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UFMG lança especialização em Energia e Utilidades em Processos Industriais

Até 8 de fevereiro, estarão abertas as inscrições para o primeiro processo seletivo do curso de Especialização em Energia e Utilidades em Processos Industriais, da Escola de Engenharia da UFMG.

Neste primeiro semestre de 2024, serão ofertadas 36 vagas. O curso visa à formação de especialistas capacitados para resolver problemas relacionados aos processos industriais das empresas e ao trabalho com refrigeração industrial, torres de resfriamento, geração de vapor, escoamentos de fluidos, tratamentos de água e esgoto, entre outros.

O curso será ministrado de forma semipresencial, com aulas na UFMG (sextas-feiras à noite e sábados em dois turnos), visitas técnicas, atividades laboratoriais, dinâmicas de grupo, estudo de casos e aulas remotas por plataforma digital.

Serviços essenciais

De acordo com o coordenador do curso, professor Luiz Carlos Santos, o público-alvo é composto de profissionais de serviços essenciais da rotina de condomínios, parques de diversões, hospitais, shoppings e do ramo industrial. Os temas envolvem gestão energética, geração de vapor, refrigeração, tratamento de água, ar comprimido, controle de fluxo de gases e sistemas de fluido térmico.

Luiz Carlos Santos informa ainda que o curso tem enfoque no embasamento estatístico do profissional, no desenvolvimento, na leitura e na interpretação de desenhos de projetos de processos industriais e ainda na segurança dos processos industriais e da gestão de pessoas.

Expectativas otimistas para 2023

Setor de HVAC-R espera faturar R$ 36,6 bilhões neste ano, um aumento de 7% em relação aos R$ 34,2 bilhões faturados em 2022, de acordo com projeções da Abrava. A perspectiva é que o faturamento de 2023 seja o maior dos últimos 15 anos.

Boas oportunidades são esperadas para a indústria brasileira de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração em 2023, embora a economia brasileira se encontre em um ponto desafiador, com muitas demandas sociais e um cenário macrocomplexo.

A retomada dos serviços foi responsável por impulsionar o aumento da renda e do emprego em 2022, impactando positivamente a maioria do setor, que possuía uma grande demanda reprimida.

Enfim, após dois anos de pandemia, 2022 dificilmente seria pior do que 2021.

Para 2023, projeta-se que o setor deverá manter um dinamismo acima da média, mesmo com a previsão de um crescimento menos intenso da economia em geral.

Uma das grandes expectativas é que as exportações de carnes resfriadas e congeladas aumentem, impulsionando o setor de refrigeração industrial.

O segmento de ar condicionado residencial deve crescer menos neste ano, “mas devemos levar em conta que a base de comparação com 2021 é bastante elevada”, ressalva o trecho de um boletim econômico da Abrava.

Já recuperação do poder de compra, via queda da inflação, começa a dar sinais positivos varejo, “especialmente nos supermercados, favorecendo os segmentos ligados à refrigeração comercial, que deverá apresentar ligeira recuperação em 2023”.

No setor automotivo, por sua vez, a idade da frota e as barreiras para adquirir veículos novos devem manter os negócios aquecidos.

No entanto, cautela também é necessária. Afinal de contas, a guerra no leste europeu continua, temos inflação em alta nos Estados Unidos, crise energética na União Europeia e a ameaça permanente em que a covid se transformou em todo o mundo.

Automação em Sistemas de Refrigeração, um passo a mais na engenharia

Por Cecilio Duarte, coordenador de automação da Mayekawa do Brasil

Imprescindível em muitos processos, a Refrigeração Industrial atravessou o século tornando cada vez mais possíveis melhorias na qualidade de vida da população. Este conforto, no entanto, trouxe com ele custos cada vez mais altos decorrentes dos processos fabris com insumos – água e energia -,  manutenções, paradas inesperadas, componentes e serviços imediatos. Mas, além da questão custos, por outro lado também, houve uma necessidade por parte das empresas, que precisaram mostrar-se atualizadas para manterem-se competitivas no mercado através de seus constantes avanços tecnológicos na indústria. Foi aí que outro sistema se uniu à Refrigeração Industrial para minimizar todos estes custos e trazer maior agilidade aos processos: a automação.

Facilitadores envolvendo automação, inteligência de sistemas e integração de informações são desafios que precisam ser vencidos com o que há de melhor em tecnologia, engenharia e gestão, introduzindo assim a indústria 4.0. Daí que não basta contar com boa engenharia, é preciso desde sempre acompanhar quem antecipa tendências tecnológicas, como estas, para desenvolver projetos que alinham o conhecimento de processos à base técnica de engenharia. Destaco que a implantação de um sistema de automação integrada possibilita um controle mais eficaz dos equipamentos, garantindo o seu funcionamento correto, por isso a  importância dos dados em nuvem, que também é um dos avanços que integram a modernização da indústria, assim como o IoT (Internet of Things) que incorpora  sensores, softwares e outras tecnologias com o objetivo de conectar a troca de dados com outros dispositivos e sistemas pela internet.  Emprega-se a automação em sistemas de refrigeração industrial em inúmeras operações com a intenção de simplificar tais procedimentos, ofertando um resultado mais eficiente e econômico. Pode-se iniciar o uso do sistema de automação por meio do controle de compressores e sala de máquinas, passar pela condução através de sensoriamento e terminar no uso direto através do controle de temperatura. Também,  ela pode ser utilizada na segurança, no que diz respeito a detecção de vazamentos. Além de muitos outros usos.

Passando da operação para os resultados, pode-se afirmar que a economia de energia como um dos resultados da utilização de um sistema de automação em sistemas de refrigeração já deixou de ser uma possibilidade, para ser uma realidade próxima, uma vez que a economia de energia em sistemas de refrigeração acontece por conta da aplicação da automação, justamente pela possibilidade de aumento do seu controle. A experiência indica que utilização de automação integrada em todo o sistema representa uma economia de energia entre 15% e 20%. Essa automação pode ser feita através da rede de controladores dedicados a cada um dos componentes da instalação, que trabalham de forma integrada, buscando o ponto ótimo de performance em função das condições operacionais. Acionamentos remotos, controle do fluxo de forma automática, dentre outras, são algumas das vantagens oferecidas pelas suas ferramentas e conceitos. Assim, o maior mote da automação de sistemas de refrigeração é a redução do consumo energético e a melhora do footprint ambiental da organização.

Os seus sistemas e soluções buscam, fundamentalmente, a economia aliada à performance otimizada, pois estão interessados em entender como de fato é a dinâmica de funcionamento da refrigeração para estabelecer estratégias contundentes de acordo com as ferramentas disponíveis. .Essa é a fase de dimensionamento, onde normalmente se estipula como o sistema irá operar de acordo com o seu funcionamento prévio. Horas de acionamento e de trabalho são consideradas, assim como suas condições gerais de operação. Após esse momento, estratégias pontuais são elaboradas na procura da maior eficiência energética através da automação de sistemas de refrigeração. Por fim, vale destacar que cada planta tem suas particularidades pertinentes somente a ela. Por isso, é sempre necessária a ajuda de uma engenharia comprometida com conhecimento, tecnologia e demandas personalizadas.

Por fim, é importante reforçar que a tecnologia permite que máquinas realizem suas tarefas sem precisar de intervenção humana em processos manuais, além de interligar as ferramentas de todas as etapas da cadeia produtiva. Entre os benefícios dessa evolução, está o aumento da produtividade, redução de custos, otimização de recursos e materiais, maior segurança para os colaboradores.

Danfoss participa do Congresso Latino-Americano de Refrigeração por Amônia

Com a participação prevista de mais de 200 marcas nacionais e internacionais e expectativa de receber mais de 7.800 visitantes, a III Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal (EXPOMEAT 2022) acontece no próximo mês de março entre os dias 15 e 17, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo (SP). Além da exposição principal, a programação prevê eventos simultâneos e um deles será o “Congresso Latino-Americano de Refrigeração por Amônia”, que terá a Danfoss Brasil, multinacional dinamarquesa que atua junto aos setores de refrigeração e alimentos, entre outros, como uma de suas empresas palestrantes e também patrocinadora.

Este Congresso é uma iniciativa do Capítulo Brasil do Instituto Internacional de Refrigeração por Amônia (IIAR), que realiza este evento no Brasil pela primeira vez e é voltado para a cadeia do frio aplicada na indústria frigorífica, abordando temas relevantes na operação, manutenção e segurança no uso da amônia e do CO2 na refrigeração industrial. O intuito é trazer uma programação robusta, com apresentações de inovações e tecnologias aplicadas em nível global feitas por profissionais de referência internacional direcionadas aos principais tomadores de decisão, gestores de frigoríficos, engenheiros de projetos, acadêmicos, técnicos e especialistas do setor.

No primeiro dia do ciclo de palestras, Edna Tavares, Gerente da Divisão de Refrigeração Industrial da Danfoss Brasil, falará sobre o tema “Prevenção de choque hidráulico em sistemas de refrigeração com amônia em circuito fechado”. Para a especialista, abordar um tema relacionado à segurança de operações durante o evento é fundamental para o setor. “O Brasil é referência mundial há muitos anos em produção e exportação de proteína animal, incluindo seu know how, e essa é uma atividade fundamental para a nossa economia, assim como o agronegócio como um todo. Por isso, reforçarmos para um público qualificado a importância de se garantir uma operação segura e eficaz são aspectos que efetivamente merecem atenção, inclusive para que sigamos tendo uma produtividade cada vez maior e melhor”, afirma ela.

A participação no Congresso Latino-Americano de Refrigeração por Amônia é gratuita para os visitantes da EXPOMEAT 2022, tem vagas limitadas e a organização do evento recomenda a chegada ao local das apresentações com 30 minutos de antecedência.

Serviço
Evento: Congresso Latino-Americano de Refrigeração por Amônia, evento simultâneo à EXPOMEAT 2022
Data: de 15 a 17 de março
Local: Auditório João Barion – Pavilhão de Exposições do Anhembi – São Paulo (SP)
Horário: 14h30 às 18h30
Palestra Danfoss: Prevenção de choque hidráulico em sistemas de refrigeração com amônia em circuito fechado
Apresentação: Edna Tavares – Gerente da Divisão de Refrigeração Industrial da Danfoss Brasil
Data: 15 de março
Horário: 16h

Quais os caminhos para o setor de alimentos e bebidas prosperar?

Por mais que as instalações de Refrigeração Industrial obedeçam ao mesmo princípio há mais de 150 anos, alguns pontos nesta competência evoluíram. Quer sejam por questões econômicas ou sustentáveis – ou mesmo as duas juntas -, o fato é que para além de satisfeitas as necessidades industriais, no tangente à refrigeração e qualidade final do produto, equipamentos e sistemas podem e devem oferecer mais.

Por isso, o gerente da Mayekawa do Brasil, Ricardo César dos Santos elenca abaixo alguns pontos que fazem toda a diferença quando o assunto é excelência em Refrigeração Industrial.  Vamos a elas:  

Automação – O futuro imediato às novas instalações em indústrias de alimentos e bebidas – Com os constantes avanços tecnológicos na indústria de alimentos e bebidas é imprescindível que as empresas precisam estar atualizadas para manterem-se competitivas no mercado. Facilitadores envolvendo automação, inteligência de sistemas e integração de informações são desafios que precisam ser vencidos com o que há de melhor em tecnologia, engenharia e gestão, introduzindo assim a indústria 4.0. “Desde sempre antecipamos tendências tecnológicas, como estas, para desenvolver projetos que alinham o conhecimento de processos à base técnica de engenharia”, afirma Ricardo. Dados em nuvem também é um dos avanços que integram a modernização da indústria, assim como o IoT (Internet of Things) que incorpora a sensores, softwares e outras tecnologias com o objetivo de conectar a troca de dados com outros dispositivos e sistemas pela internet.

Sustentabilidade – Uma importante questão sobre a qual as indústrias de alimentos e bebidas devem estar atentas é a sustentabilidade. A eficiência energética é outro desafio que vem ganhando força nas fábricas, devido a necessidade de redução dos custos de produção, das políticas de sustentabilidade e da preocupação ambiental. As indústrias de bebidas, por exemplo, utilizam de forma considerável sistemas de refrigeração, vapor e de ar comprimido. Boa parte do consumo destas manufaturas está em função destas utilidades. Há tempos a Mayekawa realiza projetos sempre baseados na utilização de fluidos refrigerantes naturais e ecológicos, como é o caso, da Amônia (NH3 – R717), do Dióxido de Carbono (CO2 – R744) e do Propano (C3H8 – R290), que têm como alvo a otimização do consumo energético, principalmente água e utilidades, redução de custos, aumento de produtividade e sustentabilidade, confiabilidade e durabilidade do sistema/equipamentos, melhorias de operação. Ainda em função de questões sustentáveis, como a economia de energia, desempenho e mais segurança do sistema a utilização de baixa carga de fluido refrigerante, é um tema relevante a ser considerado, no que tange aos avanços nos sistemas de refrigeração em indústrias de alimentos e bebidas. “Por isso, buscamos excelência neste tripé, através do nosso Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, o resultado é que nossos sistemas sempre se diferenciaram pelo desempenho, segurança e eficiência energética”, garante Santos.

Fluidos Refrigerantes – Este tópico apresenta tendências desenhadas para o futuro próximo em instalações industriais, pois um sistema de refrigeração integrado a válvulas, sensores, controles automatizados, ou seja, que possam tomar ações autônomas sobre o ponto ideal do sistema de refrigeração, com a mínima necessidade de um operador, alinhado a redução de fluido refrigerante natural e segurança ambiental e de operação. Outro ponto é a introdução cada vez maior de sistema indiretos e fluidos secundários, que além de permitir baixíssima carga de refrigerante primário, proporciona segurança operacional e instalação simples. Dentre os fluidos secundários, temos:

Médias/Altas temperaturas: Etanol, Propileno Glicol; Mono Etileno Glicol;

Baixas temperaturas: CO2; Acetato de Potássio; Formato de potássio; Etanol;

Seguindo as tendências mundiais, as indústrias de refrigeração têm desenvolvido soluções de engenharia, utilizando fluidos refrigerantes naturais para um grande range de temperaturas em aquecimento e resfriamento. Os refrigerantes naturais mais utilizados nestas soluções são a Amônia (NH3 – R717), o Dióxido de Carbono (CO2 – R744) e o Propano (C3H8 – R290).

Estes refrigerantes naturais são aplicados em aquecimento, secagem, fornecimento de água quente, ar condicionado, resfriamento, refrigeração, congelamento e criogenia, em um range de temperaturas de +90 ℃  a -100 ℃.

Neste caminho o sistema de resfriamento indireto, que utiliza refrigerantes naturais no sistema primário em instalações de refrigeração industrial, tem sido uma ótima solução para a redução do GWP e do ODP, agregando alta performance energética.

“Quando olhamos para consumo energético, nos deparamos cada vez mais em aprimoramentos e reaproveitamentos do próprio sistema para suprir outros pontos. Podemos ter uma significativa melhora, substituindo o sistema de degelo, dos forçadores de ar, de elétrico para solução quente, realizando o aquecimento deste fluido, por meio de um trocador de calor placas brasadas, pelo calor da descarga ou do resfriamento de óleo do compressor. Além disso, também permite aproveitar o calor do sistema, que seria dissipado pelo condensador”, avalia o gerente da Mayekawa do Brasil.

Tecnologia Houve um tempo em que a amônia era usada apenas para sistemas de refrigeração industrial em grande escala. “A tecnologia de amônia de baixa carga significa que se pode aproveitar os benefícios deste refrigerante de forma segura e eficiente com a utilização de sistemas de refrigeração de pequena e média capacidade, por isso oferecemos uma ampla gama de URL ‘Unidades Resfriadoras de Líquido’, chillers, utilizando a amônia, como fluido refrigerante natural e com potencial zero tanto de destruição da camada de ozônio (ODP) quanto de aquecimento global (GWP). Nossos equipamentos fornecem alternativas de alta eficiência energética podendo ser aplicados para retrofit de instalações que utilizam fluidos refrigerantes sintéticos”, informa Ricardo. Ele acrescenta: “Ainda, nossos chillers podem ser desenvolvidos em sistema carenado, para instalação sob intempéries, construídos em estruturas metálicas robustas, gabinete de aço-carbono com pintura eletrostática e isolamento termoacústico, proporcionando um equipamento silencioso, atendendo a câmaras frigoríficas (resfriamento ou congelamento) em setores de logística (Centros de Distribuição)”, observa.

Futuro próximo – será um tempo em que haverá maior disponibilidade de desenvolvimento de sistemas de refrigeração com carga reduzida de fluido refrigerante natural, somado a um sistema de controle e automação, com os últimos avanços da indústria 4.0. Promovendo, assim, sistemas seguros – ambiental e operacional -, com baixo custo de construção e operação. Como se vê, estes novos caminhos da engenharia para os sistemas de refrigeração industrial evoluíram, oferecendo às indústrias melhores desempenho, gestão e controle no processo; também, redução em insumos, como água e energia elétrica,  disponibilizando ao consumidor final maiores segurança, confiabilidade e qualidade nos produtos consumidos.

Operação Carne Fraca pode favorecer indústria do frio

Dez dias depois de a Operação Carne Fraca ter sido deflagrada pela Polícia Federal, o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Marcelo Weyland Barbosa Vieira, avaliou que ela poderá, a médio e longo prazo, produzir efeitos positivos para o agronegócio do País.

Vieira, que assumiu recentemente a presidência da entidade, negou que a imagem negativa, causada pela operação da PF na indústria da carne, possa contaminar outros setores rurais.

“Os impactos iniciais nos pareceram preocupantes, mas tudo indica agora que os impactos a médio prazo serão bons. O consumidor brasileiro passou a se interessar um pouco mais pelo controle sanitário e está vendo como nosso sistema é bem estruturado”, disse.

O presidente da SRB também disse que, apesar dos problemas iniciais relacionados às suspensões de compra da carne brasileira por alguns países, o valor do produto nacional deverá rapidamente voltar a seu patamar anterior.

Segundo a PF, os frigoríficos envolvidos na Operação Carne Fraca “maquiavam” carnes vencidas com produtos químicos e as reembalavam para conseguir vendê-las.

As empresas, de acordo com a polícia, subornavam fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização. A carne imprópria para consumo era destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação.

Impactos na cadeia do frio

A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), por meio de seu Departamento Nacional de Refrigeração Comercial (DNRC), fez uma análise positiva da Operação Carne Fraca para o setor de refrigeração.

“Neste primeiro momento, todas as instalações e novos projetos estão sendo reavaliados, pois, a partir de agora a fiscalização será mais rigorosa, fazendo com que os frigoríficos se ajustem aos padrões de máxima qualidade para seus produtos, de forma a permitir, posteriormente, uma retomada para todo o setor da refrigeração comercial e industrial para adequação de normas e padrões do mercado”, ressaltou, em nota, o presidente do DNRC, Eduardo Almeida.

Em sua avaliação, é apenas uma questão de tempo para que a indústria de equipamentos de refrigeração seja acionada. “Temos no Brasil uma grande oportunidade de aprimorarmos as instalações frigoríficas quanto aos aspectos de qualidade, eficiência energética e manutenção. Esta operação pode incentivar os frigoríficos que ainda não se adequaram às rigorosas normas de qualidade”, disse.

Para a Abrava, controle e rastreabilidade do frio darão o tom das mudanças a serem feitas na indústria e comércio de carnes em geral. Substituição de equipamentos antigos, eficiência energética, melhor capacidade de refrigeração e manutenção são alguns dos pontos a serem tratados com urgência para que os parques industriais voltem a trabalhar com a qualidade necessária para atendimento ao mercado brasileiro e de outros países importadores da carne nacional.