Mulheres vencem estereótipos e conquistam mais espaço no HVAC-R

Mulheres vencem estereótipos e conquistam mais espaço no HVAC-R

A adoção de políticas favoráveis à igualdade de gênero no âmbito profissional já se tornou realidade nas empresas sérias de todo o planeta.

Publicidade

Por essa razão, muitas companhias vêm trabalhando com afinco para valorizar as mulheres no mercado de trabalho. Afinal de contas, elas ocupam apenas 29% dos cargos de vice-presidência e 19% dos de presidência no mundo corporativo.

Dados do governo norte-americano revelam que as mulheres não chegam a representar nem 2% da mão de obra na indústria de refrigeração, ar condicionado, ventilação e aquecimento local. Globalmente, esta estatística não deve variar muito.

Nas últimas décadas, a participação das mulheres nas empresas evoluiu significativamente, mas foi acompanhada por discriminação. Hoje, embora estejam presentes em todos os setores econômicos – inclusive naqueles em que a força de trabalho é majoritariamente masculina –, elas têm menos oportunidades e menores salários.

Número de colaboradoras da Full Gauge Controls cresceu 20% em 2017

Mulheres estão buscando melhores colocações no mercado de trabalho

Entretanto, apesar da gritante desigualdade, continuam a derrubar velhos estereótipos de gênero, e estão se tornando técnicas e empreiteiras, além de estarem assumindo papéis de liderança em distribuidores, atacadistas e fabricantes.

Neste cenário, diversas companhias do HVAC-R têm se engajado e apoiado as mulheres, inclusive desenvolvendo programas de formação de lideranças e de mentoria, com o intuito de acabar com esta cultura organizacional desatualizada que tende a privilegiar apenas a presença de homens no comando.

Uma destas empresas é a Ingersoll Rand, que aderiu, no ano passado, ao acordo Paradigm for Parity e se comprometeu a igualar em gênero a estrutura de sua liderança corporativa até 2030.

“Há muito tempo, defendemos a criação e a promoção da igualdade de gênero e, em toda a nossa organização, estamos proativamente implementando programas para acelerar o aumento da representação das mulheres em nossos cargos de liderança”, disse, na ocasião, o presidente e CEO da multinacional irlandesa, Michael W. Lamach.

Claramente, dá para notar que a importância da mão de obra feminina vem crescendo ao longo dos anos. Dados da área de recursos humanos da Full Gauge Controls, por exemplo, reforçam esta realidade.

Na empresa brasileira, o número de colaboradoras cresceu 20% apenas em 2017. “Uma das principais razões para isso é que as mulheres estão cada vez mais em busca de conhecimento e especialização, para alcançarem melhores colocações no mercado de trabalho”, afirma a gerente administrativa e financeira da indústria de controles, Magali Bujak.

“Além disso, no nosso caso mais especificamente, existem setores da empresa que contam com 90% de mão de obra feminina”, acrescenta.

Atualmente, a Full Gauge tem um grupo de onze mulheres em cargos de tomada de decisão. “Temos três mulheres em cargos de gerência, quatro coordenadoras e mais quatro líderes, todas em posições de extrema importância dentro da empresa, e algumas trilharam este caminho de desenvolvimento profissional aqui dentro”, diz.

“Para exemplificar, destaco o caso da nossa colega Letícia Torres. Este ano ela completa 20 anos conosco. Iniciou sua trajetória aqui como auxiliar de vendas, passou a vendedora interna, encarregada de vendas, supervisora e hoje é gerente de vendas”, ressalta.

Segundo a gestora, a companhia nunca avaliou um perfil profissional pelo sexo, mas, sim, por suas competências. “Prova disto que já tivemos e temos mulheres trabalhando em áreas técnicas, como nos setores de engenharia e assistência técnica, entre outros”, enfatiza.

A Full Gauge ainda oferece diversos benefícios aos colaboradores e integra, desde 2015, o programa Empresa Cidadã. “Por meio desta iniciativa, nossas colegas podem estender a licença maternidade de 120 para 180 dias, tendo mais tempo para se dedicarem ao bebê nesta fase tão importante da vida”, salienta.

A extensão da licença também é concedida para os pais, que podem solicitar mais 15 dias, além dos cinco já estabelecidos legalmente.