Água do ar-condicionado não é potável: veja como reaproveitar no dia a dia
Em muitas cidades antigas, a coleta da água da chuva era prática comum. No Egito, cisternas escavadas na pedra armazenavam cada gota trazida pelas tempestades raras. No sertão nordestino, por séculos, famílias inteiras dependeram dos potes de barro para guardar a água das chuvas.
Hoje, em pleno século 21, uma fonte inesperada de reaproveitamento surge dentro de casa: a água que escorre dos aparelhos de ar-condicionado.
À primeira vista, parece um líquido puro, cristalino, quase convidativo. Mas a aparência engana. Essa água é resultado da condensação do vapor do ar. Tecnicamente destilada, ela não contém sais minerais nem nutrientes — e, dependendo da manutenção do aparelho, pode carregar resíduos de produtos químicos. Beber ou oferecer aos animais não é recomendável.
Isso não significa, no entanto, que o gotejamento precise ser desperdiçado. Assim como os antigos buscavam maneiras criativas de guardar cada gota, hoje é possível dar novo destino à água do ar-condicionado.
Algumas ideias práticas:
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Regar plantas adaptadas a solos pobres em nutrientes, como samambaias e jiboias.
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Abastecer o ferro de passar roupas.
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Produzir sabão caseiro.
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Lavar o carro, economizando água potável.
O que antes parecia apenas um incômodo no quintal ou na varanda pode se transformar em recurso útil. Do improviso das cisternas de pedra ao dreno moderno do ar-condicionado, a lógica continua a mesma: nenhuma gota precisa ser desperdiçada.