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Gree promove padronização no mercado de climatização

A construção de uma padronização no desenvolvimento industrial tem se tornado o  principal foco competitivo entre as empresas. Segundo a empresa, no mercado de climatização, por exemplo, os padrões de compressores estabelecidos no passado não atendem mais às demandas atuais, além de um equipamento eficiente hoje é necessário que ele também seja mais sustentável e econômico.

Para atender essas novas demandas é essencial estabelecer novos padrões internacionais para liderar a inovação tecnológica de compressores e realizar a conservação de energia e redução de emissões de produtos de refrigeração. Para dar início a essa nova etapa, nesse mês, Dong Mingzhu, presidente da Gree Electric Appliances, se encontrou com os membros como presidente do subcomitê ISO/TC86/SC4 na 10ª Reunião Plenária do Subcomitê de Testes e Avaliação de Compressores de Refrigerante.

“O subcomitê da ISO/TC86/SC4 deve desempenhar completamente seu papel de liderança, convocar os estados membros a contribuir ativamente e participar da formulação de padrões, e impulsionar a conservação de energia e eficiência dos produtos de refrigeração com padrões, realizando assim o desenvolvimento sustentável da indústria de refrigeração”, afirma Dong.

A padronização de patentes, tecnologia, internacionalização e industrialização são os alvos estratégicos importantes para o desenvolvimento de inovações no mercado de climatização.

“Acreditamos que, no início de uma nova era, as empresas chinesas farão maiores contribuições para um mundo harmonioso com inovações tecnológicas, e os padrões chineses irão se destacar no cenário global”, ressalta Dong.

Fujitsu introduz splits com R-32 no Brasil

Economia de energia e preocupação com o meio ambiente são os grandes diferenciais dos novos produtos da Fujitsu, conforme salienta o presidente da subsidiária brasileira, Akihide Sayama | Foto: Divulgação

A Fujitsu está introduzindo no mercado brasileiros dois splits – um teto e outro cassete – utilizando o fluido refrigerante R-32. Segundo a empresa, o diferencial dos equipamentos está na tecnologia, sustentabilidade, e eficiência energética em conformidade com a classificação A do Inmetro, além de controle wi-fi.

O novo refrigerante também possui baixo impacto no aquecimento global e é mais eficiente em comparação com outras substâncias do gênero, acrescenta a companhia japonesa.

Os novos aparelhos operam de acordo com movimento de pessoas no ambiente (sensor de movimento) e já estão adequados à nova classificação que a Inmetro instaurou de substituir o CEE (Coeficiente de Eficiência Energética =EER) para IDRS (Índice de Desempenho de Resfriamento Sazonal = SEER).

“Isto é, a partir do ano que vem, todas as empresas terão que ter o selo de certificação de energia que será classificado de A até F  que é intitulado de IDRS. E o que a Fujitsu General do Brasil apresenta desse índice? Todos os produtos da nossa marca já estão classificados como A, ou seja, desempenho superior a 5.50”, destaca o presidente subsidiária brasileira, Akihide Sayama.

Danfoss Brasil promove Road Show no Rio de Janeiro

A Danfoss realiza no próximo dia 28 um Road Show no Rio de Janeiro sobre “Soluções Inteligentes para edifícios eficientes”. O intuito é compartilhar informações sobre equipamentos e componentes que possam ser aplicados no setor de construção civil e edificações para torná-las mais sustentáveis com um melhor consumo de recursos para suas operações como energia e água. Alguns dos especialistas da empresa que estarão presentes são Eládio Pereira, Gerente de Vendas da Divisão de Climate Solutions; João Fernando Aguena, Engenheiro de Vendas Sênior; e Rodolfo Correa, Coordenador Regional de Vendas para o segmento de HVAC. O evento tem inscrições gratuitas e vagas limitadas.

O tema do Road Show foi abordado por especialistas da empresa na 12ª Conferência Internacional do GBC Brasil, o maior evento de construção sustentável da América Latina que foi realizado no último mês de novembro.  Segundo dados divulgados pelo GBC Brasil na ocasião, as construções sustentáveis no Brasil seguiam em crescimento, registrando um aumento de 28% em 2020 apesar da pandemia e que tendia a se manter em 2021. Além disso, outros indicativos de como o segmento se mostrava aquecido eram o aumento da procura pelas certificações no segmento residencial, em grandes condomínios de bairros e a nova certificação para interiores.

Assim como na Conferência do GBC Brasil, a exposição dos especialistas da Danfoss do Brasil abordará justamente as principais soluções para economizar energia em edificações e levando em consideração o conforto dos usuários, tomando como base a expertise da companhia em equipamentos inteligentes para os sistemas de HVAC e aquecimento de prédios comerciais, hospitais, shopping centers e aeroportos, entre outros locais. Também haverá apresentações sobre “Flat Stations”, “A importância do balanceamento hidrônico em sistemas com água gelada” e “Um novo conceito para aquecimento de água em instalações prediais”.

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Serviço
Evento: Road Show: Soluções Inteligentes para edifícios eficientes
Data: 28 de abril
Local: EXPOMAG – Rua Beatriz Larragoiti Lucas, s/n – Cidade Nova – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Horário: Das 8h30 às 14h00

Armstrong anuncia novo diretor comercial

Raimundo Ribeiro é o novo diretor comercial/Brasil da Armstrong Fluid Technology.

Além de engenheiro eletricista credenciado, Ribeiro possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e graduação em Negócios e Finanças pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Antes de ingressar na Armstrong, Ribeiro ganhou experiência no setor trabalhando com Carrier, Johnson Controls, LG Electronics e Daikin. Nesta nova função, Ribeiro se reportará diretamente a João Paulo, Diretor Comercial da América Latina sediado em Miami.

Ribeiro comenta que chega ao novo posto com entusiasmo e grande expectativa por trabalhar ao lado da nova equipe. Como sua principal prioridade, ele se concentrará no desenvolvimento e execução de estratégias “para aumentar nossa participação de mercado e expandir a equipe de vendas”.

Sobre os desafios do novo cargo, comenta que “os planos de crescimento de vendas representam um desafio muito interessante. Mas as metas são alcançáveis ​​devido à força que temos em um portfólio muito atraente de produtos, serviços e soluções para HVAC, Incêndio e Automação”. Como exemplo, ele cita o Design Envelope, explicando que a “tecnologia de controle inteligente baseado em demanda que modela sistemas, monitora condições e ajusta dinamicamente a operação dos equipamentos ao melhor ponto de operação e eficiência energética”.

Cobertura FEICON 2022

 

Alta demanda por data centers no Brasil impulsiona mercado de água gelada

Principal mercado de data centers da América Latina, com mais de 40% do investimento total na região, segundo levantamento da ReportLinker com números de 2020, o Brasil continua atraindo investimentos neste segmento. Atualmente, 17 provedores terceirizados operam em 44 instalações no País, e estes números não vão parar de crescer nos próximos anos, de acordo com especialistas em tecnologia.

Esta transformação digital está impulsionando o HVAC-R especializado nesses equipamentos, uma vez que eles precisam trabalhar a baixas temperaturas para atingir máxima eficiência operacional. A expectativa é que este processo ganhe ainda mais corpo a partir do segundo semestre, com o início da implantação das redes móveis 5G e a consequente necessidade de transmissão e armazenamento de dados a altas velocidades.

A perspectiva do mercado do frio é que a alta demanda por data centers abra oportunidades que vão desde a busca por serviços de manutenções preventivas, aquisições de ferramentas adequadas para manter a operacionalidade e, por consequência, a necessidade de mão de obra especializada nos mais variados equipamentos destinados a resfriar todos os tamanhos de redes de dados.

De acordo com recomendação da Associação Americana de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae, na sigla em inglês), a temperatura ideal na entrada de ar dos equipamentos críticos de um data center deve ficar entre 18 °C e 27 °C, com umidade relativa do ar entre 40% e 55%. Fora desses padrões, o superaquecimento causará lentidão e, em situações mais graves, a queima de componentes e a perda de dados.

Além disso, indicadores de mercado mostram que o consumo de energia de um data center pode chegar a 50% para os equipamentos de TI, 37% no ar-condicionado, 10% em transformadores e demais equipamentos e 3% na iluminação e em acessos.

Chiller York YZ com compressor acionado por mancais magnéticos

Para tanto, as empresas têm sido atendidas por aparelhos robustos, que cumprem seu papel em sistemas de água gelada compostos por fancoils, chillers, self-contained de precisão, trocadores de calor, torres de resfriamento abertas, dutos, difusores, grelhas e filtros, além de racks de refrigeração com condensação a água.

“Data center é um segmento todo particular do mercado e requer a devida atenção como missão crítica. A resposta tem que ser mais rápida na instalação, mais eficiente e com reduzido tempo de inatividade”, argumenta o gerente de produto e aplicação da Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado do Brasil, João Carlos Antoniolli.

A multinacional tem uma forte atuação neste segmento, com orientação global da matriz, de forma a contribuir com a melhor solução, caso a caso, atendendo às premissas de Power Usage Effectiveness (PUE) e Partial Power Usage Effectiveness (pPUE) para cada projeto.

“Existe a preocupação com os ambientes geradores de altas taxas de calor sensível, como as placas eletrônicas dos computadores, além da necessidade de escolher os chillers que apresentem o melhor resultado para cada local de implantação selecionado. Hoje, utilizam-se mais chillers com condensação a ar, com velocidade variável, ou ainda, com o opcional free cooling”, explica o executivo.

Segundo ele, a resposta rápida vem através da redundância de máquinas, que permite partidas rápidas em caso de queda de energia. “A eficiência se busca com produtos dedicados a este perfil de aplicação, incluindo o atendimento às necessidades acústicas de cada instalação. Em data centers de grande porte, com múltiplos chillers com condensação a ar, outra preocupação se dá com o comportamento do vento ao longo do ano, e por isso busca-se a tecnologia da simulação CFD para identificar e projetar sistemas que evitem o curto-circuito do ar quente na descarga dos ventiladores”, salienta.

Para Antoniolli, em referência a chillers e fancoils ou AHU, a tendência é a escolha de máquinas com menores consumo de energia e de custos de manutenção, além de fluidos refrigerantes com baixos potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) e nível de ruído.

“Ao se trabalhar com equipamentos de água gelada, utilizamos componentes que permitam entregar máquinas que possam produzir temperaturas bem próximas do congelamento, por volta de 3,5 °C. Em muitas situações, utilizam-se soluções como etilenoglicol, propilenoglicol, metanol etc., para trabalhar com temperaturas negativas por volta de 10 °C negativos”, complementa.

O gerente de vendas para HVAC da Danfoss no Brasil, Eládio Pereira, concorda plenamente com seu colega, ao enfatizar que o segmento de data center encontra-se em franca expansão no Brasil, a partir do aumento das atividades on-line nos setores varejistas, de consumo, serviços e entretenimento.

“Esta digitalização aumentou a demanda por data centers mais robustos e com alta confiabilidade, e portanto, precisarão de um correto controle de temperatura, de modo que haja melhor eficiência energética. Hoje, nosso foco é oferecer componentes que proporcionam maior precisão no controle e eficiência energética em níveis altos, como o uso de compressores de mancais magnéticos e de velocidade variável”, exemplifica.

O gestor da multinacional dinamarquesa acredita que a redução da temperatura do processo em sistemas de água gelada está ligada diretamente ao projeto e à temperatura indicada para cada um deles. “Nossa missão é oferecer equipamentos e componentes que proporcionem o atingimento das temperaturas ideais com o menor consumo energético possível, usando fluidos refrigerantes mais alinhados com a proposta de proteção ambiental e sustentabilidade. Em compressores variáveis, por exemplo, podemos atingir níveis de redução de consumo de energia de até 30%, dependendo de cada projeto”, enfatiza.

Atualmente, a Danfoss possui de 90% a 95% de todos os componentes, compressores e trocadores de calor utilizados na fabricação de chillers, splitões ou VRFs de seu portfólio, bem como dispõe de uma gama completa para projetos e sistemas HVAC-R com água gelada.

“Atuamos com vários produtos, como trocadores de calor (placas soldadas, com gaxeta e microcanais), que, pelo seu desenho, aumentam a troca de calor e diminuem a carga de refrigerante; válvulas de expansão, eletrônica e mecânica, que otimizam a injeção de refrigerante no evaporador; compressores (scroll e magnético); controladores eletrônicos para chiller e automação de equipamentos; inversores de frequência e válvulas de controle de vazão; balanceamento hidrônico e difusão de ar”, elenca o gerente regional de aplicação e serviços da Danfoss na América Latina, Eduardo de Castro Drigo.

Outra fabricante que tem se beneficiado do aumento da procura por equipamentos para resfriamento com água gelada, a Tosi reporta crescimento significativo da participação de sua linha de produtos para data centers e eletrocentros no faturamento da companhia.

Marcos Santamaria Alves Corrêa, engenheiro de aplicação e de produto da Tosi

Sediada em Cabreúva (SP), a empresa oferece uma linha completa de produtos para difusão de ar, como grelhas, difusores, tomadas de ar externo, além de equipamentos de expansão direta e indireta para diversos segmentos, como prédios comerciais, hospitais, data centers, eletrocentros e aeroportos.

“Por conta da expansão deste mercado, estamos desenvolvendo uma nova linha de CRAH – Computer Room Air Handlers, conhecidos no Brasil como fancoils de precisão, estendendo sua capacidade para equipamentos com mais de 50.000 m³/h de vazão de ar”, antecipa o engenheiro de aplicação e de produto da Tosi, Marcos Santamaria Alves Corrêa.

O gestor lembra que sistemas de expansão indireta podem ser mais eficientes energeticamente do que os convencionais de expansão direta, desde que utilizem compressores mais eficientes, como os parafusos ou centrífugos, ou trabalhem em condições operacionais que melhorem a eficiência energética do próprio ciclo de refrigeração, como tem ocorrido nos grandes data centers operando com temperaturas de água gelada acima de 15 ºC. “Mas este ganho efetivamente só se torna uma realidade para sistemas com capacidades maiores, normalmente acima de 100 TR”, comenta.

Com unidade fabril instalada em Curitiba (PR) e central de vendas na cidade de São Paulo, a Trox é uma das líderes em desenvolvimento, fabricação e venda de componentes de distribuição de ar, filtragem, equipamentos e sistemas de ar condicionado.

A fabricante de origem alemã conta com portfólio de filtros de alta eficiência para diversos ramos de aplicação, unidades de tratamento de ar modulares e sistemas de expansão direta e indireta com tecnologia inverter de alta eficiência e conectividade com IoT.

A companhia também está aproveitando a expansão do mercado de data centers no Brasil para abrir novas frentes de negócios. “O segmento é, sem dúvida, um dos que mais cresceram nos últimos tempos, e como temos produtos específicos para aplicações desta natureza, nos colocamos como uma das opções de escolha para os clientes e investidores”, destaca o gerente de marketing e e-commerce da Trox, Fernando Bassegio.

Gree e Senai apresentam novo laboratório de climatização em São Paulo

Instalação conta com modernas tecnologias oferecidas pela empresa para a capacitação dos instaladores credenciados, clientes corporativos e alunos dos cursos oferecidos pela instituição de ensino | Foto: Divulgação

A Gree Electric Appliances, maior fabricante de ar-condicionado do mundo, em parceria com a Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves, em São Paulo, referência nacional na formação profissional em refrigeração e Climatização, apresentaram o laboratório de climatização com equipamentos de alta tecnologia para a capacitação dos instaladores credenciados, clientes corporativos da GREE e para os alunos dos cursos desenvolvidos na Escola, como da Formação Inicial e Continuada, Aprendizagem Industrial, Curso técnico e Pós-graduação.

O espaço educacional conta com 96 equipamentos, fornecidos pela Gree, que irão intensificar o aprendizado técnico dos alunos com produtos avançados e tecnológicos.

Durante o curso os alunos terão acesso a uma diversidade de aparelhos como Split Eco Garden Inverter, Evaporador piso teto, Condensador VRF e painéis solares fotovoltaicos. Esses equipamentos irão proporcionar um aprofundamento na aprendizagem, além de uma experiência única aos alunos, nos mais variados cursos que serão oferecidos pela GREE e pelo SENAI-SP.

“Nós da Gree temos um forte comprometimento com a qualidade do produto, satisfação do cliente e também pela capacitação de profissionais. Para oferecer uma solução completa é necessário, além dos equipamentos de climatização com tecnologia de ponta, um profissional qualificado que garanta um maior desempenho e durabilidade do produto. Através de cursos técnicos, como o do SENAI, é possível oferecer ao consumidor qualidade e excelência em todas as etapas” afirma Alex Chen, diretor comercial da GREE Brasil.

O mercado de climatização passa por constantes mudanças e atualizações tecnológicas, por isso a capacitação de profissionais com materiais e equipamentos de qualidade se torna ainda mais essencial para os profissionais que estão ingressando no mercado de trabalho.

Neste ano, a Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves tem a previsão de formar cerca de 5 mil alunos nessa área de atuação, nos diversos cursos desenvolvidos na Escola.

3º dia do Circuito dos Instaladores – Rio de Janeiro

Resumo

 

 

A força e coragem de Jessyka Horn

Nascida em Curitiba (PR), aos 28 anos, Jessyka Horn, diretora comercial e proprietária da JH Clima Ar Condicionado, é reconhecida pelo setor de HVAC-R por seu empreendedorismo e habilidades para superar desafios.

Sua carreira profissional na área de climatização e refrigeração começou aos 15 anos, já visualizando um mercado com muitas oportunidades de crescimento, mas que não era levado a sério pela falta de profissionais para a realização de serviços onde morava, em São Bento do Sul (SC).

“Fiz uma proposta ao meu pai para abrir uma sociedade em São Bento do Sul (cidade da JH Clima), ele infelizmente não aceitou, pois dizia que isso não iria dar certo, que a cidade já possuía muitas empresas de climatização. Eu, com visão e estudo do mercado acreditava que São Bento do Sul era um mercado muito bom, com grandes oportunidades e com carência de uma empresa que oferecesse um diferencial. Assim, em 2016, abri a JH Clima Ar Condicionado, mesmo sem conhecimento técnico e empresarial, mas com muita vontade e determinação”, diz Jessyka.

Com muitos desafios, foi um longo processo de aprendizado para oferecer um diferencial e conquistar clientes, tanto financeiro como na aquisição de ferramentas para execução dos serviços. Em janeiro de 2018, Jessyka fechou seu primeiro contrato de manutenção com uma Universidade, mas enfrentou a mesma discriminação de muitas mulheres que atuam em campo.

“Sempre recebi muitas perguntas do tipo ‘Você é a dona da empresa? Quem executa os serviços’? Levava isso como um desafio por ser um mercado com poucas mulheres no ramo. Certa vez, passei por uma situação inusitada, que até então nunca havia ocorrido. Fui em uma clínica de exames bem conhecida na cidade fazer um orçamento para a colocação de equipamentos de multi split. Quando o médico me recebeu, ele me olhou dos pés à cabeça e falou assim: ‘Não iria vir um técnico homem’? Eu nem dei ouvidos e fui fazer o orçamento, ele me fazia várias perguntas e eu sempre respondendo com a maior firmeza e sabedoria. Mas, ele não ficou contente com minhas respostas e até o presente momento, nunca me retornou! Hoje, a JH Clima conta com mais de 200 clientes e estamos entrando no segmento de VRF oferecendo cada vez mais qualidade e tecnologia para nossos clientes. Temos uma equipe comprometida, que faz com que a JH Clima seja referência em serviços”.

A equidade feminina

“A equidade feminina é importante em todos os setores da nossa vida, tanto empresarial quanto pessoal. A mulher ainda sofre muito com essa desigualdade de gênero, mas estamos mudando essa realidade. Em 2020, o empreendedorismo feminino cresceu 40%, segundo dados da Rede da Mulher Empreendedora. As mulheres estão se posicionando mais no mercado de trabalho em geral. Faço parte do grupo do “Elas no AVAC-R”, que conta com mais de 200 integrantes e vejo muita determinação e força de vontade. Sei que estamos fazendo a diferença, a mão de obra feminina no mercado de HVAC-R contribuiu muito para a qualidade e comprometimento no nosso ramo. Temos mulheres que estão provando isso, como a Carmosinda Santos, Viviane Oliveira, Jossineide Silva, Leylla Lisboa e tantas outras que são admiradas por muitos profissionais do nosso ramo, vistas como ‘feras’, tanto em conhecimento, quanto no processo operacional”.

Nas redes sociais, Jessyka possui seu canal no Instagram e Facebook, com posts e vídeos dirigidos ao empreendedorismo, gestão financeira, liderança e trabalho em campo com explicações técnicas.

Muito intensa em tudo que faz, ela dá o melhor de si: “É assim que vivo com a minha família, maior benção que Deus me deu, sou muito grata a eles por tudo. Sou casada com um homem incrível, inteligente, esforçado e que me apoia em todos os meus sonhos, além de ser um ‘super’ pai! Temos duas meninas, a Eduarda de 9 anos, e a Valentina de 1 ano e 7 meses. São crianças iluminadas com um carisma enorme, nossa alegria diária. Agradeço a oportunidade de participar dessa matéria com pessoas incríveis. Trazer um pouco da minha trajetória é prazeroso e junto com outras mulheres iremos fazer o HVAC-R ser reconhecido e valorizado através da força feminina”, conclui.

Ao lado de seu marido, Jessyka ama estar com as filhas Eduarda e Valentina

Automação ajuda HVAC-R a virar o jogo contra o desperdício de energia

Irreversível, processo é aplicado em equipamentos, componentes e ferramentas, gerando ganho de tempo na execução de serviços e maior velocidade e precisão em ações de coleta, guarda, gerenciamento e análise de dados.

Presente em praticamente em todos os aspectos da nossa vida cotidiana – automóveis, residências, aviões e bancos, por exemplo –, a automação historicamente é um dos personagens centrais para o desenvolvimento da sociedade, e pelo menos nos últimos 10 a 15 anos tem sido decisiva para a expansão do HVAC-R, especialmente pela utilização disseminada por comunicação remota via internet, wi-fi e bluetooth.

Este processo agora começa a ganhar ainda mais corpo, em função da chegada da rede 5G para transmissão de dados, que vai ampliar a velocidade de tráfego de dados e, consequentemente, a interação dos técnicos com a interface dos produtos com esta tecnologia embarcada.

Os sistemas de refrigeração comerciais com centrais frigoríficas e multievaporadores foram os primeiros, há algum tempo, a receber automação. Segundo a gerente de marketing da brasileira Full Gauge Controls, Valéria Sales, as principais tendências na área “são os produtos que contribuem para a redução do consumo de energia elétrica em instalações e equipamentos, mas ainda pouco usados por aqui. Talvez pela falta de conhecimento técnico ou pelo mito que se criou de serem ‘equipamentos caros’, mas que na verdade representam um custo mínimo dentro de projetos de médio/grande porte e que se pagam em poucos meses com todos benefícios e segurança que oferecem”.

A gestora salienta que “a todo momento são disponibilizadas melhorias nos sistemas e nos controles. Atualmente, o uso de compressores e ventiladores variáveis superam os 40% de economia de energia, além das válvulas de expansão eletrônicas que permitem utilizar 100% da carga de um evaporador, evitando o coeficiente de erro no dimensionamento dos trocadores de calor. O monitoramento e o gerenciamento remoto de instalações e equipamentos, que há tantos anos divulgamos, estão cada vez mais populares também”.

“Dentro de nossa linha, oferecemos soluções voltadas para eficiência energética, como por exemplo, válvulas de expansão eletrônica (linha Valex), controladores inteligentes (linha Rackontrol), controladores para compressores de velocidade variável (linha +ECO), softwares para gerenciamento de instalações (Sitrad PRO) e outros”, acrescenta.

“Neste segmento, percebe-se que novas tendências, incluindo aplicações com fluidos naturais como demanda do mercado, estão gerando um controle muito maior para garantir que os sistemas mantenham os equipamentos dentro de uma zona de maior performance energética e de capacidade, além do balance entre a real demanda (compressores, degelo e capacidade) e a capacidade acionada”, argumenta o gerente regional de aplicação e serviços da Danfoss na América Latina, Eduardo de Castro Drigo.

Segundo ele, isso só é possível com a utilização de componentes como inversores de frequência nos compressores e bombas, ventiladores que também variam sua capacidade, sensores e algoritmos cada vez mais sofisticados.

Para o executivo da multinacional dinamarquesa, outras áreas que antes não utilizavam controles passaram a fazê-lo. Com o aumento do preço da energia e para reduzir perdas e diminuir custos operacionais, os players do HVAC-R, como os dos segmentos de refrigeração industrial e de câmaras frias, estão investindo pesado em desenvolvimento em uma área do mercado que sempre foi de baixo custo e que, gradualmente, vem demandando cada vez mais esta solução.

“Uma tendência forte é o controle mais preciso dos compressores e condensadores – entrega por demanda e não por controles fixos – e evaporadores – controle de injeção e refrigerante e Delta T para otimizar os degelos”, ressalta Drigo.

A Danfoss, por exemplo, oferece automação para todos os segmentos em que atua, como refrigeração comercial, ar condicionado e refrigeração industrial. No caso da refrigeração comercial, oferece a linha ERC, formada por controladores para geladeiras de bebidas, freezers horizontais e aplicações similares, que entre as várias funções de controle, têm como a principal a economia de energia sobre o controle de abertura de portas e da frequência com que clientes passam em frente ao expositor.

“Além disso, esses equipamentos dispõem de uma função específica que indica se há algum problema com o sistema, o que tem reduzido a quebra de compressores neste segmento, garantindo a qualidade dos produtos expostos para o consumidor. Há alguns modelos para centrais frigoríficas”, explica o executivo.

Para fluidos refrigerantes em geral, a Danfoss tem o AK-PC 551, cujo software de controle tem algoritmos específicos para compressores do mercado que demandam controles específicos e tradicionais. Voltado para todas as aplicações do mercado de refrigeração comercial, ele possibilita controlar um chiller de acordo com a demanda de sistemas com glicol, otimizando a condensação de acordo com o Delta T do condensador.

Para sistemas com CO2, a empresa oferece o controlador AK-PC783, que, além de controlar todo o sistema do frio, é capaz de analisar o balance de carga do sistema e entrega o melhor desempenho possível de acordo com as leituras. Ele também controla os periféricos, como por exemplo bomba e aquecimento de água, caso seja necessário usar a alta energia gerada pela descarga dos compressores.

Já para o controle de evaporadores, a Danfoss lançou recentemente o AK-CC55, controlador que é capaz de pilotar qualquer tipo de válvula de expansão eletrônica (AKVP-Pulso ou a ETS-Motorizada) e traz uma interface bluetooth para comunicação com o smartphone, para facilitar a configuração, o comissionamento e a manutenção.

“Além disso, em uma instalação com muitos evaporadores, essa interface facilita a programação em massa, pois pode ser usada como um arquivo eletrônico armazenando as configurações e compartilhando a programação com outros controladores”, detalha Drigo.

Para o controle de evaporadores aplicados com amônia, a multinacional tem o EKE400, controlador desenvolvido para todos os tipos de aplicação em evaporadores para sistemas com amônia, incluindo configurações bem específicas do nosso mercado.

“Por fim, o Alsense é uma solução de IoT para varejo alimentar, e o mais recente lançamento em nuvem da Danfoss para supermercados e aplicações de varejo de alimentos. A oferta de serviços inclui um portal escalonável e seguro para otimizar o desempenho das operações de varejo de alimentos, a partir de uma tecnologia que pode ajudar a alcançar as eficiências necessárias.”

“A solução permite rastrear facilmente o desempenho dos equipamentos de refrigeração que estão conectados ao gerenciador AK-SM800A, responder a alarmes, integrar monitoramento 24 horas por dia, sete dias por semana, reduzir o consumo de energia e muito mais, tudo em uma plataforma integrada”, complementa.

Segundo o gestor, a chegada da tecnologia 5G vai melhorar a integração entre os controladores e as soluções em nuvem, pensando em compartilhamento de informações.

“Como o acesso à internet será muito maior e a capacidade de interagir com outras plataformas online também, os hardwares terão menos responsabilidade direta sobre o controle e mais em compartilhar com a nuvem os dados do equipamento/instalação e os algoritmos ou as inteligências artificiais ficarão em nuvem enviando comandos para os hardwares nas plantas”, conclui Drigo.

O mercado de automação se beneficiou muito da evolução das redes móveis, nos últimos dez anos, com milhões de reais em investimentos em pesquisa e desenvolvimento. A introdução da tecnologia 4G, por exemplo, impactou naquele momento e abriu as portas para o que se tem hoje no HVAC-R.

“O 4G possibilitou, na União Europeia, sistemas de automação para o consumo energético e promoveu uma redução média de 37% em 2007 sobre o consumo que se tinha em 1998, isso só com a implantação do sistema de gestão técnica de edifícios”, descreve o engenheiro Paulo Américo dos Reis, presidente do Departamento Nacional de Automação da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“A meta com o 5G é atingir um consumo de 2.000 W/mês por habitante na Europa, e outros 1.000 W/mês por habitante, sendo possível apenas pela autogeração alternativa, como foto solar, eólica ou geotérmica”, frisa.

De acordo com o especialista, no Brasil, infelizmente só a área financeira (bancos) vem utilizando em grande escala os produtos ofertados pelas empresas de tecnologia e automação. No varejo, somente os grandes grupos têm utilizados, e em nível pouco perceptível, vinculado só ao controle de logística e financeiro.

“Se pensarmos, por exemplo, que nos países de origem germânica (Alemanha, Áustria, Dinamarca, Holanda e Suíça) possuem desde um pequeno comércio até grandes redes de supermercados sistemas de automação, na verdade gestão totalmente automatizada e remota, em supermercados existe um número porcentual de caixas sem operador, tudo feito pelo cliente em um sistema completo de gestão”, compara.

Sensoreamento

Otimista com a transformação promovida pela expansão da automação no mercado do frio, a Johnson Controls também aposta em tecnologia. Para o diretor de soluções digitais da empresa para América Latina, João Paulo Oliveira, com o sensoreamento espalhado, é possível identificar como está o consumo de energia e frio, e quão eficiente está a planta em determinado instante.

“Assim, a partir desses dados, adotar estratégias, seja o retrofit dos equipamentos, a troca por equipamentos novos, a adoção de novas lógicas de controles ou o uso de soluções que hoje a nossa empresa já tem disponíveis, as quais permitem enviar os dados para a nuvem. A partir da análise dos dados e de diferentes simulações, com machine learning, inteligência artificial, é possível definir uma lógica ótima que irá gerar a economia de energia que o cliente busca”, enfatiza.

O executivo afirma que outra tendência do segmento é a troca da manutenção preventiva para uma mais preditiva, ou até mesmo para aquela que o mercado chama de prescritiva. “Muitas plantas seguem fazendo a manutenção sugerida pelo catálogo do equipamento. A partir do momento em que temos uma conectividade mais rápida e sensores disponíveis em protocolos abertos, passamos a ter a oportunidade de mandar esses dados também para nuvem, para entender como está o comportamento daquele equipamento, e, ao invés de fazer a manutenção baseada em horas de operação, passamos a ter a possibilidade de agir quando alguma coisa está mal”, especifica Oliveira

Na nuvem, enfatiza ele, tem-se a oportunidade não só de detectar um problema, mas descrevê-lo e listar as tarefas que têm de ser seguidas para resolve-lo. “Isso dá mais agilidade e aumenta a disponibilidade da planta, influenciando também na eficiência”, emenda.

Atualmente, a Johnson Controls tem um portfólio bem amplo de produtos dentro da categoria de automação e controle. Fabrica e vende desde sistemas de automação e controle para edificações, controles para todos os aspectos dos espaços refrigerados, para fluxo de ar, painéis de controle e termostatos, além do OpenBlue, plataforma agnóstica, totalmente aberta e conectada, que possui um conjunto de serviços sob medida, estruturadas com inteligência artificial, como diagnósticos remotos, manutenção preditiva, monitoramento de conformidade, avaliações avançadas de riscos, entre outras funcionalidades, que atende a diversos setores.

Nas próximas semanas, revela Oliveira, a Johnson Controls lançará um sensor próprio de qualidade do ar para oferecer monitoramento, mandando os dados colhidos para a nuvem. “Assim, conseguimos identificar para o cliente qual a lógica de controle ótima, ou qual a estratégia que pode ser implementada para melhorar a qualidade do ar em um espaço específico”, completa.

A mesma visão tem a Coel, fabricante de uma linha completa de instrumentos para toda a cadeia do frio, desde a casa de máquinas ao PDV, de termostatos eletrônicos a PLCs, interfaces de comunicação sem fio e softwares de monitoramento.

Para o gerente da engenharia de aplicações da companhia, Silvio Barbelli, com a diminuição dos custos, devido ao aumento de demanda, os dispositivos de automação, como inversores de frequência e válvulas eletrônicas estão sendo mais utilizados na cadeia do frio.

Sobre a rede 5G, o executivo reforça que as interfaces de comunicação 3G e 4G também atenderão ao 5G. A Coel, afirma ele, investe continuamente em desenvolvimento de softwares e hardwares em parceria com instituições de pesquisa e desenvolvimento de Manaus.

“O monitoramento do HVAC-R em nuvem já é uma realidade e a tendência é que todos os dispositivos de conservação e controle sejam conectáveis. Em curto prazo, o 5G possibilitará o monitoramento e controle da cadeia do frio a distância, garantindo a qualidade na fabricação, transporte e armazenamento dos produtos”, projeta.

Outro player que investe pesado em automação, a Elitech apresenta ao mercado sistemas de controle de temperatura em equipamentos de refrigeração e ferramentas digitais para uso em instalação e manutenção de equipamentos.

Além disso, possui uma vasta linha de dataloggers, que registram leituras de temperatura e/ou umidade relativa do ar, e esses dados são usados principalmente em aplicações nas áreas farmacêutica, alimentícia, laboratoriais e de transporte de produtos sensíveis à variação de temperatura.

“Nossas soluções auxiliam os profissionais do setor do frio, principalmente no ganho de tempo para executar tarefas”, destaca o diretor da multinacional no Brasil, Antonio Nascimento Junior.

“Cada vez mais a tecnologia se desenvolve para ajudar os profissionais a ganhar um precioso tempo na coleta e análise de informações geradas por instrumentos de automação, realidade que será cada vez mais explorada pela Elitech”, acrescenta.