Arquivo para Tag: Climatização

Midea Carrier cria EAD para formação de instaladores de ar-condicionado

Midea Carrier criou uma plataforma de treinamento à distância para formar instaladores individuais de aparelhos para climatização residencial. A iniciativa tem como objetivo capacitar tanto quem já atua na área de maneira informal até pessoas que estão buscando por nova atividade.

O treinamento EAD Midea Carrier está disponível direto no link www.mideacarrieread.com.br e também nos sites www.mideacarrier.com.br e www.mideadobrasil.com.br. “O curso está dividido em três módulos (refrigeração básica, instalação e manutenção) totalizando aproximadamente 2h40m, são materiais altamente didáticos e foram pensados para trazer ao participante um rico conteúdo sobre climatização residencial”, explica Jairo Souza, responsável pela área de Engenharia de Serviços da Midea Carrier que desenvolveu o EAD.

Ao final de cada módulo, o participante pode emitir um certificado de conclusão. Desde que foi lançada, em janeiro, 12 mil técnicos se cadastraram na plataforma, destes, 3 mil concluíram a formação.

Qualificação profissional, o grande gargalo do HVAC-R brasileiro

O mercado nacional de climatização e refrigeração está passando por uma das mais drásticas mudanças de sua história, especialmente na atuação da mão de obra que presta serviços a clientes domésticos e a grandes consumidores empresariais. Isto é fato, concordam especialistas ouvidos pela Revista do Frio.

Tais transformações têm passado, necessariamente, pelo incremento de processos políticos que incentivam a qualificação profissional e o combate à proliferação dos chamados “penduradores”, curiosos que costumam fazer “bico” como instaladores em finais de semana, colocando em perigo a si próprios e aos clientes e aviltando os preços dos serviços.

O crescente movimento no HVAC-R nacional para coibir a atuação desses falsos profissionais tem envolvido técnicos, dirigentes sindicais e de entidades de classe, além de players do setor do frio.

A perspectiva é que esta onda agora ganhe mais força com a recente criação do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), que nos próximos meses passará a abarcar os 554 mil profissionais hoje registrados no sistema do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), que por lei terá de ceder à nova autarquia as informações dos técnicos de sua base, além da maior parte da anuidade de 2018.

Em outra ponta, diversas companhias do HVAC-R brasileiro têm se mexido para qualificar os técnicos que já se formaram com as 1.200 horas/aula necessárias, principalmente por meio de cursos de aperfeiçoamento promovidos por sindicatos, associações e empresas.

“A qualificação de mão de obra especializada sempre foi, de certa forma, escassa para o segmento de ar condicionado. Sempre houve esforços das empresas para o constante treinamento e aprimoramento de seus colaboradores, fornecendo capacitação, visto que muitos ingressam no mercado de trabalho como aprendizes ou auxiliares, sem grandes conhecimentos técnicos”, pondera o engenheiro mecânico e de segurança do trabalho Arnaldo Lopes Parra, vice-presidente de marketing e comunicação da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Segundo ele, a qualificação é bem mais restrita para os níveis de mão de obra direta, tais como técnicos, que interagem diretamente nos processos de instalação e manutenção dos sistemas de climatização, impactando na qualidade das operações das empresas. “Atrevo-me a dizer até que este é um problema de âmbito nacional, não necessariamente atrelado ao nosso setor”, reitera.

Enfim, o especialista argumenta que os problemas de atividades exercidas sem o devido conhecimento técnico são comuns em qualquer ramo de atividade, e os danos ocasionados pela falta de instrução ou conhecimento, da mesma forma, geram incertezas e prejuízos.

“Em especial à área de climatização, onde percebemos dois problemas principais. O primeiro é relativo à segurança das instalações, principalmente as de pequeno e médio porte, executadas sem os devidos cuidados com a energia elétrica, o posicionamento de equipamentos, o acesso para manutenção etc. E o segundo se dá em torno da efetividade e da funcionalidade das instalações, tais como erros de dimensionamento de equipamentos, efeitos sobre a qualidade do ar interior, entre outros aspectos. Para todos os casos, os prejuízos geralmente ficam com o contratante, que recebe os serviços de forma inadequada, ocasionando custos adicionais ou não tendo suas expectativas atendidas”, comenta Parra.

O diretor da Abrava explica que existem diferenças de características na mão de obra especializada. Enquanto o profissional qualificado é aquele que comprova conclusão de curso específico na área, reconhecido pelo sistema oficial de ensino, o habilitado é aquele que, previamente qualificado, possui o devido registro legal no competente conselho de classe – no caso, o Crea e, futuramente, o CFT.

Por fim, há o profissional capacitado, sendo aquele que, simultaneamente, recebe capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional legalmente habilitado e autorizado.

Profissionais capacitados ganham mais, lembram especialistas

“Os profissionais que investem mais fortemente em suas carreiras são muito mais valorizados no mercado de trabalho. A capacidade de diagnosticar problemas, apresentando a devida solução, é a chave de ouro para o sucesso da profissão”, reforça o engenheiro.

Tal visão é compartilhada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Refrigeração, Aquecimento e Tratamento do Ar no Rio Grande do Sul (Sindigel/RS), Adriano Porto, que acumula a secretaria geral da Central dos Sindicatos Brasileiros – Seccional Rio Grande do Sul (CSB/RS).

“Nosso estado, que sempre foi reconhecido por ser um celeiro dos refrigeristas, infelizmente hoje convive com um mercado ‘prostituído’, assim como em todo o País. Há pessoas se formando ‘técnicos em refrigeração’ em um curso de final de semana, e estamos lutando para evitar que esse problema continue crescendo”, argumenta.

De acordo com o dirigente sindical, a qualificação da mão de obra proporcionará, certamente, uma maior valorização dos serviços prestados, “e o Sindigel/RS tem trabalhado para reverter este quadro, especialmente neste momento do HVAC-R nacional, com a questão do Plano de Manutenção, Operação e Controle para Ar Condicionado (PMOC)”, reforça.

Próximos anos

A procura por profissionais qualificados deve aumentar ainda mais por causa de outras mudanças pelas quais o mercado vai passar nos próximos anos, não só em virtude da crescente migração de mão de obra que atua com equipamentos de ar condicionado residencial para a área de refrigeração comercial, mas também pela redução de 35% no volume de importação do R-22, prevista para ocorrer a partir de 2020.

“Esse processo envolvendo o R-22 vai levar muita gente a estudar ainda mais com vistas a se qualificar, principalmente para poder executar o PMOC, em função das exigências de retrofit em toda a refrigeração comercial”, prevê Alexandre Fernandes Santos, sócio-diretor da Escola Técnica Profissional (ETP), de Curitiba.

Para absorver essa crescente demanda por técnicos em refrigeração e climatização, o HVAC-R nacional está investindo pesado em capacitação, por meio de cursos, treinamentos imersivos, palestras e eventos de modo geral.

Fazem parte do rol de empresas que estão apostando nesta mudança positiva nomes como LG, Bitzer, RAC Brasil, Danfoss, Carrier, Samsung, Trane, Electrolux e Chemours; instituições de ensino como Senai, Fatec, ETP e Centro de Ensino Técnico (Centec); e entidades como Abrava e Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav).

“Realizamos ao redor de 50 treinamentos regulares internos e vários in company, em que vamos até o cliente para treinar seus funcionários. O objetivo principal é melhorar o nível de capacitação, visto que temos um grande volume de compressores aplicados em campo dentro e fora do Brasil. A ideia é receber o pessoal que quer aprender ou melhorar a capacitação, para poder se tornar um profissional melhor”, comenta Marcos Euzébio, engenheiro de aplicação e instrutor de treinamento da Bitzer.

O especialista acredita que a mudança de rota na mão de obra no mercado do frio também tem se dado pela ampliação do leque de oportunidades geradas pela migração dos profissionais que mexiam com splits – “área que ficou bem saturada” – para o segmento comercial, mais seletivo, que trabalha com equipamentos mais específicos. “O objetivo da Bitzer é melhorar a capacitação, dando maior quantidade de informação técnica refinada para o pessoal”, diz o engenheiro.

José Luiz Borges, mais conhecido no mercado como “Zé Cavalo”, está buscando se qualificar cada vez mais

Um exemplo recente de que é possível buscar conhecimento e mudar de patamar profissional vem de José Luiz Borges, mais conhecido no mercado como Zé Cavalo. De São José do Rio Preto, no interior paulista, o profissional atua há dez anos e tem se capacitado constantemente.

“Trabalho só com split, mas agora estou querendo migrar para a refrigeração. Tenho buscado aprender o máximo possível também para provar para as pessoas e amigos da área que querem crescer, que eles podem”, explica.

Outro profissional que buscou atualizar conhecimentos foi Lucas Fernandes da Silva, de Santo Antônio dos Lopes (MA), cidade de apenas 14,2 mil habitantes localizada no Complexo Termelétrico Parnaíba, um dos maiores geradores de energia a gás natural da América Latina.

Ele explica que trabalhava na empresa do tio e precisava se capacitar, mas na região onde mora não há escolas nem empresas que ofereçam treinamentos em HVAC-R. Como muitos colegas, buscou aprender mais por meio de grupos no WhatsApp, em vídeos no YouTube.

Quem também está buscando mais conhecimento é o jovem refrigerista Lucas Fernandes da Silva

“Alguns meses atrás, tive a honra de ser premiado com cursos gratuitos em várias cidades, com a ajuda dos amigos que organizaram uma campanha no Facebook, conseguindo vir a São Paulo e participar de curso de refrigeração na LG. De lá, passei pela Escola Argos, e depois estagiei em São José dos Campos. Depois passei por Belo Horizonte, onde fiz um curso de administração”, conta o jovem profissional, de 19 anos.

 

Conselho nasce para valorizar técnicos

Eleita em 22 de junho, a primeira diretoria do CFT, presidida pelo técnico em edificações Wilson Wanderlei Vieira, atual presidente do Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do Estado de São Paulo (Sintec-SP) e da Federação Nacional dos Técnicos Industriais (Fentec), tem trabalhado a todo vapor para estruturar a entidade nacionalmente.

Wilson Wanderlei Vieira, presidente do Conselho Federal dos Técnicos Industriais

A seguir, confira o que pensa o dirigente do CFT, cujo mandado termina em 21 de junho de 2022.

Como está o andamento da formação do CFT? De que forma será o registro dos técnicos que hoje estão na base no Confea? Quantos técnicos devem ser registrados e qual será a anuidade em relação à cobrada pelos Creas?

No momento, estamos em processo de transição dos técnicos, até então alocados no Sistema Confea/Crea, para o Conselho Federal dos Técnicos Industriais. Daí a necessidade de inúmeras reuniões com as partes envolvidas. Enquanto a transição não é finalizada, os registros dos técnicos continuam da mesma maneira. Assim que forem constituídos, eles serão feitos diretamente nos Conselhos Regionais de Técnicos Industriais, o que deve acontecer a partir de outubro. Atualmente, temos aproximadamente 170 mil técnicos com anuidades em dia e cerca de 230 mil inadimplentes, queremos reaproximar esses inadimplentes do novo conselho. Quanto à anuidade, os técnicos já pagavam 50% a menos em relação aos engenheiros no Sistema Confea/Crea, e nós, no mínimo, manteremos esses valores. Cumpre ressaltar que a taxa do Termo de Responsabilidade Técnica (TRT) será menor do que a chamada Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), recolhida pelos Creas.

 

Além do estabelecimento estrutural e funcional do CFT e dos conselhos regionais, quais são suas prioridades na presidência? O senhor pretende se licenciar do Sintec-SP e da Fentec ou vai acumular as presidências?

Uma das primeiras e grandes prioridades é o devido cumprimento de todos os dispositivos da Lei nº 5.524/1968 e do Decreto nº 90.922/1985, que regulamentam a nossa profissão. Se anteriormente nós éramos cerceados desse direito, tenham todos a certeza de que, a partir da constituição do nosso conselho próprio, a lei será devidamente cumprida. O CFT, juntamente com os conselhos regionais, trabalhará incisivamente em defesa da sociedade brasileira e pela valorização profissional dos técnicos. Quanto às presidências do Sintec-SP e da Fentec, decidiremos no momento oportuno.

 

Como o CFT pretende atuar na questão da fiscalização do trabalho dos técnicos, visto que há muitos atuando sem a devida formação, aviltando os ganhos?

O Sistema Confea/Crea foi fundado em 1933 e até hoje não tem uma fiscalização eficiente nesse sentido. Portanto, não é do dia para a noite que conseguiremos resolver todos os problemas. Sabemos que existe essa demanda importante, mas temos que realizar as coisas paulatinamente. Por historicamente defender sua principal categoria profissional – os engenheiros –, o Sistema Confea/Crea não dava a devida importância aos técnicos. Mas agora é diferente, pois nós temos um conselho próprio para trabalhar , com as atenções voltadas exclusivamente a eles. Teremos fiscais em todas as regiões do País, mas como a contratação tem que ser feita por meio de concurso público, isso também leva um certo tempo. O importante é que, assim que nós definitivamente nos estabelecermos após esse período de transição, teremos muito mais condições de enfrentar essas demandas. Vamos precisar do apoio de todos os envolvidos, e da confiança da sociedade e dos próprios técnicos. O conselho é de todos e para todos.

 

Os técnicos em refrigeração e climatização têm sofrido com a concorrência desleal de “curiosos” que invadiram o mercado e estão fazendo trabalhos abaixo dos valores de setor e até colocando em perigo os clientes. Como o CFT pretende agir para coibir práticas deste tipo?

Trata-se de uma modalidade técnica bastante específica, mas como todas as outras também terá nossa atenção. Acabar com essa concorrência desleal – como você destaca – requer um trabalho de fiscalização nas próprias empresas, e cada conselho regional terá essa incumbência.

 

Como o CFT vai trabalhar para incentivar o desenvolvimento da formação educacional dos técnicos de modo geral, para que o mercado tenha mão de obra cada vez mais qualificada?

A formação técnica é uma responsabilidade das escolas técnicas, mas temos a absoluta certeza de que cada conselho regional se aproximará das instituições de ensino, cobrando mais qualidade e estabelecendo parcerias para oferecer mais aulas práticas e treinamentos aos alunos, similares ao que eles encontrarão no mercado de trabalho. Comprovadamente, os formandos em cursos técnicos têm muito mais possibilidades de entrar no mercado de trabalho, justamente por causa desse aprendizado prático.

 

O que falta para que os técnicos saiam mais capacitados para o mercado de trabalho? Quantos deles se inserem no setor anualmente?

Como disse, investir em aulas práticas é um caminho importantíssimo, e muitas escolas técnicas entendem essa necessidade curricular. Os alunos de hoje serão os profissionais técnicos de amanhã, e caberá a eles trabalhar com o devido conhecimento e ética para valorizar a nossa profissão e proteger a sociedade dos falsos profissionais.

Única inaugura unidade especializada em SP

A distribuidora de origem fluminense Única Ar Condicionado inaugurou hoje (27) um escritório comercial em São Paulo, negócio realizado em parceria com os irmãos Rodrigo e Fernando Men, empresários paulistanos do ramo de climatização.

Apesar da forte queda do comércio de condicionadores de ar registrada nos últimos anos, a companhia vem crescendo cerca de 50% ao ano desde 2014, segundo o empresário Leonard Darwin Pereira.

“Vai ser um grande desafio. E nesse momento da nossa economia, esse desafio dobra”, salientou. A partir do escritório na capital paulista, a Única atenderá também toda a região Centro-Oeste brasileira. “Estamos dando um passo de cada vez para chegar a outras regiões do País”, informou.

De acordo com o diretor comercial da Única, Pablo Lima, a empresa, que também distribui peças, insumos e outros equipamentos, tem adotado uma estratégia ousada para ampliar sua presença no setor.

“Nosso modelo de negócio, que já é muito forte no Rio de Janeiro, com saúde e liquidez financeira, está sendo multiplicado para os outros estados”, disse.

Diretores da Única e parceiros do distribuidor brasileiro de ar-condicionado, peças e insumos na unidade paulistana da empresa

Diretores da Única e parceiros do distribuidor brasileiro de ar-condicionado, peças e insumos na unidade paulistana | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Atualmente, a Única possui seis lojas físicas e um centro de distribuição (CD) no Rio, além de outro CD no Espírito Santo. De acordo com Rodrigo Men, a unidade paulistana da empresa atenderá a instaladores e revendas. “Nosso foco não é o cliente final”, reforçou.

Segundo ele, essa base operacional, além de vendas, também será aproveitada para a realização de treinamentos técnicos certificados e prestação de suporte ao instalador.

“Conhecemos como ninguém as necessidades dos profissionais da área, tantos as dificuldades que enfrentam, como o apoio que precisam”, disse. “Nesse quesito, temos todo o conhecimento técnico e comercial e disposição necessários para apoiar nosso cliente e ajudá-lo a crescer”, acrescentou.

“Enfim, nossa parceria será muito promissora”, arrematou o empresário, lembrando que o respaldo de grandes fabricantes do setor, como Midea Carrier, LG, Daikin, Elgin, Hitachi, Eletrolux, Agratto, Fontaine, Consul e Samsung, fortalece o negócio.

Time de vendas, gestores e diretores da Única Ar Condicionado durante a inauguração da unidade paulistana da empresa

Time de vendas, diretores e gestores da Única Ar Condicionado durante a inauguração do escritório comercial em São Paulo | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Samsung Climatiza visitará mais quatro cidades

No mês de agosto, as cidades de Curitiba, Florianópolis, Maceió e Belo Horizonte receberão a visita do projeto “Samsung Climatiza”. A ação, que foi lançada no mês de abril deste ano, tem percorrido diversas cidades do País com o objetivo de oferecer treinamentos exclusivos, no maior número de localidades, e contribuir com a capacitação de profissionais do setor de instalação e manutenção de ar-condicionado.

O projeto proporciona a experiência real com os equipamentos de refrigeração Samsung, para que todos tenham a oportunidade de tirar dúvidas sobre as principais funcionalidades dos aparelhos, obter dicas de instalação e aplicar os aprendizados sobre os produtos na prática.

No dia 21/08, Curitiba receberá a visita do projeto e oferecerá treinamentos gratuitos aos profissionais locais interessados no assunto na Rua Comendador Araújo, 499 – Batel, às 18h.

Em 23/08, às 18h, será a vez da cidade de Florianópolis sediar a iniciativa, com cursos e a unidade móvel. As ações acontecem no Majestic Palace Hotel – Av. Jornalista Rubens de Arruda Ramos, 2.746, Centro.

Já nos dias 27/08 e 29/08, Maceió e Belo Horizonte serão os destinos do projeto. No dia 27, às 18h, os treinamentos acontecem na capital alagoana no Maceió Atlantic – Avenida Álvaro Otacílio, 4.065. Belo Horizonte receberá a visita da ação com a unidade móvel e os treinamentos para encerrar o mês. Em BH, o caminhão estará estacionado, no dia 29, na Av. Cristiano Machado, 4.001 – Ipiranga.

Os interessados em participar dos cursos nas localidades devem se inscrever diretamente pelo portal Samsung Climatiza, no endereço www.samsungclimatiza.com.br, ou confirmar presença pelo e-mail agenda@ssgclimatiza.com.br

“O Samsung Climatiza é uma grande oportunidade de ampliar a especialização dos instaladores pelos quatro cantos do País. Na unidade móvel e nos treinamentos, todos podem conhecer de perto as funcionalidades e exclusividades dos produtos Samsung no setor de refrigeração, tirar dúvidas e reunir dicas para melhorar ainda mais a utilização dos equipamentos, sua instalação e manutenção”, reforça Jefferson Porto, Diretor Associado de Produtos da Divisão de Digital Appliance da Samsung Brasil.

Lei do PMOC passa a valer para edifícios existentes

Desde o dia 3 de julho, as vigilâncias sanitárias já podem multar os responsáveis por edifícios comerciais e industriais que não estiverem adequados à Lei 13.589/2018, mais conhecida como Lei do PMOC.

A nova legislação, que estava em vigor para novas edificações desde janeiro, exige a execução de um Plano de Manutenção, Operação e Controle de sistemas e aparelhos de ar condicionado em edificações de uso público e coletivo, com o objetivo de eliminar ou minimizar riscos potenciais à saúde dos ocupantes.

Os engenheiros mecânico e industrial são os únicos profissionais que podem planejar e assinar o PMOC, segundo o diretor institucional da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav), Sérgio Helfensteller.

lei do PMOC entra em vigor

“A lei abrange praticamente todos os ambientes comerciais e industriais e entrou em vigor em janeiro, dando prazo de 180 dias para os edifícios existentes se adequarem”, ressalta.

“A multa para quem descumprir a Lei do PMOC pode variar de R$ 2 mil até R$ 1,5 milhão”, informa o engenheiro mecânico Gilsomar Gabriel da Silva, que ministrou, recentemente, curso sobre o tema na sede da Asbrav, em Porto Alegre.

“É importante destacar que a lei é válida para quem tem mais de 60 mil BTU/h instalados, o que é bem simples de encontrar, como empresas com quatro equipamentos de 12 mil BTU/h em suas dependências, por exemplo”, lembra.

Os sistemas de climatização e os respectivos planos de manutenção previstos na lei devem obedecer aos parâmetros de qualidade regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

“Estas legislações estabelecem os parâmetros de qualidade do ar, como temperatura ambiente, de conforto e umidade do ar, por exemplo”, diz o especialista.

“Imaginem uma sala pequena com quarenta pessoas e um sistema de climatização sem manutenção. Estas pessoas correriam o risco de contrair vírus e bactérias que circulam. A troca de ar com o ambiente externo é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar da população. Lembrando que passamos cerca de 80% do nosso tempo em ambientes fechados. Então, o PMOC acaba sendo uma questão de saúde pública”, explicou.

Segundo o engenheiro Arnaldo Lopes Parra, vice-presidente de comunicação e marketing da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), são inúmeras as doenças comprovadamente causadas pela má qualidade do ar, que podem estar associadas a sistemas com deficiência de manutenção, tais como pneumonia, dores de cabeça, gripes, rinites, asmas e bronquite.

“O SUS informa gastar cerca de R$ 1,4 bilhão por ano com o tratamento de pacientes com doenças respiratórias”, ressalta.

“Entendo que a aplicação desta Lei do PMOC é cultural e provocará uma mudança no comportamento dos usuários, que, com o tempo, perceberão os benefícios que um sistema de ar condicionado com boa manutenção pode proporcionar”, avalia.

Segundo ele, a Abrava recomenda a contratação de empresas que atendam aos requisitos necessários para efetivação do trabalho com profissionais qualificados e sob supervisão de um responsável técnico devidamente habilitado, conforme determinam o Confea e seus respectivos Creas.

“Existem diversos profissionais no mercado aptos a prestar o melhor serviço de consultoria sobre como se beneficiar com esta regulamentação. A ação positiva gera resultados imediatos”, salienta. 

 

Lei polêmica

Embora o presidente Michel Temer tenha vetado o artigo que atribuía a engenheiro mecânico a responsabilidade pelo PMOC, os técnicos de nível médio não estão autorizados a assiná-lo, conforme ressalta o canal da Abrava que tira dúvidas sobre a Lei do PMOC.

De acordo com a associação, os responsáveis pelos serviços de limpeza e manutenção dos equipamentos são os engenheiros mecânicos ou engenheiros industriais (modalidade mecânica), ou tecnólogos da área de engenharia mecânica.

Já os serviços de avaliação biológica, química e física das condições do ar interior dos ambientes climatizados são de responsabilidade de engenheiros químicos ou engenheiros industriais (modalidade química), ou engenheiros de segurança do trabalho ou tecnólogos da área de engenharia química.

“Os refrigeristas podem prestar assistência técnica e assessoria no estudo, pesquisa e coleta de dados, execução de ensaios, aplicação de normas técnicas e regulagem de aparelhos e instrumentos concernentes aos serviços de fiscalização de qualidade do ar nos ambientes climatizados”, esclarece a entidade.

Apesar do embasamento legal que atribui a engenheiros a responsabilidade pelo PMOC, o recém-criado Conselho Federal dos Técnicos Industriais deve lutar para regulamentar essa atividade para seus representados.

 

Instituição oferece cursos de refrigeração para mulheres em Manaus

O Centro de Ensino Técnico (Centec) está oferecendo curso de climatização e refrigeração para mulheres em Manaus. Desta vez, a capacitação é voltada para a refrigeração automotiva e com aulas totalmente presenciais, o que a torna pioneira no segmento na capital. Homens também podem participar.

Para o professor e instrutor do curso, Ricardo Mota, hoje o mercado de trabalho está mais democrático em todos os setores, o que permite a inclusão do público feminino em funções que antes eram exercidas somente por homens. “Após algumas portarias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e das fiscalizações que exigem mais segurança no exercício da profissão, algumas mulheres enxergaram oportunidades nesse ramo. Temos uma aluna que vai representar muito bem o público feminino nesse universo que era 99% dominado por homens”, enfatizou.

Segundo Mota, como as novas tecnologias permitem o mínimo de esforço para o serviço, isso dá às mulheres chances para competir com os homens de igual para igual. “Elas estão dominando o mercado de trabalho em todos os setores e não seria diferente na área de refrigeração e climatização. O Centec terá o orgulho de formar a primeira mulher técnica nesta área”, frisou.

 

Diferencial

De acordo com o professor, o novo programa de refrigeração automotiva da Centec reforça, inclusive, a grade curricular do curso, sendo mais um diferencial para quem busca qualificação de alto nível. “A capacitação de profissionais da área de refrigeração automotiva só era feita em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Agora, Manaus entrou neste cenário por meio do Centec”, disse.

“Além de professores muito bem capacitados, outro diferencial da nossa instituição são os equipamentos do laboratório, altamente estruturado”, destacou o professor, referindo-se ao laboratório de estudos práticos, específicos para as áreas industrial, comercial e residencial. O espaço, segundo a Centec, está equipado com máquina recolhedora e recicladora de última geração, atendendo rigorosamente à legislação ambiental.

 

Curso

Ainda segundo o instrutor, a máquina recolhedora e recicladora é fundamental nas aulas, pois os alunos têm mais chances de ampliarem o conhecimento sobre o manuseio e instalação do aparelho. Conforme ele, os alunos participam de testes com instalações de máquinas de pequeno, médio e grande portes para refrigeradores automotivos e ainda de simulações de manutenção preventiva.

Os alunos participantes do curso terão aulas teóricas com 16 disciplinas específicas para o curso técnico em refrigeração e climatização e mais as aulas práticas em laboratórios que serão definidos ao longo das aulas. O curso dura um ano e oito meses, sendo que o novo programa de refrigeração automotiva tem carga horária de 140 horas, divididas entre aulas práticas e teóricas.

 

Novas turmas

O curso de refrigeração automotiva também pode ser feito separadamente. As novas turmas específicas para a modalidade estão previstas para iniciarem a partir do mês de setembro e a carga horária é de 100 horas.

A grade também oferece aulas práticas de comandos elétricos e eletrotécnicos, funções primordiais para o exercício da profissão de técnico de refrigeração e climatização. “O aluno do Centec recebe os termos técnicos desde as primeiras disciplinas, o que faz todo o diferencial no serviço que será prestado futuramente. Trabalhamos muito a questão da atuação do profissional no mercado, a parte de segurança no trabalho e a qualidade do serviço. Nós buscamos a soma disso, qualificar e capacitar o profissional para que ele seja o diferencial”, ressalta o professor.

 

O Centec

O Centec é uma instituição especializada na educação profissional e está localizado na avenida Djalma Batista, 646, São Geraldo, Zona Sul de Manaus. Os interessados em outras informações podem ligar para os números: 3249-6078 ou 99223-1580.

Samsung Climatiza visita Natal para apresentar portfólio de ar-condicionado

A unidade móvel “Samsung Climatiza” estará amanhã (5) em Natal (RN), estacionada no no Praiamar Natal Hotel Convention, localizado na rua Francisco Gurgel, 33. A ação tem como foco os instaladores de ar-condicionado e serve como uma vitrine e oportunidade para manuseio de produtos, complementando o treinamento oferecido a esses profissionais.

Os instaladores terão à disposição vídeos explicativos e informações sobre cada um dos produtos expostos no caminhão da Samsung, garantindo uma imersão ainda mais completa durante a visita.

Entre os produtos disponíveis na vitrine sobre rodas estão o Wind-Free, mais novo lançamento da Samsung no setor de ar-condicionado, equipado com o revolucionário sistema de refrigeração sem vento*; o Cassette de 1 via; o Split Digital Inverter e o Multi Split Inverter, display com diferenciais dos compressores de 4 e 8 polos.

A ação “Samsung Climatiza” pretende também tornar os produtos da marca mais conhecidos entre os consumidores, visto que a unidade móvel é aberta à visitação do público, servindo como exposição interativa do portfólio da marca no setor de refrigeração.

“Essa ação tem como foco os instaladores de ar-condicionado que receberão treinamentos exclusivos realizados pela Samsung e serve como oportunidade para que os profissionais experimentem na prática os equipamentos da marca e possam obter dicas de instalação, além de tirar dúvidas sobre os produtos”, explica Jefferson Porto, Diretor Associado de Produtos da Divisão de Digital Appliance da Samsung Brasil.

Climatização de edifícios comerciais puxa expansão do mercado de VRF

O mercado global de sistemas de climatização com fluxo de refrigerante variável (VRF, em inglês) movimentou US$ 11,26 bilhões no ano passado. Até 2023, a receita do setor deverá atingir US$ 22,81 bilhões, segundo relatório da Market.Biz.

A pesquisa revela que o rápido crescimento desta indústria pode ser atribuído a vários fatores, como tecnologia de ponta, alta eficiência energética, fácil instalação e menor impacto ambiental.

Os equipamentos VRF usam algoritmos avançados para otimizar componentes já altamente eficientes, como compressores de velocidade variável e motores de ventiladores, além do sub-resfriamento interno e modulação da válvula de expansão eletrônica.

Segundo o estudo, as máquinas que funcionam como bomba de calor (heat pump) devem liderar o mercado de VRF durante o período de previsão.

É provável que as aplicações comerciais detenham a maior parte da demanda nos próximos cinco anos, devido à expansão da indústria de construção e à facilidade de instalação destes equipamentos.

Os principais players globais do setor, de acordo com o relatório, são Daikin (Japão), Mitsubishi Electric (Japão), Hitachi (Japão), Midea (China), Carrier (EUA), Samsung Electronics (Coreia do Sul), Panasonic (Japão), Lennox International (EUA), Ingersoll Rand (Irlanda), Fujitsu (Japão) e LG Electronics (Coreia do Sul).

 

Equipamento de VRF

Vantagens da tecnologia

O sistema VRF pode ser considerado a mais avançada tecnologia do mercado de climatização. Com ele, uma única unidade externa é capaz de suprir diversas unidades internas sem a necessidade de instalação de redes de dutos.

Um ar-condicionado do gênero funciona perfeitamente em cargas parciais e, portanto, cada ambiente climatizado pode ter sua temperatura controlada individualmente.

Aliás, os sistemas de controle deles têm evoluído significativamente, com muitas opções de integração com outras modalidades de ar condicionado, se estendendo, inclusive, ao controle via aplicativos em smartphones.

Também há no mercado máquinas que recuperam calor, ou seja, elas podem ser usadas tanto para aquecer quanto resfriar, simultaneamente, diversos ambientes.

Neste caso, o sistema reaproveita o calor de retorno de uma sala para aquecer outra, o que aumenta a eficiência energética e resulta em economia e conforto para os ocupantes dos edifícios.

Embora os sistemas VRF existam há mais de 30 anos, sua popularidade está crescendo mais do que nunca em todo o mundo, segundo os principais fabricantes do setor.

De acordo com a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), o mercado de VRF foi um dos únicos, dentre os sistemas centrais de ar condicionado, que mantiveram o volume de vendas sem grandes perdas nos últimos três anos, após pico histórico em 2014, com pequena recuperação – na faixa de 8% – em 2017.

No País, muitos edifícios comerciais e alguns residenciais de alto padrão têm priorizado a aquisição deste sofisticado sistema de ar condicionado de operação fácil e econômica.

Seu design compacto e layout flexível em termos de unidades externas e internas são as vantagens adicionais que levam à adoção cada vez mais maior de sistemas VRF em prédios corporativos e residenciais.

Devido à sua capacidade de expansão modular, eles são ideais para aplicação em grandes empreendimentos. “Estamos vendo seu uso integrado com sistemas de tratamento dedicado de ar externo (DOAS), seja de expansão direta (DX) ou indireta (água gelada), introdução de unidades de tratamento de ar (AHU) de maior capacidade e com melhor filtragem para atender a grandes projetos e aplicações não cobertas pelas linhas tradicionais”, salienta o engenheiro Luciano Marcato, presidente do Departamento Nacional de Ar Condicionado Industrial da Abrava.

“O uso de sistemas com recuperação de calor também deve crescer nos próximos anos, assim como a busca por novas famílias de fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP), em função da pressão por parte de alguns clientes em banir o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs) como o R-410A, substância muito aplicada hoje nos VRFs”, informa.

Segundo o diretor comercial da FR Climatização, Rodrigo Men, a utilização de VRF vem crescendo exponencialmente em segmentos como o hospitalar e o educacional.

“O VRF tem muito a crescer no Brasil. Acredito que após as eleições presidenciais, o mercado de construção civil retomará seu crescimento e levará o setor junto”, prevê.

Climatização - Refrigerista na manutenção do VRF
Desafios e oportunidades

De acordo com Rodrigo Men, o maior risco atual no mercado de VRF no Brasil é a falta de conhecimento de como se trabalha e aplica este produto.

Esse cenário obriga os fabricantes a investirem muito tempo em treinamentos básicos, incluindo a parte de fundamentos que necessitaria ser obtida em escolas e cursos técnicos.

Também falta estruturação mais forte nas universidades focando os sistemas de climatização e refrigeração, apontam fabricantes, empreiteiros e vendedores.

“O VRF não é como um ar-condicionado de janela ou um ‘split pé de boi’, que, às vezes, mesmo que instalados incorretamente, apresentam um certo rendimento e funcionam por um tempo. O VRF não pode ser vendido de qualquer maneira esperando que o ‘instalador’ resolva como configurar e instalar. O cliente final, quando adquire um equipamento desse tipo, espera ter a melhor solução em climatização disponível no mercado, uma máquina com tecnologia de ponta e cheia de benefícios”, diz.

Para fabricantes como a Daikin, a sinergia entre projetistas, instaladores e fabricantes é primordial para trazer a melhor solução em sistemas VRF, patenteados pela japonesa como VRV, sigla em inglês para volume de refrigerante variável.

Para suprir a demanda local, a indústria asiática tem trazido constantemente ao Brasil novidades que diferenciam seus produtos no mercado. Uma delas é a linha VRV Inova, que tem como grande inovação a função VRT (Variable Refrigerant Temperature, ou Temperatura de Refrigerante Variável), que realiza o ajuste automático na temperatura de evaporação do refrigerante, permitindo um maior número de opções de operação do sistema, variando desde uma maior economia de energia (em média 30% mais econômico do que o próprio VRV Inova) até atuar de forma a combater a carga térmica o mais rapidamente possível.

Segundo o engenheiro de aplicação da Midea Carrier, Gustavo Hoffmann, as indústrias do setor enfrentam no Brasil dificuldades como altas taxas de impostos, classificação fiscal nem sempre de fácil interpretação e falta de clareza em normas técnicas.

Por isso, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vem trabalhado para revisar o conceito de alguns produtos diferenciando tecnologia, aplicações etc.

Recentemente, a entidade revisitou o conceito de VRF, iniciativa cujos frutos devem ser colhidos em breve. Acredita-se que o próximo passo será dado pelo Inmetro, normatizando a classe de eficiências dos equipamentos, pois sem esse processo compulsório, cada fábrica utiliza um órgão certificador diferente, prejudicando o entendimento dos profissionais de climatização e, principalmente, o cliente final.

“Os sistemas VRF já são bastante diversificados e estão consolidados no mercado interno. Temos projetos pensados para VRF, instaladores com treinamento e experiência e uma grande concorrência de fabricantes, com mais de dez players com produtos desta categoria”, destaca, lembrando que a joint venture possui duas linhas para o segmento.

A primeira, prossegue, conta com equipamentos de alta capacidade, com tecnologia 100% inverter de alta eficiência e maior proteção anticorrosiva para áreas litorâneas, em relação às linhas convencionais do mercado. “Temos diversas obras com esta proteção especial, que garante um tempo de vida maior, com um custo inicial relativamente baixo”, afirma.

O segundo equipamento é uma máquina com condensação a água e exclusiva tecnologia de trocador tubo em tubo, possibilitando a utilização em edifícios com torre de água de condensação aberta. “Com isto, é possível reduzir o custo inicial da instalação e trabalhar com sistemas mistos e retrofits de edifícios que possuam água gelada”, diz.

Para a Samsung, o mercado brasileiro de VRF apresenta grande potencial de expansão graças à demanda crescente por soluções cada vez mais avançadas no ramo de climatização.

“Um país extenso e com variações de clima durante todo o ano está repleto de oportunidades para trabalharmos o segmento de ar condicionado, tanto em residências amplas como edifícios comerciais de médio e grande porte. Este é um mercado promissor, que apresenta ao usuário diversas inovações tecnológicas, mas que conta com o desafio de que o produto seja bem instalado para proporcionar alto desempenho”, reforça o gerente de produto da área de climatização da empresa, Tiago Dias.

Para o segmento, a Samsung dispõe do DVM S Eco 14HP, que é uma unidade VRF de ar condicionado com descarga lateral projetada para oferecer uma solução única externa para edifícios de apartamentos e escritórios, atendendo à crescente demanda por uma unidade externa que reduza os custos relacionados com a instalação de dutos secundários e cargas em edifícios com várias salas.

O design inovador da DVM S Eco 14HP possui um robusto Inverter Scroll Compressor e trocador de calor ondulado que melhoram o desempenho térmico em 20% e aumentam o fluxo de ar em 10% em comparação com unidades VRF padrão.

“Uma única unidade externa atende o sistema de ar condicionado em um prédio de apartamentos ou escritórios, em vez de várias unidades custosas. Toda a área do edifício é coberta, já que a nova unidade também fornece uma tubulação estendida com até 160 metros de comprimento e altura de instalação de até 50 metros. A largura da nova DVM S Eco 14HP é de menos de um metro (940 milímetros), permitindo melhor uso do espaço. Além disso, a tubulação de quatro vias facilita a instalação”, explica.

Outro fabricante que vê boas oportunidades no mercado nacional é a Trane.  “Hoje, investimos muito para crescer nesse segmento e o que a gente vê é justamente uma série de fabricantes se preocupando com esse avanço do VRF por causa da redução brusca dos mercados de aparelhos unitários e todos, principalmente aqueles que têm uma operação local, sentem isso de uma maneira mais forte”, ressalta o diretor de soluções ductless da subsidiária brasileira, Matheus Lemes.

Inclusive, a empresa deve anunciar, em breve, diversos lançamentos. “Teremos condensadoras com capacidade igual ou maior à de todos os players do mercado, horizontais que vão até 16 hp; condensadoras verticais com o dobro dessa capacidade e 4 módulos. Elas possuem novas plataformas touch screen, para fazer o gerenciamento e controle de todas as unidades em uma única central, tudo isso com a possibilidade de integração via protocolos abertos e comunicação com o sistema de automação predial”, revela.

“Estamos avançando demais na área de automação e controle dos nossos sistemas, assim como em uma plataforma de serviço de controle de energia. Tudo isso são novidades que a gente tem para o mercado este ano e que, principalmente, ajudam a reforçar a nossa posição”, completa.

Segundo o gerente de produto da área de ar condicionado da LG, Daniel Fraianelli, a necessidade de reaquecimento do mercado imobiliário tem levado prédios antigos a buscar novos inquilinos, o que, certamente, eleva a demanda por sistemas de climatização que oferecem maior conforto e, principalmente, menores custos de operação.

“Nossa proposta é continuar quebrando as barreiras e educando cada vez mais o consumidor com seminários técnicos e intensificado a atuação junto a formadores de opinião. Dessa forma, será possível divulgar cada vez mais as novas tecnologias de VRF e como este sistema tem contribuído para o crescimento do mercado de ar condicionado”, afirma.

A principal novidade da companhia sul-coreana para o setor é a tecnologia Dual Sensing Control. “Enquanto sistemas de VRF tradicionais ignoram a umidade do ar durante a sua operação, o Multi V 5 mede tanto a umidade como a temperatura, gerando ao mesmo tempo economia, ao aliviar a operação do compressor em situações de baixa carga térmica, e conforto, evitando o ressecamento excessivo do ar, bastante comum em uso prolongado de ar condicionado”, explica.

O empreendimento West Corp, localizado em Barueri (SP), conta com 2.048 hp instalados e foi o primeiro a utilizar essa tecnologia no País, segundo o fabricante.

“Além disso, o hotel Tauá, em Atibaia (SP), conta com mais de 1.300 hp e dispõe dessa tecnologia, junto com um sistema de reaproveitamento de calor para aquecer a água dos chuveiros, pias e piscinas”, revela.

 

Como lidar com um compressor ineficiente

Alta pressão de sucção e baixa pressão na linha de líquido podem colocar a qualidade e a segurança do produto em risco.

Ao atender um chamado de manutenção, é comum o refrigerista encontrar um compressor com pressão de sucção acima do normal junto com uma pressão na linha de líquido abaixo da desejável.

Muitas vezes, o equipamento de refrigeração ainda está funcionando, mas a temperatura do produto é muito quente, o que causa deterioração na qualidade e na segurança do produto.

Esse tipo de chamado é difícil de resolver porque o compressor ainda está resfriando, mas não o bastante para atingir sua capacidade máxima. Em casos assim, os produtos de média temperatura irão se desgastar mais rapidamente, ao passo que os de baixa não irão  congelar de maneira tão sólida quanto deveriam.

Há três razões principais para um compressor apresentar pressão de sucção acima do normal e pressão na linha de líquido abaixo da ideal. São elas:

  • Válvulas do compressor ruins (com vazamento)
  • Anéis do compressor desgastados
  • Separador de óleo com vazamento

Válvulas com vazamento

As válvulas do compressor podem se tornar ineficientes ao serem superaquecidas e distorcidas, ou por causa de depósitos de carbono e/ou borra, o que as impede de serem vedadas corretamente. Isso pode ser causado por:refrigerista arrumando compressor de uma geladeira

  • Problemas de migração do refrigerante
  • Problemas de transbordamento do refrigerante
  • Ácidos e/ou borra no sistema
  • Uma válvula de expansão termostática mal instalada, o que resulta em ausência de superaquecimento ou superaquecimento muito elevado
  • Uma carga de refrigerante abaixo do recomendado (alto superaquecimento)
  • Superaquecimento do compressor
  • Escoamentos do tipo slug (golfada) do refrigerante e/ou do óleo
  • Umidade e calor causando acúmulo de borra

Imagine uma situação de manutenção em que as válvulas de um compressor do sistema de refrigeração não estão fechando de modo apropriado. O técnico mede as temperaturas e pressões do sistema e então calcula o split (diferença entre a temperatura ambiente e a do condensador) e o sub-resfriamento do condensador, além dos valores de superaquecimento do compressor e do evaporador. Ambos os valores medidos e calculados seguem abaixo:

Valores medidos

  • Temperatura de descarga do compressor: 280 ºF (138 ºC)
  • Temperatura de saída do condensador: 75 °F (24 ºC)
  • Temperatura de saída do evaporador: 25 °F (-4 ºC)
  • Temperatura de entrada do compressor: 55 °F (13 ºC)
  • Temperatura do espaço refrigerado: 25 ºF (-4 ºC)
  • Amperagem do compressor: baixa
  • Pressão de baixa: 11.6 psig/10 °F
  • Pressão de alta: 95.0 psig/85 °F
  • Temperatura ambiente: 80 ºF (26,5 ºC)

Valores calculados

  • Temperatura split do condensador: 5 ºF (-15 ºC)
  • Sub-resfriamento do condensador: 10 ºF (-12 ºC)
  • Superaquecimento do evaporador: 15 ºF (-9,5 ºC)
  • Superaquecimento no compressor (total): 45 ºF (7 ºC)

Sintomas

  • Temperaturas de descarga acima do normal
  • Baixas temperaturas e pressões de condensação (cabeçote)
  • Sub-resfriamento normal ou elevado
  • Superaquecimentos normais ou elevados
  • Pressões do evaporador elevadas (sucção)
  • Baixa amperagem

Ao analisarmos o sistema no exemplo dado, é importante entender como as temperaturas de descarga superiores ao normal afetam os lubrificantes. A temperatura de descarga é medida a 2 polegadas (5 cm) de distância do compressor. Isso significaria que a temperatura real da válvula de descarga seria de aproximadamente 162 °C (138 °C + 24 °C), visto que a adição de 24 ºC à leitura da temperatura da linha de descarga proporcionará ao técnico uma temperatura aproximada da válvula de descarga.

Os lubrificantes de óleo mineral começam a se decompor a 350 ºF (176 °C) e lubrificantes de poliol éster (POE), a 400 °F (204 ºC). Qualquer aumento de temperatura acima destes pontos provoca uma polimerização de óleo. É na polimerização que as moléculas do lubrificante começam a se combinar em moléculas maiores. O produto final é o óleo grosso e escuro; depois, a borra; e, finalmente, um pó sólido.

Esse processo é conhecido como degradação do lubrificante. A borra de óleo e outros subprodutos de sua decomposição também podem se prender a superfícies internas, inclusive válvulas de sucção e descarga, além de placas de válvulas.

Uma válvula de descarga que não esteja posicionada adequadamente porque foi danificada ou acumulou borra fará com que a pressão na linha de líquido seja baixa. A razão é que o vapor de refrigerante será forçado a sair do cilindro para dentro da linha de descarga durante o movimento ascendente do compressor. No movimento descendente, este mesmo refrigerante que está comprimido na linha de descarga será sugado de volta para o cilindro porque a válvula de descarga não está encaixada corretamente.

Este ciclo curto de refrigerante causará o aquecimento dos gases de descarga repetidamente e causará temperaturas de descarga superiores às normais. Porém, se o problema da válvula progrediu para o ponto onde quase não há fluxo de refrigerante através do sistema, haverá uma temperatura de descarga mais baixa a partir da taxa de fluxo extremamente reduzida.

Pressões de condensação baixas (cabeçote)

Uma vez que as válvulas do compressor começam a vazar e alguns gases de descarga estão sendo encaminhados para dentro e para fora do cilindro do compressor, haverá um baixo fluxo de refrigerante através do condensador. Isso vai resultar em uma redução na carga de rejeição de calor no condensador e nas pressões e temperaturas de condensação (cabeçote).

Sub-resfriamento de condensador normal ou alto

Haverá um fluxo de refrigerante reduzido através do condensador e, portanto, através de todo o sistema, devido ao fato de componentes do sistema estarem em série. A maior parte do refrigerante estará no condensador e no receptor. Isso pode dar ao condensador um sub-resfriamento um pouco maior.

Superaquecimento entre o nível normal ou elevado

Devido ao fluxo reduzido de refrigerante através do sistema, a válvula de expansão termostática (TXV) pode não receber a taxa de fluxo de refrigerante que necessita. O resultado pode ser superaquecimentos elevados; no entanto, os superaquecimentos podem ser normais se o problema da válvula não for severo.

Pressão de evaporação elevada (sucção)

O vapor de refrigerante será retirado da linha de sucção para dentro do cilindro do compressor durante o movimento descendente do compressor. No entanto, durante o movimento ascendente, este mesmo refrigerante pode voltar a entrar na linha de sucção porque a válvula de sucção não está corretamente instalada devido à borra de óleo ou outros subprodutos da degradação de óleo que aderem à sua superfície. Os resultados são altas pressões de sucção. As válvulas de sucção ou de descarga também podem ficar entortadas por causa de um problema de superaquecimento do compressor.

Baixa carga de amperagem

É causada pelo fluxo reduzido de refrigerante através do compressor. Durante o ciclo de compressão, parte do refrigerante irá escorrer através da válvula de sucção e voltar para a linha de sucção, o que reduz o fluxo de fluído refrigerante. Durante o ciclo de sucção, parte do refrigerante irá escorrer através da válvula de descarga por não estar encaixado adequadamente e voltará ao cilindro do compressor. Em ambas as situações, há uma taxa de fluxo de refrigerante reduzida, o que diminui a carga de amperagem.

Anéis do compressor desgastados

Quando os anéis do compressor estão gastos, os gases de descarga do lado superior irão passar por eles durante o ciclo de compressão e darão ao sistema uma pressão mais baixa na linha de líquido. Como os gases de descarga vazaram através dos anéis e entraram no cárter, a pressão de sucção também será maior do que o normal. O sintoma resultante será uma pressão na linha de líquido mais baixa com uma maior pressão de sucção. Os sintomas apresentados em anéis gastos são muito semelhantes às válvulas com vazamento.

Separador de óleo com vazamento

Quando o nível de óleo no separador é alto o suficiente para levantar a boia, uma agulha de retorno de óleo é aberta, e o óleo retorna ao cárter do compressor através de uma pequena linha de retorno.

A diferença de pressão entre as partes alta e baixa do sistema de refrigeração é a força motriz para fazer o óleo viajar do separador de óleo para o cárter do compressor. O separador de óleo está no lado alto do sistema e o cárter do compressor no lado baixo. A válvula de agulha de retorno de óleo operada por boia está localizada em uma altura elevada o suficiente no reservatório de óleo para permitir que o óleo limpo retorne automaticamente ao cárter do compressor. É necessária apenas uma pequena quantidade de óleo para acionar o mecanismo flutuante, o que garante que apenas uma pequena quantidade de óleo esteja sempre ausente do cárter do compressor em qualquer momento.

Quando o nível de óleo no cárter do separador de óleo cai para um certo nível, a boia força a válvula da agulha a fechar. Quando o mecanismo flutuador de um separador de óleo fica ruim, pode acabar desviando o gás de descarga quente diretamente no cárter do compressor. A válvula de agulha também pode ficar presa parcialmente por causa de sujeira no óleo. Isso causará entrada direta de alta pressão no cárter do compressor.

Fabricantes buscam a máxima eficiência

O compressor é a parte mais básica e crucial de um sistema de refrigeração. Sua principal função é succionar o fluido refrigerante a baixa pressão e comprimi-lo em direção ao condensador a alta pressão e temperatura na fase gasosa. É por isso que a performance de um sistema de refrigeração depende do desempenho do compressor.

Estes equipamentos são utilizados numa grande quantidade de aplicações, como refrigeração doméstica, refrigeração comercial e em sistemas frigoríficos utilizados na indústria de transporte.

O principal uso dos compressores está no processo de preservação de alimentos, mas eles também são largamente utilizados em sistemas de conforto térmico, na indústria química, entre outros setores.

Com a evolução da tecnologia, os refrigeradores domésticos estão ficando mais baratos. Este é um dos motivos que levarão o mercado global de compressores a registrar uma taxa de crescimento anual composta de 5% entre 2017 e 2021.

Com o aumento do consumo de alimentos processados e congelados em todo o mundo, espera-se que a indústria de compressores cresça a um ritmo acelerado.

Nos últimos anos, o varejo global vem crescendo rapidamente. Muitos grandes players do setor varejista estão se expandindo em vários países, especialmente nas economias emergentes.

Enfim, o que se vê é um aumento do número de supermercados e hipermercados que requerem grandes sistemas de refrigeração. Esta tendência também é responsável pelo crescimento do mercado global de compressores.

Com a demanda por alimentos congelados, embalados etc. aumentando rapidamente, o mercado de compressores aplicados em sistemas de transporte está experimentando um rápido crescimento.

A indústria farmacêutica também precisa de sistemas de refrigeração altamente avançados para o processo de resfriamento de certas matérias-primas, produtos acabados e semiacabados. Isso, obviamente, alavanca o setor.

Atualmente, um grande número de fabricantes de compressores se concentra em pesquisar e desenvolver novas tecnologias com níveis cada vez mais aprimorados de eficiência.

“Todas as redes de supermercados, das grandes às pequenas, têm dado uma atenção especial ao consumo de energia elétrica”, lembra Rodolfo Cereghino, diretor de pesquisa e inovação da Embraco.

Sediada em Joinville, a indústria de compressores investe de 3% a 4% de sua receita líquida em pesquisa e desenvolvimento, independentemente do cenário econômico.

Além de ser pioneira na utilização de fluidos refrigerantes naturais, a empresa detém 1,7 mil patentes. Por isso, ela está entre as empresas privadas com maior número de patentes depositadas vigentes no Brasil e nos Estados Unidos.

Segundo o gerente de desenvolvimento de negócios da Danfoss, Gustavo Asquino, a busca e a necessidade por equipamentos mais eficientes tornam os compressores com tecnologia inverter e válvula intermediária de descarga (IDV) uma tendência.

“Quando falamos de equipamentos inverter, o mercado de ar condicionado está um passo à frente. Agora é o mercado de refrigeração que vem avançando fortemente neste caminho à procura de soluções de eficiência energética para as lojas”, analisa.

“Ainda que timidamente, as legislações internacionais com relação à eficiência energética e ao aquecimento global vêm influenciando o Brasil. Por isso, cada vez mais teremos equipamentos aprovados para novos fluidos refrigerantes”, acrescenta.

Quem também investe fortemente em novas tecnologias é a Elgin. “O objetivo é atender as necessidades do mercado, visando o melhor desempenho com a qualidade e melhor eficiência enérgica”, enfatiza o supervisor de engenharia de aplicação da empresa, Alexandre Rosa da Costa.

Temperaturas acima dos 28 ºC afetam raciocínio

Temperaturas acima dos 28 graus centígrados nas salas de aula podem dificultar o raciocínio, a lógica e a aprendizagem dos alunos, indicam os resultados preliminares de um estudo que envolve pesquisadores portugueses e brasileiros.

“A temperatura mais elevada do ar pode provocar o aumento da frequência cardíaca dos estudantes acima de 100 batimentos por minuto”, passando estes a consumir “mais calorias” e a diminuir o “desempenho cognitivo”, explicou Paulo Oliveira, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), do Politécnico do Porto, uma das entidades portuguesas que participam no projeto.

Esta situação, contou o professor, verificou-se em algumas regiões do norte e nordeste do Brasil, como Manaus e Teresina.

sala de aula com temperaturas adequadasEstes são alguns dos resultados preliminares do estudo “Condições Térmicas e Desempenho em Ambientes de Ensino – Norte de Portugal e Nordeste do Brasil”, no qual pesquisadores da ESTG e da Universidade Federal da Paraíba, analisam a influência das mudanças de temperatura no desempenho cognitivo dos alunos.

Relativamente a temperaturas temperadas, que se encontram entre os 22 e 24 graus centígrados, a interferência encontrada não era significativa, indicou o pesquisador.

De acordo com Paulo Oliveira, é fundamental que as salas de aula reúnam as condições para os alunos aprenderem de forma confortável, passando, a este nível, pela regulação da temperatura e pelo conforto térmico.

Para o trabalho luso-brasileiro foram recolhidos dados ao nível de parâmetros cardiovasculares, consumo de energia e de conforto ambiental, em contexto de sala de aula.

O estudo abrangeu uma amostra de estudantes de várias turmas das licenciaturas em Engenharia Informática e em Ciências Empresariais, tendo sido efetuadas medições quando da utilização de equipamentos tecnológicos, como computadores portáteis.

No decorrer das medições em contexto de aula, os estudantes tinham que responder, em simultâneo, a testes de sequência lógica para avaliação do seu desempenho cognitivo, com registro do tempo e das calorias consumidas pelo organismo, enquanto eram expostos aos parâmetros de conforto ambiental do meio envolvente.

O trabalho de cooperação começou em 2016, com o projeto “Mudanças Climáticas e Elevação da Temperatura do Ar: Implicações na Saúde e no Desempenho de Alunos em Ambientes Climatizados”, co-financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Brasil.

Fonte: Postal – Portugal