Ano novo reforça confiança das empresas no setor

Dentre os otimistas convictos com relação às perspectivas do novo ano está o diretor da Almirante Refrigeração, Marco Antonio Fraccaroli, para quem este ano será “melhor em todos os sentidos”, com o volume dos negócios crescendo de 7 a 10%.

Outra empresa do ramo bastante confiante com o futuro próximo é a CACR, tomando como base para isso os rumos que a economia vem seguindo e o investimento constante que realiza em treinamento para oferecer um serviço de qualidade a seus clientes, conforme revela o diretor da empresa, Samoel Vieira de Souza.

Aliás, foco nos consumidores é igualmente a bandeira que a Cata pretende reforçar em 2008, com vistas às etapas de venda e pós-venda. Para a coordenadora de Marketing, Tânia Takahashi, a idéia é proporcionar segurança aos consumidores que utilizam os exaustores da marca, além de lançar novos equipamentos para atender às exigências do setor. “Procedemos mais uma aquisição no mercado europeu, assim é só aguardar as novidades”, explica.

No mesmo caminho, a Set Ar volta suas esperanças a um crescimento de 15%. “A estratégia para isso é dar mais atenção à fonte de venda, ficar mais perto dos clientes, capitalizar a atividade comercial em mais localidades e dar ênfase à logística, para que o recebimento e distribuição do pedido sejam realizados com maior eficiência e rapidez de resposta”, enfatiza o profissional.

A gaúcha Full Gauge, após investir na ampliação de seu parque fabril, não dá o trabalho por terminado e, entre os projetos de novos produtos, alinha suas metas para obter ainda mais resultados positivos neste ano. “Continuaremos trabalhando incessantemente, visando ao nosso constante crescimento, à plena satisfação de nossos clientes, à ampliação da nossa linha de produtos e à abrangência dos nossos negócios”, enfatiza seu diretor Comercial, Antonio Gobbi.
Assim também pensa o gerente Comercial da Filtracom, André Martins Duarte. “Trabalharemos, em 2008, para um crescimento ainda maior do que obtivemos em 2007, ampliação do portfolio e da participação de mercado e sedimentação da marca”, confia.

A Grundfos, por sua vez, ao colher os louros da entrada para o segmento de ar condicionado em 2007, espera repetir a dose este ano. “Como estamos em estágio inicial, pretendemos nos manter na mesma linha crescente atingida no ano passado”, afirma o coordenador de Marketing, Gustavo Ogawa.

Os ventos do positivismo também batem à porta da Heatcraft, produtora de trocadores de calor, unidades condensadoras, evaporadores, condensadores remotos e monoblocos frigoríficos em São José dos Campos (SP). “Temos uma visão bastante positiva para este ano, baseada no cenário econômico e em nossa estratégia de crescimento, que prevê números bastante ambiciosos e uma série de lançamentos”, acrescenta seu diretor de Marketing e Produtos, Reginaldo Viaro.

Na mesma linha, segue a gaúcha Otam, fabricante de ventiladores centrífugos e axiais para os setores industrial e de HVAC-R. “Estamos otimistas, pois pensamos que 2008 será um ano muito melhor. Nossa meta é crescer sempre, tanto em números como em qualidade e atendimento, uma coisa leva à outra”, argumenta o diretor Geral da indústria, Carlos Ferreira Ehlers.

Bia Guedes, coordenadora de Negócios da Vulkan acredita que crescer é altamente positivo e uma questão de comprometimento. “Nosso objetivo é crescer, considerando investimentos e recursos. Essa meta eleva o nível de responsabilidades, seja profissional, social, ambiental ou de infra-estrutura”, identifica a profissional.

Fabricante de cortinas de ar e resistências para a linha branca, a Tecnolatina enxerga este ano como a possibilidade de aumentar a produção. “Esperamos aumentar nosso volume de fornecimento, investindo pesado sem esquecer da linha de cortinas de ar, que está tendo uma aceitação muito boa”, resume o diretor Comercial, Claudio Daniel Aiello.

O objetivo da Friopeças para alcançar o que almeja para 2008 é fortalecer parcerias. “Para consolidar nossa participação no segmento de linha branca vamos fortalecer e ampliar as parcerias já existentes, a fim de ampliar nosso portfolio”, acrescenta o gerente da empresa, Pablo Lima.

A Brastak, por outro lado, faz o contraponto a esses depoimentos. Para essa fabricante de ligas para soldagem e brasagem, fundada em 1973, este ano não irá superar o volume de crescimento atingido no anterior.“Acreditamos que o mercado registrará mais um ano de crescimento, porém, num ritmo inferior a 2007”, pondera Anderson de Araújo Fernandes, supervisor de Vendas e Assistência Técnica. “Diante disso, estamos nos planejando para aumentar ainda mais o nosso market-share”, emenda.
Fazem parte da estratégia da empresa para crescer a introdução de seu principal produto atualmente, o Fos4, no after-market e o lançamento de uma solução, ainda não divulgada, que promete trazer vantagens competitivas pela união do alumínio com o cobre.

A mesma posição defensiva é assumida pela catarinense Embraco, que enxerga na possível manutenção do aumento no custo das commodities, como o aço e o cobre, e na quase certa valorização do real frente ao dólar empecilhos aos negócios, já que a indústria exporta mais de 60% de sua produção de soluções para refrigeração, dentre elas os compressores herméticos que a tornam, atualmente, a líder nesse segmento, com 22% de participação no mercado. “Será um ano de grandes desafios, pois alguns fatores dificultadores observados em 2007 continuarão presentes”, lamenta Erivan Piazera.

Porém, o gerente de Marketing de Produtos acredita que a empresa conseguirá enfrentar as dificuldades anunciadas. “Em 2008, a Embraco estará vendendo compressores de altíssima eficiência energética para atender ao programa Energy Star nos Estados Unidos”, aponta.

Diante das diferentes visões apresentadas por esses empresários do frio, o sócio da Refrileste, Orlando Marinho Bailer, acredita que por mais que o cenário ainda seja indefinido, é sempre bom acreditar que o melhor está por vir. “Sempre que começa um novo ano, ficamos na expectativa de melhora, sempre procurando alternativas para a crise não nos pegar”, finaliza.

Mão-de-obra qualificada
Para crescer no mercado e adquirir a preferência dos consumidores, outra solução muito comentada para 2008 é o investimento no quadro de pessoal.

“Acreditamos em um crescimento de 50%, e para isso estamos contratando, desde já, novos profissionais, fortalecendo assim nossas áreas de engenharia e comercial”, ressalta Patrice Tosi, sócia-diretora da Tosi, indústria de Cabreúva (SP) que fabrica difusores de ar, trocadores de calor, serpentinas e fancoils.

Em busca de crescimento, a Brasbom procura no mercado novos representantes em regiões do país em que ainda não está presente. “Mas sempre priorizando a excelência no atendimento ao cliente, mesmo que à distância”, argumenta seu diretor, Damian Gaston Prola.

A Curva e Cobre, por sua vez, já está se estruturando para ampliar a capacidade produtiva, com foco nos funcionários. “Para tanto, foram abertas novas vagas no setor produtivo e alguns maquinários estão tendo suas capacidades de produção ampliadas”, pondera o engenheiro da empresa de conexões de cobre para refrigeração fundada em 1998, Neir Maia Peres.

Diante das taxas de crescimento obtidas no último ano e completando uma década de atuação no mercado de controladores de temperatura e umidade para instalações de ar condicionado e refrigeração, a Globus planeja para este ano investimentos em P&D e capacitação industrial. “Nosso corpo técnico está sendo ampliado e capacitado, assim, pretendemos buscar muitos negócios com a linha que temos e o lançamento de novos produtos”, avalia seu gerente Técnico, Mauricio Zanette.

Prestes a renovar a linha de unidades condensadoras e lançar válvulas de expansão modelo TGE e conversores de freqüência AKD e VLT HVAC Drive, a Danfoss foca igualmente a capacitação profissional para chegar a um crescimento em torno dos 20% em 2008. “Estrategicamente reforçaremos a divisão de assistência técnica para munir nossos clientes com informações desejadas, necessárias e coerentes, nos serviços de pré-venda, venda e pós-venda”, aponta o gerente de Vendas da Divisão de Refrigeração e Ar Condicionado, Peter Young.

Investindo na estrutura
Também não falta no setor, hoje em dia, quem priorize as obras de expansão. É nesse rol que se inclui a Apema. “Planejamos a aquisição de novos equipamentos e o aumento da fábrica e da capacidade de elevação de carga”, detalha seu diretor, James José Angelini.

Há 49 anos no mercado, a Invensys também acredita que direcionar parte de seu capital à melhoria da estrutura é quesito de ordem para ter um crescimento em torno dos 8% este ano, calcado, principalmente, na compra de novas máquinas e no bom momento que vive o HVAC-R brasileiro, devido à maior oferta de crédito e ao crescimento da construção civil.

A meta da DK é muito diferente, mas visa ao mesmo objetivo: ampliação das vendas, apoiada no bom momento vivido pela construção civil. “Esperamos crescer na área de prédios ‘verdes’ de altíssimo padrão, e estamos confiantes de que o crescimento do setor imobiliário não é ‘vôo de galinha’”, brinca o sócio-gerente da empresa, Mário Manzoli.

Igualmente confiante na construção civil, a Irwin espera um crescimento geral de 15% no HVAC-R e um aumento na refrigeração da ordem de 25%.

Prestes a iniciar a ampliação de seu parque industrial, que deverá estar concluída em 2009, a Traydus prevê também a reestruturação de alguns departamentos. “Estão entre nossas disposições rever processos na área comercial para obter maior agilidade nas vendas e velocidade nos prazos de entrega”, pondera o diretor Executivo, Ricardo Facuri.
Ampliar é preciso, também, na opinião de Jonh Johannes van Mullen, diretor-presidente da Polipex, empresa que fabrica isolantes térmicos flexíveis em polietileno expandido e comercializa, com exclusividade no país, a borracha elastomérica K-Flex em tubos em mantas. “A ampliação de 40% em nossa área construída seguramente sintetiza as expectativas que temos para 2008 e os próximos anos”, resume.

Já a VL Indústria direciona seus esforços para a inauguração de seu novo showroom, marcada para maio. “Será uma mostra de nossos produtos e serviços, em parceria com empresas de automação e renomados profissionais das áreas de arquitetura e construção civil”, explica o diretor Comercial, Paulo Américo dos Reis.