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China promete combater alta do cobre

O governo chinês anunciou, na semana passada, que pretende intervir no mercado de commodities metálicas. Um dos objetivos do principal órgão de planejamento econômico chinês é aprofundar mudanças no mecanismo de precificação delas nos próximos cinco anos.

A Comissão de Reforma e Desenvolvimento da China (NDRC, na sigla em inglês) ressaltou que vai implementar uma política de “tolerância zero” contra qualquer tipo de movimento especulativo ou de retenção de estoques que implique inflacionar os preços de minerais como cobre, ferro ou alumínio.

Fontes da NDRC destacaram que se essa tendência de alta dos preços continuar, a recuperação econômica do país asiático corre sérios riscos.

Elas disseram que “as autoridades reguladoras acompanharão de perto a tendência dos preços das commodities e fortalecerão a supervisão conjunta dos mercados futuros e à vista”, prometendo que “haverá tolerância zero para atividades ilegais”.

“O Ministério da Indústria vai trabalhar com os órgãos competentes para estabilizar os preços, evitar pânico nas compras ou retenção de estoques de produtos, e adotar medidas fortes contra o monopólio e a especulação maliciosa”, acrescentaram.

Impactos no HVAC-R

Segundo fabricantes brasileiros de tubos de cobre, um dos insumos mais utilizados no mercado de refrigeração e ar condicionado, a demanda pela matéria-prima subiu muito nos últimos meses, tanto no Brasil quanto no exterior, impulsionada principalmente pelo aumento do consumo na China, que hoje é responsável quase 50% da demanda global.

Para as empresa brasileiras, lidar com a alta desenfreadados preços da commodity não tem sido tarefa fácil, na avaliação do coordenador de vendas da Cobresul, Sandro Lopes Reis.

Entretanto, assegura o gestor, não está faltando catodo de cobre na companhia. “Estamos tranquilos quanto a isso”, disse.

Há pouco mais de 10 dias, circulou em grupos de profissionais do setor uma mensagem afirmando que, devido à falta de matéria-prima, a Termomecanica, outro grande player do setor, estaria solicitando prazo 200 dias para entrega de qualquer pedido posto em fábrica a partir de 17 de maio.

O superintende de vendas da empresa, Marcelo Silva, declarou, porém, que “a informação não procede, pois nossos clientes se programam com antecedência e a TM vem atendendo a necessidade de entrega conforme planejamento”.

“Para a linha de tubos utilizada na instalação de ar-condicionado (pancake), possuímos estoques estratégicos para atender de imediato os distribuidores que atuam no segmento de refrigeração e que são nossos parceiros comerciais”, justificou.

Já a Paranapanema, a maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e suas ligas, enfrenta percalços para fornecer produtos, embora já esteja renegociando, juntamente com seus principais credores financeiros, seus débitos, cujo montante, até 31 de março,correspondia ao valor de US$ 481,7 milhões.

Em nota, a empresa esclareceu que “a pandemia da covid-19, a alta do cobre e dólar americano e a renegociação das dívidas da companhia, processo esse ainda em curso, naturalmente afetam os ritmos de produção e atendimento aos mercados nacionais e internacionais”.

“Por isso, diversas medidas foram tomadas na forma de atendimento aos clientes e na comercialização dos produtos para poder conciliar as limitações que a Paranapanema enfrenta no curto prazo e para continuar entregando produtos de qualidade aos consumidores”, informou a dona da marca Eluma.

“Hoje, a companhia trabalha fortemente para aumentar o fluxo de produção e vendas para a retomada do fornecimento integral ao mercado”, salientou.

Ministério da Indústria do maior consumidor global da matéria-prima vai trabalhar com órgãos competentes para estabilizar preços de commodities metálicas | Foto: Shutterstock.com

Fujitsu atualiza aparelho de climatização pessoal

A Fujitsu deve iniciar as vendas no Japão de uma versão atualizada do dispositivo de climatização pessoal anunciado pela primeira vez no ano passado.

O Cómodo gear i2 é considerado mais leve, ajustável e com um efeito de resfriamento melhorado.

Usada ao redor do pescoço, o Cómodo contém elementos Peltier para resfriar o sangue que flui através da artéria carótida e diminuir a temperatura corporal central.

Após as vendas de teste com a versão original no Japão em 2020, a Fujitsu decidiu iniciar a produção em grande escala este ano, oferecendo o Cómodo gear i2 ao mercado japonês a partir do início do próximo mês.

O produto foi desenvolvido principalmente para quem trabalha ao ar livre, sob sol quente ou em um ambiente sem acesso a ar condicionado, como os da indústria de segurança e construção, além de funcionários de fábricas e locais de locais de eventos. 

O feedback usuários usuários foi incorporado ao Cómodo gear i2. Isso inclui a disponibilidade em dois tamanhos de pescoço e com a adição de uma faixa magnética na frente para ajustar fecho.

O peso da unidade de pescoço é 155 g – 15 g mais leve que o modelo anterior. Além disso, a bateria e o dissipador de calor podem ser separados e usados ​​em qualquer um dos lados da cintura.

Embora o tamanho da placa de refrigeração seja maior para aumentar o efeito, os outros componentes ficaram menores.

Em meio à pandemia, 22ª Febrava focará na qualidade do ar interno

Confirmada para novembro, edição será em formato híbrido – presencial e on-line – e também colocará em debate a importância do agronegócio, que cresceu mesmo diante da crise financeira e sanitária mundial.

Evento bienal da indústria de refrigeração e ar condicionado foi adiado para novembro, por causa da pandemia de covid-19

Tema que ganhou ainda mais importância nos debates travados e projetos desenvolvidos no HVAC-R mundial, especialmente após a intensificação da pandemia do novo coronavírus, em 2020, a qualidade do ar

em ambientes internos, com ênfase tanto em novos equipamentos, como na manutenção dos já existentes, norteará a 22ª Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar e da Água.

Pela primeira vez em formato híbrido, seguindo a tendência dos eventos durante esta nova realidade sanitária, a Febrava está marcada para ocorrer presencialmente entre 22 e 25 de novembro no São Paulo Expo, incluindo também o modelo digital.

De acordo com a organizadora Reed Exhibitions, serão cumpridos protocolos sanitários globais e recomendações das autoridades brasileiras para garantir a segurança de expositores, visitantes e parceiros. A expectativa é que mais de 300 marcas exponham seus produtos e em torno de 18 mil visitantes passem pelos estandes.

Até meados de abril, já estavam confirmados mais de 50 expositores – Apema, Aquabios, Aeris Tecnologia, Armacell, Bitzer, Castel, Coel, Conforlab, De Leon, Deltafrio, Difustherm, Embraco, Elitech, ebm-papst, Ecoquest, Gree, RAC Brasil, Elgin, Emicol, Epex, ETP/Fapro, Evapco, Filtros Planeta Água, Full Gauge Controls, Girelli, GTS Milano, Imperium Ar Condicionado, Industrilas, Leas Industrial, Leveros, Megatron Sensors, Metalúrgica Alado, Montreal, Multi-Wing, Náutica, Pizzani Lubrificantes, Projelmec, Reed Exhibitions, Refricomp, Refrio, RLX, Rocktec, Rohden Vidros, Samatec, Sanhua, Sicflux, Smacna, Sondas, Superfrio, Symbol, Tecnolatina, Tosi, Uniplast, Unividros e WTS.

Em função do novo coronavírus, outra novidade é a Febrava Soluções Digitais, uma plataforma de conteúdo, conexões e geração de negócios que vai entregar diversas oportunidades ao longo do ano.

“A proposta é mantermos a comunidade HVAC-R conectada 365 dias por ano, com possibilidades exponenciais de interação e alavancagem de resultados, por meio do ambiente digital”, afirma o gerente do evento, Ivan Romão.

Para o gestor, o desafio é manter a relevância para o mercado sobre o que é o evento e as oportunidades que ele oferece, seja no formato físico ou digital.

“A principal expectativa é ser uma plataforma de solução, seja de negócios, de conhecimento e de divulgação, para o setor HVAC-R nacional e internacional”, enfatiza.

Segundo ele, o cenário para a Febrava 2021 é até mais otimista do que em relação à edição anterior, pois a preocupação com a qualidade de ar é um tema de extrema importância, considerando o cenário de pandemia existente no País.

“Esta é uma demanda que ocorre para todos os mercados, principalmente para o ramo de meios de hospedagem, bares, restaurantes, saúde, facilities e escritórios”, complementa.

 

Ilha da Cadeia do Frio

 Um dos setores que conseguiram crescer em 2020 durante a pandemia do novo coronavírus, com recorde de 24,31% em seu Produto Interno Bruto (PIB), o agronegócio terá um espaço todo dedicado a ele na 22ª Febrava.

Alguns players do mercado, como Frigo King, Bitzer e Deltafrio, mostrarão a importância de todo o processo do frio que envolve a proteína animal, assim como outras questões relacionadas à temática, possibilitando conhecimento técnico e prático, além de network entre os participantes.

Na edição passada, em 2019, o espaço contou com 25 equipamentos funcionando, mais de 4 mil visitantes e 37 empresas conectadas, ampliando a rede de contatos e aquecendo esse mercado, que é de suma importância para o Brasil. Para essa edição, a perspectiva é aumentar todas as oportunidades.

“Classificamos nosso espaço como ‘diferenciado’, porque os expositores estão sempre sendo visitados. Aqui os contatos profissionais são intensos, os convidados dos demais participantes da nossa Ilha circulam por todo o ambiente, garantindo um fluxo contínuo de visitantes qualificados a qualquer hora do dia, todos os dias da feira”, afirma o coordenador do espaço, Eduardo Dória.

Transmissão ao vivo

 Evento paralelo à Febrava, o 17º Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar (Conbrava) tratará do tema “Tendências e Impactos do AVAC-R na qualidade de vida e segurança das pessoas”.

Para que o tema seja contemplado de forma abrangente para o setor HVAC-R, a comissão organizadora classificou 22 tópicos para dissertação dos trabalhos, cujas inscrições se encerraram em 12 de abril.

“O próximo Conbrava irá trazer muitas novidades ao setor, desde seu conteúdo técnico com ênfase no impacto da pandemia da Covid-19 no mercado de HVAC-R até na organização do evento, que pela primeira vez será transmitida ao vivo para todo País”, ressalta o engenheiro Leonardo Cozac, presidente da comissão organizadora do encontro.

Com o objetivo de incentivar as novas ideias e intercâmbios de experiências inovadoras, serão premiados três melhores trabalhos apresentados, eleitos pelos congressistas participantes durante o evento.

“Esta é uma forma de reconhecer, valorizar e apresentar ao mercado os melhores trabalhos desenvolvidos por profissionais que atuam no setor HVAC-R”, diz.

Fabrício Cemin Fagundes: Conectado em tempo integral

Técnico em Administração de Empresas, com formação em IOM RAC – Instalador, Operador e Manutencionista em sistemas de Refrigeração e Ar Condicionado – Fabrício Cemin Fagundes começou sua vida profissional no setor de ar condicionado e refrigeração em 2014, após concluir o curso de elétrica predial e instalação e manutenção de sistemas de ar condicionado do tipo Split.

À frente da Ciclos Climatização e Elétrica, empresa que atende as regiões de Itapema, Porto Belo, Bombinhas e Balneário Camboriú (SC), Fabricio tornou-se referência em serviços de instalação e manutenção de sistemas de ar condicionado. Muito conhecido também nas plataformas digitais, ele ministra treinamentos e cursos 100% EAD (Ensino a Distância) sobre higienização de ar condicionado Split, abordando processos de limpeza, desobstrução e manutenção.

“Hoje em dia, trabalhamos todos conectados, carregando um smartphone por onde vamos, no meu caso, não existe a possibilidade de divisão entre vida profissional e pessoal, ainda mais quando você tem a responsabilidade de gerir dois cursos, uma empresa, além de parcerias com empresas de ferramentas, etc. Todos estamos 100% conectados e o círculo de informação é gigante. Gravei dois cursos baseados na minha experiência e compartilho através da plataforma do Hotmart: O inverter sem medo e o Ciclos da Manutenção. Também tenho um canal no YouTube e no Instagram, o Ciclos Climatização, com mais de 22 mil seguidores ávidos por informações”, comenta Fabrício.

E por falar em informação, ele destaca a quantidade e qualidade da mesma quando se trata de embasamento técnico.

“A mesma informação que lhe ajuda é aquela que também pode lhe cegar, ou seja, você não pode ser levado por qualquer informação. Para tudo existe um embasamento técnico que deve ser analisado. Acredito que os fabricantes de ar condicionado ainda não dão a atenção devida ao instalador e muita informação tem dificuldade de chegar em quem precisa, mesmo estando num mundo digital. Acredito, também, que para se tornar um bom instalador é preciso disciplina e busca por conhecimento.

Ferramentas digitais são maravilhosas, ajudam, mas não resolvem problemas. Se resolvesse, bastaria adquirir um manifold digital, por exemplo! O que resolve é buscar conhecimento com muita humildade, ter disciplina e separar uma hora por dia para consumir um conteúdo de qualidade que lhe convém”, diz.

Casado com Silvana, eles dividem os momentos de lazer fazendo caminhadas na praia, entre outras atividades

Interação com feras da manutenção

Desde que ingressou para o setor de HVAC-R, Fabricio venceu vários desafios. O primeiro deles foi a instalação correta de um aparelho de ar condicionado numa época em que a informação não era tão disseminada quanto hoje.

“Um dos maiores desafios da minha carreira foi começar instalando os aparelhos de ar condicionado de forma correta, até porque, as informações eram muito mais difíceis de se conseguir. Havia muita gente ensinado errado, muitos mitos e grande dificuldade para aquisição de credenciamento e, principalmente, falar com os grandes fabricantes de ar condicionado. Hoje isso mudou! Mas, ainda vemos no mercado profissionais que acreditam estar fazendo o certo e cobrando por isso, mas, quando se trata de manutenção, digo que não é somente passar bactericida no equipamento e cobrar. Esses serviços são extremamente técnicos, você precisa entender de tudo, ou pelo menos um pouco, o que inclui elétrica, refrigeração, alvenaria, planta, produtos químicos, planejamento de trabalho e controle de materiais. Claro que o principal é a execução de um serviço adequado. Infelizmente, tornou-se um hábito ver pessoas fazendo uma manutenção num split somente lavando e passando bactericida, porém, a máquina não passou nem 30% da manutenção que deveria.

Esses processos precisam ser executados pelos técnicos aos seus clientes e, posteriormente, cobrarem por um serviço adequado. No nosso caso, o foco é o inverter e nos especializamos na manutenção deste tipo de equipamento e temos o maior capricho em atender nossos clientes de forma especial”!

Casado com Silvana, nos momentos de lazer eles se dedicam ao cão Pipo, que aos finais de semanas, em épo03ca de pandemia, o máximo que conseguem fazer é uma caminhada na praia, sem aglomeração.

“Em tempos de pandemia, estamos conectados em tempo integral! Diariamente, assisto as aulas do Senai, onde estudo, e procuro manter meus alunos e amigos informados através do Instagram com postagens diárias sobre assuntos de interesse do mercado de ar condicionado e refrigeração”.

Fabrício deixa uma mensagem aos profissionais de HVAC-R: “Estude, seja sincero consigo mesmo e com seu cliente e não tenha medo de cobrar. E não esqueça que quem lhe contrata deve receber o maior capricho. Agradeço a toda equipe da Revista do Frio por essa oportunidade de contar um pouco da minha história de vida”.

Alta do cobre preocupa distribuidores

O fornecimento de cobre pode estar em risco no curto prazo. Desde o ano passado, a produção do metal vem caindo nos principais países produtores. Para agravar a situação, os estoques da commodity chegaram ao mais baixo nível dos últimos 15 anos, segundo uma análise do Bank of America.

O documento aponta que a expansão da demanda estaria colaborando para a escassez da matéria-prima e o consequente aumento do preço.

O cenário, obviamente, tem preocupado os distribuidores de tubos de cobre para instalação de sistemas de refrigeração e ar condicionado em todo o mundo.

“A queda da oferta do cobre gera um grande impacto negativo em nosso mercado, justamente porque nossa clientela é composta, em sua maioria, por instaladores, empresas de engenharia e construtoras”, diz o coordenador de vendas da Zeon, Aílton César Marcomini.

Mesmo com a alta de quase 100% em seu preço nos últimos 12 meses, “a demanda continua muito grande, pois todas as obras em andamento e novos projetos necessitam desse material”, informa o gestor da distribuidora.

Embora a redução de sua oferta e o aumento de preço pareçam não ter afetado, por enquanto, as instalações de equipamentos de refrigeração e ar condicionado, muitos já se perguntam o que aconteceria se os tubos de cobre deixassem de existir para a realização desse tipo de serviço.

Afinal de contas, o insumo é um dos produtos mais utilizados no setor. David Juan Navarrete, presidente da Associação Espanhola de Atacadistas e Distribuidores de Produtos de Climatização, diz que sua falta seria “muito preocupante”.

Se o produto acabasse, prossegue o executivo, teríamos “depósitos cheios de máquinas, mas que não poderiam ser vendidas, devido à falta de um elemento essencial para a realização de instalações”, alerta.

Preço do cobre, um dos insumos mais utilizados no setor de refrigeração e ar condicionado, subiu quase 100% nos últimos 12 meses | Foto: Shutterstock

Termomecanica tem novo Centro de Distribuição na Carolina do Norte

A Termomecanica está dando mais um passo importante na sua estratégia de expansão para mercados internacionais. A líder no setor de transformação de Cobre e suas ligas e também na fabricação de produtos em Alumínio investiu na abertura de um Centro de Distribuição na Carolina do Norte, estado localizado no sudeste dos EUA. A região foi escolhida pela proximidade com os principais e potenciais clientes da companhia e também com o Porto de Norfolk, importante centro portuário no País. A iniciativa faz parte dos investimentos da ordem de R﹩ 300 milhões previstos para o triênio 2019-2021.

O mercado norte-americano é um dos maiores e mais estáveis do mundo e também um dos mais importantes para as exportações da companhia. Fundamentalmente, a Termomecanica fornece tubos, vergalhões e laminados de Cobre e suas ligas para as indústrias do setor automobilístico, refrigeração, construção civil, vestuário, segurança, telecomunicações, mecânica, entre outras. Além disso, o novo Centro de Distribuição atenderá ao mercado de reposição, que consiste nas empresas e distribuidores que fornecem ao consumidor final, em menores volumes.

“Mesmo durante a crise devido à pandemia, o mercado norte-americano seguiu demandando um alto volume de produtos, sem quedas substanciais, o que inclusive foi fundamental para diminuir os impactos nos nossos resultados nesse período. Afinal, aqui no Brasil, o cenário continua complicado, à medida em que vimos diversas indústrias diminuindo e até mesmo parando sua produção. Sendo assim, estarmos mais próximos desse mercado é muito importante e cria excelentes perspectivas de aumento de vendas, consolidando a marca Termomecanica na região”, explica Luiz Henrique Caveagna, diretor geral da Termomecanica.

Segundo o executivo, embora seja muito difícil estimar o potencial de mercado para esses produtos, o acompanhamento presencial permitirá uma análise e um conhecimento mais preciso do atual cenário e também das demandas do País. Além disso, será crucial para trazer mais agilidade e flexibilidade, bem como aumentar a qualidade do serviço prestado aos clientes. “Estamos, há bastante tempo, nos preparando para isso. Um time de profissionais está dedicado a estudar todas as oportunidades de mercado. Somente desta forma será possível prever o quanto o novo Centro de Distribuição impactará nas vendas, futuramente. “, ressalta.

A previsão é de que o novo Centro de Distribuição inicie sua operação ainda em 2020. A infraestrutura está pronta, apenas aguardando algumas liberações de órgãos reguladores dos Estados Unidos. O atraso nessas burocracias está relacionado à pandemia.

TROX 360 comemora sucesso

O evento “TROX 360 Uma Marca. Uma História.” aconteceu no dia 15 de abril, e conduzido pelo Eng. Fernando Bassegio, gerente Corporativo de Marketing e Customer Service da TROX do Brasil, contou com mais de 1000 expectadores conectados de forma online, que puderam acompanhar os principais acontecimentos da TROX, bem como participarem da celebração.

A área expositiva contou com estandes da TROX Brasil, Argentina e México.

Com uma plataforma interativa, foi possível conhecer os últimos lançamentos de cada TROX,  visitar a sala do expositor e ter o atendimento ao vivo.

O evento também contou com a celebração dos 40 anos do Eng. Celso Simões Alexandre na TROX, que encerrou seu pronunciamento, comunicando a transição do seu  cargo de Presidente da TROX Américas para o Eng. Luiz Moura, que agradeceu pela oportunidade de presidir a companhia que goza de enorme prestígio no mercado de HVAC-R.

Moura destacou que em março de 2021 completou seu primeiro ano de TROX, período que teve o privilégio de conhecer toda a operação da TROX América, sempre apoiado por Eng. Celso Simões. Enfatizou o sucesso de projetos que foram implementados, em meio a um cenário extremamente desafiador motivado pela propagação da COVID-19.

“Investimos em pessoas, produtos e processos, com destaque para a criação da área de serviços. No âmbito de equipamentos e distribuição de ar, trabalhamos melhorias continuas em nossos produtos. Além do lançamento de linhas de expansão direta com compressores do tipo fixo e expansão indireta com os chillers modulares. Para finalizar, desenvolvemos e lançarmos o Purificador de Ar – TROX Blue Life, atendendo as necessidades de muitos de nossos clientes”.

 

 

Nota: O evento seguiu todos os protocolos sanitários locais e os participantes envolvidos no SET de Filmagem foram devidamente testados para a Covid19 e ambos tiveram o resultado negativo.

Caminho sem volta

Fluidos como o R-290 e o R-600a ganham mais espaço no mercado a partir de normas como a ISO 5149.

A Busca por processos cada vez mais seguros e boas práticas em torno do manuseio e da armazenagem de fluidos refrigerantes inflamáveis tem levado fabricantes desses produtos e de equipamentos de climatização e refrigeração comercial a investir em inovações tecnológicas e a adotar normas técnicas para facilitar o dia a dia dos profissionais do setor.

Essa corrida ganhou corpo há aproximadamente cinco anos, quando foram iniciadas novas pesquisas sobre os potenciais de utilização de fluidos com baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês). Em 2020, em função da pandemia, houve uma freada brusca na evolução das migrações, conforme atestam gestores do mercado ouvidos pela Revista do Frio.

 Mesmo assim, o trabalho não cessou. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com apoio do Comitê Brasileiro Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (CB-55), por exemplo, publicaram em 2020 três das quatro partes da ABNT NBR ISO 5149. A parte 2 da norma, atualmente em fase conclusiva de elaboração e tradução, deve ser divulgada em breve.

A NBR ISO 5149 especifica os requisitos para aspectos de segurança e ambientais em relação à operação, manutenção e reparo de sistemas de refrigeração, recolhimento, reutilização e descarte de todos os tipos de fluidos refrigerantes, óleo lubrificante, fluido de transferência de calor, sistema de refrigeração e parte deles.

“Os estudos têm se focado no uso de fluidos inflamáveis (A3) e levemente inflamáveis (A2L). Com iniciativas de parcerias estrangeiras, existem máquinas no mercado com R-290 para refrigeração comercial, e alguns estudos para R-32 ou R-454B para ar condicionado. Mas ainda nada concreto em larga escala de produção”, explica Danilo Gualbino, gerente técnico da Emerson.

Segundo ele, o CB-55 vem trabalhando em algumas normas sobre o assunto, e em breve o mercado terá mais regulamentos sobre manuseio e armazenagem de fluidos inflamáveis, assim como cartilhas sobre boas práticas. “São trabalhos longos que precisam do apoio da indústria e dos profissionais da classe”, salienta.

O gestor acredita que o crescimento do segmento nos próximos anos deve ser influenciado principalmente pela sustentabilidade, redução da emissão de CO2 e no consumo de energia e pelas quebras de paradigmas quanto à operação de sistemas com fluidos inflamáveis.

Para atender às demandas que se apresentarão quando a economia começar a se recuperar, a Emerson oferece compressores das linhas YP e YA, cujo desenvolvimento traz como principais vantagens o uso de menor carga de fluido refrigerante quando comparado com um sistema com R-410A, portanto, com menor GWP.

“Esses equipamentos trazem maior capacidade de resfriamento e, como consequência, melhor eficiência, principalmente quando falamos do R-32 versus R-410A”, complementa Gualbino, enfatizando que o fato de o Brasil ainda não ter ratificado a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal acabou dificultando alguns projetos de saírem do papel.

Segundo o pacto climático, o Brasil faz parte do grupo de países deverá congelar o consumo dos hidrofluorcarbonos (HFCs) em 2024 e iniciar sua redução escalonada a partir de 2029, para em 2045 atingir o consumo máximo de 20% em relação à linha de base (média do consumo antes do congelamento).

Hoje, os carros-chefes da Emerson são os compressores e componentes para uso com o R-410A, conforme pontua o diretor comercial André Stoqui. “Esses produtos estão presentes tanto em ar-condicionado para conforto, como na indústria de processo, e em algumas aplicações de refrigeração comercial”.

A gradual mudança do mercado de fluidos refrigerantes também levou a profundas transformações nos negócios da Embraco, marca que agora faz parte do portfólio da Nidec Global Appliance. Esse processo reforçou os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para a fabricação de compressores que utilizam os refrigerantes como o propano (R-290) e o isobutano (R-600A).

“Ambos já são uma parte considerável do nosso portfólio de compressores e unidades condensadoras. Isso porque a migração para refrigerantes naturais é um movimento mundial. Eles são considerados inflamáveis, mas as normas criadas para regulamentar seu uso garantem a segurança dessa utilização”, argumenta Fábio Venâncio, gerente de vendas responsável pelo portfólio Embraco para aplicações comerciais e mercado de reposição na América Latina.

Segundo ele, com a alta demanda do mercado, principalmente no segundo semestre do ano passado, os clientes focaram em entregaras produções e seguraram os novos desenvolvimentos, impactando diretamente nas migrações para os chamados refrigerantes naturais.

“Nossa expectativa, porém, é que os novos desenvolvimentos sejam retomados a partir do segundo trimestre de 2021”, projeta.

O gestor conta que entre os clientes de grande porte da multinacional, tanto do segmento de refrigeração comercial quanto do doméstico, todos já possuem produtos que utilizam R-600a e R-290. “No entanto, todos eles ainda utilizam plataformas para R-134a e R404A, entre outros tipos de HFCs”, preocupa-se.

Atualmente, entre os equipamentos da Embraco para o mercado brasileiro que usam refrigerantes naturais, destacam-se algumas famílias de compressores, como o modelo FMF, voltados à refrigeração comercial de todos os segmentos, desde o varejo de alimentos até a área médica. Já para o segmento residencial, a empresa oferece a família de compressores da linha EM, cujos modelos mais modernos disponíveis no país são o EM2 e o EM3.

“Acreditamos que o uso de refrigerantes naturais são uma parte importante do presente e do futuro da refrigeração. Por isso, direcionamos nossos esforços para desenvolver compressores e unidades condensadoras aptos a utilizar esses tipos de fluidos, que não causam a destruição da camada de ozônio e têm impacto mínimo no aquecimento global, além de contribuírem para a eficiência energética do equipamento”, completa Venâncio.

Gabriel Pardo: aprendizagem passada de pai para filho

Com seu jeito divertido e envolvente, Gabriel Pardo, conhecido como “Mestre da Refrigeração” não poupa esforços para levar aprendizagem aos quatro cantos do país.

Começou sua carreira profissional no mercado de HVAC-R em 2003 junto com seu pai, também da área de refrigeração, e hoje comanda sua empresa, a GP Assessoria, localizada em Sorocaba, interior de São Paulo.

Figura ativa nas redes sociais, desde cedo Gabriel liderou equipes de profissionais em multinacionais e empresas de prestação de serviços, o que considera um de seus grandes desafios.

“Costumo dizer que fui criado com o dinheiro proveniente da refrigeração, uma vez que meu pai também é da área. Desde que entrei para o setor, já atuei no segmento de refrigeração comercial leve, pesada e industrial em plantas de amônia e climatização, liderando grandes equipes de manutenção com profissionais muitas vezes mais velhos e mais experientes tecnicamente, isso foi um dos maiores desafios que tive dentro de multinacionais e empresas de prestação de serviço.

Logo sai da função de mecânico e passei para a função de líder, supervisor e gerente”, diz Gabriel.

Como mecânico, Gabriel aprendeu o que precisava da parte técnica, como líder, a liderar pessoas, como supervisor, a lidar com empresas, e como gerente, todo dia é um novo aprendizado!

Em suas múltiplas funções, Gabriel também é professor, ministrando cursos online e presencial, formando cerca de 10 mil profissionais.

“Dois anos após entrar no segmento, comecei a dar aulas para dividir meu conhecimento com outras pessoas, e foi a melhor sensação de todas. Hoje posso olhar para trás e ver que foram quase 10 mil alunos formados presencialmente e online, não sei se existe recompensa maior do que saber que milhares de famílias são sustentadas pela refrigeração, e muitos desses profissionais deram os primeiros passos através do conhecimento que compartilhei, isso não tem preço”, comemora.

Figura ativa nas redes sociais, Gabriel lidera equipes de profissionais do setor

Para ele o mercado de HVAC-R é primordial para toda a sociedade, desde o pãozinho do café da manhã que comemos, até o smartphone que utilizamos: “No processo de produção, armazenagem e transporte tem espaço para os profissionais do nosso segmento. Faça um teste agora e perceba que em tudo a cadeia do frio é presente, e esse mercado está em crescente evolução, seja na indústria, comércio, conforto e logística, sendo que, alguns desses processos nem podem funcionar sem a refrigeração e climatização”.

Com toda sua expertise, Gabriel se empenha dia a dia em levar conhecimento para milhares de profissionais e destaca a relevância do PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle), muitas vezes colocado em segundo plano, além da qualificação da mão de obra.

“O PMOC deixou de ser apenas uma tendência e se tornou uma realidade, a oferta está crescendo a cada dia, e atualmente, a preocupação com saúde tornou-se eminente. Um PMOC bem executado garante qualidade do ar em ambientes climatizados, ou seja, saúde para os ocupantes. Diariamente eu recebo ligações de alunos que estão negociando contratos com grandes empresas, alguns deles nem sabiam que teriam chance de estar disputando com grandes empresas do nosso mercado. Temos muitos técnicos bons, mas vários não conhecem a fundo sobre isso, desta forma, perdem muitas oportunidades de negócios, quanto mais conhecimento aplicado, maior oportunidade dentro do nosso segmento”.

 

Treinamento e qualificação

Para Gabriel, a constante atualização profissional traz inúmeros benefícios na qualificação de colaboradores, pois gestores e equipes trabalharão na tendência de mercado, com estímulo e fortalecimento. Este fato garante aos negócios um diferencial e competitividade no setor.

“Eu e minha equipe de 10 colaboradores ministramos treinamentos para diversas áreas do setor de HVAC-R. Os cursos são voltados para os segmentos técnicos e de gestão. Sabemos que muitos profissionais perecem por falta de conhecimento e a indústria do frio está carente de mão de obra qualificada, mais de 30% dos meus alunos presenciais já saem empregados da escola ou disputando vagas no mercado, em alguns casos, muitos já começam a empreender e trabalhar prestando serviços no setor”.

Com centenas de amigos que fez através da refrigeração, uma grande motivação de Gabriel é sua família! Casado com Lilian, conta com o apoio incondicional também de seus pais, Marcel e Inês. Com o pai, ele mantém um canal no YouTube – Refrigeração na Prática e no seu próprio canal Gabriel Pardo Mestre PMOC, conta com 6 mil inscrições.

 

A família é sua maior motivação e apoio em tempo integral

“Minha família é minha maior motivação, minha esposa, Lilian, me apoia todos os dias, além de meu pai Marcel, que me ajudou e continua me ajudando profissionalmente, como também minha mãe Inês, que todos os dias dobra os joelhos pedindo proteção para minha família. Tenho centenas de amigos que a refrigeração e a internet me trouxeram, entre eles, a equipe da Revista do Frio e todo o corpo operacional, que são inspiração para mim. Gosto de tocar violão, games, e jiu jitsu nas horas vagas. Entre todas as conquistas, a maior delas é conseguir ajudar muitos amigos da refrigeração a crescerem e evoluírem e quero ser sempre lembrado por isso. Fica aqui registrada a minha gratidão a todos que me ajudaram desde do início da minha caminhada profissional, meus familiares, amigos, professores e alunos, e que sempre transborde prosperidade na vida das pessoas”!

Gabriel deixa o seu recado: “Sonhador não é quem dorme o dia todo, e sim, quem perde o sono pelo seu sonho. Faça seu trabalho sempre com amor e o dinheiro se tornará consequência”.

Climatização de máquinas agrícolas poupa componentes de temperaturas extremas

Em alta, vendas de veículos impulsiona utilização de ar-condicionado, que também proporciona bem-estar a seus operadores.

Embora a pandemia da covid-19 tenha praticamente paralisado a economia no ano passado, alguns setores conseguiram crescer, principalmente em função da elevada necessidade de determinados produtos, cuja produção está intimamente atrelada ao seu uso.

Esse foi o caso do setor de máquinas agrícolas, composto sobretudo por tratores, colheitadeiras, plantadeiras, pulverizadores e semeadeiras, veículos que se destacam pela tecnologia de última geração, incluindo os equipamentos de climatização das cabines cada vez mais eficientes.

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostram que em 2020, as vendas de máquinas agrícolas para o mercado interno registraram alta de 27%. Em janeiro último, houve alta de 6% nas importações de máquinas e equipamentos.

“O agro não parou e o produtor plantou com dólar baixo e colheu com dólar alto. Isso motivou a maior renovação de frota desde 2011/12/13”, destaca Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq.

Os ganhos de receita no agronegócio acabaram motivando os produtores a buscar máquinas mais modernas, principalmente com sistemas de climatização.

“Por ser um sistema novo no segmento agrícola, não se veem muitas novidades. Mas existem melhorias, as quais só foram possíveis devido às experiências dos processos de manutenção, tais como filtragem do ar com um elemento filtrante interno e outro externo; peças em posição diferente na máquina, como o filtro secador que ficava próximo à turbina onde recebia calor, impactando na pressão do fluido”, explica o professor Sérgio Eugênio da Silva, coordenador da Ilha do Ar Condicionado Automotivo na Febrava, principal feira da cadeia de HVAC-R da América Latina.

Ar-condicionado de máquinas agrícolas exige rotina de manutenção rigorosa, principalmente na entressafra, lembra o professor Sérgio Eugênio

“Para não dizer que não existem novidades, há um ano uma montadora de máquinas me pediu auxílio para a colocação de ar-condicionado em um compartimento interno para a marmita do operador. Achei sensacional”, lembra.

O ar-condicionado, reforça ele, além de proporcionar conforto e segurança ao operador da máquina, que poderá prestar serviços com mais qualidade e eficiência, conserva também os revestimentos internos do veículo, valorizando a revenda.

“No setor automotivo agrícola, além de os sindicatos rurais exigirem a obrigatoriedade do equipamento, o sistema é responsável pela conservação dos muitos componentes eletrônicos que não podem trabalhar com temperaturas altas”, descreve.

Segundo ele, os principais equipamentos e insumos para refrigeração e climatização atualmente disponíveis para o mercado do agronegócio são de excelente qualidade.

“Porém, quase todos utilizam serpentinas tubulares, porque são de fabricantes nacionais, os quais não possuem tecnologia para o microcanal de fluxo paralelo, que utiliza menos fluido refrigerante”, diz Silva.

As lavouras brasileiras são servidas por diversas marcas de máquinas, como John Deere, Valmet, New Holland, Valtra, Iveco, Massey Ferguson, Case.

Atualmente, Italytec e ACA são as marcas de aparelhos de ar condicionado que dominam o campo, além da Red Dot, que aparece na maioria das máquinas importadas. Os fluidos mais usados são R-134a e o óleo PAG.

 

Manutenção

Em que pese o fato das incertezas em torno da recuperação da economia brasileira em 2021 e provavelmente no ano seguinte, muitos são os fatores que deverão influenciar o crescimento do HVAC-R dentro do setor de máquinas agrícolas no curto, médio e longo prazos.

Isso ocorre certamente porque o setor do frio é reconhecido pelo rápido desenvolvimento tecnológico de novos equipamentos, peças e insumos, processo que amplia os negócios com o setor agrícola. Entretanto, em busca de economizar recursos, boa parte dos produtores tem preferido investir em serviços de instalações e manutenções de equipamentos.

“Estamos falando de máquinas que operam 24 horas por dia, com tempo de vida útil a ser respeitado. Elas necessitam de manutenção constantemente na entressafra, e se não for realizada uma revisão geral no aparelho de ar condicionado, certamente o sistema entrará em colapso. Em longo prazo, só será viável um plano de manutenção porque o dono de uma usina, por exemplo, perceberá que irá ter um custo menor”, argumenta o professor.

Entre as tendências do mercado apontadas por Silva como “o futuro” desse segmento estão os evaporadores e os condensadores em microcanal de fluxo paralelo para reduzir a quantidade de fluido no sistema, além de novos fluidos refrigerantes com potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) mais baixo.

Mercado de climatização agrícola é um dos mais prósperos nichos do HVAC-R brasileiro

 

Meio ambiente

Processo que há alguns anos encontra-se na pauta de discussões das nações ricas e dos países em desenvolvimento, o cenário regulatório em torno da gradativa diminuição do consumo e das emissões de substâncias que destroem a camada de ozônio – como as reativas cloro e bromo – continua a ser debatido.

Essa força-tarefa se baseia no Protocolo de Montreal, um dos tratados ambientais mais bem-sucedidos do mundo, e que em 2019 completou 30 anos de vigência.

“Hoje, a Abrava tem um setor específico para discutir esse assunto, e seus membros estão dando andamento a uma futura norma técnica.

A própria mídia em geral tem tido mais interesse no assunto, visto que este é um setor responsável por gerar mais de R$ 2 bilhões na ponta da cadeia”, argumenta Silva.

Para o professor, o Brasil está antenado com a Emenda de Kigali, a qual determina a produção de aparelhos de ar condicionado e refrigeração que não utilizem gases causadores de efeito estufa, “nos ajudando a definir como será daqui para frente, se vamos seguir o modelo europeu ou o norte-americano sobre o fluido HFO-1234yf”, salienta.

 

Gargalos

 O investimento em tecnologia tem impactado positivamente o mercado do frio, especialmente na área da refrigeração de alimentos, por meio da conservação de produtos em toda a cadeia produtiva – do transporte e armazenamento até a mesa do consumidor.

O professor reconhece que o Brasil tem uma série gargalos logísticos que precisam ser resolvidos, a fim de minimizar prejuízos que chegam a milhões de reais todos os anos. Mas como resolver esse problema?

“Essa pergunta cabe bem aos engenheiros de alimentos, porque eles conhecem quanto calor cada alimento solta no ambiente e qual é a temperatura necessária para armazenamento. Por outro lado, os motoristas desconhecem esses aspectos e circulam com os veículos de transporte longe da temperatura ideal para cada carga”, alerta o especialista.

“O nosso principal problema está na formação de profissionais em toda cadeia produtiva, principalmente dos que cuidam da mobilidade, ou seja, dirigem caminhões, máquinas, carretas e tratores, entre outros veículos. Afinal, de todo o aprendizado voltado à refrigeração no País, desde o Senai até as escolas particulares, menos de 1% dessas pessoas formadas vão atuar nesse segmento”, completa Silva.