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Problemas de refrigeração estragam centenas de vacinas em Portugal

Doses eram destinadas a profissionais de saúde.

Cerca de 600 vacinas contra a covid-19 ficaram inutilizadas devido a uma “utilização inadequada dos sistemas de refrigeração da farmácia do hospital”, disse o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), que avalia apresentar um processo-crime.

Num esclarecimento enviado à agência Lusa, o CHTS, que inclui os hospitais de Penafiel e Amarante (cidades portuguesas do distrito do Porto), indica que o conselho de administração “ordenou de imediato a abertura de um processo de inquérito, para apuramento detalhado do sucedido e das respetivas responsabilidades”.

O hospital deu indicações para reforçar a vigilância às vacinas e revelou estar “em avaliação a apresentação de participação por eventual processo crime”.

Segundo a fonte, o problema ocorreu com 113 frascos (cada um daria para cinco ou seis vacinas) que tinham chegado na segunda-feira ao hospital e deviam ter sido administradas na terça-feira.

O CHTS sediado em Penafiel informa “que, assim que teve conhecimento do problema”, na manhã de terça-feira, realizou diversas diligências de forma a que sejam repostas rapidamente as vacinas inutilizadas”.

“As vacinas devem chegar já hoje, procedendo-se à vacinação imediata dos profissionais até sábado”, assegura o CHTS.

O hospital indica, por outro lado que, “atendendo à sensibilidade que esta questão comporta e à sua relevância social, foram ainda determinadas medidas reforçadas de vigilância permanente no local, sempre que existam vacinas para ser administradas”.

A mesma fonte diz ser de “lamentar profundamente, uma vez que, quer no CHTS quer em toda a rede do SNS, são fornecidas instruções de trabalho específicas para o seu manuseamento”.

Fonte: RecordTV Europa

HVAC-R dá lição de resiliência na crise

Fábrica de equipamento de HVAC-R

Conjuntura econômica adversa impõe novos desafios às companhias do setor.

Veja a edição completa

No início da pandemia de covid-19, o setor praticamente parou. Entre março e junho do ano passado, a crise econômica provocada pela emergência sanitária derrubou a produção e as vendas do HVAC-R em pelo menos 50%, afetando, inicialmente, o comércio e, depois, a indústria, o que gerou uma necessidade geral de refinanciamentos ou alongamento de prazos de pagamento.

Os fabricantes, basicamente, consumiram sua carteira de pedidos e, depois disso, paralisaram a produção, enquanto os lojistas queimaram os estoques para se financiar. A partir de julho, os negócios voltaram a fluir e, em setembro, houve recuperação geral de demanda, mesmo com dificuldades relacionadas a aquisições de matérias-primas. É o que relatam companhias ouvidas pela Revista do Frio.

“Quando se reduz a produção de 70% a 80%, é necessário multiplicar a produção de três a quatro vezes para voltar ao nível anterior, o que não é fácil. O risco agora é que essa recuperação se transforme em uma bolha de demanda”, observa Peter Young, diretor regional de vendas da Danfoss do Brasil.

Embora 2020 tenha sido um ano extremamente duro para o setor produtivo, “estamos com expectativa de alcançar um pequeno crescimento em relação aos resultados de 2019”, ressalta o executivo. Young avalia que, mesmo diante de muitos desafios durante o ano passado, “não houve quebra na logística interna, fato que levou a maioria das empresas a conseguir operar normalmente. A flexibilização das normas de trabalho, o banco de horas e a redução de jornada também contribuíram para amenizar os efeitos da pandemia”.

A situação crítica exigiu mudanças – algumas profundas – na forma como as organizações fazem a gestão de seus negócios. “Como praticamente todas as empresas do setor, tivemos uma queda brusca de demanda e consequente queda de faturamento”, revela o diretor geral da Mastercool, André Oliveira, salientando que a empresa fez “os ajustes necessários nos custos, mas não suspendemos nossos compromissos, como a manutenção dos estoques, lançamento de produto e outros”.

O executivo explica que, “dessa maneira, fomos recompensados com a chamada recuperação em V, pois quando a demanda voltou a crescer já estávamos preparados para atendê-la”.

O gerente de produto da área de climatização da Midea Carrier, Gustavo Martins de Melo, acredita que os fabricantes, “de uma forma geral, priorizaram a saúde dos colaboradores e a manutenção de recursos para evitar as demissões”.

“Financeiramente, tivemos de mudar a estratégia, pois os reflexos da pandemia, como o lockdown em várias cidades, redução de carga horária de trabalho e distanciamento social, impactaram na comercialização de condicionadores de ar. Com o relaxamento [das medidas restritivas] e a reabertura do varejo, pudemos perceber uma melhora nas vendas.”

Ao mesmo tempo, fabricantes e prestadores de serviços também começaram a aproveitar algumas oportunidades relacionadas às atividades essenciais, como climatização de hospitais, tratamento e qualidade do ar interno (QAI) e cadeia do frio alimentar.

Segundo o diretor comercial da Gree, Alex Chen, o mercado de climatização residencial também se manteve forte durante 2020 “Houve até um crescimento em comparação com o ano anterior, e a Gree vem acompanhando esse progresso”, diz. Mas a grande “surpresa veio no mercado comercial de VRF, na qual o resultado acumulado [de expansão para a Gree] supera os 20%, também em comparação com 2019”.

O diretor comercial e marketing da Johnson Controls-Hitachi do Brasil, Carlos Lima, lembra que “o mercado de ar condicionado é muito amplo no sentido de aplicação de seus produtos. Com isso, o impacto [da pandemia] nos negócios de forma negativa não aconteceu na totalidade da cadeia desse setor”. “Eu diria que, diante de todos os impactos que a pandemia trouxe para todo o mundo, a indústria de refrigeração e ar condicionado certamente não foi das mais afetadas”, afirma o diretor de negócios da Emerson no Brasil, André Martins Stoqui.

“Entendo que o HVAC-R, por fazer parte de uma indústria essencial, tenha sofrido menos, a ponto de não precisar se apoiar tanto nas ações do governo, como foi o caso de outros setores, a exemplo do varejo não alimentício e dos trabalhadores autônomos”, explica. Os dados do desempenho do HVAC-R brasileiro em 2020 ainda não foram consolidados. Todavia, sua performance será melhor que a dos demais setores da economia, conforme prevê o presidente da Abrava, Arnaldo Basile.

“Talvez os resultados não sejam os projetados no início do ano [passado], mas o saldo é positivo, como pode ser constatado nos índices da retomada das atividades industriais”, argumenta. O Índice de Confiança do Empresário (ICEI), por exemplo, avançou em 22 dos 30 setores da indústria pesquisados em novembro, e o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,7% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, confirmando a saída do Brasil da chamada recessão técnica.

“Os dados do fechamento do terceiro trimestre mostram um PIB abaixo do esperado, mas também apresentam números que indicam a retomada da economia. O cenário ainda aponta variações, porém temos boas expectativas para 2021”, diz.

 

O que vem por aí

Apesar da pandemia e da conjuntura econômica ainda adversa, boa parte das empresas do está otimista em relação ao novo ano. “O compromisso, a dedicação e a resiliência de nossa equipe no enfrentamento das adversidades em 2020 nos permitiram seguir em uma posição de destaque no mercado, e os planos estratégicos executados durante o período nos ajudaram a enfrentar a realidade do mercado atual e também a nos fortalecer para emergirmos robustamente no longo prazo”, destaca o gerente geral da Trane no Brasil, Diogo Pires Prado “Apesar das incertezas quanto à evolução da pandemia no decorrer de 2021 e também quanto às aprovações de reformas e projetos econômicos tanto aguardadas, seguimos otimistas e confiantes com uma evolução bastante positiva neste ano”, acrescenta.

O gerente de vendas da área de cadeia do frio da Emerson, Jonathan Pretel, diz que a empresa está “apostando numa retomada importante do mercado”, salientando que “a aprovação das vacinas [contra a covid-19] ao redor do mundo tende a impulsionar ainda mais o setor”.

“Acreditamos que haja demandas reprimidas, devido às incertezas vividas em 2020, e que, diante de um cenário mais otimista, irão se concretizar, fazendo com que 2021 tenha potencial para ser um bom ano para o mercado nacional e para a Emerson, uma vez que estamos prontos para atender a essa demanda”, revela.

O gestor lembra que “ainda existe muita incerteza com relação ao impacto econômico do fim do auxílio emergencial, mas também parece haver um maior consenso da classe política em torno de reformas importantes que ajudarão a sustentar o crescimento do País, como a reforma tributária”.

Trabalhador da Industria de HVAC-R

Pandemia afetou produção e negócios na indústria de refrigeração de ar condicionado durante 2020

A maior conscientização do setor acerca de questões de ordem ambiental também deve continuar estimulando a expansão do segmento de regeneração de fluidos refrigerantes em 2021.

“Tivemos um crescimento significativo em 2020 e acreditamos que esse crescimento continuará neste ano”, diz o assessor técnico da Recigases, Jorge Colaço

Ele salienta que “muitas pessoas e empresas no Brasil já se comprometeram com as metas da Emenda de Kigali [ao Protocolo de Montreal] e estão percebendo que elas não são atingíveis se o recolhimento e a regeneração dos fluidos refrigerantes não se tornar prática comum no mercado”.

O ano totalmente atípico também impulsionou os negócios da Full Gauge Controls, que fez mudanças estratégicas na sua gestão logo no início da pandemia e colheu resultados além dos projetados.

“A primeira grande notícia é o investimento em mais uma linha completa de montagem para a produção, composta por máquinas japonesas de última geração para montagem automática de circuitos eletrônicos, as quais estarão operando a pleno vapor já a partir de fevereiro”, revela o empresário Antonio Gobbi.

“Somando o valor delas ao que foi investido em infraestrutura para recebê-las, incluindo a obra de expansão da fábrica, o montante ultrapassará os R$ 10 milhões. Estamos falando de uma linha completa de SMT (tecnologia para montagem de circuitos eletrônicos) que triplicará nossa capacidade atual de produção.”

Segundo o executivo, a companhia não só manteve todos os empregos dos cerca de 300 funcionários, como também aumentou esse quadro em 20% no ano passado. “Esses funcionários já estão integrados à empresa desde agosto. Além deles, iremos aumentar em cerca de 30% nosso quadro na fábrica por causa da demanda gerada pelo aumento das linhas de produção em função das novas máquinas”, informa Gobbi, lembrando que a Full Gauge Controls registrou recorde de faturamento – cerca de 12% maior – no ano passado.

Como não poderia deixar de ocorrer em ano de Febrava, a Full Gauge Controls já está preparando lançamentos para expor na grande vitrine latino-americana da indústria de climatização e refrigeração. A empresa pretende apresentar no evento novidades na linha de aquecimento solar e novos produtos da linha Rackontrol. “Também teremos grandes surpresas em relação ao software Sitrad Pro”, antecipa o diretor da companhia.

Ao que tudo indica, o ano de 2021 promete ser movimento em termos de lançamentos. A área de ar condicionado comercial leve (CAC) da LG Eletronics, por exemplo, pretende introduzir no mercado brasileiro o Cassete 1-via Single. Segundo a gerente do segmento, Graziela Yang, trata-se de um “equipamento supercompacto (apenas 13,2 cm de altura) e com design moderno e elegante”.

De acordo com o executivo de vendas de linha branca e condicionador de ar multinacional coreana no País, Marcel Souza, outro grande lançamento da LG será a nova linha de purificadores de ar Puricare 360º.

“Esses aparelhos purificam o ar de todo o ambiente em 360º, contam com a exclusiva tecnologia Virus Defense, que elimina 99,9% de vírus e bactérias do ar, e com seu poderoso filtro Safe Plus eliminam até 99,999% de micropoeiras do ar, além de alergênicos, odores, fumaças e gases nocivos no ambiente”, informa.

Os prestadores de serviços também estão otimistas em relação a 2021. “Como nosso ramo de atividade se tornou serviço essencial devido às manutenções preventivas e limpezas nos sistemas de climatização, as pessoas estão se conscientizando que o aparelho de ar condicionado tem de ser limpo por um profissional da área com produtos antibactericidas, conforme as normas estabelecidas pela Anvisa”, lembra a diretora comercial da JC Ar Condicionado, Juliana Barbosa Paneque.

“Tenho certeza que em 2021, o número de clientes tende a aumentar, em decorrência da conscientização dos consumidores e da ajuda da mídia como um todo, que vem enfatizando a importância da limpeza do condicionador de ar”, completa.

Fabricantes de tecnologias para o segmento de ar condicionado automotivo, porém, não estão muito animados. “Fazendo um balanço dos resultados [ainda não consolidados] de 2020 e, principalmente, observando as incertezas sobre tudo em função da pandemia de covid-19, nossa expectativa para 2021 é um tanto conservadora”, diz o coordenador e instrutor do centro de treinamento da Royce Connect, José Roberto Rodrigues, ressaltando que, apesar da pandemia, “nossa empresa está preparando o lançamento de um novo investimento para 2021, a inauguração de uma filial e mais um centro de distribuição de produtos”.

Economia global deve crescer 4% em 2021

O Produto Interno Bruto (PIB) do planeta deve crescer 4% neste ano. A previsão consta de um relatório do Banco Mundial divulgado no início de 2021. O documento, entretanto, alerta que o aumento das infecções por covid-19 e atrasos na distribuição das vacinas podem limitar a recuperação para apenas 1,6%.

A previsão semestral da instituição mostrou que o colapso na atividade econômica, devido à pandemia do novo coronavírus, foi ligeiramente menos grave do que o previsto anteriormente, mas a recuperação também estava mais moderada e ainda sujeita a consideráveis riscos negativos.

Mais de 85 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus e quase 1,85 milhão morreram desde que os primeiros casos foram identificados na China, em dezembro de 2019.

A pandemia deve ter efeitos adversos duradouros na economia global, agravando uma desaceleração já projetada antes do início do surto, e o mundo pode enfrentar uma “década de decepções com o crescimento”, a menos que reformas abrangentes sejam implementadas, alerta o Banco Mundial.

 

Frigelar doa câmara fria para conservar vacinas e insumos contra covid-19

Camara fria EOS doada à Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul pela Frigelar | Foto: Fayller Augusto Aprato/Divulgação

Enquanto o estado do Rio Grande do Sul prepara a logística para imunização contra a covid-19, uma força-tarefa segue sendo colocada em prática para garantir a conservação de medicamentos e equipamentos médicos.

Recentemente, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) recebeu a doação de uma câmara frigorífica EOS de aproximadamente 90 m³, o suficiente para operar com medicamentos, vacinas e kits de intubação usados no tratamento da doença.

Segundo o diretor da assistência farmacêutica, Roberto Schneiders, “ a doação desta câmara fria pela Frigelar aumentará em 15% a capacidade instalada do estado para armazenamento dos medicamentos termolábeis utilizados pela população gaúcha, sobretudo para aqueles que mais necessitam durante a pandemia”.

Fabricada em Cachoeirinha (RS), a câmara frigorífica fornece todas as especificidades para a manutenção da temperatura e demais condições necessárias para que medicamentos, como antibióticos e insulina, vacinas, e kits de intubação, sejam estocados de maneira adequada e segura.

“Nossa empresa tem um compromisso social com as pessoas. A Frigelar segue firme com a sua proposta de fornecer produtos essenciais que garantam a continuidade das atividades de nosso dia a dia, como alimentação, saúde e bem-estar. Somos muito gratos por termos a chance de contribuir mais uma vez para a nossa população”, afirma o presidente da companhia, Alexandre Fiss.

Segundo o comunicado distribuído à imprensa, a Frigelar conta com duas fábricas exclusivas de painéis isolantes e portas frigoríficas, em Cachoeirinha (RS) e em João Pessoa (PB), somando mais de 15 mil m² de área construída.

Zé Cavalo segue intubado, mas se recupera bem da covid-19

O instalador de ar-condicionado José Luiz Borges segue intubado na unidade de terapia intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto (SP), onde se recupera da covid-19 desde sua internação, na última terça-feira (29).

Segundo a esposa do refrigerista, Maria Aparecida Alves Martins Borges, seu quadro de saúde está melhorando. No início da tarde de hoje (2), ela informou que os resultados dos últimos exames do marido, mais conhecido no setor como Zé Cavalo, “são ótimos”.

“Ele não teve febre e está reagindo ao tratamento, embora continue com a respiração fraca, o que é normal, devido ao fato de seus rins não estarem funcionando”, disse.

Por causa disso, Zé Cavalo será submetido, novamente, a uma hemodiálise hoje. “Sua recuperação é lenta, mas está ocorrendo dentro do planejado [pela equipe médica]”, salientou Maria Aparecida, pedindo para que todos os amigos, familiares e colegas de profissão continuem orando por ele “porque Deus está nos respondendo”.

O refrigerista José Luiz Borges testou positivo para covid-19 e está internado na Santa Casa de São José do Rio Preto, a 415 quilômetros de São Paulo

Whirlpool doa ventiladores e máscaras cirúrgicas para hospital paulista

Ações da companhia com foco na luta contra a covid-19 somam mais de R$ 1,4 milhão em Rio Claro

Com o aumento do número de casos de covid-19 pelo Brasil, a Whirlpool, dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid, implementou novas medidas para prestar assistência às comunidades onde está inserida.

Nos últimos dias, foram doados três ventiladores pulmonares para a Santa Casa de Rio Claro, buscando aumentar a capacidade de atendimento na cidade, além de cerca de 30 mil máscaras cirúrgicas também para a Santa Casa.

Desde o início da pandemia, a Whirlpool tem atuado no combate à covid-19 em Rio Claro e suas ações superaram o investimento de mais de R$ 1,4 milhão, entre doações de produtos, respiradores, máscaras cirúrgicas e face shields, além de aporte de R$ 590 mil via Lei de Incentivo ao Idoso, realizado em 2019.

 

A companhia, que comemorou 30 anos na cidade em 2020, também foi patrocinadora das atividades da Orquestra Filarmônica, que com suas lives doou cestas básicas e de higiene para a comunidade, além de reconhecimento a mais de três mil profissionais de saúde.

“Diante do cenário que estamos vivendo e alinhados aos nossos valores, entendemos que nossa responsabilidade vai além das atividades do nosso negócio. Sendo assim, como dona das marcas presentes na maioria dos lares brasileiros, seguimos buscando meios de contribuir para a superação da crise sanitária, prestando suporte a todas as comunidades onde atuamos”, comenta João Carlos Brega, presidente da Whirlpool na América Latina.

Em todo o Brasil, a Whirlpool já doou mais de 600 produtos, mais de 5 mil cestas básicas e de higiene, mais de 530 mil máscaras de pano, cirúrgicas e face shields, este último tipo sendo produzido nas unidades fabris da companhia, além de aportes financeiros a hospitais e instituições sociais, totalizando mais de R$ 6 milhões.

Pandemia eleva preocupação com qualidade do ar em edifícios

Ajustes na operação e manutenção correta das instalações projetadas para manter a temperatura e a umidade do ar em níveis saudáveis e confortáveis em edifícios de uso coletivo, como hospitais, escolas, shoppings e prédios comerciais, podem minimizar o risco de propagação do novo coronavírus, por causa da purificação do ar e melhoria na ventilação e renovação do ar nesses ambientes.

Embora ainda não se saiba muito sobre esse patógeno, os cientistas concordam que o Sars-CoV-2 (novo coronavírus) é altamente contagioso e pode ser transmitido por via aérea, especialmente em locais mal ventilados.

Estudos sugerem que ele se espalha, principalmente, quando pessoas infectadas tossem, espirram ou falam – ações que expelem gotículas respiratórias contendo partículas de coronavírus em combinação com muco ou saliva.

Os cientistas dizem que, se essas gotículas pousarem em superfícies em que podem ser tocadas ou forem inaladas por outras pessoas próximas, elas podem transmitir o coronavírus. Por isso, os protocolos comuns de prevenção são o uso de máscaras, higienização frequente das mãos e distanciamento físico – cerca de dois metros de distância.

Filtro ajuda no controle da propagação do novo coronavírus

Filtragem de ar ajuda a diminuir risco de contaminação em ambientes fechados

Um estudo recente demonstrou que as partículas de coronavírus podem permanecer ativas por até três horas após sua liberação. Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) inicialmente sustentasse que o vírus não poderia se espalhar por meio de aerossóis, recentemente mudou de posição. As diretrizes da OMS agora afirmam que a transmissão aérea do coronavírus é possível.

A reviravolta na OMS ocorreu depois que a agência das Nações Unidas recebeu uma carta aberta de 293 cientistas de todo o mundo pedindo para que reconsiderasse sua posição sobre a transmissão aérea do Sars-CoV-2.

Uma das principais defensoras dessa tese, Lidia Morawska afirma que “o problema não é se a transmissão pelo ar é uma via mais ou menos importante. A chave é onde”.

“Em lugares bem ventilados, isso não é um problema, uma vez que as microgotículas carregadas de vírus são eliminadas de forma rápida e eficiente. Mas se a ventilação não for eficiente, como em muitos lugares públicos cotidianos, essa poderia ser a rota principal de transmissão da doença”, explica.

Alternativa com radiação para evitar o coronavírus

Radiação UV ajuda a descontaminar o ar de ambientes internos

“A lavagem das mãos e a manutenção do distanciamento físico são as principais medidas recomendadas pela OMS para evitar a covid-19. Infelizmente, essas medidas não impedem a infecção por inalação de pequenas gotículas exaladas por uma pessoa infectada e que podem percorrer uma distância de metros ou dezenas de metros no ar e transportar seu conteúdo viral”, adverte a especialista em saúde e qualidade do ar.

Devido a esse fato, gestores de facilities, especialistas em saúde e segurança do trabalho e outros profissionais do ramo têm colocado em prática ações para otimizar a ventilação e o fluxo de ar em ambientes fechados, com o intuito de limitar a disseminação viral.

Este é, portanto, um bom momento para se pensar em como melhorar a qualidade do ar em edifícios, seja modificando significativamente o sistema de climatização ou fazendo alterações físicas para gerenciar melhor o fluxo de ar interno.

Nova cultura

“Estamos passando por uma grande mudança cultural relacionada aos cuidados com o ar que respiramos. As pessoas tomaram mais consciência dos fatores de riscos que um ambiente com ar em más condições podem conter”, avalia o engenheiro Arnaldo Parra, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“Estamos passando por uma grande mudança cultural”, afirma Arnaldo Parra, da Abrava

Segundo o especialista em plano de manutenção, operação e controle (PMOC), “os ocupantes de ambientes climatizados começaram a exigir dos proprietários e locatários de edificações de uso público e coletivo um maior cuidado com a manutenção dos sistemas de ar condicionado, para assegurar que esses ambientes estejam em plenas condições de uso e que não sejam agravantes para contaminações de moléstias variadas”.

De acordo com o engenheiro Mario Canale, diretor de qualidade do ar da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado e Ventilação (Asbrav), os responsáveis por instalações de ar condicionado investiram no aprimoramento dos sistemas de filtragem e no aumento da taxa de renovação do ar, “o que traz uma melhora considerável para a qualidade do ar interno”.

“Os gestores de facilities também estão adotando protocolos de higienização e limpeza dos ambientes. Em determinadas situações, essas medidas foram aprimoradas”, revela.

Na visão do empresário Marcelo Munhoz, presidente do departamento de qualidade do ar de interiores da Abrava (Qualindoor), a pandemia “obrigou todos a darem valor à limpeza dos sistemas de climatização, bem como se adequarem à Lei do PMOC”.

“Aumentar a taxa de renovação de ar nos ambientes internos se demonstrou altamente benéfico para a prevenção do novo coronavírus”, afirma o executivo, salientando que “muitos não sabiam sobre os riscos de se usar um ar-condicionado sem manutenção e sem renovação de ar adequada”.

“Muitas empresas e pessoas não davam valor à QAI, julgando-a como supérflua e apenas como mais um custo desnecessário aos edifícios. Além disso, a sociedade como um todo, que era leiga sobre o assunto, começou a se interessar mais pelo tema e a querer novos produtos”, diz.

Pandemia “obrigou todos a darem valor à limpeza limpeza ativa como lâmpadas UV, filtros eletrostáticos e dos sistemas”, lembra. Marcelo Munhoz, do Qualindoor da Abrava

Segundo o engenheiro de aplicação da Trane, Rafael Dutra, os impactos gerados pela pandemia aumentaram o alerta para a necessidade de edifícios resilientes e saudáveis que atendam os parâmetros de qualidade do ar de interiores de forma consistente com a ocupação a que se propõem.

“Atualmente, o foco da legislação está na limpeza de dutos e troca de filtros. Entretanto, ainda é necessária uma crescente conscientização para as taxas de renovação de ar, graus de filtragem e planos de manutenção adequados. Dessa forma, a demanda por limpeza de dutos e troca de filtros sofreu um aumento significativo, porém a limitação dos sistemas instalados para o aumento de renovação de ar ou filtros mais finos ainda limita o atingimento de um bom grau de qualidade de ar em diversos interiores. Deve-se ainda destacar o aumento de tecnologias de limpeza ativa como lâmpadas UV, filtros eletrostáticos e fotocatalíticos”, destaca.

“Acredito que este seja um tempo de conscientização. Doenças causadas por vírus, bactérias ou fungos fazem parte da nossa realidade. Diante disso, precisamos ter uma postura ativa para a questão da qualidade do ar de interiores, entendendo que essa é uma disciplina que não pode ser negligenciada de forma alguma. Afinal de contas, estamos falando de vidas de pessoas e esse é o nosso maior ativo em qualquer empreendimento”, completa.

Descontaminação do ar

Na avaliação do engenheiro Ricardo Cherem de Abreu, diretor técnico da Dannenge International, o desconhecimento sobre o novo coronavírus ainda “é grande e as recomendações emitidas pelas associações de classe foram tímidas em termos de aplicação de novas tecnologias, como os fotocatalizadores, que dão resposta efetiva para o problema da contaminação aérea”.

“As ações recomendadas – aumentar a renovação de ar, elevar o grau de filtração e usar lâmpada germicida ultravioleta (UV) – são excelentes quando praticáveis e devem ser implementadas, seguramente. O resultado, entretanto, só interfere na concentração de fundo e não dá resposta para a transmissão aérea direta, que pode vir daquele seu colega de trabalho conversando com você frente a frente”, argumenta.

Edifícios também precisam adotar
soluções para minimizar o risco de
transmissão aérea direta do novo
coronavírus, lembra Ricardo Cherem de Abreu, da Dannenge

Segundo especialistas, os sistemas de HVAC potencialmente podem espalhar um vírus pelos ambientes internos quando o ar em alta velocidade flui de uma pessoa infectada para outras, algo que foi demonstrado durante o surto da síndrome respiratória aguda grave, doença causada pelo Sars-CoV-1, em 2004.

“Os sistemas de climatização têm de atuar na diminuição da probabilidade de contaminação, porém, não como hoje estão instalados. Para que eles venham a ser efetivos, é necessário que sejam modificados e/ou suplementados. É preciso considerar agir na concentração de fundo de contaminantes, ou seja, aqueles contaminantes que foram espalhados pela sala através da própria ação do sistema, assim como na concentração de contaminantes na proximidade dos ocupantes, ou seja, que ficam no caminho direto entre uma pessoa que expira e outra que inspira”, ressalta.

“A concentração de fundo pode ser diminuída pelo aumento da taxa de renovação de ar, pela aplicação de filtros finos e pela adoção de purificadores de ar passivos, tipo filtros absolutos, lâmpada UV-C e ionizadores bipolares. A contaminação direta só pode ser diminuída por algum agente que entre no ambiente e reaja ‘in loco’ com os microrganismos patogênicos. Existem no mercado purificadores de ar que geram peróxido de hidrogênio a partir da umidade contida no ar através de um processo de fotocatalização, e o peróxido de hidrogênio – um gás amigável, mas fortemente oxidante –, comprovadamente, desativa vírus e elimina bactérias, fungos e mofos. Por estar espalhado no ambiente, atua tanto na possível contaminação por concentração de fundo quanto na contaminação por transmissão aérea direta”, acrescenta.

Em meio à pandemia, “algumas soluções que trazem risco à saúde foram sugeridas, como purificação com ozônio, que é extremamente agressivo e de uso proibido pelos órgãos de controle da saúde do trabalho, e as lâmpadas UV em túneis ou em dispositivos que deixam essas lâmpadas aparentes, liberando irradiação prejudicial à saúde”, alerta o executivo, lembrando que, nestes tempos, “a desinformação é grande e até os responsáveis por políticas sanitárias contribuem com esse processo”.

“A OMS demorou mais de seis meses para reconhecer a possibilidade de transmissão aérea do novo coronavírus por aerossóis e, mesmo assim, só o fez sob pressão da comunidade científica”, exemplifica.

Mitos sobre o ar-condicionado

ventilação natural para controle do coronavírus

Construções modernas não foram projetadas para ter ventilação natural através de portas e janelas, alerta Leonardo Cozac, da
Conforlab

Desde o início da pandemia de covid-19, diversos mitos sobre os condicionadores de ar têm sido espalhados pela mídia. “O que mais tenho visto é a informação de desligar aparelhos de ar condicionado e abrir portas e janelas como solução geral para os ambientes. Essa não é a orientação correta. Os ambientes fechados modernos não foram projetados para ter uma ventilação natural através de portas e janelas. Não há garantia que dessa forma o ambiente terá uma ventilação adequada que irá assegurar a troca constante do ar dentro dos ambientes. O correto é o responsável técnico legalmente habilitado dos ambientes climatizados orientar o que fazer, ou seja, se o sistema de climatização está adequado e irá garantir essa renovação do ar ou se o local precisa de adequação”, diz o engenheiro Leonardo Cozac, diretor da Conforlab.

Outro mito que vem sendo propagado na pandemia é o de que o ar-condicionado ajuda a transmitir o vírus. “Houve reportagem sobre isso em meados de abril e muita desinformação foi disseminada na ansiedade do momento e a recomendação era para desligar o ar-condicionado. Outros casos menos notórios foram a contínua divulgação de que certos tipos de filtros ou tecnologias eram eficazes para combater o vírus, porém sem uma comprovação científica independente”, lembra Rafael Dutra, da Trane.

“Nestes tempos de informação rápida e descentralizada, um pouco de ceticismo e cautela é fundamental para não cair nos alarmismos ou nas soluções milagrosas. Por isso, é de nossa responsabilidade a disseminação de informações bem embasadas e de forma clara, como os posicionamentos técnicos da Ashrae e Abrava, que foram amplamente divulgados e ajudaram a mitigar esse problema de informações equivocadas”, acrescenta.

Em abril, a Ashrae publicou um documento de posição sobre aerossóis infecciosos, salientando que os sistemas de ventilação, filtragem e distribuição de ar e tecnologias de desinfecção, entre as quais a irradiação germicida ultravioleta, têm o potencial de limitar a transmissão de patógenos pelo ar e, assim, ajudar a combater a propagação da covid-19/coronavírus.

“A ventilação e a filtragem fornecidas pelos sistemas de HVAC podem reduzir a concentração de Sars-CoV-2 no ar e, portanto, o risco de transmissão aérea”, enquanto “espaços não climatizados podem causar estresse térmico às pessoas, que podem ter a vida diretamente ameaçada, e também podem diminuir a resistência à infecção”, diz a publicação da organização técnica global que reúne mais de 120 mil membros em 132 países.

Consequentemente, “desligar os sistemas de HVAC não é uma medida recomendada para reduzir a transmissão do vírus”, alerta.

Num comunicado divulgado em maio, Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado (Apirac) reiterou que “é completamente falso que o ar-condicionado transmite a covid-19”, alegando que as informações contrárias não têm base científica.

“Quer na informação dada pela OMS, quer na das outras entidades globais e europeias que tratam desses assuntos, em nenhum lado li que se deve desligar esses aparelhos”, disse, à época, o presidente da associação, Fernando Brito.

A ventilação é mais importante do que nunca e, ao contrário, os condicionadores de ar “são uma arma para combater a doença” respiratória, afirmou o dirigente.

Carlos Trombini faz comentário sobre o coronavírus

“Meios de comunicação não são conhecedores do assunto climatização”, avalia Carlos Trombini, do Sindratar-SP

O presidente do Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento do Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP), Carlos Trombini, avalia que “os meios de comunicação não são conhecedores do assunto climatização”, e que “são influenciadores, mas não procuram conhecer o nosso trabalho. Apenas usufruem do conforto, mas não percebem e não têm preocupação em saber de nossa preocupação com a segurança sanitária que envolve nossos projetos e instalações”.

No entanto, “o pior dos absurdos que eu escutei veio do Ministério da Saúde, que veiculou um vídeo informando que os sistemas de climatização são propagadores da covid-19 e que foi motivo de contestação do Comitê Nacional de Climatização e Refrigeração (CNCR)”.

Em junho, o comitê empresarial também manifestou sua preocupação com a forma da divulgação de um estudo realizado na cidade chinesa de Wuhan, que atribuiu ao ar-condicionado a responsabilidade pela disseminação da covid-19/coronavírus entre clientes de um restaurante local.

“A referida notícia carece de fundamentação científica melhor elaborada, como informado, inclusive, no artigo original, e não esclarece sobre quais condições de operação e higiene o citado ambiente se encontrava, nem tampouco os históricos de saúde dos usuários, anterior e posterior à alegada data quando se considerou o fato”, disse a entidade.

“Em vez de auxiliar a população a melhor conhecer e entender os benefícios que equipamentos e sistemas de ar condicionado bem instalados e operados sob procedimentos corretos de manutenção e operação, a capacidade da eficiente renovação do ar, além de filtros e componentes permanentemente limpos e periodicamente substituídos, isso pode criar, erroneamente, a interpretação contrária, contradizendo a definição de normas técnicas e da Lei do PMOC”, criticou.

Plano preliminar de vacinação contra a covid-19 prevê quatro fases

O Ministério da Saúde já apresentou as definições preliminares da estratégia que vai pautar a vacinação da população contra a covid-19. Pontos como grupos prioritários, eixos estratégicos do plano operacional, expectativas de prazos, investimento na rede de frio para armazenamento das doses, processos de aquisição de agulhas e seringas para atendimento da demanda e as fases da vacinação dos grupos prioritários foram tratados durante o encontro.

Durante reunião sobre o tema, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, frisou a importância de viabilizar o Plano de Vacinação e reforçou que o ministério e entidades parceiras possuem ampla base técnica para elaboração das estratégias de forma a atender com excelência a todos os objetivos propostos no plano. “É um grande desafio que temos pela frente. Mas temos capacidade técnica, tempo, expertise e pessoas reunidas com vontade de fazer o melhor plano do mundo”, afirmou.

O ministro Pazuello reforçou, ainda, que o SUS tem hoje o maior programa de vacinação do mundo, o que fortalece a estratégia de vacinação contra a covid-19.

O secretário de Vigilância em Saúde da pasta, por sua vez, salientou que o plano apresentado hoje é preliminar e que sua estrutura final dependerá das vacinas disponibilizadas.

“É importante destacar que o plano que está sendo discutido ainda é preliminar e sua validação final vai depender da disponibilidade, licenciamento dos imunizantes e situação epidemiológica”, disse. “Todas essas questões serão relevantes, inclusive, para definição final dos grupos prioritários, onde são levados em consideração os critérios de testes realizados por cada laboratório que disponibilizar vacinas”.

Além do Ministério, integram o grupo de discussão a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS), a Fiocruz, o Instituto Butantan, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), sociedades médicas, conselhos federais da área da saúde, Médicos Sem Fronteiras e integrantes dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Eles fazem parte da Câmara Técnica para elaboração do plano, implementada a partir de Portaria nº28 de 03 de setembro de 2020.

QUATRO FASES

Durante a reunião, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério, Francieli Fontana, detalhou que a vacinação deve ocorrer em quatro fases, obedecendo a critérios logísticos de recebimento e distribuição das doses. As fases desenhadas pela equipe técnica priorizam grupos, que levam em conta informações sobre nuances epidemiológicas da Covid-19 entre os brasileiros, bem como comorbidades e dados populacionais.

Na primeira fase, conforme a coordenadora do PNI, devem entrar trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.

Em um segundo momento, entram pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras). A quarta e última fase deve abranger professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.

Ao todo, os quatro momentos da campanha somam 109,5 milhões de doses, sendo que os esquemas vacinais dos imunizantes já garantidos pelo Ministério da Saúde – Fiocruz/AstraZeneca e por meio da aliança Covax Facility – preveem esquema vacinal em duas doses. Na reunião, Francieli reforçou que o planejamento dos grupos a serem vacinados e fases é preliminar e pode sofrer alterações, a depender de novos acordos de aquisição de vacinas com outras farmacêuticas, após resultados dos estudos das vacinas candidatas e regulamentação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

SERINGAS E AGULHAS 

A coordenadora do PNI também detalhou que o Ministério da Saúde negocia aquisições de seringas e agulhas para atender à demanda para vacinação contra o coronavírus. Segundo ela, no momento, encontra-se em andamento processo de compra de 300 milhões de seringas e agulhas no mercado nacional para aplicação das doses, e outras 40 milhões no mercado internacional. Para a aquisição interna, já foi realizada pesquisa de preços e emissão de nota técnica para elaboração do edital de compra, que será lançado na próxima semana.

PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde é o maior programa de vacinação do mundo e atende, atualmente, uma população de 212 milhões de pessoas. Durante a reunião, Francieli lembrou que o programa já possui ampla expertise em vacinação em massa e está preparado – tanto no âmbito técnico quanto no de infraestrutura – para a vacinação contra a Covid-19, sem que a demanda do calendário normal de vacinação da população seja afetada.

Apenas em 2020, mais de R$ 42 milhões foram investidos para estruturação da rede de frio que armazena as doses do PNI, e que hoje atende na faixa de temperatura preconizada de 2 ºC a 8 ºC para todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, com exceção da Vacina Oral Poliomielite, armazenada a -20 ºC na instância nacional. O recurso serviu à compra de câmaras refrigeradas, computadores e novos aparelhos de ar-condicionado.

Em novembro, a pasta realizou um workshop junto às secretarias municipais e estaduais de Saúde a fim de preparar a rede de frio nacional, em suas diversas instâncias, para introdução das doses contra a covid-19. Foram tratados no treinamento temas como as entregas das cargas, investimentos na rede de frio, riscos de armazenamento, as vacinas contra a doença em fase 3 de pesquisa e orientações técnicas sobre qualidade. Atualmente, o Brasil possui 38 mil salas de vacinação espalhadas por todo o país.

Os eixos prioritários que guiam o Plano de Vacinação são: situação epidemiológica, atualização das vacinas em estudo, monitoramento e orçamento, operacionalização da campanha, farmacovigilância, estudos de monitoramento pós marketing, sistema de informação;  monitoramento, supervisão e avaliação; comunicação; encerramento da campanha.

O Brasil já possui atualmente garantidas 142,9 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio dos acordos Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões) e Covax Facility (42,5 milhões). No mês passado, o Ministério da Saúde sediou encontros com representantes dos laboratórios Pfizer BioNTech, Moderna, Bharat Biotech (covaxin) e Instituto Gamaleya (sputinik V), que também possuem vacinas em estágio avançado de pesquisa clínica, para aproximação técnica e logística.

O ministro Eduardo Pazuello disse, na reunião, que nenhuma delas está descartada. “Estamos na prospecção de todas as vacinas. Todas são importantes”. Ele aproveitou também para frisar a importância do tratamento precoce como aliado contra a covid-19 até que sejam disponibilizadas vacinas para toda a população. “Enquanto a vacina não chega, precisamos focar no diagnóstico clínico do médico, no tratamento precoce e no manejo correto do paciente”, disse.

Brasil dispõe de logística para transporte de vacinas contra covid-19

O mercado brasileiro de transporte de medicamentos dispõe de infraestrutura logística adequada para transportar as vacinas que combaterão a covid-19. “Os equipamentos são próprios para atender os três padrões de temperatura utilizados usualmente pelos operadores logísticos e que são determinados pela ANVISA”, afirma Marcos Augusto Pordeus de Paula, diretor da Frigo King, empresa que fabrica equipamentos de alta tecnologia para refrigeração de cargas transportadas em baixas temperaturas. “A maior parte das vacinas em estudo já conta com a logística adequada para sua distribuição”, afirma.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que 50% das vacinas chegam comprometidas ao seu destino devido a falhas no controle de temperatura. Por isso é essencial ter esse controle desde o momento em que as vacinas saem dos fabricantes e até se destino final que podem ser os centros de distribuição de farmácias, laboratórios e hospitais.

As normas que regem esse transporte são determinadas pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC 430/20) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). “Os devidos cuidados com a manutenção da temperatura ideal, ao longo de todo o trajeto, e o correto armazenamento da carga são partes fundamentais para garantir o combate à covid-19”, explica Marcos.

A Frigo King fornece equipamentos para atender o maior leque de demandas de transporte de medicamentos. O Titan é utilizável desde baús sobre chassi de caminhão leve até semirreboque. A Linha Flex atende o transporte em caminhão leve com baú e a Farma Basic é destinada a logística que usa veículos comerciais leves com espaço refrigerado para carga.

Os equipamentos da Frigo King permitem o monitoramento e registro dos dados da temperatura durante o transporte com o uso de dataloggers. A segurança e garantia da manutenção da temperatura da carga se completam com o acompanhamento remoto por meio de dispositivos como smartphones.

Os três padrões para transporte são adotados para atender as características próprias dos medicamentos sem que sua qualidade e eficácia sejam afetados. “Estamos tratando de uma carga que salva vidas e por isso todo cuidado é pouco em seu correto manuseio”, diz o executivo.

Padrões de operação

Os padrões de operação de temperatura são parâmetros que permitem a correta armazenagem e transporte de medicamentos. O primeiro deles estabelece temperatura da carga em 18 graus positivos, com variação na faixa de 15º a 25º positivos, e atende a grande maioria dos medicamentos vendidos no Brasil.

O segundo é com temperatura de 5 graus positivos, com variação de 2º a 8º positivos, e é adequado para o transporte da maior parte das vacinas e demais produtos mais delicados e tecnologicamente avançados, como insulina.

O terceiro padrão opera em 18 graus negativos para menos e é adequado para o transporte de outros tipos de vacinas. A maior parte da tecnologia presente nas vacinas em desenvolvimento para combater a Covid-19 pode ser transportada com os equipamentos atuais. “Fora desse padrão será necessário desenvolver algo específico”, diz.

Adriano Nascimento, o homem do PMOC

Com sorriso largo, meio tímido, e disposição de sobra, Adriano Inácio do Nascimento, ganhou fama no setor de ar condicionado e refrigeração através das redes sociais. Hoje, além do trabalho dentro da sua empresa, ele se empenha em divulgar através das mídias, ações para orientar a elaboração e execução de um PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle), correto como forma de ajudar aqueles profissionais que pretendem atuar nessa área e incentivar o mercado as boas práticas de engenharia.

Formado em Administração de Empresas, com ênfase em Logística pela Faculdade Anhanguera, e Técnico em Refrigeração pelo Senai Campinas, Adriano começou no setor de HVAC em 2012, como líder de refrigeração numa empresa de climatização e refrigeração.

Após um ano nesta empresa, foi promovido a gerente operacional de refrigeração, onde permaneceu até 2014.

Em 2015, ele e seu primo, Luis Carlos Ferreira, fundaram a Climasol Ar Condicionado, localizada em Campinas, interior de São Paulo. Desde então, vem se especializando na manutenção corretiva, preventiva e instalação de condicionadores de ar, como também em vendas e projetos para ar condicionado em geral, tanto para equipamentos e acessórios na instalação e manutenção dos sistemas, como na mão de obra especializada.

Equipe treinada e qualificada para atender o mercado de instalação, manutenção, vendas e projetos de HVAC

“Estamos passando por uma crise atual em virtude da pandemia causada pelo novo coronavírus – COVID-19, e devemos aproveitar esse tempo para divulgar ações relativas às manutenções dos sistemas de climatização, visando a saúde humana.

Além do mais, é um bom momento para estudarmos e nos atualizarmos sobre as tecnologias disponíveis para garantir a melhor qualidade do ar interior, mantendo as instalações livres de contaminantes. Como instalador de sistemas de climatização, meu trabalho é voltado para o PMOC (Plano de Manutenções Operação e Controle), divulgando ao mercado e usuários, a importância de fazer as higienizações dos equipamentos, mantendo um ar interior com qualidade, puro, eliminando as bactérias, aumentando o tempo de vida útil do equipamento, diminuindo as quebras e evitando a proliferação de contaminantes causadores das doenças respiratórias.

Arrumo um tempo também para incentivar profissionais a realizar um PMOC correto por meio de vídeo aulas, com todos os itens que devem conter um modelo ideal. Com o trabalho que venho fazendo ao longo desses cinco anos, ganhei a confiança de grandes empresas fabricantes de ar condicionado. Trabalho com contratos de manutenções preditivas e preventivas, instalações de Split, Cassete, Piso Teto e VRF, credenciado de marcas como Midea Carrier, Eletrolux, Consul, Elgin, Fujitsu, Hitachi, Komeco, LG Eletronics, Gree do Brasil, Samsung, Brastemp, Suryha Eletric, Totaline e York, conquistando clientes potenciais como redes de hotéis, clínicas, instalações comerciais, escolas, hospitais em geral, e academias”, revela.

Com mais de 20 contratos de PMOC, executando trabalhos para o Blue Tree Valinhos, Go Inn Campinas, Confort Campinas; clínicas médicas como a IDX e ConCon, ambas em Valinhos; Academia Change Alphaville Campinas; Escola Notre Dame Campinas; e muitas outras instalações de grande, médio e pequeno porte, no momento atual, Adriano diz que cresceram as demandas para serviços de PMOC nas cidades de Campinas, Sumaré, Paulínia, Valinhos, Vinhedo, Indaiatuba e Hortolândia, todas localizadas no interior de São Paulo. “A boa notícia é que, através dessas demandas, podemos ver que os usuários estão mais conscientes da importância do PMOC em suas instalações”.

A importância das manutenções

Adriano alerta que, diferente dos que muitos pensam, o PMOC vai além da qualidade do ar, tornando-se obrigatório por lei: “É preciso ter em mente também o peso jurídico do PMOC e a importância de garantir sua continuidade na empresa.

Qualquer problema relacionado a ele pode não só prejudicar a qualidade do ar e colocar em risco a saúde das pessoas, como comprometer a empresa judicialmente. As penalidades podem chegar até mesmo ao cancelamento do alvará de funcionamento e multas que nenhuma empresa quer encarar.

Por isso, mais do que simplesmente realizar um planejamento para implementar o PMOC, é preciso mantê-lo.

O plano deve conter a descrição dos itens a serem verificados e suas respectivas periodicidades, datas de execução e assinatura do responsável e do aprovador. Um ponto importante que costuma ser deixado de lado é a identificação do responsável técnico que cuidará da execução e a qualidade do serviço feito, que envolve a periodicidade, garantindo a eficácia da manutenção, sem gerar custos excessivos para a empresa. Treino e oriento profissionais para prestar serviços com garantia, para o uso correto dos equipamentos, visando as boas práticas de engenharia, conforto e bem-estar do usuário, mantendo uma mão de obra qualificada para melhor atender o mercado”.

Aos 40 anos, com uma carreira sólida, Adriano gosta muito de passear com a família, jogar futebol e assistir filmes com seus filhos e esposa.

“Sou casado com a Claudia, minha parceira em todos os momentos, e temos o Igor, que está com 13 anos, e o Iago, com 8 anos. Com eles é que gosto de compartilhar meus momentos de lazer e diversão. Profissionalmente, sou persistente, sempre aprendendo, buscando todo tipo de informação que agrega ao mercado de refrigeração e ar condicionado, mantendo a ética e respeito pelos profissionais da nossa área, pois aprendemos muito em nosso dia a dia através das parcerias e com os amigos de profissão”, conclui.

Tosi lança caixas de ventilação e exaustão para hospitais

As Indústrias Tosi acabam de lançar no mercado de climatização uma caixa de ventilação para forro e outra de exaustão portátil destinadas a ambientes hospitalares – CVHTF e CEHTP, respectivamente.

Segundo o fabricante, elas servem para facilitar a conversão de quartos convencionais em quartos de isolamento para pacientes contaminados por doenças transmitidas por aerossóis, caso da covid-19, infecção respiratória causada pelo novo agente do coronavírus (Sars-CoV-2).

De acordo com a Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae), embora a covid-19 não seja reconhecida como um doença infecciosa transmitida pelo ar, esse mecanismo de transmissão não pode ser ignorado.

No recém-lançado Documento de Posição da Ashrae sobre Aerossóis Infecciosos a entidade técnica global diz que “a transmissão do Sars-CoV-2 pelo ar é suficientemente provável para que a exposição aérea ao vírus seja controlada”, ressaltando que alterações nas operações prediais, incluindo a operação de sistemas de climatização, podem mitigar esse risco.

“A ventilação e a filtragem fornecidas pelos sistemas de ar condicionado podem reduzir a concentração de Sars-CoV-2 no ar e, consequentemente, o risco de transmissão aérea”, afirma.

Caixa de exaustão hospitalar Tosi portátil (CEHTP)

Caixa de exaustão hospitalar Tosi portátil (CEHTP)