Redução de HFCs avança com dados consolidados de consumo no Brasil
Documento reúne séries históricas, setores envolvidos e metas previstas no Programa Brasileiro de Redução do Consumo de HFCs – Etapa I, com participação de MMA, PNUD, UNIDO e GIZ.
O relatório consolidado do Programa Brasileiro de Redução do Consumo de HFCs – Etapa I apresenta dados de consumo entre 2020 e 2024 e detalha a distribuição setorial dos principais hidrofluorcarbonetos (HFCs). As informações foram elaboradas pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), IBAMA, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e GIZ. Também são listados responsáveis técnicos e colaboradores, entre eles Lidiane R. de Oliveira Melo, Leandro Gomes Cardoso, Gabriela Lira, Frank Amorim, Tatiana Pereira, Ellen Pozzebom, Arcanjo Pacheco, Carla dos Santos, Rafael Machado, Ana Paula Leal, Edgard Soares, Roberto Peixoto, Mateus Gus, Juliana Delgado, Bárbara Giancola, Cleonice Araújo, Sady Fauth, Robert Souza, Sérgia Oliveira, David Marcucci, Gabriel Ferraz, Stefanie von Heinemann, Ana Paula Macêdo, Mariana Silva e Susana Ferraz.
Os dados indicam que o consumo total de HFCs variou de 18.831,56 t em 2020 para 27.256,39 t em 2024, considerando substâncias como HFC-134a, HFC-32, R-410A e R-404A. Em 2024, o HFC-134a representou 43% do consumo, seguido por HFC-32 (28%) e R-410A (15%).
A análise em CO₂ equivalente mostra que o consumo nacional atingiu 43.693.160 t CO₂ eq em 2024, após ter alcançado 79.416.087 t CO₂ eq em 2022. O HFC-134a permanece como o principal responsável pelo impacto climático, seguido pelo R-410A e R-404A.
A estimativa setorial aponta que, em 2024, os serviços responderam por 52% do consumo total, enquanto a manufatura ficou com 48%. No ar-condicionado, o setor de serviços consumiu 9.604,94 t, e a manufatura, 7.066,50 t. Na refrigeração, serviços somaram 3.951,65 t e a manufatura, 1.391,40 t.
O documento também apresenta projeções até 2031. As metas incluem a eliminação de HFCs por meio de conversões industriais, testes com fluidos de baixo GWP, introdução de bombas de calor e disseminação de boas práticas. Há previsão de 960,55 t de HFCs eliminados e 2.627.008 t CO₂ eq evitados em ações voltadas à refrigeração industrial, bombas de calor e transição tecnológica.
Outro eixo do programa prevê capacitação, certificação e qualificação de profissionais, envolvendo programas como PBH Etapa III e o próprio Programa HFCs – Etapa I, incluindo sistemas-piloto de QCR e iniciativas para refrigeração comercial e ar-condicionado de pequeno porte.
As referências institucionais disponibilizadas incluem MMA, Protocolo de Montreal, Projeto RAC e Boas Práticas em Refrigeração.
Os dados consolidados servirão de base para orientar a implementação das metas previstas para a transição tecnológica do setor de refrigeração e ar-condicionado no país.








