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A excelência de Katia Alves da Silva

Nos últimos anos, as mulheres têm dado contribuições relevantes para o desenvolvimento do setor de HVAC-R. Com Katia Alves da Silva não foi diferente! Formada em Engenharia Civil com pós-graduação em Gestão, sua atuação conquistou uma fatia de mercado de instalação e manutenção na capital carioca.

Ao lado do seu marido, Paulo Perrota, Katia é sócia da KP7 Serviços, empresa dedicada a climatização e refrigeração.

“Comecei na refrigeração quando estava formada em engenharia civil há um ano e por falta de colocação no mercado na minha área, meu marido estava com uma obra em um apartamento para fazer instalações de cinco equipamentos do tipo split e não tinha ninguém para ajudá-lo, pois a pessoa que estava trabalhando com ele não deu certo. Falei:

‘Eu não sei nada sobre refrigeração, mas te ajudo no que puder!’ E como o apartamento estava em obra, aventei uma oportunidade de trabalho na minha área e assim começou minha jornada no mercado de climatização e refrigeração. Hoje, há quatro anos na área, trabalho com meu marido e somos mais um casal no HVAC-R auxiliando em todo o trabalho executado, cuidando de toda a área de marketing da KP7, compras, elaboração de propostas, vendas de equipamentos, emissão de notas, no geral, toda a parte burocrática. Trabalhamos juntos seja em uma instalação, manutenção, ou visitas técnicas, então, além de ser meu marido, é meu sócio e chefe. Confesso que trabalhar junto com o esposo não é tarefa fácil, muitas vezes as diferenças de opiniões são bem grandes, mas tem o lado bom de estarmos crescendo juntos como profissionais e isso não tem preço”.

Embora seja o braço direto de Paulo, ela trilhou seu próprio caminho se destacando em grupos dedicados às mulheres do setor.

“O segmento de HVAC-R vive um momento de reconhecimento da força das mulheres e fazer parte de grupos da ‘mulherada’ também enriquece muito. Atuo com frequência no ‘Elas No AVAC-R’, onde temos um apoio muito grande e uma união incrível com todas as participantes. As meninas me ajudaram muito na superação dos desafios, pois muitas vezes, trabalhar na refrigeração exige muito esforço físico e confesso que não é fácil sob o clima carioca de 40°C, como também na parte técnica. Recebi muito incentivo de todas as meninas do grupo e sou grata por isso”.

Excelência no atendimento e execução
“Entregar para seu cliente a excelência no atendimento e na execução do trabalho é primordial em nosso setor! Na região do Rio de Janeiro existe mão de obra qualificada e nós da KP7 procuramos sempre nos qualificar para que possamos entregar um trabalho acima das expectativas do cliente. Mas, infelizmente ainda há uma demanda de mão de obra desqualificada e precisamos mudar esse cenário. Enxergo que o mercado de refrigeração e climatização é muito amplo com áreas de atuação. O profissional que efetua um bom trabalho e procura se qualificar  constantemente poderá ir longe na carreira e ser excelente na sua profissão. O mercado da refrigeração vem mudando muito a cada dia, as informações são mais rápidas, a classe dos refrigeristas é bem unida e isso é muito bom. Você não vê seu colega de trabalho como um concorrente e sim como um amigo, com oportunidades de parcerias e acho ótimo. A pandemia trouxe a proximidade de todos através de plataformas digitais, com lives nos aproximando das pessoas, mesmo que virtualmente, fazendo novas amizades e nos ajudando mutuamente e creio que isso continuará para sempre”.

Katia investiu nas plataformas digitais e mantém ativo todos os canais da KP7 nas redes sociais do Instagram, Facebook, Google Meu Negócio e o Whatsapp.

Paulistana, morando na capital carioca há nove anos, casada há 10 anos com Paulo Perrota, ela aproveita as horas de lazer para visitar os familiares em São Paulo e alguns em outros estados, além de adorar estar entre amigos.

“Estou sempre com amigos, pois adoro me relacionar com pessoas, sou bem divertida e extrovertida, adoro dar risada e conversar sobre assuntos aleatórios e não falar sempre de trabalho. Amo churrasco, ouvir música e festas. Sobre meus sonhos, fazer com que a KP7 a cada dia seja uma referência no mercado da refrigeração pelo trabalho de excelência que executamos e abrir nossa loja. O setor do HVAC-R é um setor maravilhoso, mas pode ser melhor ainda. Achar que sabemos tudo é muito desafiante, pois sempre temos algo novo para aprender e nos reciclar, seja de conhecimentos ou de ideias”, conclui Katia.

Com Paulo, seu marido e sócio, ele divide sua vida profissional e pessoal

Presenciais ou a distância, cursos reforçam importância da capacitação profissional

Durante a pandemia, escolas técnicas e profissionalizantes da área de refrigeração e climatização foram obrigadas a se reinventar e investir em parcerias para continuar operando, sobretudo no ambiente virtual/EAD.

Apesar das turbulências criadas pela disseminação do novo coronavírus, o segmento de cursos presenciais e a distância voltados para o mercado do frio foi impulsionado em 2021, com escolas técnicas registrando crescimento na procura por treinamentos voltados à formação e reciclagem de profissionais do HVAC-R.

Como as escolas já vinham investindo em plataformas de ensino on-line mesmo antes do estouro da pandemia, a transição para o EaD durante o período mais rígido do distanciamento social foi, de certa forma, facilitada.

A ausência de aulas presenciais foi sentida, é verdade, afinal há disciplinas que obrigatoriamente precisam da interação direta entre professor e aluno, fundamental para a absorção de conteúdo, por exemplo, acerca do modo correto de ser fazer determinados procedimentos.

De outro lado, o aprimoramento das tecnologias de transmissão de dados e a consequente adaptação de conteúdos provaram ser possível ensinar e aprender virtualmente conceitos básicos e avançados disponíveis nos tradicionais currículos da área de refrigeração.

“Mesmo com pesados investimentos em produção de material didático, com videoaulas de todas as práticas prontas para os alunos assistirem quantas vezes desejarem, é impossível ensinar um aluno a fazer brasagem, popularmente conhecida como soldagem, somente a distância”, exemplifica o professor Alexandre Fernandes Santos, proprietário da Escola Técnica Profissional (ETP) e da Faculdade Profissional (Fapro), de Curitiba (PR). Juntos, os estabelecimentos têm 700 alunos matriculados.

O empresário enfatiza que as instituições de ensino já tinham se adaptado para operar com a modalidade de EaD, independentemente da pandemia. Lembra ainda que, como havia muitas turmas do ensino presencial, foi muito difícil para a instituição, os professores e alunos fazerem a transição para o ambiente online.

“Perdemos alguns alunos da modalidade presencial, ao mesmo tempo em que aumentamos a quantidade de alunos no EaD. Nesse período, aceleramos o processo de aprovação do primeiro curso de graduação a distância na área de refrigeração e climatização do Brasil e do primeiro curso técnico em refrigeração e climatização”, explica.

A ETP fechou 2021 com um crescimento de 58,57% sobre uma meta que já era 40% maior que a anterior, batendo assim o recorde histórico de matrículas em um único curso da instituição. A meta para 2022 é expandir 20%.

Cooperação Alemã e o Ministério do Meio Ambiente. A partir de 2023, teremos os primeiros cursos em espanhol para ofertar para a América Latina”, comemora Alexandre.

Para o engenheiro mecânico Sérgio Eugênio da Silva, diretor da Super Ar, as aulas online vieram para ficar e já se tornaram uma realidade no mercado do frio, não sendo mais possível para qualquer instituição oferecer apenas aulas presenciais. De agora em diante, aprendizagem será hibrida com parte de aulas presenciais e as aulas laboratoriais será presencial, diz.

“A adoção do ensino a distância se mostrou um imenso desafio, pois tivemos de nos reinventar. Acreditava somente em aulas presenciais, mas com a pandemia, fizemos parcerias com alguns distribuidores e fabricantes para lançar a modalidade EaD, com o mesmo conteúdo do presencial”, salienta ele, frisando que mesmo

“Esse crescimento está pautado na oferta de novos cursos EaD, como a graduação de tecnólogo em refrigeração e climatização e tecnólogo em manutenção industrial. Além disso, teremos um dos maiores laboratórios de fluidos refrigerantes naturais com ênfase em CO2 e hidrocarbonetos em parceria com a GIZ [Agência de o curso online tendo um valor mais baixo, o aluno ainda prefere o presencial.

“Embora 2020 tenha sido surpreendente, com um crescimento próximo de 40% em relação ao ano anterior, 2021, entretanto, já foi tímido, muito em função da retração da economia do País. Em 2022, iremos inovar com sistemas e máquinas novas para atrair e captar novos alunos”, revela.

Escolas buscaram sistemas EAD

Parcerias

Estratégia adotada por algumas escolas durante a pandemia, a celebração de parcerias foi bastante positiva para incrementar a formação de mão de obra e manter a qualidade dos treinamentos.

A escola profissionalizante Thermo Cursos, de São José do Rio Preto (SP), por exemplo, foi bem-sucedida nesse tipo de solução. Fundada em 2013 e com mais de 3 mil alunos já formados, oferece atualmente 12 cursos na área de climatização, cinco na de refrigeração e um sobre comandos elétricos aplicados à climatização e refrigeração, todos com média de 40 horas. Com laboratório equipado com modernos equipamentos e ferramentais, o estabelecimento firmou parceria com a Midea Carrier, transformando-se em um centro de treinamento da multinacional no Brasil, onde técnicos da companhia são continuamente capacitados.

Em 2021, a Themo Cursos fechou convênio com a Escola Técnica Profissional (ETP), passando a oferecer treinamentos online dos cursos de técnico em refrigeração e climatização e de pós-graduação em engenharia de refrigeração e climatização. Em 2022, a ideia é incluir outros treinamentos, como manutenção em compressores.

“Durante toda a pandemia, como as demais instituições, tivemos que nos reinventar. Ficamos fechados por nove meses. Neste período, as parcerias foram nosso grande alicerce. Começamos a oferecer cursos EaD da ETP e da Midea Carrier aos nossos alunos, processo que foi o nosso grande marco em 2021”, afirma o coordenador técnico da instituição, Américo Martins Junior. Com alunos em toda a América Latina, Portugal, Itália, Angola e Estados Unidos, a Thermo Cursos percebeu que, durante a pandemia, as pessoas sentiram que se não buscassem qualificação, ficaria muito difícil de se manter, pois muitos profissionais foram desligados das empresas.

“Os cursos EaD deverão dominar o mercado, e em 2022, tanto os fabricantes quanto as escolas deverão continuar inovando nesta área”, ressalta o professor, lembrando que a escola cresceu 30% em 2021 em relação a 2020, devendo obter um resultado ainda melhor em 2022.

Adaptação complexa

“Foram 127 dias nebulosos para a Caprerj”, descreve o CEO do Instituto de Capacitação de Refrigeristas e Eletricistas do Rio de Janeiro, Fábio Anderson de Freitas dos Santos. “Havia acabado de assumir a direção da escola e não tínhamos capital de giro nem tempo para hábil para realizar a gravação de cursos on-line e realizar vendas para ter um faturamento mínimo”, lembra.

A instituição retomou as atividades no final de julho de 2020, e o tempo da parada foi utilizado pela diretoria para aprimorar novos conhecimentos em finanças, pedagogia, administrativo, gestão de pessoas, PNL, refrigeração, marketing, comercial e fortalecer nosso network virtual. “A partir desse retorno, literalmente colocamos a mão na massa para fazer obras de reestruturação em nossa unidade”, afirma.

Atualmente, o Caprerj, com sede no bairro de Madureira, na cidade do Rio de Janeiro, conta com turma de 40 alunos mensalmente em capacitação na área da refrigeração, e a projeção para 2022 é dobrar esse número, uma vez que os departamentos comercial e de marketing digital foram reestruturados.

“Nossos projetos futuros consistem na capacitação hibrida (EaD/presencial) de todos os cursos, inclusive os que hoje estão em desenvolvimento, como reparo de placas eletrônicas, câmara frigorifica e PMOC/renovação de ar, treinamentos que deverão estar em funcionamento até junho ou julho deste ano”, projeta. Com média de 350 alunos em seus polos no bairro carioca de Cascadura e na cidade São Gonçalo (RJ), a escola Serae também teve uma adaptação complexa. Com o fechamento dos estabelecimentos durante o momento mais difícil da pandemia, a instituição começou a ofertar aulas em lives, sem, no entanto, substituir as aulas presenciais, que foram reativadas assim que a atividade foi liberada.

“Mesmo com todas as mudanças, a maioria dos alunos permaneceu. Com isso, nossas expectativas para este ano são as melhores possíveis. Estamos investindo para oferecer cada vez mais o que os nossos alunos e o mercado precisam”, salienta o sócio-diretor João Vagner Possani.

Atualmente, a Serae conta com treinamentos presenciais e on-line, tendo como destaques os cursos de refrigeração domiciliar, split system, split system inverter, self contained, chiller, VRF, câmara frigorífica e máquina de lavar e secar roupa.

Mas o ensino a distância nem sempre conquista alunos, conforme deixa claro o empresário Luiz Martins, sócio da Escola Argos, fundada em 1961 e que conta com duas unidades na capital paulista e em torno de 400 alunos.

“Embora a instituição tenha adaptado seu currículo presencial ao online e tentado promover atividades em plataforma virtual, não houve aceitação dessa mudança radical por parte de nossos alunos. Com a proibição das aulas regulares em salas de teoria, só nos foi possível ministrar aulas de prática em oficinas e laboratórios, com restrições”, conta.

Embora não divulgue números de 2021, o gestor diz estar esperançoso sobre o desempenho em 2022, mesmo porque a defasagem que já havia pela falta de profissionais no mercado do frio aumentou de maneira expressiva. “Continuamos nos empenhando para que nossa retomada seja satisfatória”, completa Martins.

Johnson Controls–Hitachi realiza três treinamentos para instaladores em fevereiro

No próximo mês de fevereiro, a Johnson Controls–Hitachi Ar Condicionado dará continuidade à sua programação de treinamentos para instaladores prevista para 2022 com a realização de três cursos online para interessados em conhecer mais sobre seus produtos e como fazer uma melhor instalação, operação e manutenção deles. No total, a multinacional japonesa oferece seis cursos regularmente com o objetivo de colaborar com a qualificação de profissionais do segmento de climatização e ar condicionado.

Danfoss Brasil inicia sua temporada de webinars de 2022

No próximo dia 27, a Danfoss Brasil volta a promover sua programação de webinars, elaborada para contribuir com a qualificação de profissionais que trabalham nos setores de climatização, refrigeração, ar condicionado, automação industrial e hidráulica móbil que atendem a segmentos variados, e que marca o início das apresentações previstas para esse ano.

O tema do primeiro seminário será “Unidades Condensadoras – Evolução da plataforma de tubo aleta para microcanal”, que será ministrado por David Pintiokina, Engenheiro de Aplicação da Danfoss Brasil e engenheiro mecânico especialista no setor de refrigeração e climatização, com mais de 18 anos de experiência atuando em diversos segmentos de energia térmica. A apresentação, que tem como foco especialmente profissionais da área de refrigeração, abordará novas tendências de mercado em trocadores de calor e as vantagens de se utilizar o microcanal, tecnologia que a Danfoss já aplicou na fabricação de mais de 200.000 Unidades Condensadoras comercializadas apenas no Brasil, principalmente junto ao setor de alimentos.

As inscrições são gratuitas, mas é necessário o registro antecipado na plataforma ON24, que abriga os webinars.

Serviço
Data: 27 de janeiro (quinta-feira)
Horário: 17h00 às 18h30
Tema: Unidades Condensadoras – Evolução da plataforma tubo aleta para microcanal
Apresentação: David Vidigal Pintiokina – Engenheiro de Aplicação da Danfoss Brasil

Confirmada realização do Congresso Mercofrio 2022

O evento, organizado pela ASBRAV – Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação – será realizado de 13 a 15 de setembro no Barra Shopping Sul, em Porto Alegre (RS).

Considerado um dos mais importantes encontros de empresas e profissionais do setor no Brasil, reúne a cada dois anos as maiores autoridades da área para debater temas técnicos, econômicos, políticos e tecnológicos. A realização do Mercofrio em 2020, foi adiada sendo promovida de forma virtual em 2021, por conta da pandemia. As atrações e programação serão divulgadas em breve.

A realização é da ASBRAV – Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação. Empresas que tiverem interesse em patrocinar podem se inscrever como parceiras do evento.

Gree Brasil promove live de lançamento de produto no dia 18 de janeiro

No dia 18 de janeiro, às 19h (horário de Brasília), a Gree Brasil irá lançar em live o G-Diamond.

A live, que será transmitida no canal do Youtube e no Facebook da Gree, será mediada pelos colaboradores Walter Gomes e Bairon de Souza e Ludimila Queiroz (@ludimilaqueiroz) e conta com a participação dos convidados Sihame Cruz (@sihamecruz), Decoradora, Designer de Ambientes e Colunista do Jornal A Crítica.

“Através desse especial evento online vamos reunir diversos públicos, como consumidores e refrigeristas, para apresentar de forma exclusiva todas as funcionalidades, benefícios e explicações técnicas do G-Diamond, que além de alta eficiência e tecnologia também apresenta um design exclusivo e sofisticado, um grande diferencial no mercado”, ressalta Alex Chen, Diretor Comercial da Gree Brasil.

Klea 456A, o novo refrigerante automotivo da Koura

O fabricante de refrigerantes Koura está introduzindo no mercado europeu o Klea 456A, uma mistura atóxica e não inflamável (A1) à base de hidrofluorolefina (HFO) desenvolvida para substituir o hidrofluorcarbono (HFC) R-134a em sistemas de ar condicionado automotivo existentes.

Segundo a indústria mexicana, um dos grandes diferenciais competitivos do produto é seu potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) de 626, uma redução de 46% em relação ao R-134a.

O novo fluorquímico também apresenta desempenho semelhante ao do R-134a, conforme destaca a empresa.

“O refrigerante Klea 456A representa um avanço no segmento de reposição automotiva e estamos muito satisfeitos por trabalhar com a Koura para ajudar a trazer esse produto ao nosso mercado”, declarou Stefano Menghel, gerente de produto da Texa, fabricante italiano de estações de recarga gás.

Incompatibilidade que gera danos

A correta combinação de usos entre óleos lubrificantes para compressores e fluidos refrigerantes é fator essencial para evitar o surgimento de problemas graves em equipamentos utilizados na cadeia do frio, com potencial inclusive de inutilizar desde um simples componente até a máquina toda.

A incompatibilidade de substâncias pode provocar formação de ácidos, corrosões, lubrificação insuficiente, carbonização do óleo e danos – até irreversíveis – ao compressor.

Embora os fabricantes disponham de manuais de instruções que proporcionam conhecimento sobre o tema, não é raro haver equívocos na hora da execução de um serviço. Esse tipo de erro não deveria existir, mas acontece.

Basicamente, o papel do óleo lubrificante é atenuar o atrito entre as partes móveis e fixas dos compressores, impedindo o desgaste prematuro das peças e o aquecimento excessivo do sistema. A lubrificação continuará dando conta da tarefa desde que uma simples equação seja obedecida – garantir as faixas ideais de temperatura de operação, de pressão e de ausência de contaminantes.

Estão disponíveis no mercado o óleo mineral (MO), alquilbenzeno (AB), polioléster (POE) e polialquilenoglicol (PAG) e cada qual para um tipo de aplicação e com suas características essenciais – viscosidade, miscibilidade, resíduo de carbono, floculação e umidade.

Para começar, a viscosidade sofre influência da temperatura. Se estiver elevada, a viscosidade diminui. Quando submetido a altas temperaturas, o óleo não pode afinar demais sem constituir uma camada protetora. E a baixas temperaturas, não deve ficar pastoso.

Lubrificantes atenuam atritos entre as partes fixas e móveis dos compressores, impedindo o desgaste prematuro de peças e o aquecimento excessivo do sistema

Capacidade de uma mistura de formar uma única fase em certos intervalos de temperatura, pressão e composição, a miscibilidade correta permite ao lubrificante fluir pelo sistema junto ao gás, garantindo o bom retorno ao compressor. A miscibilidade tem relação direta com a viscosidade do lubrificante, que diminui à medida que aumenta a solubilidade com o gás refrigerante. O aparecimento de resíduos de carbono é outro problema complexo enfrentado no setor, afinal os óleos podem sofrer decomposição pelo calor. O controle das temperaturas normais de trabalho do compressor é essencial para evitar a carbonização do óleo. Se o pior ocorrer, os resíduos de carbono favorecerão o desenvolvimento de borra, sedimento que pode provocar obstrução no sistema, gerando lubrificação insuficiente.

Quando o lubrificante é submetido a baixas temperaturas, ele sofre um processo chamado floculação, pelo qual a cera contida no produto tende a precipitar-se. Os flocos de cera gerados podem depositar-se no elemento de controle de fluxo, interrompendo a passagem do refrigerante, ou assentar-se no evaporador, diminuindo a transferência de calor. Uma dica importante: em temperaturas encontradas normalmente em sistemas de refrigeração, o lubrificante não deve sofrer floculação.

Por fim, a umidade presente no óleo é outro fator de atenção. Seu teor deve ser inferior ou igual ao especificado pelo fabricante. Se a umidade for maior, haverá formação de sedimentos e ácidos ou o processo de congelamento no interior do sistema.

“O lubrificante e o refrigerante precisam ter certa compatibilidade. O ideal é termos uma combinação entre eles muito solúvel e razoavelmente miscível”, pondera o engenheiro químico Wagner Carvalho, especialista em polímeros e tensoativos na Montreal, indústria paulista que desenvolve, produz e comercializa lubrificantes no segmento de refrigeração. Segundo ele, quando o lubrificante está em estado líquido e o refrigerante em estado gasoso, por exemplo, este segundo elemento tem que ser, preferencialmente, 100% solúvel no lubrificante. Da mesma forma, o refrigerante, em estado líquido, não deve ser 100% miscível no lubrificante também em estado líquido. “Ao contrário, haverá uma diluição grande dentro do compressor, diminuindo muito a viscosidade do lubrificante e gerando queda de performance”, explica. Com passagens por Castrol Plus, Tutela (Petronas) e Quaker Chemical, Carvalho enfatiza que se o refrigerante for totalmente solúvel ou miscível, poderá haver quebra do compressor. “Se for muito pouco miscível, também não será bom, porque o óleo vai sair do compressor e ficar armazenado no evaporador. E como não vai retornar para o compressor, poderá haver dano”, afirma.

“Em relação à umidade, quanto menos tempo o óleo ficar exposto, menos ele vai absorvê-la. Se houver umidade, pode-se gerar corrosão no sistema e hidrólise do óleo, que deixará de lubrificar, podendo causar quebra do compressor. Este é o principal problema em uma troca mal feita. O ideal é evitar deixar a embalagem aberta e realizar um vácuo bem-feito no sistema”, complementa o gestor.

De acordo com Carvalho, os sistemas estão cada vez menores. “Hoje há uma tendência de se usar um lubrificante com menor viscosidade, para ganhar eficiência dos equipamentos, com um consumo menor de energia”, conclui.

 

 

SINDRATAR-SP tem nova diretoria

No dia 03 de janeiro, Pedro Constantino Evangelinos foi empossados na diretoria do Sindratar-SP – Sindicado da Indústria de Refrigeração, Aquecimento, e Tratamento de Ar do Estado de São Paulo.

Em seu discurso o novo presidente agradeceu os diretores empossados e destacou ações prioritárias da nova gestão dedicadas a reestruturação orçamentária, fomento de mercado e fortalecimento da indústria nacional do segmento e atuação estratégica com a FIESP, CIESP e SENAI.

Ressaltou a importância da aliança estratégica com a ABRAVA cuja sinergia e proximidade propiciará ganhos institucionais e economia de recursos necessária para o momento. A defesa dos interesses do segmento, promoção do desenvolvimento do conhecimento, geração de empregos e atenção às novas tecnologias também formam a base da nova diretoria.

Evangelinos também anunciou o desenvolvimento de pesquisa junto as empresas associadas para identificar necessidades e oportunidades das indústrias tendo por objetivo uma atuação para resultados alinhados às expectativas das indústrias do segmento HVAC-R do Estado de São Paulo.

 

Chapa eleita

Presidente Pedro Constantino Evangelinos

Vice-Presidente – Samoel Vieira de Souza

Secretário – Paulo Américo dos Reis

1º Tesoureiro – Francisco Falcão Lopes

2º Tesoureiro – Jorge Eduardo Monteiro Mello

Diretor – Augusto Dalman Boccia

Diretor – Diogo Pires Prado

Diretor – Paulo Roberto Solimeo

Diretor – Ricardo Facuri

Diretor – Wagner Marinho Barbosa

 

Conselho Fiscal

Conselheiro – Celso Cardoso Simões Alexandre

Conselheiro – Wadi Tadeu Neaime

Conselheiro – Cláudio Kazuo Misumi

Conselheiro Suplente – Oswaldo De Siqueira Bueno

Conselheiro Suplente – Carlos Alberto Cofre Venegas

Conselheiro Suplente – Duílio Terzi

Delegado Efetivo – Fernando Bueno

Delegado Efetivo – Jovelino Antonio Vanzin

Delegado Suplente – James José Angelini

Delegado Suplente – Vinicius de Abreu Evangelinos

Arkema anuncia novo presidente Brasil e Cone Sul

A Arkema anuncia Carlos De Lion como novo presidente da Arkema Brasil e Cone Sul. O executivo, que reportará ao vice-presidente executivo de RH e Comunicação, Thierry Parmentier, tem a missão de contribuir com o processo de crescimento da operação brasileira.

Carlos De Lion acumula quase 18 anos no Grupo Arkema somando duas passagens duradouras pela companhia, ambas em posições estratégicas para o negócio. O executivo está na empresa desde 2013, quando retornou como Gerente de Marketing de Coating Resins e, em 2019, tornou-se Gerente Geral da Coatex para o Brasil e América do Sul. Em sua primeira passagem, entre 2000 e 2009, atuou como gerente de produtos das unidades de negócios de Monômeros Acrílicos, PMMA, Flúor Químicos e Solventes/ Derivados de Cloreto.

“É com muita disposição que inicio esse novo capítulo no Grupo Arkema. Tenho o desafio de contribuir para os planos de crescimento da operação brasileira e Cone Sul e fazer com que a empresa seja cada vez mais estratégica e inovadora para seus clientes, que atuam em diversos setores como construção civil, indústria de plásticos, revestimentos, tintas, refrigeração, embalagens, óleo, gás, automotivo e transporte, contribuindo com o crescimento dessas áreas que representam importantes potências econômicas do mundo”, afirma De Lion.

Após 32 anos de colaboração ao Grupo Arkema, Eric Schmitt deixa a companhia.