Sérgio Fernandes, uma vida dedicada à refrigeração

O Brasil perdeu no último dia 6 de setembro uma de suas maiores referências da refrigeração, o refrigerista Sérgio Fernandes. Ele partiu aos 80 anos, mas sua marca e influência devem permanecer por muitas gerações no País.

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Nascido em 11 de maio de 1943, Sérgio dedicou mais de 50 anos de sua vida à profissão. Seu compromisso era tão profundo que, mesmo com a idade avançada, ele trabalhou até o último dia útil de sua vida, no sábado, 2 de setembro.

Sérgio foi um visionário, um pioneiro. Na década de 1980, sob a égide dos saudosos Sebastião Garcia da Embraco e Paulo Pena Neulander da antiga Hoechst Frigen fundou o Sindigel, o primeiro sindicato dos profissionais de refrigeração do Brasil, uma iniciativa que visava dar maior representatividade para a categoria junto aos fabricantes e lojistas do setor. Também foi o fundador do Conselho Nacional dos Trabalhadores Refrigeristas (CNTR) e idealizador do Dia do Refrigerista, data originalmente celebrada em 7 de junho, e não em 7 de julho como ocorre atualmente. Aliás, ele sempre batalhou para que essa confusão fosse revista pela indústria e o comércio.

Foi também sob sua liderança que nasceu o extinto Jornal do Refrigerista, que mais tarde foi elevado a um novo patamar editorial por seu grande amigo Oswaldo Moreira (in memoriam), fundador da Revista do Frio.

Sérgio Fernandes foi um homem de visão, sempre buscando a integração e união para valorizar o mercado de refrigeração. Ele sonhou com a criação de uma cooperativa de crédito para os refrigeristas, o Credigel. E, mesmo que nem todos os seus sonhos tenham se concretizado, sua incansável busca por melhorias para a categoria foi percebida e reconhecida por muitos.

Graças à sua luta, o mercado brasileiro de refrigeração e ar condicionado deverá seguir prosperando. Obrigado, Sérgio Fernandes, por sua paixão, dedicação e por tudo que fez pela profissão, e que você descanse em paz.