Hisense busca se tornar um grande player no Brasil
A Hisense está iniciando suas operações no Brasil com o objetivo de desafiar a concorrência no mercado. A empresa ainda é pouco conhecida pela maioria dos brasileiros, mas está lançando produtos premium fabricados na Europa e na China. No entanto, a intenção da Hisense é começar a produção local em breve, esperando fabricar TVs até o final deste ano.
De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, a Hisense escolheu as lojas físicas da Via, proprietária da Casa Bahia e do Ponto, como seu ponto de entrada no mercado brasileiro. Desde março, a empresa está comercializando refrigeradores, cooktops, fornos elétricos, lavadoras e aparelhos de ar condicionado em 38 lojas da Via no estado de São Paulo.
A meta da Hisense é ambiciosa: se tornar uma das cinco maiores fabricantes de eletroeletrônicos no Brasil o mais rápido possível e fazer do país o segundo maior mercado do grupo nas Américas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Para alcançar esse objetivo, a empresa reconhece que precisa investir em esforços dinâmicos. A Hisense já está presente em 160 países e possui diversas marcas, como Toshiba, Hitachi, ASKO, Gorenje, York VRF e Sand.
Inicialmente, os eletrodomésticos da Hisense serão importados, alguns da China e outros da Europa. No entanto, a empresa planeja começar a fabricar eletrodomésticos mais populares no Brasil a médio prazo. Embora os planos para a produção local de produtos da linha branca ainda não tenham sido divulgados, a fabricação local de TVs com a marca Hisense está prevista para começar até o final deste ano.
A Hisense terá que enfrentar concorrentes já consolidados no Brasil, tanto na área de televisores quanto na linha branca de eletrodomésticos. Para ganhar vitória e conquistar o mercado brasileiro, a empresa adotará uma estratégia que inclui o patrocínio de eventos esportivos e times de futebol, como a Copa do Mundo da Fifa, o Paris Saint-Germain e a NBA. Através dessas parcerias, a Hisense busca aumentar o reconhecimento da marca no país.
Apesar da complexidade tributária, o diretor de varejo da GfK no Brasil, Fernando Baialuna, acredita que o país está bem posicionado para a entrada de novas empresas nos segmentos de linha branca e televisores. Ele destaca que o ambiente econômico atual é favorável para a produção e venda de televisores no Brasil.