um chiller para média temperatura operando com R-410A e glicol”, explica o diretor geral da Perfil Refrigeração, José Leite Neto.

A Danfoss equipou o chiller com um compressor scroll Inverter VZH como mestre e mais três compressores SH como escravos. “Nessa modalidade de chiller de média temperatura, temos um baixo consumo de energia em função dos compressores Inverter e de toda eletrônica embarcada no sistema”, diz Neto.

O executivo informa que no rack de baixa temperatura foram utilizados compressores scroll LLZ dotados de conversor de frequência VLT HVAC Basic Drive FC 101, sendo um mestre com inversor de frequência e dois satélites sem variação de velocidade.

“Para esse sistema, optamos por expansão direta com o fluido R-404A. Para controle de temperatura e pressões do sistema, novamente adotamos as válvulas eletrônicas da Danfoss para o controle e o monitoramento de todo o sistema.”

 

Reduzindo emissões de CO2

O mercado brasileiro ainda possui um enorme parque instalado operando com fluidos refrigerantes à base de hidroclorofluorcarbono (HCFC), substância nociva à camada de ozônio.

Estima-se que mais de 40% dos sistemas de refrigeração comercial ainda operem com o R-22. Sistemas novos já estão saindo de fábrica com hidrofluorcarbonos (HFCs), como o R-404A e o R-134a, gases que aquecem o planeta. Hidrocarbonetos (HCs), como o R-290, têm sido adotados em sistemas de pequeno porte com limitações de carga, devido à inflamabilidade. E há um volume menor e proporcionalmente ainda insignificante de sistemas à base de CO2.

Particularmente, a modernização de equipamentos por meio da adoção de um fluido mais ecológico apresenta várias vantagens, tais como economia de energia, redução de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa e custo menor em relação à compra e à instalação de novos sistemas, além do menor tempo de inatividade do estabelecimento requerido pelo retrofit, segundo o vice-presidente de regulamentação e pesquisa do Instituto de Ar Condicionado, Aquecimento e Refrigeração dos EUA (AHRI), Karim Amrane.

“Talvez a maneira mais rápida e econômica de reduzir as emissões totais de carbono desses equipamentos seja a conversão dos sistemas existentes com R-404A e R-22 para operação com refrigerantes alternativos de baixo potencial de aquecimento global [GWP, em inglês]”, escreve o especialista num artigo publicado recentemente no site do Fórum Global de Tecnologias Climáticas Avançadas (GlobalFACT).

“Tais substituições podem reduzir as emissões diretas de carbono em cerca de 70% e também reduzir o consumo de energia em cerca de 10%”, afirma Amrane, salientando que vários compostos halogenados de menor impacto ambiental foram desenvolvidos nos últimos anos para retrofits em supermercados, incluindo HFCs e misturas entre HFCs e hidrofluorolefinas (HFOs).

“Outros refrigerantes de baixo GWP, como o CO2, a amônia ou os HCs, não são adequados para a atualização de equipamentos existentes, devido a problemas de alta pressão, compatibilidade de material, toxicidade ou inflamabilidade”, lembra.

Segundo o gerente de desenvolvimento e marketing da Chemours na América Latina, Arthur Ngai, sistemas de refrigeração com CO2 têm performance e consumo energético bastante limitados e requerem altos investimentos, exigindo a troca de todo o sistema, além de um período maior para configuração e instalação.

“Sabemos que a competitividade do setor varejista depende muito da redução de custos operacionais e da produtividade do capital investido, e hoje já existem soluções no mercado que permitem melhor eficiência energética com rápido retorno sobre o investimento, sem deixar de lado a importância da sustentabilidade e menor impacto ambiental”, ressalta.

 

PMOC, dois anos que ampliaram a visão do mercado brasileiro sobre o HVAC

Dois anos após a entrada em vigor da Lei nº 13.589, de 4 de janeiro de 2018, que instituiu o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) para sistemas de climatização, entidades que diretamente atuam no HVAC consideram que a legislação vigente foi, nos últimos anos, um dos grandes avanços para o mercado do frio nacional e o País de modo geral.

O PMOC é obrigatório para a totalidade das edificações de uso público e coletivo. Entretanto, de acordo com o seu regulamento técnico (Portaria nº 3.523/1998), somente para empreendimentos com mais de 60.000 BTU/h de máquinas instaladas é necessária a emissão de um relatório mensal e de um laudo de qualidade do ar semestral, além da nomeação de um responsável técnico pelo plano.

A portaria contém medidas básicas referentes aos procedimentos de verificação visual do estado de limpeza, remoção de sujidades por métodos físicos e manutenção do estado de integridade e eficiência de todos os componentes dos sistemas de climatização, para garantir a qualidade do ar de interiores e a prevenção de riscos à saúde dos ocupantes de ambientes climatizados.

“Entendemos, de modo geral, que a Lei do PMOC foi um avanço para a sociedade brasileira, visto que a preocupação do plano é sempre com a saúde da população, que eventualmente pode estar exposta a ambientes climatizados sem a devida manutenção”, afirma o engenheiro Arnaldo Lopes Parra, especialista em PMOC e diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Segundo o dirigente, a maioria das empresas de grande porte já estava adequada, “então a Lei nº 13.589/2018 veio consolidar esse entendimento, encorajando as médias e pequenas empresas a prestarem mais atenção à saúde e qualidade de vida de seus funcionários, clientes e/ou ocupantes de ambientes com ar-condicionado”, complementa.

Parra acredita que, mesmo com os avanços já trazidos pela legislação, ainda é necessário popularizar o tema entre as pessoas, “para que elas compreendam a importância da manutenção dos sistemas de climatização, assim como a importância de contratar somente profissionais devidamente qualificados e habilitados, em seus diversos níveis e atribuições”.

Seu colega do Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP), o presidente Carlos Eduardo Marchesi Trombini igualmente faz um balanço positivo dos dois anos da Lei do PMOC.

“A sociedade brasileira passou a conhecer muito mais sobre o tema, que gerou demanda e, de certa forma, uma reorganização das empresas na área de manutenção, que também passaram a ter oportunidades para mostrar ao cliente que os sistemas de climatização são operantes e vivos e que precisam de manutenção para garantir a qualidade de ar de interiores”, enfatiza.

Para o dirigente sindical, que também preside a Associação Nacional dos Profissionais de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ANPRAC), a legislação, de certa forma, foi criada para legalizar a Portaria 3.523/1998, do Ministério da Saúde, e a Resolução 9/2003, da Anvisa, ambas referenciadas na própria Lei do PMOC.

“A lei atendeu às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) hoje relacionadas com a climatização e a qualidade do ar de interiores. Portanto, é necessário haver uma conscientização do mercado de que os sistemas de climatização precisam de manutenção para sua operação, a fim de garantir a qualidade dos sistemas e do ar de interiores”, argumenta Trombini.

Essa tem sido uma grande preocupação das entidades, conforme deixa claro o diretor de qualidade do ar interno da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Aquecimento e Ventilação (Asbrav), Mário Henrique Canale. “Passamos 85% de nossas vidas em ambientes internos e fechados, nos quais alguns dos poluentes mais nocivos estão concentrados em locais em que a circulação do ar é limitada”, salienta.

“Estima-se que, em 2016, doenças associadas à poluição do ar – que são potencializadas pela falta de cuidado com a manutenção da qualidade do ar interior – tenham provocado a morte de cerca de 6,5 milhões de pessoas no mundo. Esses são argumentos embasados na realidade atual e suficientes para que passemos a compreender a importância da qualidade do ar interno como uma questão de saúde pública”, completa.

 

Competência

O surgimento da Lei do PMOC trouxe consigo também uma discussão em torno da competência para se planejar, assinar e executar o plano, gerando acalorados debates entre engenheiros, técnicos e suas respectivas entidades representativas.

No caso do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), criado em 26 de março de 2018, pouco mais de dois meses após a entrada em vigor da Lei nº 13.589/2018, a autarquia nacional e seus conselhos regionais agregaram os profissionais que antes faziam parte do sistema formado pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Confea/Crea).

Sobre o embate envolvendo engenheiros e técnicos, o CFT costuma se posicionar por meio da Resolução 68/2019, explicando quais são os profissionais técnicos industriais habilitados para elaboração e execução do PMOC, com fulcro nos instrumentos legais que conferem ao conselho de classe essa atribuição.

“No que se refere a eventuais controvérsias, vale esclarecer que é de competência exclusiva do CFT disciplinar, orientar e fiscalizar as atividades dos técnicos industriais. Portanto, havendo necessidade de esclarecimento sobre a atribuição dos técnicos para o exercício da profissão, essa consulta deve ser dirigida ao CFT e a nenhuma outra entidade”, esclarece a gerência técnica do conselho.

Ainda de acordo com o CFT, os profissionais liberais, de qualquer formação, possuem autonomia para a execução de seus projetos e serviços, e o conselho de fiscalização do exercício profissional somente avalia a qualidade de um trabalho desenvolvido, caso seja necessário por meio da abertura de um processo de investigação ou perícia.

“A fiscalização dos conselhos tem como incumbência garantir à sociedade que os serviços executados tenham a participação de um profissional legalmente habilitado. Essa fiscalização não é feita pelo CFT, mas pelos Conselhos Regionais de Técnicos Industriais em consonância com a Lei nº 13.639/2018, presentes em todo o território nacional”, esclarece.

Sobre esse tema, o presidente do Sindratar-SP, Carlos Trombini, acredita que, em relação ao PMOC, a responsabilidade técnica deva ser de um engenheiro com formação básica em engenharia mecânica.

“É isso o que a gente vem debatendo no mercado e que gostaria que a sociedade compreendesse. Com respeito aos técnicos e aos engenheiros, eu diria que a responsabilidade técnica deve ser de um engenheiro mecânico e reconheço também o trabalho dos técnicos, mas deve-se obedecer a uma hierarquia dos fatos e do conhecimento para se ter habilitação suficiente para ser o responsável técnico daquele sistema de climatização.”

 

Fiscalização

A inspeção do atendimento às regras do PMOC cabe aos agentes dos órgãos de vigilância sanitária, normalmente ligados às prefeituras. Nesse quesito, enquanto a Anvisa fiscaliza portos, aeroportos e fronteiras, as vigilâncias sanitárias estaduais ficam responsáveis pelos hospitais.

“De modo geral, a fiscalização sanitária é realizada com foco na saúde das pessoas, portanto são feitas perícias em máquinas, ambientes e componentes, para se avaliar o estado de conservação e limpeza. A documentação toda é analisada pelos agentes, exigindo-se uma série de procedimentos, todos definidos em leis”, explica o diretor de relações institucionais da Abrava, Arnaldo Lopes Parra.

Segundo o dirigente, os Creas também têm incrementado a fiscalização da atuação de profissionais legalmente qualificados e habilitados, “visto que as atividades de instalação e manutenção são regulamentadas pela Lei nº 5.194/1966, dentre outras, além de suas resoluções posteriores e decretos”.

Para o vice-presidente da Smacna Brasil, João Carlos Correa da Silva, a Lei do PMOC é um marco importante, “mas infelizmente, estamos evoluindo muito devagar”.

Em sua avaliação, o setor precisa se unir e cobrar dos órgãos públicos a fiscalização. Apesar disso, “cabe a nós do mercado levarmos ao conhecimento dos usuários e acelerarmos as mudanças que virão com o usuário, passando a exigir do mercado a qualidade a que tem direito”.

“Não sou advogado, mas entendo que precisamos deixar claro aos responsáveis, que devem começar com o nome do cliente, e não só do prestador de serviço, pois aí, sim, o usuário vai se preocupar em fazer o que é certo”, argumenta.

 

Resultados para o mercado

Desde a promulgação da Lei do PMOC, cresceu a procura por serviços de manutenção de sistemas de ar condicionado, principalmente por parte de empresas médias e grandes.

“Há uma conscientização sobre a lei e suas obrigações. O número de profissionais entrando no HVAC-R, inclusive pessoas de outros setores, também cresceu”, diz o engenheiro Leonardo Cozac, da Conforlab Engenharia Ambiental.

“A demanda aumentou para os serviços prestados por nós, pois somos referência no Brasil na área de qualidade do ar interno (QAI). Mas também aumentou a concorrência”, salienta.

“Isso nos obriga a inovar e apresentar soluções diferenciadas ao mercado para continuar como líderes no setor de análises da qualidade do ar interno. Por isso, lançamos durante a Febrava o Plano de Segurança da Qualidade do Ar Interno e o serviço de monitoramento on-line como inovações ao mercado para o atendimento à legislação brasileira”, acrescenta.

Em sua avaliação, a certificação de empresas prestadoras de serviço precisa ser levada em conta pelos clientes. “Os contratantes têm informações limitadas na hora de contratar boas empresas, ficando exposto a serviços de baixa qualidade”, alerta.

“Os bons profissionais do setor devem colaborar na disseminação das normas técnicas e leis no Brasil como forma de conscientização do mercado consumidor. Esse é o verdadeiro poder de transformação que o HVAC-R possui: seus profissionais capacitados.”

Segundo o diretor técnico da Dannenge, Ricardo Cherem de Abreu, o alcance da Lei do PMOC “vislumbra um mercado gigantesco, que pode ser aprimorado com informações técnicas sobre a qualidade do ar interno, eficiência e sustentabilidade, levadas aos clientes e prestadores de serviço”.

“A partir de sua promulgação, o mercado passou a apresentar receptividade às propostas de prestação de serviços de manutenção, preocupado com as possíveis sanções aplicáveis, embora não estabelecidas na lei. De qualquer forma, o que poderia ser imputável pelas normas técnicas e portarias ministeriais passou a ser responsabilidade criminal”, afirma.

Por isso, o engenheiro diz que “seria interessante a proposição de lei complementar estabelecendo punições ao não cumprimento da Lei do PMOC”. Para aumentar a eficácia dos serviços, Abreu também sugere “implementar o PMOC associado ao um sistema de gerenciamento patrimonial, de forma que suas atividades possam ser acompanhadas ou mesmo geridas pelos responsáveis pelas facilidades dos edifícios. Dessa forma, o cliente é também envolvido no andamento do processo”.

 

Caso de sucesso

Deixando de lado a perda na eficiência laboral nos ambientes contaminados, o maior risco à saúde humana em ambientes climatizados sem a devida qualidade do ar interno está na proliferação de doenças infectocontagiosas, que atingem, principalmente, o trato respiratório.

Nesse contexto, um caso interessante foi descortinado na sede da Softplan, sediada em Florianópolis (SC). “Essa empresa passou a ocupar um edifício novo há três anos, com um contingente de 1,2 mil pessoas. O sistema de climatização do prédio tem por característica principal a difusão de ar pelo piso, com aplicação integral de difusores VAV. Conta ainda com fotohidroionizadores aplicados nos climatizadores, o que promove proteção ativa nos ambientes climatizados”, descreve o executivo da Dannenge.

“Para garantir taxas de renovação de ar adequadas com o mínimo impacto no custo de climatização, foram instalados sistemas de renovação de ar independentes, de fluxo balanceado, dotados de recuperadores de calor com rodas entálpicas”, explica.

“O que é relevante nesse caso é que a Softplan é a única empresa do conjunto das associadas da Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia (Acate) em que a maior causa de afastamento do trabalho não são as doenças respiratórias. Nessa empresa, que conta com alta taxa de comparecimento ao trabalho com reconhecida qualidade no ambiente laboral, as doenças respiratórias correspondem ao quarto motivo principal de faltas e afastamentos do trabalho”, salienta.