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Dicas e instruções para mecânicos e instaladores

Calcular o preço e a mão de obra é uma parte crítica para mecânicos e instaladores, pois influencia diretamente a competitividade do serviço no mercado.

As altas temperaturas observadas em meio à onda de calor que vem atingindo ultimamente boa parte do país, disparou não apenas as vendas de aparelhos de ar-condicionado, mas também os atendimentos de técnicos de refrigeração. Com a demanda acima da média, muitos profissionais têm dúvidas de como calcular o preço da mão de obra, desde a instalação até o conserto e manutenção destes sistemas.

Segundo Jobney Palmeira, diretor da Job Refrigeração, a primeira dica é papel e lápis na mão!

“Não sou nenhum expert em administração ou finanças, mas uma dica valiosa é o profissional começar a mensurar custos com papel e lápis na mão. Visualizar o quanto você ganhará numa instalação é o primeiro passo para começar uma lista, de acordo com diversos fatores. É muito recorrente na nossa área fecharmos um valor que estamos acostumados sem conhecer realmente o ambiente que o aparelho ou sistema será instalado. Somos, na grande maioria, autônomos e temos que ter em mente quanto queremos ganhar por mês, por exemplo. Tendo esse valor, eu consigo calcular o valor da diária da mão de obra. Ou seja, se quero obter uma renda mensal de R$ 5.000,00 por mês, minha diária será de R$ 227,00 e a hora, considerando o período das 8h00 às 17h00, R$ 25,00. Isso é apenas um exemplo, a cobrança de valores é muito pessoal e personalizada para o tipo de instalação”, informa Jobney.

Ele acrescenta que esses valores acima não consideram custos com combustível, almoço, ajudante, etc, e precisam ser precificados de acordo com o serviço a ser executado.

“Aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, em média, consideramos o valor de R$ 100,00/dia por ajudante, incluso o almoço. Mas esse valor varia de região para região”, diz Jobney.

Feito isso, o profissional precisa discriminar os custos com materiais, incluindo carga de nitrogênio (se necessário), fluido refrigerante, tubulação, fita PVC, tubos adicionais, isolamento térmico, cabo PP, suportes, entre outros.

Ele acrescenta que é importante incluir no orçamento total uma margem de segurança, em torno de 20% para imprevistos, principalmente na hora de instalar o equipamento. Seguindo esses passos, dificilmente o profissional terá prejuízos.

“Atualmente, vejo que os profissionais estão mais comprometidos em prestar um serviço de qualidade, utilizando bombas de vácuo, realizando testes de estanqueidade. Se você quer saber mais sobre como elaborar um orçamento, o vídeo “Quando cobrar pra instalar ar condicionado split?” publicado no meu canal do Youtube, abordo de maneira bem simples como realizar o cálculo de uma instalação de condicionador de ar tipo split, indica Jobney.

Laura de Vooght, diretora da Laura Ar Condicionado, diz que em relação aos aparelhos de climatização, os fatores que influenciam na variação de valores são: a altura que será instalado os aparelhos, capacidade em Btus, localização do cliente e metragem de tubulação.

“No que se refere ao tamanho do ambiente onde o aparelho será instalado, a dica é tabelar o preço quando a área for térrea, frente/fundo e até 3m de tubulação, o mínimo a ser cobrado é R$ 400,00 de mão de obra, dependendo da região. Para quem procura uma mão de obra qualificada, sem passar dor de cabeça depois, terá que gastar em média a partir de R$ 800,00 inclusa mão de obra e material, valor médio para região de São Paulo.

Por exemplo, minha empresa, situada em Campo Grande (MS), o valor da mão de obra mínimo a ser cobrado é R$ 300,00. Na região do ABC Paulista, onde estamos localizados, cobra-se em torno de R$ 600,00 só a mão de obra”, exemplifica Laura.

Já o tipo ideal de ar-condicionado para cada ambiente e cada situação, ela enfatiza que sempre se deve consultar um especialista em ar-condicionado, para que seja feito primeiramente o cálculo térmico. Em seguida, o especialista irá indicar a capacidade correta para que se tenha uma boa eficiência e indicará as melhores marcas e variáveis modelos de aparelhos, ressaltando que, atualmente, muitas marcas vem renovando os condiciona-dores de ar com muita tecnologia.

Instalação dos equipamentos

“Outra dúvida de muitos profissionais é se vale mais a pena investir em um aparelho fixo ou portátil. Na questão de eficiência energética, aparelhos do tipo split hi wall consomem menos energia do que os aparelhos portáteis, por exemplo.  A eficiência energética dos equipamentos surge como uma necessidade para obter melhor rendimento em todas as funções e não sobrecarregue a rede elétrica, mas ressalto novamente que a instalação do equipamento tem que ser feita por um profissional que siga as recomendações do fabricante que é de extrema importância. Infelizmente, muitos que estão em campo não se adequaram a linha com tecnologia inverter, em substituição aos da linha convencional, que está com dias contados pela questão da eficiência energética. E não menos importante, o projeto elétrico com adequações para os aparelhos instalados”, aponta.

Segundo Laura, instalações mais complexas exigem projetos, e para cada projeto, valores diferentes.

“Pode ser obra inicial ou reforma, trabalhamos da seguinte maneira: ao receber o projeto, analisamos quantos pontos serão, capacidades e drenagem. Na montagem do orçamento, fazemos em partes separadas, como material e mão de obra, cada ponto de infraestrutura pode ser um preço diferenciado, por exemplo, cada metragem é um preço de mão de obra. Sempre procuro regionalizar o preço, valorizando minha mão de obra, no qual é dedicado tempo e gasto para executar um bom serviço de qualidade. Sempre recomendo: busque oportunidades de conhecimento, treinamento ou estudo. Tenha parceiros e não concorrentes, eles podem ajudá-los em campo ou tecnicamente. Sobre fidelizar clientes, assuma erros, porque não somos robôs e sim, humanos, ou seja, assumir garantias dentro dos prazos legais. Com essas dicas, certeza que o profissional terá uma boa carteira de clientes e sucesso em seus negócios”, conclui Laura.

Dicas e instruções

A transparência, honestidade e a qualidade do serviço são fundamentais para construir uma reputação sólida no setor. Ao seguir dicas e instruções, os mecânicos e instaladores podem estabelecer preços competitivos e justos, proporcionando valor tanto para o cliente quanto para o próprio negócio.

Dicas para ajudar no processo:

1 – Avaliação do trabalho e projeto

Comece avaliando completamente o trabalho a ser realizado. Entenda a complexidade da tarefa, a quantidade de tempo que será necessária e os recursos envolvidos. Considere a experiência exigida, a habilidade técnica necessária e se há algum fator que torna o trabalho mais desafiador. Avalie também a complexidade do projeto de instalação. Considere o tamanho do espaço, o tipo de sistema de climatização, a quantidade de unidades internas e externas, entre outros fatores. Faça uma inspeção detalhada do local para identificar possíveis desafios e requisitos específicos.

2 – Custos de Materiais

Liste todos os materiais necessários para a conclusão do trabalho. Pesquise fornecedores para obter preços competitivos e negocie descontos sempre que possível. Inclua custos como ferramentas especializadas, produtos químicos ou qualquer item consumível.

3 – Custo da Mão de Obra

Determine quanto você deseja pagar por hora de trabalho, levando em consideração as habilidades e a experiência necessárias. Considere a possibilidade de ter diferentes taxas de mão de obra para diferentes tipos de trabalhos ou horários.

4- Tempo Estimado

Estime o tempo que será necessário para concluir o trabalho. Considere fatores como a complexidade da tarefa, a eficiência da equipe e possíveis atrasos. Seja realista ao definir o prazo para evitar pressões excessivas sobre a equipe.

5- Despesas Gerais e Lucro

Inclua despesas gerais, como aluguel de espaço, serviços públicos, seguro e impostos. Defina uma margem de lucro razoável para garantir que o negócio seja sustentável.

6 – Pesquisa de Mercado

Realize uma pesquisa de mercado para entender os preços praticados por concorrentes na região. Considere o valor percebido pelo cliente ao definir seus preços.

7 – Orçamento detalhado

Apresente um orçamento detalhado para o cliente, destacando os custos de mão de obra, materiais e despesas adicionais. Seja transparente sobre o que está incluído no preço e explique qualquer taxa adicional.

8 – Atualização regular de Preços

Mantenha-se atualizado com os custos do mercado e faça ajustes nos preços conforme necessário. Avalie periodicamente a eficiência operacional para identificar oportunidades de redução de custos.

9 – Contrato por Escrito

Sempre forneça contratos por escrito que detalhem os termos e condições, incluindo preço total, prazos e garantias. Isso ajuda a evitar mal-entendidos e conflitos futuros.

UE aprova eliminação de gases fluorados até 2050

A União Europeia (UE) deu um passo significativo para a proteção ambiental ao aprovar, por larga margem, a eliminação gradual dos hidrofluorocarbonetos (HFCs) até 2050. Bas Eickhout, principal relator da revisão dos gases fluorados, elogiou a votação parlamentar como crucial para o meio ambiente, proporcionando simultaneamente clareza à indústria.

Com 452 votos a favor e 92 contra no plenário parlamentar, a aprovação pelo Conselho Europeu é agora aguardada como uma formalidade antes da publicação oficial no Jornal da UE. Eickhout enfatizou que o fim dos gases fluorados não apenas beneficia o clima, dada a nocividade desses gases, mas também oferece clareza e segurança de investimento para a indústria, destacando o papel das empresas europeias no desenvolvimento de alternativas mais limpas.

Adeus, querido amigo!

Com muito pesar e tristeza, informamos que nosso querido amigo Paulo Fernando Costa, faleceu hoje (12/01), às 5h10, em São Paulo (SP), aos 42 anos.

Grande fotógrafo e jornalista, lutou bravamente contra um câncer e em nenhum momento se deixou abater pela doença!

Difícil traduzir em poucas linhas o que ele representava para o setor de HVAC-R, amigos e parceiros! Entusiasta por natureza, carregava sempre um sorriso no rosto e um otimismo inabalável.

Chamado carinhosamente de Repórter do Frio, durante 15 anos atuou como jornalista e fotógrafo na Revista do Frio, além de ser responsável pelo Blog do Frio, e tantos outros trabalhos dirigidos ao setor de ar condicionado e refrigeração.

Nesses tantos anos de convivência, ele nos deixa um inestimável legado, seja como amigo, profissional e parceiro.

Sua história de vida se eterniza, seja por meio das inúmeras matérias que redigiu, levando informações de qualidade a todos os leitores do setor; pelos seus clicks, através das lentes de seus olhos nos brindando com fotografias maravilhosas e singulares, e por meio da sua amizade, que permanecerá para sempre em nossos corações!

Nossos sinceros sentimentos aos familiares.

Valeu cada minuto em sua presença Paulão!

Descanse em paz, amigo querido!

 

TROX anuncia término das atividades profissionais do Eng. Celso Simões Alexandre

A TROX Américas comunicou oficialmente o encerramento das atividades profissionais do Eng. Celso Simões Alexandre, profissional renomado com mais de 42 anos de experiência e trajetória destacada em diversas posições de liderança. Os últimos cargos ocupados incluíram a presidência para as Américas e, nos últimos três anos, a participação no Conselho Executivo do TROX GROUP.

Internacionalmente reconhecido, o Eng. Celso Simões desempenhou um papel crucial no crescimento e desenvolvimento da TROX nas Américas ao longo dos anos. Sua contribuição foi fundamental para a conquista de resultados significativos e para o avanço do setor de HVAC-R.

Segundo o atual presidente para as Américas, Eng. Luiz Moura, a empresa está comprometida em construir uma operação ainda mais robusta e sustentável, buscando novos desafios para o futuro. O lema “Juntos Somos TROX” ressoa como um compromisso contínuo para enfrentar os desafios e alcançar os objetivos da organização.

Thermomatic apresenta linha para controle de umidade na indústria farmacêutica

A Thermomatic do Brasil apresenta a linha industrial Desidrat para o controle da umidade e garantia de eficiência operacional dedicado a indústria farmacêutica. A linha Desidrat proporciona um ambiente controlado para todas as etapas do processo de fabricação de medicamentos, através de um sistema de controle e monitoramento da umidade e temperatura no processo de fabricação em massa, economiza energia e possui conformidade regulatória.

“Um sistema de climatização e controle de umidade evita a contaminação de frascos e ampolas, e a desestabilização de medicamentos. Embalagens e medicamentos são altamente higroscópicos e a mínima variação climática pode provocar absorção indesejada de umidade. O desumidificador industrial contribui com a redução de gastos com manutenção de equipamentos, preserva a consistência física e composição química de cada fármaco, além de aumentar a produtividade operacional de forma consistente”, avalia Sven von Borries, CEO da Thermomatic.

Cadeia do frio minimiza desperdício de alimentos

Ao garantir condições ideais de temperatura desde a produção até o consumo, refrigeração minimiza perdas e promove sustentabilidade na indústria alimentícia.

Embora o Brasil seja um dos principais produtores globais de alimentos, é também um dos países com alto índice de desperdício, chegando a 30% da produção, equivalente a 46 milhões de toneladas anuais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este processo resulta em perdas econômicas significativas, estimadas em R$ 61,3 bilhões por ano.

Além disso, ocupamos a décima posição no ranking de desperdício alimentar no mundo, conforme dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Mundialmente, a entidade revela que 54% do desperdício ocorre na colheita, enquanto 46% das perdas são registradas em armazenamento, transporte e consumo. No contexto brasileiro, 10% ocorrem no campo, 30% na distribuição e armazenamento e 50% no transporte, com os consumidores respondendo por 10% do desperdício total.

A situação poderia ser ainda pior, não fossem os fortes investimentos em pesquisa e desenvolvimento que a cadeia do frio sempre realizou em busca de aprimoramento da eficiência dos equipamentos usados para conservação de alimentos, em todas as etapas entre a lavoura e a mesa do consumidor.

O frio é utilizado para a preservação da qualidade do produto, retardando a atividade enzimática e a consequente oxidação. A diminuição da temperatura e da atividade de água no alimento inibe a possível ação bacteriana e prolonga o tempo de prateleira.

Portanto, o HVAC-R há muito entendeu que é um dos protagonistas na redução do desperdício alimentar, e a refrigeração desempenha um papel crucial na logística de transporte de alimentos perecíveis, evitando perdas significativas ao longo do caminho.

O processo de conservação dos alimentos começa nas vastas extensões agrícolas, onde a colheita é o ponto de partida da jornada dos alimentos para todas as regiões do país. Neste estágio, a tecnologia pós-colheita é aplicada em galpões, silos, estufas e câmaras refrigeradas, promovendo, nesses ambientes, o controle meticuloso de temperatura e umidade, de modo a preservar a vida útil e os atributos nutricionais de grãos, sementes, lácteos, frutas e legumes.

O mesmo processo ocorre com o abate de bovinos, suínos, aves, pescados e frutos do mar, entre outros itens, que essencialmente precisam, logo de início, ser armazenados, conservados e beneficiados em ambientes de baixas temperaturas, como se vê nas linhas de produção dos frigoríficos.

“O desperdício de alimentos acontece principalmente em situações como variações de temperatura no transporte, avarias em embalagens durante o manuseio, expiração do prazo de validade”, afirma Isabela Perazza, diretora regional da Global Cold Chain Alliance (GCCA), associação representante da indústria de armazenamento com temperatura controlada que promove as melhores práticas no setor de armazenamento e logística com temperatura controlada por meio de pesquisas, benchmarking, networking e educação.

A executiva comenta não existir um indicador que mostre a quantidade exata de produtos desperdiçados. “Porém, sabemos que é uma pequena porcentagem, se levarmos em conta o volume do que é produzido no Brasil hoje. Existe um cuidado muito grande para que tais perdas não aconteçam. De qualquer forma, mesmo essa pequena porcentagem significa toneladas de alimentos que poderiam ter tido um melhor destino”, complementa.

Transporte refrigerado

Considerada um dos grandes gargalos do agronegócio brasileiro, a logística envolvendo os produtos agrícolas deve ser precedida de toda uma estratégia de transporte e armazenamento, afinal caminhões e contêineres frigoríficos percorrem longas distâncias até chegar aos pontos de venda.

É neste ponto que a logística refrigerada desempenha papel vital. Veículos equipados com sistemas de refrigeração avançados garantem que a temperatura adequada seja mantida durante todo o trajeto. Seja por estradas, ferrovias, rios ou oceanos, a integridade dos alimentos é preservada, evitando o desgaste precoce e assegurando que cheguem aos destinos em condições ideais.

“A adequada refrigeração no transporte, em todo caminho percorrido, é um fator crítico para que os alimentos cheguem ao seu destino dentro da temperatura e com as propriedades nutricionais intactas, sem que haja perdas. O transporte pode ser um grande gargalo, caso não esteja com o equipamento de refrigeração adequado ou com a manutenção em dia”, argumenta Isabela.

Atualmente, o processo logístico utiliza o rastreamento da temperatura dentro do veículo e das caixas dos produtos, por meio de sensores.  Com este recurso de monitoramento a distância, é possível mapear os desvios e, com base nesta informação, corrigi-los.

“A área de antecâmara, onde ocorre o trânsito dos produtos, tem temperatura controlada, ou seja, sofre climatização. E dentro dos nossos registros de qualidade, há um acompanhamento constante da temperatura das câmaras para que elas estejam de acordo com a rotulagem dos produtos”, explica Vivianne Moreira Leite, responsável técnica e diretora de operações da Cap Logística Frigorificada.

Para minimizar perdas durante o transporte e o armazenamento, a empresa adota estratégias focadas em gestão de estoque com FIFOs (primeiro que entra, primeiro que sai) e relatórios de não conformidade em descargas e carregamentos. “É fundamental a observação de boas práticas em armazenagem e transporte para evitar avarias em embalagens primárias e secundárias”, finaliza.

Varejo

Assim como nas demais etapas do percurso entre a lavoura e a casa do consumidor, a cadeia do frio também desempenha papel decisivo na prevenção de perdas de alimentos no varejo, desencadeando uma série de processos interligados que garantem a qualidade e a segurança dos produtos no armazenamento e nas prateleiras.

Nos estabelecimentos, câmaras frigoríficas, expositores de bebidas e ilhas e balcões refrigerados mantêm a temperatura ideal para produtos perecíveis, prolongando a validade e permitindo que os consumidores tenham acesso a alimentos frescos por períodos mais longos. Esse elo da corrente compreende manipulação, armazenamento e conservação adequados a fim de preservar as características sensoriais e nutricionais. A importância desse sistema vai além da mera conservação, impactando diretamente na redução do desperdício alimentar.

“Deixar de manter o produto nas temperaturas corretas pode resultar em degradação da textura, descoloração e crescimento microbiano. Além disso, um produto de qualidade leva a um cliente satisfeito e à proteção global da saúde pública”, argumenta Isabela Perazza, da GCCA.

Consumidor e meio ambiente

O final do ciclo, na casa do consumidor, também demanda a continuidade da refrigeração adequada. Equipamentos como geladeiras e freezers garantem que os produtos mantenham a qualidade mesmo após a compra, incentivando um consumo consciente e reduzindo o descarte de alimentos.

O mínimo de desperdício também significa redução do impacto ambiental. Quando produtos perecíveis são descartados devido à falta de controle na temperatura, não apenas recursos preciosos são perdidos, mas também ocorre a emissão desnecessária de gases de efeito estufa relacionados à produção e decomposição dos alimentos.

O combate às perdas de alimentos tem arregimentado pessoas e organizações dispostas a fazer a diferença. Um exemplo deste movimento vem da GCCA Brasil, que tem parceria com o Mesa Brasil Sesc, o principal banco de alimentos do País.

O convênio visa a doação de produtos dentro da validade e próprios para consumo, mas que por algum motivo – como avaria na embalagem secundária – não podem ser comercializados. “Dessa forma, as empresas conseguem destinar produtos de alto valor nutricional a pessoas em situação de vulnerabilidade social”, arremata Isabela.

Carrier vende negócio de refrigeração comercial para Haier

A Carrier Global Corporation anunciou neste mês de dezembro um acordo definitivo para vender seu negócio global de refrigeração comercial à Haier, seu parceiro de joint venture de longa data, por um valor empresarial de US$ 775 milhões, incluindo aproximadamente US$ 200 milhões de passivos líquidos de pensão. Esta transação representa cerca de 16,5 vezes o EBITDA esperado para 2023, marcando mais um passo significativo na transformação do portfólio da empresa. A decisão de vender o negócio de refrigeração comercial é parte de uma estratégia mais ampla de desinvestimento, com acordos definitivos já em vigor para a saída de negócios que representam aproximadamente metade do EBITDA que a Carrier está desinvestindo.

A Carrier Commercial Refrigeration, que será adquirida pela Haier, emprega mais de 4.000 pessoas globalmente e tem uma extensa rede de vendas e serviços na Europa e Ásia-Pacífico, com marcas como Profroid, Celsior e Green & Legal. A aquisição visa fortalecer a presença da Haier no setor de refrigeração comercial, permitindo à empresa expandir suas atividades para o varejo de alimentos e armazenamento refrigerado. O presidente da Carrier & CEO, David Gitlin, destacou que a execução do acordo demonstra o progresso contínuo na transformação do portfólio da empresa, que visa posicionar a Carrier como líder global em soluções inteligentes de clima e energia.

A Carrier espera que os recursos líquidos provenientes da transação ultrapassem US$ 500 milhões, sendo a intenção usar esses recursos para reduzir dívidas. A conclusão da transação está prevista para o segundo semestre de 2024, sujeita a condições habituais de conclusão e aprovações regulatórias, incluindo consultas aos conselhos de trabalhadores. Após a conclusão das transações planejadas, a Carrier pretende retomar recompras de ações quando sua alavancagem líquida retornar a aproximadamente 2 vezes o EBITDA.

Confirmadas data e local do Mercofrio 2024

O Mercofrio 2024 ocorrerá de 10 a 12 de setembro de 2024 no BarraShoppingSul, em Porto Alegre. Com o propósito central de promover conhecimento e inovação no setor de HVAC-R, o evento se destaca por integrar pesquisa acadêmica, indústria e mercado, oferecendo um espaço para apresentar tecnologias avançadas que impactam sistemas HVAC-R em seu ciclo de vida.

O Congresso Mercofrio contará com palestras de especialistas nacionais e internacionais, abordando temas cruciais como colaborações internacionais, sustentabilidade ambiental, eficiência energética, segurança, desenvolvimento de carreiras, inovação e competitividade de mercado. Os destaques incluem tecnologias para redução do impacto ambiental, soluções para maximizar eficiência energética e a definição de padrões de segurança e qualidade nos sistemas HVAC-R para proteção dos consumidores e do meio ambiente.

Além de proporcionar uma plataforma para a apresentação de trabalhos acadêmicos e pesquisas, o congresso visa incentivar a indústria a adotar novas tecnologias e métodos, elevando os padrões técnicos do setor e impulsionando a visibilidade global dos profissionais e pesquisadores envolvidos no campo de HVAC-R.

Com a Rádio Clima no ar, Anderson Andrioti dá seu recado!

Técnico da Conceito Ar Condicionado, empresa sediada em Londrina (PR), e formado em Direito pela Universidade Paranaense, Anderson Claudino Gonçalves Andrioti, migrou para a área de climatização em 2004. Como muitos profissionais, ele se apaixonou pelo setor e desde então, vem adquirindo expertise e inovando no mercado de climatização e refrigeração.

“Fiz como muitos brasileiros fazem, diante da necessidade de ganhar o pão de cada dia, aceitei o desafio de instalar um aparelho de ar condicionado para um conhecido e ganhar uma grana extra. Na época, comprei um flangeador bem baratinho, que já vinha com um corta tubo e fiz a instalação.  Eu já trabalhava como eletricista, então a parte elétrica foi moleza, daí em diante, nunca mais me imaginei fazendo outra coisa. Se hoje eu ganhar na megasena, amanhã, continuarei trabalhando com climatização!”, diz ele.

Ao longo desses 20 anos atuando no setor, ele diz que o mercado vem evoluindo muito e os profissionais também, mas o grande gargalo ainda continua sendo a falta de conhecimento, as vezes por falta de oportunidades, como é o caso do pessoal que vive longe dos grandes centros, ou por falta de humildade: “No nosso caso, são os técnicos mais antigos que precisam deixar de lado velhos hábitos e dar ouvido a essa nova geração que, embora menos experiente, possui conhecimento das novas tecnologias de mercado e com muita disposição pra nos ensinar. Não há competição para que é bom, para quem chega no horário combinado, e principalmente, para quem respeita as normas técnicas”, pontua.

Duas grandes paixões

Há três anos, Anderson começou um novo projeto juntando duas grandes paixões: o rádio e a climatização, nascia então a Rádio Clima, em plena pandemia e diante de todas as incertezas, através da live que ele intitula como a mais democrática do Brasil.

“Eu assistia todas as lives do setor, mas percebia que só participavam pessoas de renome e os ‘pinduradores’ não tinham oportunidade para expressar suas opiniões, suas críticas etc., E foi justamente para dar voz a esses profissionais que eu criei a Rádio Clima. No começo eram apenas cinco ou seis pessoas assistindo e interagindo, levei muito não, cheguei a fazer propaganda gratuita para alguns amigos, mas sempre seguindo o princípio de nunca oferecer para o meu público produtos que eu mesmo não usasse. Os anos foram passando e a Rádio Clima foi crescendo, novos patrocinadores foram chegando e o que era só um hobby foi ficando cada vez mais profissional”.

No começo, Anderson conta que muitos não entendiam a proposta da live, achavam que só servia para rechaçar os fabricantes de ar condicionado e de ferramental, mas com o tempo, as pessoas e, principalmente os fabricantes, entenderam que não tem como se estabelecer uma relação sincera, sem franqueza.

“A Rádio Clima aponta os ‘erros’, mas não com o intuito depreciativo, e sim, com a intenção de que o fabricante possa, dentro das possibilidades técnicas, evoluir. Hoje, já passaram pela Rádio Clima os principais nomes do setor HVAC-R, entre engenheiros e fabricantes, que puderam ter a experiência de ouvir as reclamações e elogios de técnicos do interior do Nordeste, do Sul do Brasil, ao vivo, sem cortes e sem maquiagem. Em qualquer extremo do nosso país, os técnicos dizem que o produto anunciado na Rádio Clima pode comprar de olhos fechados, e isso não tem dinheiro que pague, nosso lema sempre foi ‘credibilidade não se impõe, se conquista’. Graças a Deus, a minha família, os amigos, em especial, o grupo do Fundão – o melhor grupo de WhatsApp do Brasil, têm o maior respeito e admiração pela Rádio Clima, que caiu no gosto dos ‘pinduradores’ e já são milhares de profissionais alcançados, com conteúdo de qualidade e troca de experiências”.

Com muito carisma, Anderson possui muitos amigos e gosta de estar com sua família, ao lado de sua esposa, Tatiani, de suas duas filhas: Maria Victoria, com 22 anos, e Isadora, com 10 anos. Para ele, a família é seu alicerce, razão pelo qual ele nunca pensou em desistir.

“Faça sempre o melhor, faça como se estivesse fazendo para você e logo o mercado saberá quem você é”, conclui.

A família é seu alicerce, razão pelo qual ele nunca pensou em desistir

Novas regras para geladeiras preocupam a indústria

O governo federal do Brasil anunciou uma mudança significativa nas regras para a fabricação de geladeiras, prevista para entrar em vigor a partir de 2024. A medida consiste em novos índices mínimos de eficiência energética para refrigeradores domésticos, estabelecendo metas para o Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores de uso doméstico. O Ministério de Minas e Energia (MME) justifica a iniciativa como uma maneira de promover economia de energia para os consumidores, além de atrair investimentos para a indústria brasileira.

Entretanto, a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) expressou preocupação com a mudança, antecipando um aumento nos preços, especialmente para a população de renda mais baixa.

As novas regras estabelecem duas etapas para a implementação, começando em 31 de dezembro de 2024, com a proibição da fabricação de equipamentos que não atendam a um índice máximo de 85,5% do consumo padrão. A segunda etapa, iniciando em 31 de dezembro de 2025, eleva esse índice para 90%. A expectativa é que os produtos disponíveis nas lojas a partir de 2028 sejam, em média, 17% mais eficientes energeticamente.

A Eletros argumenta que os produtos brasileiros já possuem alto nível de eficiência energética, mas a mudança nas regras impondo prazos curtos resultará em aumento nos custos de produção, tornando as geladeiras mais caras. A entidade planeja buscar diálogo com o governo para destacar os prejuízos e impactos negativos que antevê com as novas regulamentações, na esperança de uma revisão.

É importante destacar que o governo esclareceu que os consumidores não precisam adquirir novas geladeiras se seus equipamentos estiverem em bom estado de funcionamento, sendo as obrigações e datas-limite aplicadas apenas aos fabricantes, importadores e comerciantes. O objetivo é retirar gradualmente do mercado os equipamentos menos eficientes, alinhando-se aos esforços do país para a transição energética e redução das emissões de gás carbônico.