Surpresas positivas

Apesar do quadro econômico recessivo e do ambiente político conturbado no País, cenário que tem prejudicado muitas empresas do setor, boa parte dos expositores considerou como positivos os resultados gerados pela Febrava para seus negócios.

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Público qualificado, volume satisfatório de negociações fechadas ou iniciadas e busca por tecnologias mais modernas e eficientes foram alguns dos motivos apontados como cruciais para o sucesso da mostra, na capital paulista.

A operação local da Belimo, por exemplo, fechou duas relevantes vendas durante o evento e alavancou boas oportunidades com clientes potenciais, dentre eles um grande banco, um hospital de ponta, uma grande rede nacional de entretenimento e uma instituição de ensino renomada, que se dispuseram a fazer aplicações-piloto das inovações da empresa suíça em suas centrais de água gelada, visando à redução do consumo de energia.

“Os retrofits serão iniciados em outubro. Caso as instalações atinjam os resultados esperados, haverá boas perspectivas para concretizarmos novos negócios em 2016”, disse o gerente comercial da subsidiária brasileira, Osvaldo Castellanos Souza.

O gestor estima que os contatos feitos na Febrava poderão gerar oportunidades de incremento na ordem de 20% a 25% do faturamento da companhia no País. “Não trouxemos só produtos. Viemos aqui também para difundir conhecimento. E ficamos muito surpresos com o número de projetistas e instaladores interessados”, acrescentou a gerente da multinacional na América Latina, Elsa Yanez, da filial mexicana.

Quem ainda avaliou positivamente a mostra para a Belimo foi a analista de recursos humanos Jennifer Mullen, da subsidiária norte-americana, que veio conhecer melhor a cultura brasileira. “Foi uma experiência muito enriquecedora acompanhar as negociações durante a feira”, enfatizou.

Outro visitante internacional satisfeito com a Febrava foi Luger Bökmann, membro da diretoria do Grupo Trox, que veio ao País anunciar, em nome de Heinz Trox (falecido em 1/10), a permanência de Celso Simões Alexandre à frente da companhia na América Latina – um feito histórico, uma vez que a empresa alemã aposenta compulsoriamente seus executivos entre os 63 e 65 anos de idade. “O Brasil é um importante país para nós. Por isso, também vim para acompanhar o desenvolvimento do mercado local”, disse.

Segundo o diretor comercial da Maxxima Diamantados, Cláudio Rodrigues, revendedores que não conheciam as ferramentas fabricadas pela indústria paulistana ficaram predispostos a trabalhar com a marca, principalmente com sua serra copo diamantada.

O sucesso foi tanto que a maioria dos profissionais que visitaram o estande demonstrou interesse imediato em adquirir os produtos. “A Febrava foi um divisor de águas para nossos negócios”, informou o empresário.

Outra marca que colheu bons resultados foi a Rocktec, fabricante nacional de painéis pré-isolados, dutos flexíveis isolados e sem isolamento, manta de lã de vidro, manta de fibra cerâmica, exaustores centrífugos e acessórios.

“Esperávamos um evento mais especulativo, mas notamos que recebemos muitas visitas de um público técnico, ou seja, focado em nossos produtos, o que resultou até na formação de novas parcerias”, revelou o diretor comercial da empresa, Elias Barbosa.

A Rohden Vidros também comemorou sua primeira participação na Febrava. “A feira superou todas as nossas expectativas. Ficamos surpresos com a quantidade de visitantes, inclusive estrangeiros, assim como a qualificação dessas pessoas, o que nos proporcionou uma excelente oportunidade para a realização de novos negócios e consolidação da nossa marca”, relatou a gerente comercial da empresa catarinense, Edilene Marchi Kniess.

Participante assídua de feiras no Brasil e exterior, em função de seu amplo portfólio de produtos, que vai desde freios para mineração até acoplamentos para transatlânticos, a Vulkan Lokring tem assistido ao desaquecimento geral de público nesses eventos.

“Contudo, a Febrava surpreendeu, em muito, as nossas melhores previsões”, elogiou o diretor de vendas da empresa, Mauro Mendonça. “Embora a depreciação do real afete os custos de nossos produtos importados, como bombas de vácuo e manifolds para o mercado de serviços em HVAC, todos os nossos colaboradores que estiveram na feira trabalharam muito, muito mesmo, inclusive por causa do nosso grande sucesso, que foram as juntas para sistemas VRF”, acrescentou.