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Carrier vende negócio de refrigeração comercial para Haier

A Carrier Global Corporation anunciou neste mês de dezembro um acordo definitivo para vender seu negócio global de refrigeração comercial à Haier, seu parceiro de joint venture de longa data, por um valor empresarial de US$ 775 milhões, incluindo aproximadamente US$ 200 milhões de passivos líquidos de pensão. Esta transação representa cerca de 16,5 vezes o EBITDA esperado para 2023, marcando mais um passo significativo na transformação do portfólio da empresa. A decisão de vender o negócio de refrigeração comercial é parte de uma estratégia mais ampla de desinvestimento, com acordos definitivos já em vigor para a saída de negócios que representam aproximadamente metade do EBITDA que a Carrier está desinvestindo.

A Carrier Commercial Refrigeration, que será adquirida pela Haier, emprega mais de 4.000 pessoas globalmente e tem uma extensa rede de vendas e serviços na Europa e Ásia-Pacífico, com marcas como Profroid, Celsior e Green & Legal. A aquisição visa fortalecer a presença da Haier no setor de refrigeração comercial, permitindo à empresa expandir suas atividades para o varejo de alimentos e armazenamento refrigerado. O presidente da Carrier & CEO, David Gitlin, destacou que a execução do acordo demonstra o progresso contínuo na transformação do portfólio da empresa, que visa posicionar a Carrier como líder global em soluções inteligentes de clima e energia.

A Carrier espera que os recursos líquidos provenientes da transação ultrapassem US$ 500 milhões, sendo a intenção usar esses recursos para reduzir dívidas. A conclusão da transação está prevista para o segundo semestre de 2024, sujeita a condições habituais de conclusão e aprovações regulatórias, incluindo consultas aos conselhos de trabalhadores. Após a conclusão das transações planejadas, a Carrier pretende retomar recompras de ações quando sua alavancagem líquida retornar a aproximadamente 2 vezes o EBITDA.

Confirmadas data e local do Mercofrio 2024

O Mercofrio 2024 ocorrerá de 10 a 12 de setembro de 2024 no BarraShoppingSul, em Porto Alegre. Com o propósito central de promover conhecimento e inovação no setor de HVAC-R, o evento se destaca por integrar pesquisa acadêmica, indústria e mercado, oferecendo um espaço para apresentar tecnologias avançadas que impactam sistemas HVAC-R em seu ciclo de vida.

O Congresso Mercofrio contará com palestras de especialistas nacionais e internacionais, abordando temas cruciais como colaborações internacionais, sustentabilidade ambiental, eficiência energética, segurança, desenvolvimento de carreiras, inovação e competitividade de mercado. Os destaques incluem tecnologias para redução do impacto ambiental, soluções para maximizar eficiência energética e a definição de padrões de segurança e qualidade nos sistemas HVAC-R para proteção dos consumidores e do meio ambiente.

Além de proporcionar uma plataforma para a apresentação de trabalhos acadêmicos e pesquisas, o congresso visa incentivar a indústria a adotar novas tecnologias e métodos, elevando os padrões técnicos do setor e impulsionando a visibilidade global dos profissionais e pesquisadores envolvidos no campo de HVAC-R.

Com a Rádio Clima no ar, Anderson Andrioti dá seu recado!

Técnico da Conceito Ar Condicionado, empresa sediada em Londrina (PR), e formado em Direito pela Universidade Paranaense, Anderson Claudino Gonçalves Andrioti, migrou para a área de climatização em 2004. Como muitos profissionais, ele se apaixonou pelo setor e desde então, vem adquirindo expertise e inovando no mercado de climatização e refrigeração.

“Fiz como muitos brasileiros fazem, diante da necessidade de ganhar o pão de cada dia, aceitei o desafio de instalar um aparelho de ar condicionado para um conhecido e ganhar uma grana extra. Na época, comprei um flangeador bem baratinho, que já vinha com um corta tubo e fiz a instalação.  Eu já trabalhava como eletricista, então a parte elétrica foi moleza, daí em diante, nunca mais me imaginei fazendo outra coisa. Se hoje eu ganhar na megasena, amanhã, continuarei trabalhando com climatização!”, diz ele.

Ao longo desses 20 anos atuando no setor, ele diz que o mercado vem evoluindo muito e os profissionais também, mas o grande gargalo ainda continua sendo a falta de conhecimento, as vezes por falta de oportunidades, como é o caso do pessoal que vive longe dos grandes centros, ou por falta de humildade: “No nosso caso, são os técnicos mais antigos que precisam deixar de lado velhos hábitos e dar ouvido a essa nova geração que, embora menos experiente, possui conhecimento das novas tecnologias de mercado e com muita disposição pra nos ensinar. Não há competição para que é bom, para quem chega no horário combinado, e principalmente, para quem respeita as normas técnicas”, pontua.

Duas grandes paixões

Há três anos, Anderson começou um novo projeto juntando duas grandes paixões: o rádio e a climatização, nascia então a Rádio Clima, em plena pandemia e diante de todas as incertezas, através da live que ele intitula como a mais democrática do Brasil.

“Eu assistia todas as lives do setor, mas percebia que só participavam pessoas de renome e os ‘pinduradores’ não tinham oportunidade para expressar suas opiniões, suas críticas etc., E foi justamente para dar voz a esses profissionais que eu criei a Rádio Clima. No começo eram apenas cinco ou seis pessoas assistindo e interagindo, levei muito não, cheguei a fazer propaganda gratuita para alguns amigos, mas sempre seguindo o princípio de nunca oferecer para o meu público produtos que eu mesmo não usasse. Os anos foram passando e a Rádio Clima foi crescendo, novos patrocinadores foram chegando e o que era só um hobby foi ficando cada vez mais profissional”.

No começo, Anderson conta que muitos não entendiam a proposta da live, achavam que só servia para rechaçar os fabricantes de ar condicionado e de ferramental, mas com o tempo, as pessoas e, principalmente os fabricantes, entenderam que não tem como se estabelecer uma relação sincera, sem franqueza.

“A Rádio Clima aponta os ‘erros’, mas não com o intuito depreciativo, e sim, com a intenção de que o fabricante possa, dentro das possibilidades técnicas, evoluir. Hoje, já passaram pela Rádio Clima os principais nomes do setor HVAC-R, entre engenheiros e fabricantes, que puderam ter a experiência de ouvir as reclamações e elogios de técnicos do interior do Nordeste, do Sul do Brasil, ao vivo, sem cortes e sem maquiagem. Em qualquer extremo do nosso país, os técnicos dizem que o produto anunciado na Rádio Clima pode comprar de olhos fechados, e isso não tem dinheiro que pague, nosso lema sempre foi ‘credibilidade não se impõe, se conquista’. Graças a Deus, a minha família, os amigos, em especial, o grupo do Fundão – o melhor grupo de WhatsApp do Brasil, têm o maior respeito e admiração pela Rádio Clima, que caiu no gosto dos ‘pinduradores’ e já são milhares de profissionais alcançados, com conteúdo de qualidade e troca de experiências”.

Com muito carisma, Anderson possui muitos amigos e gosta de estar com sua família, ao lado de sua esposa, Tatiani, de suas duas filhas: Maria Victoria, com 22 anos, e Isadora, com 10 anos. Para ele, a família é seu alicerce, razão pelo qual ele nunca pensou em desistir.

“Faça sempre o melhor, faça como se estivesse fazendo para você e logo o mercado saberá quem você é”, conclui.

A família é seu alicerce, razão pelo qual ele nunca pensou em desistir

Novas regras para geladeiras preocupam a indústria

O governo federal do Brasil anunciou uma mudança significativa nas regras para a fabricação de geladeiras, prevista para entrar em vigor a partir de 2024. A medida consiste em novos índices mínimos de eficiência energética para refrigeradores domésticos, estabelecendo metas para o Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores de uso doméstico. O Ministério de Minas e Energia (MME) justifica a iniciativa como uma maneira de promover economia de energia para os consumidores, além de atrair investimentos para a indústria brasileira.

Entretanto, a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) expressou preocupação com a mudança, antecipando um aumento nos preços, especialmente para a população de renda mais baixa.

As novas regras estabelecem duas etapas para a implementação, começando em 31 de dezembro de 2024, com a proibição da fabricação de equipamentos que não atendam a um índice máximo de 85,5% do consumo padrão. A segunda etapa, iniciando em 31 de dezembro de 2025, eleva esse índice para 90%. A expectativa é que os produtos disponíveis nas lojas a partir de 2028 sejam, em média, 17% mais eficientes energeticamente.

A Eletros argumenta que os produtos brasileiros já possuem alto nível de eficiência energética, mas a mudança nas regras impondo prazos curtos resultará em aumento nos custos de produção, tornando as geladeiras mais caras. A entidade planeja buscar diálogo com o governo para destacar os prejuízos e impactos negativos que antevê com as novas regulamentações, na esperança de uma revisão.

É importante destacar que o governo esclareceu que os consumidores não precisam adquirir novas geladeiras se seus equipamentos estiverem em bom estado de funcionamento, sendo as obrigações e datas-limite aplicadas apenas aos fabricantes, importadores e comerciantes. O objetivo é retirar gradualmente do mercado os equipamentos menos eficientes, alinhando-se aos esforços do país para a transição energética e redução das emissões de gás carbônico.

Climatização faz a diferença nas cozinhas industriais

Temperatura é variável crítica, pois afeta o desempenho dos equipamentos, a conservação dos alimentos e o conforto térmico dos trabalhadores.

O processo de climatização em uma cozinha industrial desempenha papel crucial na garantia de um ambiente de trabalho eficiente, seguro e confortável. A gestão adequada da temperatura e da ventilação impacta a qualidade dos alimentos manipulados e influencia diretamente a produtividade da equipe e a segurança operacional do espaço.

Esses ambientes de trabalho frequentemente operam com equipamentos que geram calor intenso, como fornos, fogões, chapas e fritadeiras. Por isso, manter uma temperatura confortável e segura para os funcionários é um desafio, exigindo sistemas de condicionamento de ar e de exaustão mais robustos e eficientes.

A temperatura em uma cozinha industrial é uma variável crítica, pois afeta o desempenho dos equipamentos, a conservação dos alimentos e o conforto térmico do local. Sistemas de climatização eficientes operam para manter a temperatura dentro dos padrões ideais, criando uma atmosfera propícia para o preparo de alimentos. Neste quesito, o anexo III da NR-15, por exemplo, determina que os trabalhadores devem ser submetidos a temperaturas externas de no máximo 26,7 °C.

Isso é particularmente importante em cozinhas onde o calor gerado por fogões, fornos e outros equipamentos pode se tornar excessivo, prejudicando não apenas o conforto dos trabalhadores, mas também a eficiência dos aparelhos.

A ventilação adequada é outra faceta vital da climatização em cozinhas industriais. A produção contínua de vapores, fumaça e odores durante o processo de cozimento podem criar um ambiente desagradável e até mesmo prejudicial à saúde. Sistemas de ventilação e exaustão eficazes removem esses poluentes do ar, proporcionando um ambiente mais limpo e saudável. Além disso, a renovação constante do ar contribui para a prevenção de acidentes, como a acumulação de gases inflamáveis.

Dentro deste universo, a segurança dos trabalhadores é uma prioridade em qualquer ambiente, e em cozinhas industriais, onde o manuseio de equipamentos quentes e objetos cortantes é comum, a climatização desempenha um papel importante. Tanto, que mais recentemente, em 2019, a ABNT publicou a NBR 14518 – Sistemas de ventilação para cozinhas profissionais, que revisou a NBR 14518:2000, elaborada pelo Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABNT/CB-055).

Temperaturas excessivas aumentam as chances de fadiga da equipe, diminuindo a atenção e aumentando o risco de acidentes. Além disso, a ventilação aumenta o risco de inalação de gases tóxicos. Na outra ponta, também pode influenciar a satisfação e retenção da equipe. Ambientes mais confortáveis termicamente contribuem para o bem-estar dos trabalhadores, promovendo um clima organizacional positivo.

“Entretanto, a maioria das cozinhas não conta com sistemas de climatização que atendam às normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho, gerando paradas maiores durante o turno de trabalho, além de perda de produtividade e desgaste físico. Quanto à qualidade do ar, geralmente cozinhas têm uma alta renovação de ar, o qual é injetado por ventilador com filtragem. Não interfere na segurança alimentar”, explica o engenheiro mecânico Roberto Montemor, membro do Departamento Nacional de Empresas Projetistas e Consultores (DNPC) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Do alto de sua experiência, o engenheiro entende que entre os maiores desafios de um projeto estão a economia de energia e a eficiência dos equipamentos.

“Em um projeto em preveja uma vazão de exaustão muito grande, e se tiver que condicionar todo o ar que sai pela exaustão, as máquinas de ar condicionado terão de ser enormes. Uma boa solução é usar coifas push pull com lâmpadas UV, com ar externo, e fazer um outro sistema para insuflar ar condicionado sobre a brigada da cozinha”, detalha.

Montemor enfatiza ainda que todo projeto de cozinha profissional deve levar em consideração uma série de características, como os equipamentos, o espaço físico, a quantidade de pessoas circulando e as cargas necessárias para o pleno funcionamento do espaço.

Segundo ele, o que está sob a coifa, como chapa e fritadeiras, por exemplo, deve ser levado em conta para o dimensionamento da vazão de exaustão. “Em uma cozinha que tenha telhado, pode se usar equipamento roof top; em casos de prédios ou plantas industriais que tenham água gelada, é preferível usar fancoils e sistemas de condensação a ar splitões. A vizinhança também é muito importante em questões de cheiro e ruído, dois grandes cuidados a se tomar. No caso de cozinhas em prédios comerciais, com prédios residenciais vizinhos, deve-se ter um cuidado redobrado”, ressalta Montemor.

As coifas exercem importante trabalho na climatização e, portanto, devem passar por criterioso cronograma de manutenção e limpeza, de modo a garantir o funcionamento eficaz.

“O ideal é limpar os filtros inerciais das coifas todos os dias, no final do serviço, verificar a sujidade das lâmpadas UV e a cada dez dias limpar dutos e exaustor internamente, além de verificar no sistema de controle todas as funções da operação”, recomenda o representante da Abrava.

No contexto da climatização em cozinhas industriais, é essencial observar as normas regulamentadoras e padrões de boas práticas relacionados à ventilação e qualidade do ar.

No RDC 216 (regulamento técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação), a ventilação desempenha um papel crucial na garantia da qualidade higiênico-sanitária dos alimentos e na manutenção de um ambiente livre de contaminantes.

De acordo com o regulamento, a ventilação deve assegurar a renovação do ar, evitando a presença de fungos, gases, fumaça, partículas em suspensão e condensação de vapores, entre outros elementos que possam comprometer a qualidade dos alimentos. É ressaltado que o fluxo de ar não deve incidir diretamente sobre os alimentos, visando preservar sua integridade e segurança.

Além disso, o sistema de exaustão deve ser equipado com telas milimetradas para impedir o acesso de vetores e pragas urbanas, sendo essas telas removíveis para facilitar a limpeza periódica. Essas medidas são essenciais para manter a segurança alimentar e prevenir riscos à saúde.

A nutricionista e consultora, Renata Varkulja, destaca a importância de implantar equipamentos sustentáveis na cozinha, visando a eficiência energética e a preservação do meio ambiente. Em um contexto mais avançado, como na cozinha 4.0, ela sugere o uso de equipamentos controlados por sensores conectados a aplicativos, permitindo que gestores tenham acesso remoto para um melhor controle e gestão. Essa abordagem não apenas contribui para a redução de custos, mas também minimiza os riscos de contaminação e danos à saúde dos colaboradores.

Otimização

Atualmente, existem várias tecnologias disponíveis para filtrar, lavar e tirar cheiro, conforme preconiza a norma, a exemplo das coifas certificadas com filtro inercial e ou vórtex e lâmpadas UV, que fazem fotólise e ozonólise, para quebrarem as moléculas de gordura e tratar o odor do ar.

Especialistas deste segmento são unânimes em afirmar que, para se obter uma otimização máxima no projeto, é necessário pensar em todos os detalhes, desde o posicionamento dos aparelhos (quentes com quentes, frios com frios), à estrutura de circulação do ar preexistente ou possíveis modificações que trarão melhorias, incluindo os equipamentos que vão fornecer o apoio, a complementação da climatização.

Até porque, projetos mal dimensionados certamente vão falhar. Gases não expelidos de maneira eficiente não só vão deixar o ambiente quente ou abafado, mas também insalubre, prejudicial à saúde, podendo inclusive ocasionar acidentes bem sérios.

“A exaustão e a climatização do ambiente não servem apenas para retirar fumaça e ares do ambiente, mas para garantir a segurança do local e de todas as pessoas que ali trabalham. Entretanto, exaustores, condicionadores de ar, cortinas de ar, entre outros, só devem ser considerados após todos esses outros detalhes serem organizados. A tendência, nesse segmento, é por produtos com motores blindados, rolamentos engraxados e com dupla blindagem. Hélices robustas e com grande vazão também são importantes para os exaustores. O mesmo vale para as cortinas de ar, que devem ter a capacidade de criar uma cama real de ciclo de aprisionamento de ar, e não um fluxo desregulado, que descabele cada pessoa que passar sob o aparelho”, alerta Moisés Botelho Vicente, gerente de marketing das empresas Ventisol e Agratto.

Outra especialista em climatização de cozinhas, a Sicflux, também deixou suas impressões. “A exaustão acompanhada da reposição de ar garante uma adequada renovação de ar e salubridade do ambiente, evitando que as pessoas que trabalham sejam afetadas pelas emanações dos blocos de cocção. A adequada reposição de ar evita o acúmulo de poluentes danosos à saúde. Em um ambiente sem renovação, as diferenças de temperatura entre a cozinha e o ar externo podem chegar a valores superiores a 10 do ºC”, comenta o consultor técnico Eduardo Cabanes Bertomeu, reforçando que a eficiência energética é uma consideração importante, especialmente em ambientes comerciais onde os custos operacionais são uma preocupação.

“Projetar sistemas de exaustão que minimizem o consumo de energia, sem comprometer a eficácia, é um desafio comum”, complementa.

Zona Franca de Manaus aumenta produção de ar-condicionado com duas novas fábricas

A Zona Franca de Manaus (ZFM) terá duas novas fábricas de ar-condicionado no próximo ano, construídas pelas empresas Bel Micro e Friovix, ambas originárias de Minas Gerais e já atuantes como distribuidoras no setor.

A Friovix, com projeto aprovado em maio deste ano, investirá R$ 73 milhões para produzir modelos split e de parede, gerando 67 empregos.

O Estadão apurou que a empresa comprou a fábrica da Komeco, que também produzia aparelhos de ar-condicionado e deixou de operar. Procurada, a direção da Friovix informou que somente dará mais detalhes após a inauguração da fábrica, prevista para março de 2024.

A Bel Micro, cujo projeto foi aprovado em outubro de 2023, investirá R$ 70 milhões nos próximos cinco anos para fabricar aparelhos de ar-condicionado, televisores e fornos de micro-ondas em sua planta em Manaus.

A empresa já iniciou a produção terceirizada de aparelhos de ar-condicionado, com a expectativa de começar a operar na nova fábrica no meio do próximo ano. Quando atingir a capacidade total, a previsão é que a fábrica produza 300 mil unidades por ano, com foco em aparelhos split entre 9 mil e 36 mil BTUs destinados à população de menor renda. A empresa, que já atua na distribuição de outras marcas de ar-condicionado, ressalta que a incursão na fabricação não se deve apenas às condições climáticas, mas à experiência nos canais de venda.

O Brasil é o segundo maior produtor global de ar-condicionado, fabricando cerca de 5 milhões de unidades anualmente, ficando atrás apenas da Ásia, que registra uma produção superior a 130 milhões de unidades. O potencial de consumo no país é impulsionado pelas previsões meteorológicas de aumento de temperaturas, atribuído ao fenômeno climático El Niño.

Abrava Exporta leva 11 empresas brasileiras à Feira AHR Expo Chicago 2024

De 22 a 24 de janeiro, o Programa Abrava Exporta, uma parceria entre a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), levará onze empresas do setor HVAC-R para participar da Feira AHR Expo 2024, em Chicago, Estados Unidos. As empresas participantes incluem Asmontec, Bundy Refrigeration, EQ Tech (Frigoking), Globus, Joape, Mecalor (Kilmatix) RLX Refrigerants, Serraff, Thermomatic, Trox e Unada Motor. A exposição oferecerá uma oportunidade significativa para essas empresas apresentarem seus produtos em um dos maiores eventos do setor HVAC-R, com uma audiência diversificada de outros países.

Na última edição da Feira realizada em Atlanta, em 2023, o Programa registrou resultados excepcionais, com um volume total de negócios alcançando U$ 11,9 milhões, incluindo U$ 2,88 milhões em negócios realizados durante o evento e 954 contatos estabelecidos ao longo dos três dias da exposição. A expectativa para a edição de 2024 é superar esses resultados, impulsionada pela demanda internacional por produtos HVAC-R e pela visibilidade proporcionada pelas ações de promoção comercial realizadas em outros países para as empresas exportadoras brasileiras.

Leila Vasconcellos, Gestora do Programa, destaca que a participação das empresas brasileiras na Feira AHR nos Estados Unidos tem contribuído significativamente para o aumento das exportações, a expansão do conhecimento, o estabelecimento de novos relacionamentos comerciais, a ampliação da base de distribuição em outros países, a abertura de novos mercados internacionais e a internacionalização das empresas brasileiras do setor.

COP28 é criticada por uso de HFC e HCFC na organização do evento

A Agência de Investigação Ambiental (EIA) criticou os organizadores da COP28 por empregarem sistemas de ar condicionado que utilizam refrigerantes HFC e HCFC prejudiciais ao clima. Essas críticas surgiram logo após mais de 60 países, incluindo os anfitriões Emirados Árabes Unidos, apoiaram o Global Cooling Pledge (Compromisso Global de Resfriamento), comprometendo-se a reduzir as emissões do setor de refrigeração em 68% até 2050.

A EIA descobriu que as unidades de ar condicionado em Quatro dos 94 edifícios da COP28 utilizaram refrigerantes como R410A e R22, com eficiência abaixo dos padrões energéticos globais. A organização estima que as unidades nesses edifícios contenham mais de 300 kg de R410A e mais de 130 kg de R22. A EIA apela à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC) para exigir que os países anfitriões desenvolvam planos transparentes de aquisição para garantir o resfriamento sustentável.

A ativista climática Sophie Geoghegan expressou decepção com a utilização de sistemas de resfriamento ineficientes com gases fluorados prejudiciais ao clima durante a COP28, destacando a necessidade de implementação de práticas sustentáveis ​​em eventos climáticos futuros. Enquanto os HCFC, como o R22, estão sendo eliminados gradualmente, os HFC, como o R410A, estão sendo eliminados através da Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal. A EIA destaca a urgência de medidas rápidas para controlar o crescimento da demanda por HFC e insta a UNFCCC a solicitar aos anfitriões de países que elaborem planos transparentes para aquisições sustentáveis ​​e relacionadas com as emissões relacionadas aos eventos climáticos.

Novembro registra aumento nos preços de ar-condicionado

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do ar-condicionado no Brasil teve um aumento significativo de 4,2% em novembro.

Essa elevação representa a maior registrada para o produto desde novembro de 1994, ano marcado pelo início da adoção do Real como moeda, que foi de 5,26%.

Atualmente, o custo médio desse item é três vezes superior à taxa de inflação em 2023, destacando-se um avanço de 13,97% no acumulado do ano até novembro, em comparação com a variação geral de inflação, que foi de 4,04% no mesmo período.

SH Refrigeração é a nova parceira da Donper no Brasil

A SH Refrigeração, empresa do Grupo Krominox, especializada na fabricação de tubos capilares de cobre, acaba de firmar uma parceria promissora com a fabricante chinesa de compressores, a Donper. Por meio da nova estratégia de atuação, a SH Refrigeração passa a distribuir as soluções da companhia asiática no Brasil, atendendo à indústria, pontos de venda, assistência técnica e ao consumidor final.

De acordo com Marcos Barbosa, CEO do Grupo Krominox, a nova parceria promete garantir uma forte expansão à unidade do grupo, que já tem presença relevante nesta cadeia do frio. 

“Contamos com um vasto portfólio de tubos e soluções em cobre e aço inox para o segmento, como tubos capilares, serpentinas e filtros secadores, e agora, ganhamos ainda mais espaço no mercado nacional. Somente durante a FEBRAVA, feira voltada ao setor de refrigeração, fechamos um número importante de contêineres, que devem chegar ao Brasil até janeiro. Neste ritmo, já comercializamos em larga escala”, destaca Barbosa.