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Gree Brasil doa purificadores de ar para hospital de Manaus

O estado do Amazonas é um dos mais atingidos pelo novo coronavírus, com mais de 17.000 casos confirmados, o quarto maior número de diagnósticos entre os estados brasileiros e a maior taxa de mortalidade. Para colaborar com esta situação, a Gree Brasil acaba de doar um lote de materiais antiepidêmicos, incluindo 10.000 máscaras médicas e óculos de proteção e purificadores de ar, ao hospital 28 de agosto da cidade.

Os purificadores de ar estão sendo usados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. O produto foi testado no Hospital de Huoshenshan, construído no tempo recorde de 10 dias em Wuhan, na China, e utilizado em outros hospitais chineses durante a luta contra a epidemia no país.

O “28 de agosto” é um dos principais hospitais da cidade de Manaus e também o que registrou maior número de casos confirmados de novo coronavírus na região. Segundo Marlene Pedreira, responsável pelo material hospitalar do 28 de agosto, a capacidade de atendimento do hospital está próxima da saturação. “É o momento mais difícil que já passamos. Este lote de materiais antiepidêmicos vai suprir um dos graves problemas que estamos enfrentando”, afirma.

Com o apoio da Embaixada da China no Brasil, no início de maio, a Gree Brasil participou ativamente de atividades de bem-estar público e doou materiais antiepidêmicos, como máscaras, para o Estado de São Paulo, o mais afetado pela Covid-19, bem como para à Associação Chinesa de Manaus e à comunidade local.

De acordo com Alex Chen, diretor comercial da Gree Brasil, a empresa está participando ativamente de empreendimentos públicos na cidade de Manaus. “Neste momento, é nosso dever, como empresa instalada na cidade e como cidadãos, ajudar nossa comunidade local”, afirma Chen.

Liminar isenta associadas da Abrava de cumprir rodízio em SP

Empresas associadas da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) estão liberadas do rodízio de veículos na cidade de São Paulo, conforme determina uma liminar expedida pelo desembargador Jacob Valente, na última quarta-feira (13), a pedido do departamento jurídico da entidade patronal.

Com essa decisão, seus associados poderão circular todos os dias pelas ruas da capital sem serem multados pelas autoridades. No mandado de segurança, a Abrava sustentou que suas representadas exercem atividades essenciais à vida, como a manutenção preventiva e corretiva de sistemas de ventilação e ar condicionado.

A liminar ainda determinou que a administração municipal disponibilize meios para que as associadas da Abrava cadastrem os veículos utilizados em suas operações durante a pandemia de covid-19.

O desembargador observou que o decreto que impôs o rodízio não dispôs sobre os veículos utilizados nas atividades ligadas à refrigeração e climatização, de inegável importância, inclusive, no que tange aos serviços hospitalares e de necrotério e, por isso, concedeu a tutela, desde que utilizados por funcionários em efetivo serviço.

Para ler a decisão judicial, clique aqui.

Midea Carrier doa condicionadores de ar para novo centro de combate ao Covid-19, em São Paulo

A Midea Carrier doou 56 aparelhos de ar condicionadores para o novo Centro de Tratamento de combate ao Covid-19. A unidade hospitalar está sendo construída em anexo ao Hospital M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, na zona sul da capital paulista.

A prefeitura de São Paulo em parceria com a Ambev, Gerdau e o Hospital Albert Einstein anunciaram a construção do novo centro hospitalar que deve criar mais 100 leitos para o tratamento da Covid-19, exclusivamente para atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), em um espaço erguido em menos de 30 dias.

A entrega do novo centro de tratamento está prevista para o dia 30 de abril. Pelo menos 40 leitos serão entregues nos primeiros 20 dias de construção. Os 56 aparelhos de Ar Condicionado Springer Midea Inverter doados pela Midea Carrier foram destinados à unidade semi-intensiva e à unidade de terapia intensiva.

“A Midea Carrier está empenhada em colaborar para o combate à doença no Brasil. Com esta doação esperamos contribuir para o rápido restabelecimento dos pacientes, principalmente, para o controle da temperatura e umidade, ajudando a garantir o conforto da equipe médica e das pessoas internadas, além de minimizar a proliferação de infecções”, afirma Simone Camargo, diretora de marketing da Midea Carrier.

Sistemas de ar condicionado precisam ser desinfectados, alerta Asbrav

A Associação Sul-Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav) divulgou hoje (7) um alerta para que as empresas, seja do comércio, indústria ou prestação de serviço estejam atentas a esse cuidado técnico no momento em que começam a ser retomadas as atividades em muitos locais.

O isolamento social, que tem obrigado muitos estabelecimentos a permanecerem fechados por tão longo tempo, fez com que não houvesse uso dos sistemas de ventilação e climatização. “Na retomada das atividades econômicas faz-se necessário que os ambientes ocupados, bem como os sistemas de ventilação e climatização sejam desinfectados e que passem por manutenção rigorosa antes de entrarem em operação”, diz a entidade.

O tema vem sendo tratado pela entidade junto ao Conselho Nacional de Climatização e Refrigeração (CNCR) formado por 14 entidades e obteve o aval Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Os sistemas de ventilação, filtragem e distribuição de ar e tecnologias de desinfecção têm até mesmo o potencial de limitar a transmissão de patógenos pelo ar e, assim, quebrar a cadeia de infecção, desde que tenha adequado plano de manutenção, operação e controle (PMOC)”, ressalta a Asbrav.

“Para tanto, existe uma lei federal, 13.589/10 e normas técnicas nacionais e internacionais. A ventilação e a filtragem, fornecidas pelos sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado, podem reduzir a concentração de SARS-CoV-2 no ar e, portanto, a risco de transmissão”, acrescenta.

Governo amplia lista de serviços essenciais e inclui HVAC-R

Governo ampliou a lista de serviços essenciais que podem funcionar durante pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

O decreto Nº 10.329, afirma que o rol de atividades essenciais acrescido pelo novo decreto “foi objeto de discussão e avaliação multidisciplinar por colegiado composto por representantes das áreas da vigilância sanitária, da saúde, do abastecimento de produtos alimentícios e de logística”.

O texto frisa que sua edição considera medida cautelar do Supremo Tribunal Federal (STF) que referendou a interpretação de que o presidente da República poderá dispor, desde que preservada a atribuição de cada esfera de governo, sobre serviços públicos e atividades essenciais.

Veja serviços que podem funcionar a partir de agora:

Atividades de produção, distribuição, comercialização, manutenção, reposição, assistência técnica, monitoramento e inspeção de equipamentos de infraestrutura, instalações, máquinas e equipamentos em geral, incluídos elevadores, escadas rolantes e equipamentos de refrigeração e climatização;

Transporte, armazenamento, entrega e logística de cargas em geral;

Serviços de comercialização, reparo e manutenção de partes e peças novas e usadas e de pneumáticos novos e remoldados;

Serviços de radiodifusão de sons e imagens;

Atividades exercidas por empresas start-ups;

Comércio de bens e serviços, incluídas aquelas de alimentação, repouso, limpeza, higiene;

Manutenção e assistência técnica automotivas, de conveniência e congêneres;

Locação de veículos;

Atendimento ao público em agências bancárias;

Trânsito e transporte interestadual e internacional de passageiros;

Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica,

Produção, distribuição, comercialização e entrega, realizadas presencialmente ou por meio do comércio eletrônico, de produtos de saúde, higiene, limpeza, alimentos, bebidas e materiais de construção;

Guarda, uso e controle de substâncias, materiais e equipamentos com elementos tóxicos, inflamáveis, radioativos ou de alto risco;

Fiscalização tributária e aduaneira federal;

Produção de petróleo e produção, distribuição e comercialização de combustíveis, biocombustíveis, gás liquefeito de petróleo e demais derivados de petróleo;

Atividades de representação judicial e extrajudicial, assessoria e consultoria jurídicas

Atividades de processamento do benefício do seguro-desemprego e de outros benefícios relacionados, por meio de atendimento presencial ou eletrônico;

Atividades de produção, exportação, importação e transporte de insumos e produtos químicos, petroquímicos e plásticos em geral.

Atividades siderúrgicas e cadeias de produção do alumínio, da cerâmica e do vidro;

Atividades de lavra, beneficiamento, produção, comercialização, escoamento e suprimento de bens minerais;

Produção, transporte e distribuição de gás natural;

Funcionamento de indústrias químicas e petroquímicas de matérias-primas ou produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas.

Prosperando em meio à crise

A pandemia de covid-19, infecção respiratória provocada pelo novo agente do coronavírus (Sars-CoV-2), deve causar prejuízo de R$ 320 bilhões a empresas e corte de 6,5 milhões de empregos no País, revela um estudo encomendado pela Confederação Nacional de Serviços (CNS).

Segundo a pesquisa, os prestadores de serviços fazem parte do segmento que deve ser justamente o mais castigado pela paralisação da economia, que também afeta gravemente a indústria e o comércio, logicamente.

“O cenário é preocupante”, afirma o diretor geral da Zeon, Marcos Machado. Devido à crise, o empresário diz que as vendas das lojas de refrigeração e ar condicionado localizadas na região central da capital paulista caíram mais de 50%.

“A situação não está fácil para as empresas do ramo”, lamenta o vendedor técnico Francisco Ribeiro dos Santos, da Disparcon.

Em Curitiba, as vendas da Girelli Refrigeração chegaram a desabar 80% após as medidas de isolamento adotadas na capital paranaense. “A inadimplência também atingiu níveis insuportáveis”, informa o comerciante Edson Girelli.

“Mas, de uma forma geral, nossa empresa continua saudável. Temos conhecimento, estoque organizado e uma boa carteira de clientes. Uma hora essa tempestade vai passar”, acrescenta.

Engenheiro mecânico Edson Girelli, da Girelli Refrigeração | Foto: Divulgação

Engenheiro Edson Girelli, da Girelli Refrigeração | Foto: Divulgação

Os instaladores também sentem os impactos da pandemia em seus negócios. “Eu estava no Mato Grosso para realizar a instalação de 24 máquinas piso-teto numa academia e tive de voltar para São Paulo”, revela o refrigerista Dáurio Almeida, da instaladora Climar, de São Caetano do Sul (SP).

“Mas isso é coisa passageira. Se todo mundo obedecer [às medidas de distanciamento social], sairemos dessa situação sem muita sequela”, ameniza.

Na tentativa de conter a disseminação do novo coronavírus, “muitos condomínios paulistanos já estão impedindo a entrada de prestadores de serviços”, diz o instalador autônomo Carlos Djones.

“Muitas obras estão paradas por completo, até mesmo porque boa parte dos moradores está em home office e não quer barulho em seus apartamentos”, completa o refrigerista.

Instalador Carlos Djones | Foto: Arquivo pessoal

Instalador Carlos Djones | Foto: Arquivo pessoal

Vencendo a crise

Apesar da brusca redução da atividade econômica provocada pela pandemia, uma parte da indústria está produzindo mais agora, como os fabricantes de materiais hospitalares e de produtos de higiene.

Com tanta gente cozinhando em casa, o setor de supermercados tem assistido a um aumento significativo da demanda.

O estudo encomendado pela CNS mostra que os segmentos de tecnologia da informação, de saúde pública e privada e os serviços públicos, ao contrário, devem ter manutenção ou aumento de renda e de postos de trabalho nos próximos meses.

Somente as empresas do ramo de saúde e assistência social devem ter um incremento de quase R$ 7 bilhões em seu faturamento em 2020.

Mesmo no meio da crise, enfim, alguns setores da economia seguem até prosperando. Particularmente, a área de saúde ainda tem gerado postos de trabalho em segmentos ligados à operação de clínicas e hospitais, como manutenção predial e instalação de ar-condicionado.

Por sinal, negócios fechados com esse segmento têm salvado muita gente. Esse é o caso do instalador fluminense Daniel Suiço, que diz ter dado “a sorte de pegar uma obra de emergência numa base do Samu” no Rio de Janeiro.

Em função do contrato de instalação de splits e manutenção mensal de equipamentos com fluxo de refrigerante variável (VRF) na unidade, o lucro da sua empresa mais que dobrou. “Já vou ter de mudar de MEI para Ltda”, comemora.

Quem também deixará de ser microempreendedor individual para ser dono de uma empresa limitada – ou seja, com limite de faturamento maior – é Fernando Câmara, outro profissional fluminense.

No atual período de quarentena, “assinei cinco contratos de manutenção de splits com academias e escolas particulares”, revela.

Os negócios da Circuito Climatização, de Belo Horizonte, também seguem crescendo. “Estamos entregando as instalações de splits e sistemas VRF que já estavam em andamento e pegando novas obras, incluindo tribunais, clínicas e hospitais. Até o fim do ano, vamos contratar mais pessoas para nossa equipe de campo”, afirma a empresária Leylla Lisboa.

Mantenedores de sistemas de ar condicionado de data centers e de agências bancárias também não pararam. “Estamos trabalhando normalmente”, informa o refrigerista Dener Mafra, que presta serviços a um grande banco e dá aulas de climatização e refrigeração na Escola Piping, em Santo André, na Grande São Paulo.

“Não paramos um dia sequer durante a pandemia”, diz o empresário Wanderson Barros, que possui uma empresa de vendas de equipamentos de ar condicionado e outra de projeto, instalação e manutenção em Sorocaba (SP).

O segredo, segundo o empreendedor, foi ter adaptado seus negócios à nova realidade, oferecendo aos clientes contratos de manutenção com preços mais atrativos e parcelamento dos valores dos serviços.

“Estamos ligando para todos os clientes para os quais fizemos instalações nos últimos anos e informando sobre a necessidade da manutenção preventiva em seus ares-condicionados”, relata.

E para “obras com orçamento em fase de aprovação, também passamos a oferecer descontos”, diz.

Em São Bento do Sul (SC), o empresário Odenir Marcelo de Oliveira diz que sua empresa ficou parada durante sete dias no início da quarentena, mas, “após muitas solicitações e com autorização do comando da Polícia Militar, começamos a realizar, inicialmente, serviços emergenciais”.

Logo após a liberação das atividades da construção civil no estado, também retomamos a prestação de serviços de climatização e conseguimos pegar mais 12 obras novas”, ressalta o refrigerista, salientando que como empreendedores, temos de nos reinventar todos os dias”.

Para superar o cenário econômico adverso, Oliveira investiu na divulgação de seus serviços em redes sociais – Instagram, principalmente –, a fim de disseminar informações sobre saúde, com foco na higienização de equipamentos, além de reorganizar a logística da sua empresa, contratando motoboys para a entrega de peças e acessórios a clientes finais e técnicos.

Refrigerista Odenir Marcelo de Oliveira

Odenir Marcelo de Oliveira | Foto: Arquivo pessoal

O volume de consertos de linha branca e de equipamentos de climatização cresceu 50%, o que também nos levou a contratar mais profissionais de refrigeração”, completa.

Mas não é só em Santa Catarina que o segmento de reparos de eletrodomésticos da linha branca tem crescido. “Nesse período de quarentena estou fazendo muitos serviços de limpeza e higienização de aparelhos de ar condicionado e lavadoras”, informa Hadriano Araújo Pio, da oficina ADR Refrigeração, de Teresina (PI).

Muitos profissionais de arquitetura também continuam trabalhando normalmente, segundo Bruno Moura, do escritório paulistano Blaia e Moura Arquitetos.

Ainda que remotamente, prosseguimos realizando os projetos iniciados antes da crise e fazendo orçamentos para apresentar aos clientes”, destaca o arquiteto.

Pandemia aumenta procura por serviços de manutenção doméstica

A demanda por serviços de manutenção doméstica, principalmente de aparelhos de ar-condicionado, geladeiras e freezers, está aumentando no País por causa da pandemia de covid-19.

Desde que as medidas de isolamento social foram impostas por governos estaduais e municipais, a busca por assistência técnica no aplicativo GetNinjas têm aumentado.

Para o CEO da plataforma, Eduardo H’otellier, condicionadores de ar e refrigeradores estão entre os “itens indispensáveis para o momento de quarentena”, conforme explicou recentemente à reportagem do Agora São Paulo, jornal do grupo Folha.

Antes da crise do coronavírus, porém, o mercado de reparos em eletrodomésticos da linha branca já estava aquecido, segundo o refrigerista André dos Santos, da oficina Consertolândia, em Ourinhos (SP).

“Em 2019, houve crescimento desse setor e, para os bons profissionais, o nicho de manutenção está sempre em alta. Enfim, o cenário continua favorável para os técnicos que buscam estar sempre se aprimorando e adquirindo conhecimento”, diz.O técnico André dos Santos diz que setor de manutenção está aquecido

“O setor de reparos em linha branca no Brasil tem crescido ano a ano, principalmente em épocas de crise, em que o conserto passa a ser a primeira opção do consumidor, que tende a adiar a compra de um produto novo”, acrescenta.

Mas nem tudo são flores. Apesar da modernização dos equipamentos, “os fabricantes do segmento deixaram a qualidade um pouco de lado”, avalia.

“A tubulação interna dos refrigeradores e freezers é um problema sério a se pensar e resolver com urgência. Hoje, se o consumidor precisar deixar um refrigerador ou um freezer parado por por um certo tempo, o risco de o equipamento não gelar mais é grande, pois toda a tubulação interna fica corroída, uma situação que não ocorria nos eletrodomésticos fabricados antigamente”, explica.

“As fábricas desenvolvem os produtos e fazem testes repetitivos, mas é no dia a dia que o bicho pega”, diz o empresário, lembrando que, atualmente, “a maioria das indústrias não tem o controle de qualidade como antigamente”.

“Muitas escondem recalls. Nós lidamos todo o tempo com esta realidade. Além disso, o consumidor não lê manual e, quando o produto apresenta defeito, procura um serviço barato ou informações no YouTube. Embora haja grandes profissionais postando vídeos úteis na plataforma, tem muito picareta que só busca likes e prejudica o trabalho de quem trabalha corretamente”, relata.

As empresas e profissionais de assistência técnica também enfrentam dificuldades para encontrar peças no mercado, tanto em lojas grandes como em pequenos estabelecimentos, revela o refrigerista.

Sem citar nomes, André dos Santos alerta que há fabricantes fornecendo peças somente para cinco ou dez fornecedores no Brasil todo. “Isso nada mais é do que um tiro no pé, pois os profissionais acabam não indicando essas marcas a seus clientes”, afirma.

 

O frio que ajuda a curar

A pandemia de covid-19 que assola o País trouxe à tona uma questão nem sempre lembrada pela população, sequer em tempos normais: a necessidade de se armazenar com a devida refrigeração a grande maioria dos medicamentos, principalmente os injetáveis.

No caso das vacinas, trata-se de um pré-requisito, alardeado aos quatro ventos pela imprensa fluminense ao relatar, no final de março, que profissionais da saúde locais receberiam em suas casas doses contra influenza H1N1 a serem ministradas no grupo de risco em clínicas, hospitais e condomínios em suas próprias vizinhanças.

Pelo menos uma das fotos estampadas pelos jornais do Rio mostrava uma técnica de enfermagem ostentando uma singela geladeira de isopor contendo no máximo 50 ampolas, limite estabelecido pela secretaria municipal nessa operação pioneira e emergencial.

Contudo, quem atua no HVAC-R ou em laboratório farmacêutico sabe muito bem que a complexidade do tema vai muito além disto, da mesma forma que a conservação de pescados não se resume aos cuidados elementares do pescador no trajeto desde rios e mares até a casa do consumidor.

“Os fornecedores de refrigeração atualmente buscam se aperfeiçoar e adequar seus equipamentos para atender melhor às necessidades do mercado farmacêutico, especificamente o conceito das boas práticas.”

Quem opina é Sonja Helena Macedo Preto Borges, farmacêutica bioquímica, mestre em ciência de alimentos pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que atua profissionalmente na área há 20 anos, inclusive escrevendo livros, ministrando palestras e dando aulas de pós-graduação.

Segundo a especialista, o pleno sucesso do trabalho, tanto dela quanto dos seus muitos colegas espalhados pelo mundo, depende, em boa medida, da qualidade da infraestrutura de frio, segmento no qual a pesquisadora identifica, no Brasil, um amadurecimento crescente, sobretudo após a grande transformação promovida em sua área a partir de 2017.

Mas só vamos chegar a um estágio mais próximo do ideal quando houver um maior conhecimento do HVAC-R sobre as rigorosas diretrizes de qualidade da indústria de fármacos.

Profissional diz que Brasil está se aperfeiçoando ao mercado de medicamentos

Indústria do frio busca aperfeiçoar e se adequar para atender às necessidades do mercado farmacêutico, diz Sonja Borges

Essa deficiência Sonja afirma ser flagrante quando se observa a falta de manutenção adequada, além daquilo que a profissional define como “demais apoios técnicos necessários”. “Mas isso tudo pode ser minimizado com a atuação de pessoal qualificado e com conhecimento técnico para atender tal demanda”, acrescenta.

Em sua análise, tudo depende da decisão estratégica das empresas em preparar de forma adequada o seu corpo técnico, atitude que tende a resultar em parques fabris mais bem instalados e mantidos.

“Hoje, porém, não se pode dizer que exista em nosso País mão de obra especializada em refrigeração de medicamentos. O que temos são bons profissionais atuando em empresas que investem em capacitação e qualidade de serviço nesse campo”, diz a farmacêutica.

O caminho sugerido por ela para um salto qualitativo se baseia na postura de indústrias e técnicos, ao valorizar cursos de aperfeiçoamento e especialização, além de promover e participar intensamente de encontros e reuniões técnicas.

“Melhor controle das áreas de armazenagem dos medicamentos, conforme sua especificação de temperatura, torna-se essencial para garantir qualidade, um cuidado que precisa se estender a todo o processo logístico. Essas são tendências de um caminho sem volta”, prevê.

Ao concluir seu raciocínio, a expert resume em três pilares a receita para o surgimento de uma nova realidade, que só tem a beneficiar todos os elos da cadeia produtiva, chegando inevitavelmente às unidades de saúde e, em última análise, à casa do consumidor. “Qualificação de equipamentos, pessoal igualmente qualificado e boas práticas”, sentencia a doutora.

 Mão na massa

No mesmo Rio de Janeiro, onde as vacinas contra a gripe estão chegando de forma segura às casas dos idosos, mesmo transportadas rapidamente em geladeiras de isopor, um profissional do HVAC-R, que há mais de 30 anos se dedica a atender o setor farmacêutico, sabe perfeitamente que estoque e locomoção de medicamentos por períodos prolongados requer cuidados bem maiores.

Bastante conhecido pelos clientes e colegas, inclusive de outros estados, Vandic Robson da Rocha é o que se pode chamar de uma referência nesta seara.

Engenheiro mecânico, com extensão universitária em ar condicionado e dois MBA, ele começou como técnico e hoje é sócio-diretor da carioca Set Frio.

Ao avaliar a possibilidade de tempos promissores no segmento que foi um dos primeiros a abraçar, ele considera a cadeia de construção de estruturas e equipamentos de HVAC-R para vacinas e medicamentos realmente em ritmo de expansão.

“Isso vem acontecendo em função do crescimento das políticas públicas de inclusão e o crescimento das redes de saúde, com a aquisição de empresas menores por grupos investidores”, analisa o profissional.

Engenheiro exalta expansão na área de medicamentos

Cadeia do frio para vacinas e medicamentos está em expansão, revela Vandic Rocha, da Set Frio Engenharia

No entanto, ele se preocupa com a curva de aprendizagem para empresas desse segmento, o que pode dificultar a execução de grandes trabalhos na área. “Quem já tiver um projeto pronto para oferecer a este mercado sairá na frente”, analisa.

Para contornar essa dificuldade, ele aconselha o mercado a contratar um projeto básico e ter disponíveis em sua equipe técnica profissionais com experiência em montagem de unidades de grande porte, dotadas de uma boa automação.

Até mesmo, porque não será da noite para o dia que o número ideal de players nacionais especializados nesde tipo de fornecimento chegará ao mercado. “Investidores e empresários contratam empresas que já têm expertise na área, reduzindo a concorrência, o que acaba criando uma barreira natural”, reconhece.

Porém, de uma forma geral, Vandic define o parque nacional voltado à produção desses equipamentos plenamente apto a satisfazer as necessidades especialíssimas de quem produz itens comprometidos com a saúde humana.

Mas a consolidação desse quadro ele vincula, necessariamente, à ampliação da rede de instaladores e projetistas do HVAC-R especializados no segmento, com pleno domínio dos aspectos automação e monitoramento na cadeia do frio (câmara, antecâmera, transporte), bem como dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) para atender a legislação e as resoluções RDC, da Anvisa, relacionadas às boas práticas do setor farmacêutico.

Para Vandic, conta igualmente a favor desse grande campo a ser explorado a padronização de instalações nos âmbitos municipal, estadual e federal, o que permite a adequação e padronização de sistemas de média e baixa temperatura, em que o custo de energia ainda é muito alto. “A empresa que incluir em seu projeto geração fotovoltaica on grid terá um diferencial competitivo”, exemplifica.

Finalmente, para atualizar da mesma forma o contingente de profissionais capazes de atuar com sucesso neste nicho tão específico, o especialista defende a intensificação da rede Jovem Aprendiz, além da realização de cursos focados nas áreas farmacêutica e hospitalar, abordando tanto projeto quanto instalação e monitoramento remoto de sistemas.

Dono da Engefrio morre de covid-19

O empresário pernambucano Elpídio Martins, 74, morreu na madrugada da última quarta-feira (15), vítima da covid-19. Ele estava internado na Unidade Intensiva do Hospital Português, no Recife, onde ficou 17 dias resistindo à doença.

Elpídio ganhou notoriedade no ramo empresarial após criar a Engefrio, atualmente uma das grandes referências no setor de varejo.

Além disso, conciliava a ocupação com a presidência na concessionária Honda Pernambuco e um empreendimento de venda de suprimentos para a aplicação de sistemas de ar-condicionado.


Fonte: Folha de Pernambuco

Midea Carrier doa condicionadores de ar para centro de combate à covid-19

A Midea Carrier, líder em equipamentos de climatização e maior fabricante de eletrodomésticos do mundo, doou 56 aparelhos de ar condicionadores para o novo centro de tratamento de combate à covid-19. A unidade hospitalar está sendo construída em anexo ao Hospital M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, na zona sul da capital paulista.
A prefeitura de São Paulo, em parceria com a Ambev, Gerdau e o Hospital Albert Einstein, anunciaram a construção do novo centro hospitalar que deve criar mais 100 leitos para o tratamento doença respiratória, exclusivamente para atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), em um espaço erguido em menos de 30 dias.
A entrega do novo centro de tratamento está prevista para o dia 30 de abril. Pelo menos 40 leitos serão entregues nos primeiros 20 dias de construção. Os 56 aparelhos de ar condicionado Springer Midea Inverter doados pela Midea Carrier foram destinados à unidade semi-intensiva e à unidade de terapia intensiva.
“A Midea Carrier está empenhada em colaborar para o combate à doença no Brasil. Com essa doação, esperamos contribuir para o rápido restabelecimento dos pacientes, principalmente, para o controle da temperatura e umidade, ajudando a garantir o conforto da equipe médica e das pessoas internadas, além de minimizar a proliferação de infecções”, afirma Simone Camargo, diretora de marketing da Midea Carrier.