Substituição de chillers com HCFCs motiva chamada pública do PNUD
Programa busca empreendimentos interessados em trocar equipamentos por modelos com menor impacto climático; inscrições vão até 31 de outubro
Programa busca empreendimentos interessados em trocar equipamentos por modelos com menor impacto climático; inscrições vão até 31 de outubro
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), abriu chamada para manifestação de interesse voltada à substituição de chillers com os fluidos refrigerantes HCFC-22 ou HCFC-123. A iniciativa integra o Projeto BRA/24/G76, que atua nos segmentos de recuperação, reciclagem e regeneração de substâncias e na assistência técnica ao setor de ar condicionado comercial e industrial.
O objetivo é identificar edificações comerciais ou industriais — públicas, privadas ou de empresas estatais — que operem sistemas de água gelada utilizando os referidos fluidos. Os interessados devem demonstrar intenção em substituir os equipamentos por modelos com refrigerantes de menor impacto ambiental, com potencial de destruição da camada de ozônio igual a zero (PDO 0) e baixo potencial de aquecimento global (GWP).
A chamada abrange edifícios como shoppings centers, hospitais, hotéis, supermercados, instalações industriais e data centers. O programa prevê apoio financeiro de até 50% do valor do novo chiller, limitado a 12 usuários finais, com foco na distribuição regional por todo o território brasileiro. Os custos restantes, incluindo instalação, adequações, desmontagem e descarte dos sistemas antigos, serão de responsabilidade dos beneficiários.
O acompanhamento técnico será feito pelo PNUD e pelo MMA em todas as fases do processo, da concepção ao comissionamento dos novos equipamentos. Também será realizado o monitoramento comparativo dos sistemas substituídos e substitutos, com foco na eficiência energética e impactos econômicos e ambientais. Os resultados serão divulgados ao setor, com o intuito de fomentar decisões baseadas em evidências.
Empresas e instituições interessadas devem acessar o novo sistema de fornecedores Quantum, da ONU, e registrar ou atualizar seu perfil conforme orientações disponíveis no site do PNUD. A submissão da manifestação de interesse deve ser feita exclusivamente pela plataforma até as 16h (horário de Nova York) / 17h (horário de Brasília) do dia 31 de outubro de 2025. O número de referência da solicitação é PNUD-BRA-00862.
Evento será realizado de 10 a 12 de setembro no São Paulo Expo, em paralelo à FEBRAVA
Estão abertas as inscrições para a 19ª edição do CONBRAVA – Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar. O evento ocorrerá entre os dias 10 e 12 de setembro de 2025, no São Paulo Expo, na capital paulista, e terá como tema central “O AVACR e os desafios das mudanças climáticas”.
Organizado pela ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento, o congresso reunirá especialistas nacionais e internacionais, com mais de 40 palestras programadas, além de cinco mesas-redondas temáticas. Os temas das mesas incluem Qualidade do Ar Interno, Eficiência Energética, Fluidos Refrigerantes, Tratamento de Águas e “Clima em Transformação”.
De acordo com Charles Domingues, presidente da comissão organizadora, a edição de 2025 pretende promover reflexões sobre o papel do setor frente às transformações climáticas, com foco em inovação, eficiência energética e responsabilidade ambiental.
O CONBRAVA é realizado a cada dois anos desde 1987 e, ao longo de suas edições anteriores, contou com mais de 17 mil participantes e 450 palestrantes. O evento é reconhecido por seu caráter técnico e por promover a atualização profissional no setor HVAC-R.
A programação será desenvolvida paralelamente à FEBRAVA – Feira Internacional de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar, que ocorre de 9 a 12 de setembro de 2025, também no São Paulo Expo.
Com a eliminação gradual dos fluidos R-22 e R-404A devido ao seu impacto ambiental, o setor investe em opções sintéticas de baixo GWP
Diante dos compromissos ambientais globais e das regulamentações cada vez mais rígidas, o setor de refrigeração e climatização tem buscado alternativas sustentáveis aos tradicionais fluidos refrigerantes R-22 e R-404A. Ambos os compostos, amplamente utilizados por décadas, estão sendo progressivamente eliminados por seu alto potencial de destruição da camada de ozônio (ODP) e elevado potencial de aquecimento global (GWP). Nesse contexto, surgem os fluidos alternativos não naturais que, embora sintéticos, apresentam um perfil ambiental mais favorável e são essenciais na transição rumo a sistemas mais ecológicos e eficientes. Embora não sejam naturais, os novos compostos representam um passo importante rumo à eficiência energética e à preservação do meio ambiente.
O R-22, pertencente à família dos HCFCs (hidrocloro-fluorcarbonos), possui um ODP de 0,05 e GWP de cerca de 1.810, sendo progressivamente retirado do mercado conforme o Protocolo de Montreal. Já o R-404A, um HFC (hidrofluorcarbono) com GWP altíssimo – aproximadamente 3.922 – também entrou na lista de compostos com uso restrito. Como resposta, a indústria desenvolveu diversas alternativas técnicas e ambientais que buscam equilibrar desempenho e menor impacto climático.
“Na última década, diversos setores da indústria de HVAC-R foram impactados pela redução global de gases refrigerantes com alto potencial de aquecimento global (GWP). Muitas regiões estão impondo a redução da produção e do consumo de refrigerantes tradicionais, como hidroclorofluorocarbonos (HCFCs) e hidrofluorocarbonos (HFCs) – R-22 e R-404A, respectivamente. Usuários finais do varejo também estão migrando para alternativas mais ecológicas para apoiar suas metas de sustentabilidade ambiental e descarbonização”, informa Joana Canozzi, diretora de engenharia e serviços da Copeland e especialista em fluidos refrigerantes.
Entre as principais opções para substituir o R-22, destacam-se os fluidos HFCs e HFOs (hidrofluorolefinas), como o R-407C, R-407A, R-438A e R-422D. O R-407C, por exemplo, tem GWP de 1.774 e zero ODP, sendo compatível com muitos sistemas originalmente projetados para o R-22. Já o R-438A oferece uma substituição mais direta, com GWP de cerca de 2.265 e ODP zero. Essas opções permitem atualização de equipamentos antigos com adaptações mínimas.
Para o R-404A, as alternativas mais sustentáveis incluem o R-448A, R-449A, R-452A e R-407A. O R-448A, por exemplo, tem GWP de aproximadamente 1.273, uma redução significativa em relação ao R-404A, além de boa eficiência energética e compatibilidade com os óleos POE. O R-449A apresenta características similares, com GWP de 1.397. Ambos têm sido amplamente adotados em supermercados e sistemas comerciais de médio porte. O R-452A, com GWP de 2.141, é indicado para aplicações que exigem alta capacidade de resfriamento, como transporte refrigerado. Já o R-407A tem GWP de 2.107 e pode ser usado em sistemas com arquitetura semelhante à do R-404A, com mudanças nos ajustes de pressão e controle.
“Os refrigerantes A2L surgiram como alternativas líderes de baixo GWP, oferecendo características de desempenho comparáveis e uma menor pegada de carbono. De acordo com as classificações de refrigerantes da ASHRAE, os refrigerantes A2L têm uma classificação de “baixa inflamabilidade” que os diferencia dos refrigerantes tradicionais A1. Consequentemente, normas internacionais de segurança para produtos e aplicações estabeleceram diretrizes para o uso seguro de refrigerantes A2L. Os A2Ls oferecem uma redução significativa no GWP e zero potencial de destruição do ozônio (ODP), preservando a eficiência energética, o desempenho e alinhando-se às metas globais de descarbonização”, destaca a especialista.
Ela cita um exemplo de aplicação do A2L em uma grande rede de supermercados: “Recentemente, trabalhamos com uma grande rede de supermercados para substituir um sistema de refrigeração baseado em R-22 em uma de suas unidades por uma solução utilizando o refrigerante A2L R-454C. Este projeto não apenas melhorou a eficiência energética do sistema de refrigeração do supermercado, mas também reduziu significativamente as emissões de gases de efeito estufa, demonstrando o compromisso do varejista com a sustentabilidade e a inovação na cadeia do frio”.
Apesar de não serem classificados como naturais, esses fluidos alternativos cumprem papel importante na transição para um futuro mais sustentável, ao mesmo tempo em que mantêm a confiabilidade operacional exigida por aplicações comerciais e industriais. Outra vantagem é que muitos deles podem ser usados em sistemas existentes com adaptações limitadas, o que reduz custos de conversão e descarte de equipamentos.
Solução utilizando o A2L R-454C reduz as emissões de gases de efeito estufa, demonstrando o compromisso com a sustentabilidade
O efeito estufa é um fenômeno natural que mantém a Terra aquecida ao reter parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre. Ele é essencial para a vida como conhecemos. No entanto, as atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e o uso de certos gases industriais, incluindo refrigerantes, aumentam significativamente a concentração de gases estufa na atmosfera, intensificando esse efeito e provocando o aquecimento global.
Os principais gases envolvidos são o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxidos de nitrogênio (NOx) e os HFCs, como o R-404A. A contribuição de cada gás ao aquecimento global é medida por seu Potencial de Aquecimento Global (GWP), que compara o impacto de uma tonelada do gás com o CO‚ ao longo de 100 anos. Por exemplo, o R-404A tem um GWP cerca de 3.922 vezes maior que o CO2, ou seja, um quilo de R-404A liberado na atmosfera tem o mesmo efeito estufa que quase quatro toneladas de CO2.
Já o Potencial de Destruição da Camada de Ozônio (ODP) mede o impacto de um gás sobre a camada de ozônio, que protege a Terra da radiação ultravioleta. O R-22, por exemplo, ainda tem um ODP baixo, mas diferente dos HFCs mais modernos que apresentam ODP zero.
A substituição dos fluidos refrigerantes com alto GWP e ODP por alternativas mais seguras é uma das formas mais diretas de mitigar os impactos das mudanças climáticas e proteger a camada de ozônio. Por isso, além das tecnologias, é essencial compreender os conceitos por trás desses índices e como cada decisão no setor HVAC-R pode fazer diferença no equilíbrio ambiental do planeta.
“O R-454B, R-454C e R-32 estão entre as alternativas A2L mais adotadas. Eles são amplamente usados em aplicações residenciais e comerciais de climatização e bombas de calor, bem como em equipamentos comerciais de refrigeração. Esses refrigerantes A2L têm GWP significativamente mais baixos do que os refrigerantes HFC e HCFC tradicionais, reduzindo consideravelmente os impactos ambientais dessas aplicações. Inclusive, já existem normais locais que comtemplam as questões de segurança para a aplicação do A2L como a ABNT, NBR e ISO 5149”, explica Joana.
A seguir, listamos algumas das principais alternativas para substituição.
Esses fluidos não naturais têm como principal vantagem o baixo ODP e GWP reduzido em relação aos antecessores. Além disso, muitos podem ser usados em sistemas existentes com adaptações mínimas, reduzindo custos e evitando o descarte prematuro de equipamentos. Contudo, a transição exige atenção. É essencial avaliar pressões de trabalho, compatibilidade de materiais, tipo de óleo lubrificante (geralmente POE) e ajustes nos componentes de controle. O uso de boas práticas é indispensável para garantir eficiência energética e evitar vazamentos – que podem anular os ganhos ambientais. Além dos aspectos técnicos, a capacitação profissional é vital. Conhecer os dados dos fluidos, aplicar normas de segurança e manter os sistemas bem ajustados faz parte do compromisso com a sustentabilidade no setor de HVAC-R.
Setor marca o Dia da Indústria com foco em eficiência e sustentabilidade
Neste 25 de maio, Dia da Indústria, o setor de Aquecimento, Ventilação, Ar-Condicionado e Refrigeração (HVAC-R) destaca sua contribuição à economia e às atividades essenciais do país. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), o setor projeta faturar R$ 54 bilhões em 2025.
O montante representa cerca de 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro — que somou R$ 11,7 trilhões em 2024 — e 2,3% do PIB industrial, equivalente a aproximadamente 20% da economia nacional. A expansão é impulsionada por fatores como o aumento das temperaturas, crescimento da construção civil, maior consumo das famílias e avanços tecnológicos.
Com presença nos setores de saúde, alimentação, infraestrutura urbana e tecnologia, o HVAC-R tem investido em práticas de redução de impacto ambiental. Entre as medidas adotadas, destacam-se a substituição de fluidos refrigerantes por substâncias de baixo Potencial de Aquecimento Global (GWP), a adoção de equipamentos mais eficientes em termos energéticos e a integração de tecnologias digitais, como a Internet das Coisas (IoT) e sistemas de controle preditivo.
O setor também cumpre papel estratégico no cotidiano: climatiza ambientes urbanos e industriais, mantém a integridade de alimentos na cadeia do frio e assegura condições adequadas para o armazenamento de medicamentos e vacinas.
Em um cenário de transição energética e maior exigência por conforto ambiental e segurança sanitária, o setor busca ampliar o acesso a soluções compatíveis com os novos padrões regulatórios. Ao marcar o Dia da Indústria, o setor reafirma sua função essencial na economia brasileira e nos serviços fundamentais à população.
A aplicação de fluidos refrigerantes combinada às novas tecnologias e práticas sustentáveis já são realidade em instalações de refrigeração comercial no Brasil.
A implementação de tecnologias que aumentam a eficiência energética é uma das principais estratégias de sustentabilidade adotadas por supermercados. A instalação de sistemas de refrigeração com fluidos refrigerantes naturais, compressores de alta eficiência, iluminação LED em toda a loja e o uso de sensores para controlar o consumo de energia são exemplos de como essas redes estão reduzindo o uso de eletricidade.
Em função de novas regulamentações e da maior conscientização ambiental, a utilização de fluidos refrigerantes naturais como propano (R-290) e CO2 (R-744), aliado as novas tecnologias em compressores, controles de capacidades e velocidade variável vem se tornando cada vez mais frequente, tanto em supermercados de grande e médio porte como em redes de atacarejo. O propano, por exemplo, indicado especialmente para sistemas de refrigeração em soluções de racks, resfriando o fluido secundário, no caso o propileno glicol, utilizado em equipamentos incorporados pode se tornar uma opção eficiente energeticamente e operacional.
“O desenvolvimento de novas tecnologias visa atender às demandas da Emenda de Kigali, além da busca pela eficiência energética. Fluidos refrigerantes de baixo GWP e controle de capacidade nos compressores são ações efetivas que trouxeram novas perspectivas e já é realidade em diversos supermercados. Temos projetos em operação que já usufruem deste tipo de aplicação”, informa Rogério Marson Rodrigues, gerente de engenharia da Eletrofrio.
Segundo Marson, a empresa oferece equipamentos HighPack, que são racks de refrigeração que operam tanto com propano como com CO2, resfriando um fluido secundário, proporcionado ao usuário final um ótimo retorno em termos de eficiência energética, quanto na redução de custos operacionais.
Rede Atacadão implementa sistemas de refrigeração com R-290 e compressores com tecnologia inverter
“São máquinas simples, de baixo custo, boa eficiência energética e reduzida carga de fluido refrigerante, ou seja, um conjunto de características consideradas estratégicas na análise de viabilidade de um projeto que busca atender às demandas atuais e futuras de um sistema de refrigeração para supermercados”, diz Marson.
Vários supermercados brasileiros estão adotando medidas eficientes em seus sistemas de refrigeração, combinado o R-290, especialmente devido às suas propriedades ecológicas e de eficiência energética. O Grupo Carrefour, em várias unidades de sua rede, tem investido em tecnologias sustentáveis, incluindo o uso de R-290 em seus sistemas de refrigeração para reduzir o impacto ambiental e melhorar a eficiência energética.
A Rede Atacadão é outro exemplo, em uma de suas lojas localizada na região metropolitana de Curitiba (PR), está implementando sistemas de refrigeração com R-290, buscando soluções mais sustentáveis e econômicas para suas unidades. O sistema de refrigeração integra um rack High Pack PRO composto por dois compressores com tecnologia Inverter operando a partir do R-290 no circuito primário (instalado na parte externa da loja) e resfriando o propileno glicol no circuito secundário, atendendo as médias temperaturas (entre 6°C a 10°C), resfriando balcões e expositores da loja.
“Conseguimos instalar um sistema com baixíssimo impacto ambiental, sem a utilização de fluidos sintéticos. Esse é o primeiro projeto com soluções de compressores com máxima eficiência que serão disponibilizados ao mercado a partir de outubro deste ano”, diz Marson.
Supermercado Verdemar, primeiro a adotar o CO2 em sua unidade em Nova Lima
Ele acrescenta que a combinação da tecnologia inverter com o propano oferece vantagens significativas, permite o ajuste contínuo da capacidade de refrigeração de acordo com a demanda, resultando em uma operação mais eficiente e econômica. O uso de propano, além de ser ambientalmente amigável, proporciona uma transferência de calor eficaz, o que se traduz em maior eficiência energética e menor consumo elétrico.
Já o CO2, utilizado há algum tempo em grandes instalações, principalmente em sistemas subcríticos em casas de máquinas remotas, conquistou supermercadistas como a Rede de Supermercados Verdemar de Belo Horizonte (MG). Primeira instalação na América a utilizar o CO2, há oito anos, os proprietários Alexandre Poni e Hallison Moreira, desde então vêm adotando medidas verdes.
“O caminho da sustentabilidade é algo que a gente quer levar na empresa como um todo. Quando se fala nisso, não é só a questão ecológica que tem que ser levada em conta, mas a econômica, reduzindo custos com a energia elétrica”, informam Poni e Moreira.
Primeiro projeto da Plotter & Racks em parceria com a Bitzer, a unidade localizada em Nova Lima, instalou o sistema Skyrack Breeze, que utiliza o dióxido de carbono (R-744) como fluido refrigerante. “Trata-se de um sistema de refrigeração em cascata que utiliza o CO2 como fluido refrigerante no estágio de baixa pressão com expansão direta para atender os equipamentos de congelados (câmaras e ilhas de congelados). Já nos equipamentos de resfriados, o propileno glicol é utilizado como fluido de transferência de calor num circuito bombeado que circula nos expositores e câmaras de resfriados”, explica Marcelo Merolli, diretor da Plotter & Racks.
Grupo Pão de Açúcar investe em certificação verde, como o LEED ofertado pelo GBC Brasil
Com esse sistema, o Supermercado Verdemar se destacou como um exemplo de pioneirismo na utilização de tecnologias verdes no setor de varejo, aliando responsabilidade ambiental com eficiência energética e operacional.
O Grupo GPA (Pão de Açúcar), por exemplo, é um dos que têm investido em lojas que operam com menor impacto energético, buscando certificações como o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedido pelo Green Building Council Brasil.
A adoção de fontes de energia renovável, como a solar e a eólica, também é uma estratégia importante entre os supermercados que buscam a sustentabilidade. A Rede Assaí já utiliza energia solar em algumas de suas unidades, diminuindo os custos operacionais e o impacto ambiental, instalando painéis solares em suas lojas, contribuindo para a redução das emissões de carbono.
Rede Assaí já utiliza energia solar em algumas de suas unidades, instalando painéis fotovoltaicos
Impulsionadas por uma combinação de benefícios econômicos, ambientais e de conformidade com regulamentações, a adoção de soluções sustentáveis por supermercadistas traz uma série de vantagens que vão além da sustentabilidade, impactando diretamente a operação e a imagem das empresas.
Segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS), o investimento em tecnologias sustentáveis por parte de supermercados tem se mostrado uma estratégia altamente vantajosa, tanto em termos econômicos quanto no fortalecimento da marca reputação os consumidores. Embora possa exigir um aporte inicial considerável, o retorno desse investimento (ROI) vem de diversas frentes, incluindo a redução dos custos operacionais, aumento da eficiência energética e valorização da marca.
“Tecnologias sustentáveis, como sistemas de refrigeração que utilizam fluidos naturais, iluminação LED, painéis solares e automação no controle de consumo de energia, resultam em economia significativa nas despesas operacionais. A eficiência energética gerada por esses sistemas reduz o consumo de eletricidade, que é uma das maiores despesas em supermercados. Por exemplo, a substituição de lâmpadas convencionais por LEDs pode reduzir o consumo de energia em até 75%, e os sistemas de refrigeração com fluidos naturais, como o R-290 e o CO2, tendem a operar com maior eficiência, gerando economia de até 30% nos custos energéticos”, informa Marcelo Souza, Coordenador de Operações de Loja da Associação Paulista de Supermercados.
Dentre os benefícios, podemos destacar a alta eficiência energética em aplicações com CO2 e propano, onde os sistemas de refrigeração conseguem operar com maior desempenho utilizando menos energia. A longo prazo, essa eficiência resulta em economia significativa nas contas de eletricidade, impactando positivamente os custos operacionais dos supermercados. Além da economia de energia, costumam ter maior durabilidade e exigem menos manutenção, estabilidade térmica e confiabilidade, otimizando o orçamento de operações de refrigeração.
“Supermercadistas que optam por esses sistemas se posicionam como pioneiros em inovação tecnológica, mostrando liderança no setor e promovendo um ambiente de negócios dinâmico e adaptado às demandas do futuro. As práticas sustentáveis, como o uso de refrigerantes naturais, a eficiência energética, a redução de resíduos e o apoio a produtores locais, não apenas reduzem o impacto ambiental, mas também trazem benefícios econômicos para as empresas, onde investir em sustentabilidade tornou-se uma estratégia essencial para o sucesso a longo prazo no setor supermercadista”, conclui Souza.
Conhecer os diferentes tipos de tubos e conexões, suas aplicações e melhores práticas de instalação é essencial para profissionais da área.
Os sistemas de HVAC-R são complexos e exigem uma seleção criteriosa de componentes para garantir eficiência, segurança e durabilidade. Tubos e conexões desempenham um papel fundamental nesses sistemas, facilitando o transporte de fluidos refrigerantes, água, e são componentes essenciais em diversas aplicações, desde sistemas de encanamento residencial até complexos sistemas industriais. Conhecer suas características, tipos e aplicações é fundamental para garantir a eficiência e a segurança das instalações. A escolha do tipo certo de tubo e conexão depende de vários fatores, incluindo a aplicação específica, as condições ambientais e o orçamento. Algumas dicas para ajudar na escolha começa no material, que deve ser compatível com a aplicação e os fluidos que serão transportados. O próximo passo é dimensionar e certificar-se de que as especificações de temperatura e pressão do sistema. Alguns materiais são mais fáceis de instalar do que outros, o que pode afetar o tempo e o custo da instalação. Escolha materiais que ofereçam a durabilidade necessária para a aplicação, especialmente em ambientes agressivos.
“Em relação a tubo e conexões para HVAC-R existem algumas opções no mercado como tubo de alumínio, o tubo PEX (material de polietileno e alumínio), e o famoso tubo de cobre. Praticamente, o único procurado nos dias de hoje é o tubo de cobre. O cobre, apesar do custo alto e a falta de disponibilidade em algumas situações, é o mais prático e com maior confiabilidade. Já o tubo PEX, tem um apelo muito forte com relação a custo baixo, baixo risco de furto e zero problemas de corrosão. Ainda não caiu no gosto dos instaladores por ser muito diferente de padrões adotados, e as conexões não proporcionam vantagem, chegando a igualar ou ficar mais caro se a instalação for feita com cobre. Para as conexões, como curvas, luvas e reduções, já tem novidades vindo. Conexões que dispensam o uso de brasagem, onde a junção é feita através de um alicate crimpador. Para o mercado exterior, não é nenhuma novidade, mas para nós, está sendo uma sensação”, revelam Wander e Fabio Basso, Sócios-diretores da Refrigeração Basso.
Wander e Fabio Basso, da Refrigeração Basso
No que tange aos tubos de cobre, são amplamente utilizados em sistemas de refrigeração, ar-condicionado e climatização. Isto se deve ao fato das suas propriedades serem favoráveis a utilização, destacando-se a alta condutividade térmica, resistência à corrosão e durabilidade na aplicação. “Entre suas principais aplicações podemos ressaltar a linhas de suprimento, linhas de líquidos, evaporadores, condensadores, ligações frigoríficas, ar-condicionado, refrigeradores domésticos e comerciais, sistemas de refrigeração industrial, refrigeração automotiva etc. Os tubos de cobre possuem diversos benefícios neste segmento pela sua alta condutividade térmica, melhorando a transferência de calor em sistemas de aquecimento e refrigeração, permitindo a alta eficiência em trocadores de calor. Assim como a resistência à corrosão dos tubos de cobre é superior aos demais materiais, se submetido a ambientes severos, há uma maior vida útil se comparado aos demais materiais, reduzindo assim a necessidade de manutenção do sistema. Outros fatores que podemos destacar é a durabilidade da tubulação de cobre (se utilizado dentro dos padrões, haverá uma longa vida útil), facilidade de instalação, propriedades antimicrobianas, compatibilidade com fluidos de refrigeração, resistência mecânica etc. Além de ser um material 100%reciclável sem perder a qualidade inicial, tornando uma escolha sustentável”, explica Felipe Guerini, Gerente Comercial da Termomecanica.
Felipe Guerini, da Termomecanica
A Termomecanica recentemente, lançou as bobininhas, correspondentes a tubos flexíveis de maior comprimento podendo chegar até 100 metros e no máximo 15 kg para não prejudicar a ergonomia e transporte, permitindo várias instalações a partir de um mesmo rolo, o que proporciona melhor aproveitamento de material nas instalações e permite a execução de projetos grandes que necessitam de maiores extensões de tubulações.
Dentre os principais benefícios e vantagens na utilização de tubos de cobre, Sandro Lopes Reis, Coordenador de Vendas da Cobresul Metais, lista a flexibilidade e facilidade de instalação, reduzindo o tempo e os custos de mão de obra, durabilidade e resistência a corrosão, aumentando sua vida útil; alta condutividade térmica do cobre, permitindo que os sistemas de refrigeração funcionem de maneira eficiente.
Sandro Lopes Reis, da Cobresul Metais
“Os fabricantes de aparelhos de ar condicionado recomendam que os mesmos sejam instalados com tubulação de cobre, pois a validação da garantia está sujeita intrinsicamente a esta condição. De longe, o cobre é a melhor escolha para aplicação nas instalações, bem como na produção de peças tais como, trocadores de calor, serpentinas, capilares, entre outros. Além de seguro, o cobre é bem resistente a intempéries da natureza, a corrosão e a altas pressões térmicas, além de ser antibacteriano, e são amplamente utilizados em sistemas HVAC, para produção de serpentinas para condução de água gelada, essenciais para manter temperaturas internas confortáveis em edifícios e em aplicações comerciais, industriais e residenciais”, afirma Reis. Ele acrescenta ainda que, os tubos de cobre oferecem aos instaladores de sistemas de HVAC-R, menor custo-benefício, fácil instalação, durabilidade, resistência, baixo requisito de segurança em relação a outros materiais e soldabilidade.
Felipe Guerini aponta ainda a inspeção visual periódica, a fim de visualizar possíveis sinais de oxidação ou corrosão, assim como uma inspeção de junções e conexões a fim de verificar vazamentos. “É muito importante a verificação na qualidade da água, pois uma alteração na dureza, pH ou presença de agentes corrosivos podem prejudicar a instalação. Para sistemas de refrigeração, a instrução permanece a mesma, além das recomendações adicionais de medir a temperatura e pressão do sistema”.
Existem normas e recomendações referentes a utilização do cobre em sistemas de HVAC-R, entre elas podemos citar a ASTM (American Society for Testing and Materials): ASTM B68, ASTM B88, ASTM B280 e ASTM B743, Norma Brasileira (NBR): NBR 13206, NBR 7541 e NBR 15747.
As normas são utilizadas para padronizar e indicam um padrão de qualidade. Segui-las é extremamente importante para que não existam conflitos. A padronização também auxilia na comparação de pesquisas relacionadas a um mesmo assunto. Utilizar produtos que são fabricados conforme as normas garante maior confiabilidade e credibilidade ao produto.
Brasil alinha sua política de refrigeração, promovendo a transição para tecnologias mais ecológicas na utilização de fluidos naturais.
Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado avanços significativos na adoção de fluidos refrigerantes naturais, impulsionados por preocupações ambientais e regulamentações mais rigorosas. Esses refrigerantes, como o CO2 (dióxido de carbono), amônia (NH3), e hidrocarbonetos, têm ganhado destaque devido ao seu baixo impacto ambiental e alta eficiência energética. O CO2, por exemplo, tem sido amplamente utilizado em sistemas de refrigeração comercial e industrial devido à sua capacidade de atuar como um refrigerante eficaz em diversas condições de temperatura e pressão. Além disso, sua pegada de carbono reduzida o torna uma escolha atraente para empresas comprometidas com a sustentabilidade.
A amônia também, especialmente em aplicações industriais de grande porte, devido ao seu alto desempenho térmico e baixo custo operacional. Apesar de ser inflamável em concentrações específicas, seu uso é seguro quando aplicado corretamente e em conformidade com as normas de segurança.
Os hidrocarbonetos, como propano e isobutano, têm sido adotados em sistemas menores, como em refrigeradores domésticos e comerciais devido à sua excelente eficiência energética e compatibilidade ambiental. A tecnologia de compressores e componentes de sistemas foi desenvolvida para garantir o desempenho seguro desses refrigerantes em diferentes aplicações.
“Em nosso país, temos tido bons avanços nas aplicações de fluidos refrigerantes naturais tanto para aplicações comerciais quanto para aplicações industriais de refrigeração. O CO2 já é uma realidade, iniciada há 15 anos, e o propano (R-290) caminha a passos largos para ser uma referência nos novos projetos, principalmente como fluido primário em sistemas subcríticos em cascata com CO2 e propilenoglicol. A amônia dispensa apresentação e justificativas, uma vez que é um fluido centenário, que apresenta alto rendimento e baixo custo, porém, sua particular característica de toxicidade a faz limitada em certas aplicações e regiões”, informa Marcos Euzébio, engenheiro de aplicação da Bitzer Brasil.
Marcos Euzébio, engenheiro de aplicação da Bitzer
Todas as aplicações mencionadas já estão presentes em nosso país. Os três fluidos naturais como Amônia, CO2 e Propano (R-290) são realidade presente. “Sistemas tradicionais aplicados com amônia a 100% estão sendo redesenhados para condição híbrida em regime subcrítico com CO2, reduzindo a carga de amônia bruscamente e elevando a performance e segurança. Sistemas com CO2 em regime subcrítico e transcrítico se expandiram no mercado nacional devido a maior qualificação da mão de obra e disponibilidade interna de componentes. A Bitzer, por exemplo, disponibiliza compressores para propano, CO2 e amônia. Componentes constituintes dos circuitos também são encontrados no Brasil. Mão de obra qualificada sem dúvida é indispensável e fator determinante para a expansão dessas tecnologias em nosso mercado, bem como importante é a fiscalização e valorização dessa mão de obra empregada para a operação desses equipamentos”, comenta Euzebio.
Trazendo à tona as soluções inovadoras em fluidos refrigerantes naturais de baixo impacto ambiental e máxima eficiência, incluindo a sua aplicação, segurança das instalações, manutenção e operação, disponibilidade e normatização, Joana Canozzi, diretora de serviços de engenharia da Copeland, destaca vários pilares para discussão quanto as tendências na aplicação de fluido com baixo impacto ambiental: “Não existe ainda uma verdadeira solução, e sim, seguir as premissas de cada empresa elaborando sua estratégia de acordo com as necessidades do usuário final em diferentes situações. Hoje, tanto o fabricante quanto o OEM (Original Equipment Manufacturer ou Fabricante Original do Equipamento) podem dar um norte ao cliente final direcionando-o de acordo com a sua estratégia. No cenário nacional, acredito que ainda estamos buscando entender os diferentes nichos, sem uma definição clara de qual fluido entrará para a lista do mais utilizado, e sim, na necessidade de cada instalação. Já existe uma antecipação na transição dos fluidos refrigerantes de baixo impacto ambiental e disponibilidade de tecnologias. A Copeland dispõe do que há de mais moderno e inovador em termos de tecnologia como as aplicações de menor GWP com fluidos naturais (CO2 e Propano) como compressores Scroll de velocidade variável para máxima eficiência para operar com propano e soluções integradas”.
Ela acrescenta que o time de engenharia procura dar suporte ao cliente, além da decisão do GWP, incluindo na sua linha decisória, também, questões relevantes como equilibrar custos, disponibilidade de mão de obra, e de produto, guiando o usuário final em termos de conhecimento.
Joana Canozzi, diretora de serviços de engenharia da Copeland
“Acredito que o próprio mercado vai definir esse caminho através da demanda de aplicações. E ainda temos as questões das normatizações, e neste ponto, vejo o papel proativo de entidades nacionais para a regulamentação de normas brasileiras, acompanhando o que está definido na Europa e EUA. Neste momento, temos por missão promover esse debate e discussão, conciliando tecnologias por Região, ou seja, nem tudo que é aplicado em outros países será bom no Brasil, considerando fatores como eficiência, GWP e clima”, destaca Joana.
No contexto internacional, o Protocolo de Montreal e suas emendas, como a Emenda de Kigali, incentivam a redução progressiva do uso de HFCs, estimulando a adoção de alternativas de baixo GWP. O Brasil, como signatário desses acordos, tem buscado alinhar sua política de refrigeração com essas diretrizes, promovendo a transição para tecnologias mais ecológicas. O governo brasileiro, por meio de programas e políticas de eficiência energética e sustentabilidade, tem criado incentivos para a adoção de tecnologias que utilizam fluidos refrigerantes naturais. Além disso, parcerias com o setor privado e organizações internacionais têm sido fundamentais para a promoção de pesquisas e a implementação de projetos-piloto no país.
Desde o primeiro Programa Brasileiro de eliminação de CFC e, agora, no Programa Brasileiro de eliminação de HCFC, entidades e empresas vem contribuindo e acompanhando os esforços nacionais para proteção da camada de ozônio e seus impactos sobre o setor HVAC-R. A recente aprovação dos recursos para Etapa III do PBH é o reconhecimento dos esforços de todos e uma importante notícia para o setor, que será beneficamente afetado através de ações de proteção da camada de ozônio que receberam em junho de 2024, aporte de US$ 36,5 milhões.
Renato Cesquini, diretor de Meio Ambiente da Abrava
“Na semana em que mundialmente se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho), é muito encorajador receber a notícia deste significante aporte financeiro, que vai beneficiar o mercado na busca de inovação tecnológica para substituição dos HCFCs. Isto permitirá que o Brasil siga o legado de sucesso de estar sempre à frente na implementação do programa”, destaca Renato Cesquini, diretor de Meio Ambiente da Abrava.
A Etapa III do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) foi anunciada em 27/05/2024, durante a 94ª Reunião do Comitê Executivo do Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal – FML, que ocorreu em Montreal, Canadá. Essa é a última etapa do PBH e conta com recursos da ordem de US$ 36,5 milhões de dólares para apoiar o país a alcançar a meta de eliminar em 100% o consumo de HCFCs até 2030.
Além da efetiva contribuição para proteger a camada de ozônio, com a implementação da Etapa III, o Brasil evitará a emissão de mais de 19,5 milhões de toneladas de CO2 equivalente para a atmosfera, trazendo efeitos benéficos para o regime climático global.
A estratégia para a Etapa III do PBH tem como o objetivo promover o uso seguro e eficiente de fluidos refrigerantes alternativos que não destruam a camada de ozônio, de baixo GWP e que proporcionem maior eficiência energética, implementando projetos voltados para treinamento de diferentes níveis de profissionais que atuam no setor de serviços, bem como prestação de assistência técnica para a execução de projetos demonstrativos com potencial de serem reproduzidos nos setores abordados, evitando conversões transitórias. As atividades aprovadas se complementam e serão executadas em consonância e estreita colaboração entre a entidade coordenadora, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), e as três agências implementadoras, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), agência implementadora líder, Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaftfür Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
A Swift, alinhada com o compromisso da JBS em zerar o balanço das suas emissões de gases de 03até 2040, realizou a troca de equipamentos frigoríficos para modelos mais sustentáveis que consomem menos energia e utilizam gases que reduzem o impacto na camada de ozônio. A tecnologia fornecida utiliza o propano (R-290), selecionado devido ao seu baixo GWP. “O conjunto dessas iniciativas acarretou na redução de 65% do Impacto de Aquecimento Equivalente Total (Total Equivalent Warming Impact – TEWI) que expressa o impacto de um sistema de refrigeração combinando seu efeito direto e indireto no aquecimento global”, explica Airton Peres, gerente de engenharia e inovações da Swift. O monitoramento remoto dos equipamentos calcula a eficiência energética e atua diretamente na máquina se ela apresentar algum tipo de problema. Além de garantir a qualidade dos produtos da marca, isto evita o deslocamento humano até a loja.
A pesquisa universitária desempenha um papel significativos no avanço e inovação de tecnologias para HVAC-R, mas ainda falta investimentos por meio de parcerias entre universidades, indústrias e órgãos governamentais.
As universidades desempenham um papel importante na inovação e desenvolvimento de tecnologias de HVAC-R. Através de cursos especializados, laboratórios bem equipados e projetos de pesquisa colaborativa, os estudantes são capacitados a contribuir para avanços significativos nesse campo, fundamental para o desenvolvimento de novas tecnologias, aprimoramento de sistemas existentes e melhoria da eficiência energética. Ela abrange diversas áreas, incluindo engenharia mecânica, engenharia civil, arquitetura, e ciência dos materiais.
“Quando os alunos participam de trabalhos de pesquisas, eles deixam de ver somente o processo operacional dos equipamentos e passam a perceber as questões que podem trazer gargalos aos sistemas completos. Também passam a perceber as diversas possibilidades de melhoria nos equipamentos e conseguem entender o porquê da técnica e dos componentes de uma máquina, podendo sugerir mudanças tanto na inclusão de novas peças, quanto na melhoria delas, além de pensarem no processo de gerenciamento do equipamento. A pesquisa abre os olhos e a criatividade para desenvolvimento de inovação e melhorias em diversas áreas” afirma Anna Cristina Dias, Prof. Dra. e diretora da FATEC Itaquera.
Ela aponta algumas áreas que merecem atenção no que tange as pesquisas acadêmicas, “A refrigeração e ar condicionado são áreas importantes devido as mudanças climáticas e o aquecimento global. Uma outra questão importante é o desenvolvimento de sistemas que tornem os equipamentos mais econômicos, além do trabalho de economia circular com os materiais descartados e os gases. A automação desses sistemas também é objeto de vários estudos; a área de ventilação também contribui para o conforto térmico e para a economia de energia, por isso é necessário pesquisas na área de dimensionamento de dutos, isolamento, limpeza e automação e controle dessas áreas; já na área comercial é importante a relação alimentos x conservação x eficiência energética.
Anna Cristina Dias, Prof. Dra. da FATEC Itaquera
A área comercial também precisa de um trabalho específico de PMOC. Os equipamentos são usados em grande quantidade e necessitam de entendimento de como usar melhor o equipamento e reduzir os custos de energia, bem como a pesquisa para reduzir o desperdício de alimentos, equipamentos mais seguros e automatizados. Os grandes data centers possuem equipamentos de grande porte que precisam consumir menos água e energia, por isso a importância de pesquisas no desenvolvimento de sensores, válvulas e sistemas mais eficientes. Também existe a necessidade de desenvolvimentos de metodologias de treinamentos e gestão mais eficiente desses equipamentos; e por fim e não menos importante, são as pesquisas na área de projeto, pois traz toda a estrutura de pesquisa, inovação e desenvolvimento. Nos projetos é possível identificar melhorias que o operacional não consegue ver. Provoca inovação na forma de criar produtos e na interdisciplinaridade existente”.
Atualmente, as pesquisas em HVAC-R nas universidades são diversificadas e focam em resolver problemas práticos e avançar o conhecimento técnico. As principais áreas de pesquisa incluem o desenvolvimento de tecnologias e métodos para reduzir o consumo de energia em sistemas HVAC-R, pesquisa de novos fluidos refrigerantes que sejam eficientes e tenham baixo potencial de aquecimento global, inovação em sistemas de controle para otimizar o desempenho e a eficiência dos sistemas e a integração de tecnologias sustentáveis e renováveis em HVAC-R.
Alberto Hernandez Neto, Prof. Dr. da POLI-USP
“Considero como promissoras pesquisas acadêmicas que envolvem controles inteligentes que otimizem o uso de sistemas HVAC-R com base em dados de ocupação, clima e outras variáveis, sistemas de refrigeração que utilizem fluidos refrigerantes de baixo impacto ambiental e que sejam mais eficientes em termos de consumo energético como o uso de geotermia e superfícies termicamente ativas, e pesquisa de novas tecnologias de filtragem e purificação do ar para melhorar a qualidade do ar interior em ambientes residenciais, comerciais e industriais. Baseado nesses dados, os futuros profissionais do mercado, a partir de pesquisas, os alunos desenvolvem habilidades práticas e teóricas, o aprimoramento de competências transversais (resolução de problemas, trabalho em equipe, gestão de projetos), além de contribuir para a inovação, criatividade, criar conexão com o mercado de trabalho e na formação de líderes e especialistas, o que se traduz em estímulo ao aprendizado contínuo”, enfatiza o Prof. Dr. Alberto Hernandez Neto, da POLI-USP.
Estrutura para estudos e pesquisas em HVAC-R
A estrutura acadêmica e as pesquisas no campo de HVAC-R para o desenvolvimento de soluções tecnológicas avançadas e sustentáveis necessitam de uma sólida formação teórica, experiência prática em laboratórios e projetos de pesquisa inovadores para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades no setor. As colaborações entre universidades e a indústria são fundamentais para a transferência de tecnologia e a implementação de inovações no mercado. Porém, ainda faltam investimentos através de parcerias no tripé universidade, indústria e órgãos governamentais.
“A universidade prove o espaço físico e respectiva infraestrutura para o desenvolvimento das pesquisas. O financiamento das pesquisas vem geralmente de órgãos de fomento como a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), entre outros, que fornece fundos para compra de equipamentos, retrofit de instalações e bolsas de estudo. Aqui na POLI-USP, por exemplo, os alunos de graduação podem participar dos projetos por meio de bolsas de iniciação científica ou desenvolvendo os trabalhos de conclusão de cursos. Na pós-graduação, os alunos podem desenvolver as suas teses e dissertações com o apoio da infraestrutura adequada. Mas ainda estamos longe de um panorama ideal”, informa Hernandez.
Atualmente, está sendo desenvolvida pesquisa sobre diferentes configurações de sistema de resfriamento geotérmico pela Escola Politécnica da USP, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de Leeds (Inglaterra) e Universidade de Dundee (Escócia). Nesse projeto, estão sendo testadas diferentes configurações de sistemas de resfriamento geotérmico para avaliar a eficiência destas configurações para aplicações de sistema de climatização em edifícios comerciais e residenciais no Brasil e no Reino Unido. A equipe do projeto é formada por cinco professores, dois mestrandos, dois doutorandos e dois bolsistas de iniciação científica.
Na opinião de Anna Cristina, o suporte da FATEC para estudos e pesquisas em HVAC-R ainda é insuficiente: “Trabalha-se nas áreas térmicas, mas as especificidades não são vistas. Tanto é que, só engenharia mecânica se preocupa com as pesquisas em HVAC-R. Mas essa é uma área multidisciplinar que precisaria de eletricidade, automação, eletrônica, fabricação, soldagem, projeto, alimentos, arquitetos, ambientalistas, sanitaristas, produção e outras áreas que fazem como que a área seja mais completa e ofereça soluções mais eficientes para as pessoas e para o meio ambiente. A UNICAMP, por exemplo, tem algumas pesquisas na área térmica e de alimentos; a USP tem algumas pesquisas na área térmica, eficiência energética, uso da água, conforto térmico; porém faltam professores nessa área que conheçam além da mecânica. É necessário envolver outras áreas para trabalhar novas pesquisas. Acho que as empresas poderiam usar a Lei do Bem (concessão de incentivos fiscais às pessoas jurídicas que realizarem pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica) para trabalhar junto as Universidades, SENAI e FATEC. Assim, seria possível ter mestrado e doutorado para pesquisarem problemas específicos e desenvolvimento de inovações. As pós-graduações são importantes para desenvolver pessoas que possuam outra graduação e não conheçam a área da forma necessária. A interrelação entre os laboratórios que já existem é importante, pois é possível gastar menos e desenvolver treinamentos de uma forma mais integrada. Acho que temos alguns lugares que possuem bons laboratórios, mas eles são subutilizados. Poderia haver programas com uma integração maior desses laboratórios. A Lei do Bem é uma lei pouco usada pelas empresas que atuam no mercado nacional e poderiam ser melhores”, destaca Anna.
Ela cita a pesquisa desenvolvida sobre o controle do ar condicionado através de voz. O objetivo era otimizar o uso do aparelho de uma forma automatizada: “Existem muitos profissionais que apresentam propostas interessantes em congressos como no CONBRAVA (Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) e que estão em várias regiões do país. Interessante é identificar esses locais e não os perder de vista. Importante a integração entre as empresas e a universidades em diversas atividades. Os Estados Unidos, Alemanha e outros países fazem isso e conseguem ter bons resultados. Outro exemplo muito interessante é a China. Eles têm investido pesado em educação e pesquisas aplicadas. Acho que dessa forma é possível ter uma melhoria do uso dos recursos e de pessoas que precisariam ser treinadas pelas empresas”, conclui.
Exemplo de caso
Em 2019, a POLI-USP anunciou a construção do CICS Living Lab, o edifício-laboratório do Centro de Inovação em Construção Sustentável, sediado no Campus da Cidade Universitária, com investimento total de cerca de R$ 3 milhões para os próximos cinco anos. Um dos estudos desenvolvidos é sobre o aproveitamento da energia térmica presente no subsolo para climatizar ambientes com potencial de reduzir significativamente os gastos com o uso de sistemas de ar-condicionado em edifícios comerciais, apartamentos e residências. O CICS Living Lab tem como objetivo acelerar a inovação e a sustentabilidade da construção, reunindo academia, empresas, entidades governamentais e sociedade civil, em uma iniciativa inovadora. Na área científica, o centro reúne pesquisadores da Poli, Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), Instituto de Energia e Ambiente (IEE), Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) e Laboratório de Eficiência Energética em Edifícios da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e será o único no país projetado, construído e operado para demonstrar e testar, em condições reais de uso, as soluções inovadoras necessárias para superar os desafios ambientais. O edifício deverá incorporar uma série de soluções para uso sustentável da água, geração descentralizada de energias renováveis, internet das coisas (IoT), novos materiais, componentes e soluções construtivas industrializadas e ecoeficientes. Os resultados serão medidos e avaliados tanto em termos de bem-estar dos usuários quanto por meio de modernos conceitos de ecologia da indústria e economia circular. Para tanto, usuários e os sistemas serão monitorados de forma constante, gerando um fluxo de dados para fomentar pesquisa. O desempenho dessa tecnologia geotérmica nas condições de clima e solo foi avaliado na tese de doutorado da pesquisadora Thaise Morais, da Escola de Engenharia de São Carlos-USP por meio de um projeto apoiado pela FAPESP e coordenado pela professora Cristina de Hollanda Cavalcanti Tsuha. Com previsão para ser inaugurado em 2023, as obras ainda não têm data para conclusão, pois foram interrompidas na pandemia.
Em obras, o CICS Living Lab da POLI-USP estudará sobre o aproveitamento da energia térmica presente no subsolo para climatizar ambientes
Do gelo à alta tecnologia, a história da refrigeração e ar-condicionado no país é marcada por avanços tecnológicos e transformações que impactaram tanto a vida cotidiana quanto setores industriais.
A história do ar-condicionado e da refrigeração no Brasil é recheada de avanços tecnológicos, adaptação climática e modernização da infraestrutura que tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento econômico e na qualidade de vida, tanto para usuários de sistemas em edificações quanto para indústrias alimentícias, farmacêuticas, de insumos e setores clientes. A prova de sua importância ao longo dos anos, culminou com o Decreto Nº 59.283 de 16 de março de 2020, a pedido do Conselho Nacional de Climatização e Refrigeração (CNCR), que os serviços prestados por essa indústria são imprescindíveis e essenciais para o enfrentamento da pandemia da Covid-19.
Esses sistemas têm contribuído significativamente para a saúde pública, conservação de alimentos, conforto ambiental e desenvolvimento econômico. À medida que o país continua a crescer e se urbanizar, a importância desses sistemas só tende a aumentar, impulsionando inovações e melhorias.
No Brasil, o início da refrigeração remonta da década de 1920, quando os primeiros sistemas de refrigeração foram introduzidos no mercado brasileiro por empresas como a General Electric. Esses sistemas eram inicialmente utilizados em setores específicos como a indústria alimentícia e hospitais, para conservar alimentos e medicamentos. Nas décadas de 1930 a 1940, os refrigeradores domésticos começaram a se tornar mais comuns nas residências brasileiras das classes mais altas. Os primeiros refrigeradores eram importados, principalmente dos Estados Unidos, e eram considerados artigos de luxo. As empresas importadoras brasileiras desempenharam um papel importante na introdução desses produtos. Elas eram responsáveis por trazer os equipamentos, distribuí-los e promover o uso da tecnologia de refrigeração no país. Com o tempo, a demanda crescente levou ao início da produção local de refrigeradores, com empresas brasileiras começando a fabricar esses aparelhos, adaptando-os às necessidades e condições locais.
Refrigerador doméstico da década de 1930
Já o desenvolvimento do ar condicionado no Brasil foi marcado pela década de 1940 com a introdução de equipamentos, inicialmente em cinemas, hotéis e grandes estabelecimentos comerciais nas grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Assim como os refrigeradores, os sistemas de ar condicionado inicialmente eram importados, caros e complexos, acessíveis apenas a um segmento restrito da população. O crescimento econômico e a industrialização do Brasil na década de 1950, impulsionaram a demanda por aparelhos, especialmente no setor industrial e em edifícios comerciais. Empresas internacionais como a Carrier Corporation foram pioneiras na introdução do ar condicionado no Brasil. A Carrier, por exemplo, foi uma das primeiras a instalar sistemas de ar condicionado em grandes edificações e estabelecimentos comerciais. A presença de engenheiros e técnicos especializados ajudou a disseminar o conhecimento e a tecnologia no país. A construção de Brasília (DF), inaugurada em 1960, também foi um marco, pois muitos dos novos edifícios administrativos foram equipados com sistemas de ar condicionado para enfrentar o clima quente e seco do Planalto Central. Com o aumento da demanda e a necessidade de adaptar a tecnologia às condições locais, empresas brasileiras começaram a produzir e desenvolver suas próprias soluções de refrigeração e ar condicionado. Entre essas empresas, destaca-se a Brastemp, que à época, se tornou sinônimo de refrigeradores no Brasil, e a Springer Carrier, uma das primeiras a fabricar aparelhos de ar-condicionado localmente.
A introdução dos primeiros refrigeradores e sistemas de ar condicionado no Brasil foi um processo gradual que envolveu a importação de tecnologia e produtos de empresas internacionais, seguidos pela adaptação e produção local por empresas brasileiras. Este processo não só trouxe conforto e conveniência para as residências e estabelecimentos comerciais, mas também impulsionou o desenvolvimento industrial e econômico do país. Hoje, o Brasil possui uma indústria de refrigeração e climatização madura e diversificada, capaz de atender às demandas de um mercado em constante evolução.
O Portal estadunidense “History of Refrigerantion” publicou um artigo interessante baseado em vários estudos feitos por especialistas da área, trazendo a história da refrigeração desde 1.000 aC, onde os chineses já colhiam gelo de rios e lagos para cerimônias religiosas enchendo seus porões de gelo. Hebreus, gregos e romanos colocavam grandes quantidades de neve em poços de armazenamento e cobriam-na com material isolante como grama, palha ou galhos de árvores. Eles usaram esses poços, além da neve para resfriar bebidas. Os egípcios e os antigos povos da Índia umedeciam a parte externa dos potes e a evaporação resultante resfriava a água que estava dentro destes. O primeiro grupo de pessoas a usar o armazenamento refrigerado para conservar alimentos foram os persas. Eles inventaram o Yakhchal, uma espécie de poço de gelo.
A coleta de gelo foi durante séculos o único método de refrigeração de alimentos. Na Inglaterra do século 18, os empregados coletavam gelo no inverno e o colocavam em câmaras, locais onde as camadas de gelo eram embaladas em sal, embrulhadas em flanela e armazenadas no subsolo para mantê-las congeladas até o verão. No século 19, as primeiras caixas de gelo começaram a aparecer na Inglaterra. Nessa época, surgiram os primeiros gelos comerciais com a disseminação de depósitos e geladeiras. Frederic Tudor começou a fabricar gelo na Nova Inglaterra e a enviá-lo para as ilhas do Caribe e para os estados do Sul. No início, ele teve um desperdício de gelo de 66%, mas com navios melhor isolados reduziu o desperdício para 8%. Ele expandiu o mercado de gelo e, no início da década de 1830, o gelo tornou-se uma mercadoria do mercado de massa. O primeiro a fazer uma descoberta foi o professor escocês William Cullen, que projetou uma pequena máquina de refrigeração em 1755. Ele usou uma bomba para criar um vácuo parcial sobre um recipiente de éter dietílico. O éter ferveu e absorveu o calor do ar circundante. Isto resultou em uma pequena quantidade de gelo, mas a máquina não era prática naquele momento. Benjamin Franklin e John Hadley fizeram experiências com refrigeração em 1758 com o bulbo de um termômetro de mercúrio e concluíram que a evaporação de líquidos como álcool e éter poderia ser usada para baixar a temperatura de um objeto abaixo do ponto de congelamento da água.
Sistema externo para climatização interna dos anos 1950
Em 1805, o americano Oliver Evans projetou um refrigerador que se baseava em um ciclo fechado de éter comprimido. O design permaneceu em fase de protótipo. Alexander Twinning começou a vender uma máquina de refrigeração baseada neste princípio em 1856, enquanto o australiano James Harrison ampliou esse projeto e o adaptou para as indústrias de embalagem de carne e de fabricação de cerveja. Ferdinand Carré introduziu a amônia como refrigerante em 1859, mas ela tinha mau cheiro e era venenosa quando vazava, por isso não foi usada por muito tempo. Alternativas sintéticas foram desenvolvidas durante a década de 1920, uma delas foi o Freon por possuir baixo ponto de ebulição, tensão superficial e viscosidade, o que o tornava um refrigerante ideal. Na década de 1970, descobriu-se que Freon representava um problema para o meio ambiente, sendo substituído ao longo doas anos subsequentes por fluidos refrigerantes menos agressivos.
Livro Memória da Refrigeração e do Ar Condicionado no Brasil, publicado em 2006
O legado do setor de HVAC-R no Brasil é vasto e inclui centenas de empresas, executivos, fabricantes, entidades e associações que contribuíram para o desenvolvimento deste mercado, abrangendo melhorias significativas na economia, qualidade de vida, sustentabilidade ambiental, inovação tecnológica e educação. Este setor não só ajudou a modernizar a infraestrutura do país, mas também proporcionou conforto, segurança e bem-estar.
A Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) em comemoração aos 60 anos de sua fundação, lançou em 2022 o livro comemorativo “Abrava 60 anos”, que destaca a história e ações realizadas ao longo dos anos em prol do HVAC-R e setores representados, empresas pioneiras, desenvolvimento da entidade, e seus comitês.
O livro “Memória da Refrigeração e do Ar Condicionado no Brasil – Uma História a Ser Contada”, da jornalista Cristiane Di Rienzo, foi publicado em 2006 pelo Sindratar-SP, e conta a história do setor de HVAC-R no Brasil, desde sua implementação, abordando as primeiras instalações, as principais empresas, entidades de classe e outros assuntos de interesse.
À medida que a tecnologia avança e as preocupações ambientais se intensificam, o setor de HVAC-R continuará a evoluir, mantendo seu papel fundamental no desenvolvimento sustentável do Brasil.
A AHR Expo, um dos principais evento HVAC-R (aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração), teve início hoje no McCormick Place de Chicago e ocorrerá até o dia 24 de janeiro. Com um foco crescente na descarbonização e eletrificação, o evento reúne fabricantes, fornecedores, empreiteiros e engenheiros para discutir e apresentar as últimas inovações no setor.
Após a última edição em 2021, a indústria HVAC-R tem se adaptado à nova norma pós-pandemia. Nicole Followell Bush, diretora de marketing da AHR Expo, destaca o ressurgimento notável de participantes nas últimas mostras e a expectativa de que mais setores da indústria aproveitem essa experiência valiosa.
Nesta edição, o evento oferece uma rica variedade de oportunidades educacionais, destacando-se com mais de 110 seminários gratuitos, painéis, apresentações de produtos e tecnologias, certificações profissionais e cursos de educação continuada.
O Programa Educacional abrange diversos tópicos, desde gerenciamento de negócios até disciplinas de nicho, proporcionando aos participantes a chance de se atualizarem sobre as últimas tendências e estratégias de crescimento.
Além disso, a feira inclui uma série de painéis de discussão, reunindo líderes de organizações importantes do setor para abordar desafios, oportunidades e previsões, incluindo mudanças regulatórias, previsões econômicas e a transição verde.
O Programa Abrava Exporta, resultado de uma parceria entre a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), levou cerca de onze empresas do setor para participar da feira. As empresas incluídas no programa são Asmontec, Bundy Refrigeration, EQ Tech (Frigoking), Globus, Joape, Mecalor (Kilmatix), RLX Refrigerants, Serraff, Thermomatic, Trox e Unada Motor.
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