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RP Refrigeração comemora 2 anos de sucesso no Rio

O empresário Ângelo Amorim, fundador da RP Refrigeração | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Embora tenha somente 41 anos de idade, o refrigerista maranhense Ângelo Amorim, fundador da RP Refrigeração, em Rio das Pedras, bairro da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, já dedicou ao HVAC-R mais da metade de sua vida.

Formado pelo Senai de Benfica 22 anos, o empresário é do tipo “raiz”, daquele que trata os clientes pelo nome e conhece profundamente o público que busca peças e componentes em sua loja, compreendendo por quais motivos compram ou deixam de comprar determinados itens.

Essa característica, de sentir as “dores” do cliente e entender suas demandas, além de outros aspectos, como a diversidade de produtos e marcas disponíveis e o atendimento personalizado ao público, tem sido a razão do sucesso da loja, inaugurada em 2020 na Avenida Engenheiro Sousa Filho, 1.162.

Com pouco mais de 200 metros quadrados e 20 colaboradores, atualmente a unidade conta com um portfólio forte, composto por 5.100 itens, proporcionando ao cliente a facilidade de encontrar o que precisa.

Desse amplo catálogo, gás e cobre historicamente são os produtos com mais rotatividade no balcão, como a maioria das lojas do setor. E compressores e placas para máquina de lavar e geladeiras também são os artigos com grande rotatividade.

As demandas principais da varejista atendem linha branca – principalmente refrigeradores, máquinas de lavar e ares-condicionados – e balcões frigoríficos, itens que posiciona a empresa como importante fornecedor na área comercial naquela região.

O cenário favorável para o setor do frio levou Ângelo a também abrir, no início de novembro, uma unidade na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio, onde atualmente moram em torno de 100 mil habitantes, segundo o Censo das Favelas, realizado pelo governo fluminense.

A estratégia de marcar presença em uma localidade populosa como a Rocinha está intimamente ligada ao segmento de refrigeração residencial, que tem se expandido cada vez mais no País.

O estabelecimento de uma unidade na Rocinha se deu porque muitos clientes daquela comunidade, por falta de opções locais, acabavam se deslocando até aqui. E perguntavam por que não montávamos uma loja lá. Então, aguardamos surgir uma oportunidade, porque a procura de um imóvel no local é bastante concorrida e, quando apareceu a chance, alugamos um”, detalha Ângelo.

Balcão da RP Refrigeração | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

O empreendedor explica que comercializa de tudo na loja da Rocinha, como gás botija e gás fracionado, sendo que este último vende bastante, para abastecer cilindros retornáveis. “Lá, se você não tiver isso disponível, nem precisa abrir, porque não vai vender”, comenta.

As repetidas compras de balcão, realizadas várias vezes ao dia pelo mesmo cliente, é outro aspecto relacionado ao atendimento mais exclusivo a este público, composto não só por técnicos mas também por pessoas com algum conhecimento que preferem, elas mesmas, fazer uma instalação ou trocar uma peça, ao invés de pagar R$ 150 ou R$ 200 para um profissional.

Isso é comum em qualquer comunidade do Rio de Janeiro. Tanto que pelo menos 30% do nosso público têm este perfil, e esta situação gera um problema com a validade da garantia do produto. Acontece muito. O cliente não chama o técnico para o serviço, quebra a peça e quer usar a garantia. E quando isso ocorre, não tem jeito, é preciso dizer não”, argumenta Ângelo.

Em dois anos de história, a RP Refrigeração enfrentou muitos desafios, mas a inadimplência sempre esteve entre os maiores. “Apesar de ainda sermos pequenos, temos alguns clientes selecionados para quem fornecemos crédito, e mesmo assim precisamos lidar com o problema da inadimplência. Entretanto, conseguimos negociar bem”, pondera Ângelo.

Segundo o empreendedor, mesmo com todos processos, futuramente o plano é se transformar em uma rede integrada para o setor do frio, uma vez que atualmente já conta com duas prestadoras de serviços e duas lojas. Mesmo crescendo, a ideia é jamais perder a essência.

Pois, no fim, podemos oferecer aos nossos clientes uma ótima infraestrutura de loja, com bom atendimento, preço justo, rapidez de entrega, conforto e acolhimento”, complementa Ângelo, ao reiterar o convite para uma visita à loja, onde será possível se refrescar com o ar-condicionado ou água gelada, ou ainda, degustar um cafezinho e, quem sabe, puxar uma boa prosa.

Equipe da RP Refrigeração com o Clube do Frio na festa de 2 anos da loja carioca | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Estádios climatizados refrescam jogadores e torcida no Catar

Sete das oito arenas da Copa do Mundo do Catar dispõem de sistema de ar condicionado que funciona ao ar livre | Foto: Divulgação/Fifa

Com arenas dotadas de sistema de ar condicionado que refrescam jogadores e torcedores, a Copa do Mundo do Catar está marcando a inauguração de uma nova era tecnológica em termos de conforto térmico ao ar livre.

A tecnologia aplicada em sete das oito arenas cataris foi desenvolvida por uma equipe chefiada pelo engenheiro Saud Abdul-Ghani, professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Catar.

O especialista, conhecido como Dr. Cool (algo como Dr. Fresco, em tradução livre), diz que o sistema de climatização cria uma espécie de “bolha microclimática controlada” que envolve cada espectador (são colocados saídas de ar sob os assentos) e cobre o campo (são colocadas saídas de ar ao seu redor), a uma altura que não ultrapassa dois metros em nenhum ponto do recinto.

Além dessa “refrigeração direcionada” e dos esforços de isolamento (fachadas e telhados refletivos projetados para não deixar entrar muito ar externo), há uma operação de circuito quase fechado: o ar quente é aspirado até a metade das arquibancadas e enviado de volta para as plantas de resfriamento subterrâneas. Isso permite um “armazenamento térmico” que evita picos de consumo durante o dia.

O sistema otimiza a injeção de ar resfriado, que foi desumidificado e purificado, resfria apenas algumas áreas se necessário e só é ligado duas horas antes do início de cada partida.

Os projetistas tentaram agilizar o processo. As unidades de ar condicionado podem ser ligadas a equipamentos ou edifícios vizinhos. Esse “resfriamento distrital”, adotado em larga escala nos bairros de West Bay e The Pearl, em Doha, usa entre 40% e 80% menos eletricidade do que os aparelhos de ar condicionado individuais.

Segundo os organizadores do torneio da Fifa, o ar condicionado representará apenas 20% do consumo anual de eletricidade dos estádios. “Os estádios poderão ser usados 24 horas por dia, sete dias por semana, durante todo o ano”, diz Ghani. Embora hipotético, esse uso intensivo justifica a existência dos estádios, mas também promete gastos consideráveis com energia.

Embora as autoridades do Catar não tenham especificado o custo desses sistemas, Ghani admitiu ao The Guardian em 2019 que dobrou ou triplicou o orçamento de construção. No entanto, o engenheiro quer acreditar que sua tecnologia, que não é patenteada, permitirá que outros países quentes sigam na mesma direção.

Trane apresenta novo sistema de chiller RTAG refrigerado a ar

A Trane acaba de criar a linha de chillers RTAG resfriados a ar. Segundo a empresa, a nova linha surgiu para atender aos exigentes padrões de qualidade, onde a capacidade foi levada a condições de extrema exigência em instalações de ambientes críticos, como data centers e armazéns.

“Esta linha de produtos permite que nossos clientes escolham o nível de eficiência desejado em cada modelo, de acordo com suas necessidades, para que tenham controle do consumo energético. Os benefícios para quaisquer negócios são claros: menor consumo de energia, maior economia”, disse Diogo Prado, Diretor Geral da Trane Brasil.

Os chillers RTAG possuem interface touch screen e conectividade por meio de software especializado – Controlador Tracer™ UC800 – o que proporciona uma visualização clara das informações, tendências, geração de relatórios e monitoramento do espaço interno.

“O design acústico da unidade RTAG garante baixa vibração e mínima propagação do som, por isso oferecemos opções para atender às necessidades de sensibilidade acústica do edifício e de seus ocupantes, com testes de potência sonora que atendem aos requisitos da norma ISO 3744”, compartilhou Jorge Ordoñez, Líder de Portfolio Aplicado Trane para a América Latina.

Compressores parafuso duplo, serpentina do condensador em tubo de cobre e aletas de alumínio são alguns dos elementos que integram as unidades RTAG.

2º Café com Conteúdo para mulheres do setor AVACR

O Comitê Nacional de Mulheres da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) realizará no dia 6 de dezembro, das 8 às 13 horas, o “2º Café com Conteúdo: um encontro com as mulheres do AVAC-R”. Homens também são bem-vindos.

Gratuito, o evento será híbrido (simultaneamente presencial e online) e acontecerá na sede da entidade, em São Paulo, com vagas limitadas.

A programação contará com três palestrantes especiais, que farão desta segunda edição um fórum de troca de informações e networking – Bianca Alves, professora do Senai Oscar Rodrigues Alves (“Ensino profissional e suas oportunidades para as mulheres no AVAC-R”); Regina Nogueira, CEO da Re-branding Treinamento (“Rebranding”); e Raimundo Silva, educador executivo e atual diretor da Armstrong do Brasil (“Você no Controle”).

“Organizar a 2ª edição deste encontro com mulheres do setor AVACR,  nos deu uma enorme satisfação. A cada ação que realizamos, vemos como mais um passo dado diante do compromisso que firmamos, que é de contribuir com o desenvolvimento profissional e pessoal das mulheres dos setores que representamos. Acreditamos que, os diferentes perfis dos palestrantes convidados para este Café com Conteúdo nos apresentarão um novo olhar para novas perspectivas e possibilidades”, afirma Priscila Baioco, presidente do Comitê e gerente nacional de vendas e marketing da Armacell.

Danfoss anuncia a intenção de adquirir fabricante alemã de compressores BOCK

A Danfoss anuncia a intenção de adquirir a fabricante de compressores BOCK GmbH da NORD Holding GmbH, com sede em Frickenhausen, Baden-Württemberg, Alemanha.

Com mais de 50 anos de história e ativos de cerca de € 2,5 bilhões, a NORD Holding é uma das principais empresas de gestão de ativos de private equity na Alemanha.

De acordo com o Instituto Internacional de Refrigeração, a tecnologia de refrigeração e ar condicionado representa cerca de 15% do consumo de energia elétrica mundial, tornando cada vez mais relevante a busca por soluções energeticamente eficientes. Soluções inteligentes, combinando alta eficiência energética e refrigerantes de baixo GWP (sigla em inglês para baixo potencial de aquecimento global), tanto naturais quanto sintéticos, são o caminho para refrigeração e ar condicionado sustentáveis.

Ao adquirir a BOCK, a Danfoss adota uma abordagem proativa para promover o desenvolvimento e uso de fluidos refrigerantes de baixo GWP para ajudar a reduzir o aquecimento global e garantir a competitividade da indústria.

De acordo com Jürgen Fischer, Presidente da Divisão de Climate Solutions da Danfoss, a aquisição visa contribuir com a transição verde e ajudar os clientes da companhia em realizar a descarbonização. “Nunca foi tão relevante acelerar a transição verde, e compressores eficientes que funcionam com refrigerantes de baixo GWP são fundamentais para atingir essa meta. Ao expandir nosso portfólio com a linha BOCK de compressores semi-herméticos, cumprimos nossa promessa de ajudar nossos clientes a descarbonizar. O potencial para reduzir as emissões de CO2 é enorme”, afirma Fischer.

Com a aquisição, a Danfoss adiciona o maior portfólio do mundo de compressores semi-herméticos para refrigerantes naturais como CO2 (R744), hidrocarbonetos e outros refrigerantes de baixo GWP ao seu já forte portfólio de compressores centrífugos livres de óleo, inverter-scroll, compressores do tipo parafuso e unidades condensadoras.

“A aquisição criará uma posição única no mercado para os negócios de Compressores Comerciais da Danfoss, e nossos clientes se beneficiarão de um portfólio completo de compressores, incluindo compressores semi-herméticos para CO2, que ajudarão na transição para refrigerantes alternativos e maior eficiência energética”, explica Kristian Strand, Presidente da divisão de Compressores Comerciais da Danfoss.

Com uma força de trabalho existente de cerca de 350 especialistas em compressores em todo o mundo e quatro fábricas em Frickenhausen – Alemanha, Stribo – República Tcheca, Bangalore – Índia e Suzhou, China, a BOCK construiu uma forte reputação como fabricante de compressores que atende sistemas de refrigeração móveis e estacionários sendo destinado para os segmentos de transporte, varejo, logística, armazenamento e processamento de alimentos.

“Este é realmente um momento emocionante para todos nós. Após nosso forte e bem-sucedido crescimento nos últimos 2 anos, agora se tornar parte da família Danfoss abrirá novas oportunidades de negócios para a BOCK. Com base em nossa estreita parceria, podemos afirmar que juntos estamos alinhados para nos tornarmos um dos players mais fortes no negócio de compressores em todo o mundo. Não apenas compartilhamos as mesmas ideias de como desenvolver o negócio, mas também temos os mesmos valores quando se trata de nosso pessoal e como impulsionar o crescimento”, afirma Marcus Albrecht, CEO da BOCK.

Encontro de projetistas discute qualidade do ar e eficiência energética

Mais de 200 profissionais, entre projetistas, engenheiros, varejistas, gestores de facility management e arquitetos, marcaram presença no “XXI Encontro Nacional de Empresas Projetistas e Consultores (ENPC), realizado nos dias 17 e 18 de novembro, em Curitiba (PR).

Foram dois dias de palestras técnicas dedicados à troca de experiências, atualização profissional, difusão de novas tecnologias e networking, por meio de palestras com renomados especialistas e profissionais dos segmentos voltados à concepção de novos empreendimentos e de retrofit de sistemas de climatização instalados.

Organizado pelo DNPC – Departamento Nacional de Empresas Projetistas e Consultores da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento, o evento teve como tema fundamental para o HVAC-R – “Qualidade do Ar & Eficiência Energética – O importante diálogo a cargo do Engenheiro de Ar-Condicionado e Refrigeração”.

Para Francisco Pimenta, “O ENPC de 2022 consolidou a importância que um projeto tem na implementação de um sistema HVAC. Somente com ele bem concebido e contratado no início do processo é que poderemos prover dois itens fundamentais na climatização de ambientes, Qualidade do Ar e Eficiência Energética.”

A comissão organizadora do XXI ENPC teve como desafio realizar o Encontro em Curitiba com uma proposta diferenciada, considerando equipamentos de climatização e ventilação natural.

A programação foi preparada considerando palestras sobre qualidade do ar e eficiência energética, com a participação de empresas do setor HVAC-R, professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade de Brasília (UnB), além do presidente do Comitê Nacional de Tratamento de Águas, que apresentou um novo olhar para o tema.

O ENPC reuniu, em um mesmo fórum, profissionais multidisciplinares que estimularam importante discussão entre engenheiros e profissionais que atuam em áreas relacionadas, proporcionando atualização de conhecimentos, trocas de informações e acesso às novas tecnologias, tudo sob a ótica de projetos dedicados à climatização e refrigeração.

 

Fonte: Abrava

Marluci Gonçalves: Olhe para a vida com leveza

Inteligente, simpática e guerreira, Marluci Silva de Souza Gonçalves, essa mineira, nascida em Belo Horizonte (MG), leva uma bagagem profissional de tirar o fôlego! Diretora comercial da Eletrogel, que atua há 52 anos no mercado de HVAC-R, ela comanda a empresa junto com Marcelo, seu irmão e maior incentivador de sua carreira.

“A minha história na refrigeração começou através de um chamado do meu pai, em 1993. Eu estudava em uma escola pública perto da oficina dele. Com a escola em greve, certo dia ele me convocou para ir ajudá-lo na empresa enquanto estivesse sem aula, que coincidiu com as férias da secretária da empresa, a Sirléia, que está conosco até hoje. E foi assim que, aos 15 anos, comecei a trabalhar no administrativo da Eletrogel. Já estamos na terceira geração no comando da Eletrogel, que está no mercado desde 1970, passada de avô para pai, e de pai para nós”, diz Marluci.

Em 1995, seu pai abriu uma pequena loja que vendia peças de geladeiras e freezers, na qual ela ficou responsável até 1997, ano em que se aventurou em outros mercados, permanecendo até 2007.

“Em 2001, meu pai faleceu e a empresa foi assumida pelo meu irmão, o Marcelo, juntamente com minha mãe, que já trabalhava com meu pai. Acompanhei de longe essa transição, pois havia me casado e acabado de ser mãe, sem condições de sair do meu emprego para ajudá-los na empresa, que na época, com racionamento de energia, entrou numa fase difícil.  O Marcelo, sabiamente mudou o foco da empresa de refrigeração doméstica e comercial para climatização. Foi aí que a empresa começou a se reestruturar novamente. Em 2003, comecei a colaborar com a empresa no tempo que conseguia, e em 2006, conseguimos nossos primeiros credenciamentos com a Elgin, Fricon, Midea, Springer, Gree, Rheem, e resolvi regressar definitivamente para a empresa em 2008. Hoje, a Eletrogel, com 52 anos de mercado, é referência em Belo Horizonte, quando o assunto é climatização. Somos credenciados de 13 fabricantes e continuamos a buscar aprimoramento no atendimento e solidificação com nossos parceiros”, comemora.

Formada em Gestão Financeira e atualmente cursando Climatização e Refrigeração na Escola Senai Américo Renê Giannetti, um de seus maiores desafios foi a adaptação ao mercado de HVAC-R, em constante mudança em relação às necessidades dos clientes. Somando-se ao fato de ser mulher numa área dominada por homens.

“Para acompanhar as constantes mudanças, sempre busco conhecimento e atualização profissional. Posso dizer que sou muito abençoada por Deus. Sempre tive pessoas a minha volta que me respeitaram, que me ajudaram, que me ensinaram e ensinam, de ambos os sexos.  Profissionalmente falando, sempre fui protegida pelo meu pai, pelo meu irmão… Não sei se isso me blindou de alguma coisa negativa. Meus colegas de profissão, colaboradores, professores, representantes das fábricas e amigos de sala de aula, sempre me respeitaram e nunca me senti menosprezada pelo fato de ser mulher.  Quando comparo minha história com as de minhas amigas e colegas de setor, que já sofreram e ainda sofrem discriminação, assédio, são desrespeitadas e diminuídas por serem mulheres, vejo o quanto sou agraciada. Estamos no mercado buscando o nosso espaço e com muita força de vontade, sem competir, mas agregar com nosso conhecimento, com outra visão, com o nosso toque! Desde 2018 sou integrante do ‘Elas no AVAC-R’. Me encantei com o propósito, as histórias e, principalmente, com as mulheres fortes e guerreiras que compõe o grupo.  Participo de alguns outros, mas o diferencial do Elas é que, além da ajuda em sanar dúvidas técnicas e network, participamos de discussões enriquecedoras, com grande aprendizado. Compartilhamos experiências, vibramos com as conquistas umas das outras e assim vamos nos fortalecendo”.

Força de vontade e muito amor!

“Hoje consigo olhar a vida com mais leveza! Ao invés de ficar martelando o problema, procuro a solução para agir. Enxergar sempre o lado bom nas situações mais difíceis foi um grande aprendizado de vida. Ver meus filhos hoje, Anthony com 21 anos e Robert com 18, bem direcionados, homens de caráter e boa índole que se tornaram, sem dúvida é meu maior orgulho. Aprendo com eles todos os dias. Poder desfrutar momentos ao lado da minha família não tem preço, além de comemorar sempre as pequenas vitórias de momentos únicos”.

Pessoa de poucos amigos, Marluci diz que os que têm são os verdadeiros, feitos ao longo da vida, além dos que conheceu na refrigeração, mulheres inspiradoras de Norte a Sul do Brasil, e apesar da distância, estão conectadas diariamente através de grupos de whats app e redes sociais.

Nos momentos relaxantes, ela gosta de viajar e afirma: “Como diria Mário Quintana: ‘Viajar é como trocar a roupa da alma’. Ouvir um bom ‘modão sertanejo’ também alivia o estresse”.

Ela deixa uma mensagem: “Entrar no mercado de HVAC-R não é tão difícil. Difícil é se manter. E para se manter tem que ter atualização, networking, força de vontade e muito amor pelo que faz. O mercado é amplo e tem espaço para todos crescerem e prosperarem de maneira íntegra e honesta. Participe de cursos, palestras e treinamentos, não só da área técnica, mas de todos os setores. Conhecimento nunca é demais, é algo que você ganha e ninguém te tira. Não perca oportunidades, cuide de seu cliente, pois ele lhe abrirá várias portas. Faça o seu caminho de maneira correta para amanhã você ter orgulho de sua história”, finaliza.

Nos momentos relaxantes, ela gosta de viajar e ouvir um bom “modão sertanejo”.

 

 

 

 

Circuito dos Instaladores encerra ciclo de palestras de 2022

O roadshow técnico promovido pela #RevistaDoFrio encerrou, na última sexta-feira (18) o ciclo de palestras para refrigeristas iniciado no fim de 2021 no Senai Oscar Rodrigues Alves, em São Paulo.

Ao todo, além da capital paulista, seis cidades do País receberam o evento – Rio de Janeiro, Campo Grande, Salvador, João Pessoa, Porto Velho e Porto Alegre.

A última etapa do evento, promovida na semana passada na capital gaúcha, foi mais uma oportunidade para os instaladores terem acesso a conteúdo técnico e novidades na área de refrigeração e ar-condicionado.

“As empresas participantes puderam apresentar novas tecnologias, equipamentos de última geração e conceitos novos, além de manter uma relação mais próxima com esses profissionais”, avaliou o diretor comercial da Revista do Frio, Gustavo Moreira.

Confira, a seguir, os principais momentos do encontro em Porto Alegre: bit.ly/3AxWWU0

HVAC-R ainda resiste a concorrer em licitações públicas

Mesmo que as compras públicas pudessem representar boa parcela das receitas de empresas do setor do frio, a maioria ainda prefere não se “aventurar” nesse mercado, principalmente pelas dificuldades que a prestação de serviços a qualquer um dos poderes constituídos traz para esse tipo de relação comercial.

Embora a pandemia do novo coronavírus esteja sob controle desde janeiro deste ano, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a retomada da economia brasileira ainda caminha bem lentamente, muito aquém do necessário para proporcionar um crescimento contínuo e sustentável.

Esse processo vem sendo sentido por todas as cadeias produtivas do País, incluindo a do frio, e tem potencial para abrir caminho em direção a outras frentes de negócios, como a participação em licitações públicas. Isso poderia representar, para boa parcela do HVAC-R, um importante meio para minimizar os efeitos negativos de uma prolongada parada, como ocorrido durante o auge da covid-19.

Entretanto, a maior parte das empresas da cadeia produtiva do frio prefere não entrar nesse mercado, pelas dificuldades históricas que a prestação de serviços à administração pública pode trazer para as relações comerciais.

Diversos gestores ouvidos “em off” pela Revista do Frio – e que preferiram não participar desta reportagem para evitar futuras represálias – relataram os principais aspectos que os afastam deste tipo de negociação, inclusive por experiência própria.

Excesso de burocracia para a apresentação de documentos; licitações com “cartas marcadas” para empresários amigos; exigência de propina; demora para o pagamento dos serviços prestados, além do combinado em contrato; quebra de contrato unilateral e muitas vezes sem justificativa plausível. Esses são alguns dos problemas enfrentados, principalmente nas relações com as administrações municipais.

Ampla experiência

Por outro lado, há empresas especializadas em operar com a administração pública, e por meio de sua ampla experiência em participar de processos de licitação, consegue minimizar quaisquer barreiras que se ergam em sua direção.

Com sede em Porto Velho (RO), a Ventosul Engenharia Térmica se encaixa nesse perfil. Bastante atuante em licitações no HVAC-R, principalmente as relacionadas a prestação de serviços de manutenção e obras de fornecimento e instalação de equipamentos de médio e grande porte. Atualmente, o poder público representa 78% da receita bruta anual da empresa, tendo um aumento bastante expressivo em 2021 e 2022.

“Participamos de licitações desde a constituição da nossa companhia, em 2016, porém o que ajudou foi o meu know-how de mais de 20 anos de atuação em licitações com outros segmentos por outras empresas, como obras civis e de pavimentação de estradas, prestação de serviços e peças para veículos e tratores”, enfatiza o fundador e diretor-geral da empresa, João Fecchio Junior.

De acordo com ele, a Ventosul tem negócios com o poder público por meio de vendas, instalação e prestação de serviços de manutenção em equipamentos de climatização. Entre os contratos advindos de licitações públicas de maior relevância para o portfólio da companhia, destaca-se o firmado em 2019 com a Aeronáutica para o retrofit em equipamentos de climatização do Aeroporto de Congonhas (SP).

Igualmente, em 2021, executou a manutenção continuada nos equipamentos de climatização com tecnologia VRF do Complexo Administrativo do Estado de Rondônia (Palácio Rio Madeira). A contratação foi feita pela Sugesp/RO, tendo valor global de R$ 2,5 milhões pelo período de 12 meses.

No mesmo estado, realizou a manutenção nos equipamentos de climatização com tecnologia VRF do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, com valor global de R$ 684,2 mil pelo período de 12 meses. Para o Ministério Público de Rondônia, executou a manutenção nos equipamentos de climatização com tecnologia VRF, no sistema de água gelada (chiller) e nos equipamentos do tipo split. O valor global foi de R$ 583,8 mil pelo período de 12 meses.

A Ventosul também firmou contratos para a manutenção continuada nos equipamentos de climatização do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Rondônia (2018); dos Edifícios do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (2018 e 2020); e do Edifício do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (2021).

Dificuldades

As empresas que participam de processos de licitação invariavelmente encontram algum tipo de dificuldade. O diretor-geral da Ventosul pontua que é comum erros ou falhas na elaboração dos termos de referência, documento que serve para balizar e determinar as regras da execução do serviço e/ou do fornecimento de produtos.

“Corriqueiramente, a redação desse termo é elaborada sem atender à realidade da execução do objeto, deixando de contemplar condições fundamentais para que o órgão consiga realizar uma contratação que, de fato, atenda à sua necessidade. Isso resulta, em muitos casos, com a contratação de empresas que não conseguem fazer a entrega do objeto satisfatoriamente”, detalha.

O gestor complementa que, nessa situação, fica o órgão público impossibilitado de fazer suas exigências de qualidade, uma vez que o termo de referência foi omisso ou confuso a alguns quesitos essenciais.

“Como consequência, traz prejuízos ao erário, com gastos que não atendem à necessidade do objeto, fazendo com que administração pública faça novas licitações em busca de futuras contratações, muitas vezes sem corrigir os erros do termo de referência”, informa Fecchio Junior.

O diretor da Ventosul chama a atenção para o fato de que o órgão público, quando busca a contratação de uma empresa para a prestação de serviços em manutenção preventiva e corretiva em seus equipamentos de climatização, que ainda estejam no prazo de garantia do fabricante, ou sejam equipamentos de alta complexidade, “se faz necessário que o órgão licitante inclua nas exigências de qualificação técnica a comprovação de credenciamentos válidos para que sejam mantidas as garantias legais do fabricante, ou que comprove expertise técnica nos modelos e tecnologias a serem contratados”, ressalta.

Cuidados

Vender para o governo exige das empresas uma série de regulamentações e certidões negativa de débitos com a Fazenda Pública, além de comprovações do equilíbrio financeiro por meio de balanços anuais.

“É comum observarmos a inabilitação de empresas que vencem os pregões por menor preço, por não atender aos requisitos de regularidade fiscal e/ou econômico-financeiro, o que proporciona uma disputa desleal nos lances, produzindo uma concorrência desnecessária, visto que a ofertante não terá como honrar o compromisso, por não atender aos requisitos legais predisposto no instrumento convocatório”, complementa Fecchio Junior.

Ainda segundo o empresário, companhias que fornecem para o governo de qualquer esfera, deverão dispor de fluxo de caixa equilibrado, “a fim de ter investimentos necessários para a entrega do objeto, e aguardar o seu recebimento dentro dos prazos previstos na legislação – 30 dias corridos após a certificação da nota fiscal ou entrega definitiva ou provisória”, finaliza.

Entenda como funciona a maioria dos processos licitatórios

Edital. Todo processo licitatório se inicia com o lançamento de um edital, documento mais importante das licitações, pois ele contém todas as informações necessárias para que os licitantes possam participar do processo.

Entre os mais importantes dados estão dia e horário da licitação; endereço e meio pelo qual será realizada a licitação; prazos contratuais; penalidade por atraso da obra ou prêmio por antecipação; critérios de medição, pagamento e reajustamento; regime de preços; limitação de horários de trabalho; critérios de participação na licitação; habilitação técnica requerida; documentação requerida; seguros necessários; facilidades disponibilizadas pelo contratante.

Documentos. Uma vez lançado o edital, quem tiver interesse de participar do processo licitatório deve primeiro reunir todos os documentos necessários e se cadastrar. Esses documentos servem como um dispositivo de segurança a mais para que o poder público possa se certificar de que somente empresas com todos os documentos em ordem participem do processo. É uma forma de garantir que somente vendedores minimamente qualificados vendam para o governo, diminuindo a chance de fraude.

Propostas. As fases da proposta podem variar bastante de acordo com a modalidade de licitação que o poder público está utilizando. Por exemplo, pregões eletrônicos são feitos de forma totalmente anônima. Nem mesmo aqueles que estão julgando os valores sabem quem está oferecendo os preços. A identidade daquele que ofereceu o melhor preço só é revelada ao final do processo. Esta metodologia “duplo cego” serve para impedir qualquer tipo de preferência dada a um dos licitantes.

Já o diálogo competitivo, por outro lado, é uma modalidade de licitação mais voltada para inovações tecnológicas e, portanto, permite que haja um diálogo entre os licitantes e o poder público na fase de propostas. Assim, a administração responsável pelo certame consegue identificar quais soluções são mais adequadas para os problemas que o processo licitatório está visando resolver.

Classificação. Depois que todas as propostas foram enviadas e os prazos para o envio chegaram ao fim, cabe ao poder público fazer uma avaliação e classificação das propostas. Dependendo do tipo de licitação, critérios além do preço podem ser levados em consideração. Mas isso vale somente para o diálogo competitivo. A concorrência e o pregão eletrônico prezam pelo preço mais baixo.

Com as análises feitas, o poder público divulga os vencedores do processo licitatório. Se algum dos licitantes achar que houve algum erro no processo, pode entrar com um recurso pedindo a revisão da licitação. Uma terceira parte vai analisar se o recurso tem validade ou não e, caso seja validado, então troca-se o vencedor do certame por aquele que realmente ofereceu o melhor preço.

Contrato. Com os vencedores divulgados e os processos de recurso vencidos, é hora de assinar um contrato com o poder público. Nos contratos com o governo, normalmente é exigido que o licitante vencedor apresente alguma forma de garantia, seja com um valor caução depositado, seguro garantia ou financiamento em instituição bancária autorizada a operar no país.

Essa fase serve para que o licitante prove que possui habilitação econômico-financeira para vender para o governo. Isto porque, caso o licitante vencedor quebre o contrato, o governo não tenha de arcar com os prejuízos.

 

FONTE: PORTAL DE COMPRAS PÚBLICAS

 

3º dia do Circuito dos Instaladores – Porto Alegre/RS