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Alta empregabilidade no setor de Refrigeração e Climatização atinge 94,5%

Demanda da indústria por técnicos cresce com novas tecnologias e questões ambientais.

Um levantamento realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) entre 2021 e 2023 revelou que o curso técnico em Refrigeração e Climatização alcançou o 4º lugar em empregabilidade, com uma taxa superior a 94,5%. Esse dado impressionante reflete a crescente demanda da indústria por profissionais qualificados nessa área, especialmente em um cenário de aquecimento global e adoção de novas tecnologias.

O estudo, que analisou a empregabilidade de ex-alunos até um ano após a conclusão de seus cursos, destacou que 84,4% dos egressos de cursos técnicos estão empregados nesse período, marcando o melhor resultado desde a primeira edição da pesquisa. O curso de Refrigeração e Climatização figura entre os dez cursos com melhor desempenho, superando a marca de 90% em empregabilidade.

Segundo Felipe Morgado, superintendente de Educação Profissional e Superior do Senai, a alta empregabilidade desses cursos está fortemente vinculada à demanda da indústria por mão de obra especializada. “O aquecimento global é um fator que impulsiona a demanda por técnicos em refrigeração, enquanto a inserção de novas tecnologias na indústria explica o bom desempenho de cursos como automação e eletromecânica”, explica.

A pesquisa demonstra a relevância dos cursos técnicos como um caminho eficaz para a inserção rápida no mercado de trabalho, especialmente em setores onde a demanda por profissionais qualificados continua a crescer.

Confira a lista dos cursos com as melhores taxas de empregabilidade:

  1. Mecânica – 96,5%
  2. Alimentos – 95,2%
  3. Mecânica de Manutenção – 94,7%
  4. Refrigeração e Climatização – 94,5%
  5. Eletromecânica – 94,4%
  6. Automação Industrial – 93,2%
  7. Fabricação Mecânica – 93%
  8. Eletrotécnica – 92,7%
  9. Soldagem – 91,3%
  10. Manutenção de Máquinas Industriais – 90,6%

Essa alta taxa de empregabilidade reflete a importância de investir em formação técnica, que se mostra alinhada às necessidades do mercado e garante aos egressos uma vantagem competitiva na busca por emprego.

Marcos Carvalho promove a busca por qualidade e não quantidade

Aos 52 anos, o goiano Marcos Aurélio Carvalho, proprietário da Du Ar Marcos, se considera multifunções em sua empresa fazendo um pouco de tudo, seja na área administrativa, como instalador, ajudante, até no marketing. Desde 2016 atuando na área de climatização e refrigeração, foi incentivado pelo primo a fazer um curso no SENAI de Goiânia (GO).

“Sempre com altas temperaturas em Goiânia, certa vez, na casa do meu primo trocamos uma ideia sobre o intenso calor em nossa cidade e incentivado por ele, fui procurar um curso na área e achei o SENAI de Goiânia, e em março de 2016, iniciei minha carreira na área de climatização. Conciliando o curso com o trabalho administrativo num colégio particular, no começo foi muito difícil porque eu tinha que utilizar o horário do almoço para estar com clientes, ir a campo e adquirir experiência. Sou uma pessoa muito curiosa, então, ao mesmo tempo que eu fazia cursos também estava de olho nos vídeos no YouTube publicados pelo Fernando Gaivota, que naquela época estava começando, como também os tutoriais do Rofran, além de participar de grupos de WhatsApp da área de climatização e refrigeração, em especial, o administrado pelo Carlos Djones. Essas pessoas se tornaram referência e incentivo para eu chegar até onde estou hoje”, comemora Marcos.

Dentre os principais desafios enfrentados atualmente em relação ao mercado de HVAC-R, Marcos chama a atenção sobre a quantidade de informações, muitas delas negativas e perigosas: “Não adianta o profissional buscar facilidades e simplificar algo que exige muito estudo e comprometimento. Hoje, o maior desafio é selecionar o que é importante, o estudo e a qualificação é a melhor defesa contra essa enxurrada de informações negativas e que prejudica o mercado, chegando a causar até algumas mortes pela falta de informação técnica de qualidade”.

Em seu canal no Instagram e grupos de WhatsApp que participa, ele tem o cuidado de filtrar as informações, publicar trabalhos em campo, ampliar sua rede de contatos e captar clientes através da sua visibilidade, além de incentivar seus seguidores a investirem em ferramentas, cursos, palestras e encontros do tipo Circuito dos Instaladores, que considera o mais importante que tem no país.

“Com certeza, o mercado hoje é mais competitivo, todas as empresas querem um pedaço e falta mão de obra qualificada, investimento, oportunidade e interesse das pessoas que moram nos grandes centros em buscar qualificação, pois as pessoas estão muito imediatistas”, enfatiza Marcos.

Do basquete ao rock and roll

Tanto no trabalho quanto na vida pessoal, Marcos também é eclético!

“Meus hobbies preferidos são música, basicamente rock and roll, mas escuto praticamente tudo, e o basquete, meu esporte de infância. Toco meu violãozinho de vez em quando e já tive duas bandas de rock. Mantenho até hoje uma turma do basquete que toda semana a gente joga, e antes que eu esqueça, eu também mando bem em uma sinuquinha”.

Realizado em sua vida pessoal, Marcos tem quatro filhos de seu primeiro casamento: Kim de 29 anos; Abgail de 23; Arthur com 18; e Ana Maria, com 15 anos. Há quatro anos, Marcos mantém um relacionamento com Sheyla Ferreira, sua fonoaudióloga preferida e parceira de vida.

Marcos deixa uma mensagem a todos os profissionais do mercado de HVAC-R: “Sejam humildades! Vamos olhar para aquele que está iniciando sua carreira e ajudar no que for preciso, vamos lutar para que tenha mais escolas profissionalizantes e gratuitas em todos as regiões do país, principalmente no Centro-Oeste, Norte e Nordeste”, conclui Marcos.

Em família, Marcos gosta de jogar basquete, sinuca e ouvir um bom rock and roll

Ambiente universitário em HVAC-R

A pesquisa universitária desempenha um papel significativos no avanço e inovação de tecnologias para HVAC-R, mas ainda falta investimentos por meio de parcerias entre universidades, indústrias e órgãos governamentais.

As universidades desempenham um papel importante na inovação e desenvolvimento de tecnologias de HVAC-R. Através de cursos especializados, laboratórios bem equipados e projetos de pesquisa colaborativa, os estudantes são capacitados a contribuir para avanços significativos nesse campo, fundamental para o desenvolvimento de novas tecnologias, aprimoramento de sistemas existentes e melhoria da eficiência energética. Ela abrange diversas áreas, incluindo engenharia mecânica, engenharia civil, arquitetura, e ciência dos materiais.

“Quando os alunos participam de trabalhos de pesquisas, eles deixam de ver somente o processo operacional dos equipamentos e passam a perceber as questões que podem trazer gargalos aos sistemas completos. Também passam a perceber as diversas possibilidades de melhoria nos equipamentos e conseguem entender o porquê da técnica e dos componentes de uma máquina, podendo sugerir mudanças tanto na inclusão de novas peças, quanto na melhoria delas, além de pensarem no processo de gerenciamento do equipamento. A pesquisa abre os olhos e a criatividade para desenvolvimento de inovação e melhorias em diversas áreas” afirma Anna Cristina Dias, Prof. Dra. e diretora da FATEC Itaquera.

Ela aponta algumas áreas que merecem atenção no que tange as pesquisas acadêmicas, “A refrigeração e ar condicionado são áreas importantes devido as mudanças climáticas e o aquecimento global. Uma outra questão importante é o desenvolvimento de sistemas que tornem os equipamentos mais econômicos, além do trabalho de economia circular com os materiais descartados e os gases. A automação desses sistemas também é objeto de vários estudos; a área de ventilação também contribui para o conforto térmico e para a economia de energia, por isso é necessário pesquisas na área de dimensionamento de dutos, isolamento, limpeza e automação e controle dessas áreas; já na área comercial é importante a relação alimentos x conservação x eficiência energética.

Anna Cristina Dias, Prof. Dra. da FATEC Itaquera

A área comercial também precisa de um trabalho específico de PMOC. Os equipamentos são usados em grande quantidade e necessitam de entendimento de como usar melhor o equipamento e reduzir os custos de energia, bem como a pesquisa para reduzir o desperdício de alimentos, equipamentos mais seguros e automatizados. Os grandes data centers possuem equipamentos de grande porte que precisam consumir menos água e energia, por isso a importância de pesquisas no desenvolvimento de sensores, válvulas e sistemas mais eficientes. Também existe a necessidade de desenvolvimentos de metodologias de treinamentos e gestão mais eficiente desses equipamentos; e por fim e não menos importante, são as pesquisas na área de projeto, pois traz toda a estrutura de pesquisa, inovação e desenvolvimento. Nos projetos é possível identificar melhorias que o operacional não consegue ver. Provoca inovação na forma de criar produtos e na interdisciplinaridade existente”.

Atualmente, as pesquisas em HVAC-R nas universidades são diversificadas e focam em resolver problemas práticos e avançar o conhecimento técnico. As principais áreas de pesquisa incluem o desenvolvimento de tecnologias e métodos para reduzir o consumo de energia em sistemas HVAC-R, pesquisa de novos fluidos refrigerantes que sejam eficientes e tenham baixo potencial de aquecimento global, inovação em sistemas de controle para otimizar o desempenho e a eficiência dos sistemas e a integração de tecnologias sustentáveis e renováveis em HVAC-R.

Alberto Hernandez Neto, Prof. Dr. da POLI-USP

“Considero como promissoras pesquisas acadêmicas que envolvem controles inteligentes que otimizem o uso de sistemas HVAC-R com base em dados de ocupação, clima e outras variáveis, sistemas de refrigeração que utilizem fluidos refrigerantes de baixo impacto ambiental e que sejam mais eficientes em termos de consumo energético como o uso de geotermia e superfícies termicamente ativas, e pesquisa de novas tecnologias de filtragem e purificação do ar para melhorar a qualidade do ar interior em ambientes residenciais, comerciais e industriais. Baseado nesses dados, os futuros profissionais do mercado, a partir de pesquisas, os alunos desenvolvem habilidades práticas e teóricas, o aprimoramento de competências transversais (resolução de problemas, trabalho em equipe, gestão de projetos), além de contribuir para a inovação, criatividade, criar conexão com o mercado de trabalho e na formação de líderes e especialistas, o que se traduz em estímulo ao aprendizado contínuo”, enfatiza o Prof. Dr. Alberto Hernandez Neto, da POLI-USP.

Estrutura para estudos e pesquisas em HVAC-R

A estrutura acadêmica e as pesquisas no campo de HVAC-R para o desenvolvimento de soluções tecnológicas avançadas e sustentáveis necessitam de uma sólida formação teórica, experiência prática em laboratórios e projetos de pesquisa inovadores para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades no setor. As colaborações entre universidades e a indústria são fundamentais para a transferência de tecnologia e a implementação de inovações no mercado. Porém, ainda faltam investimentos através de parcerias no tripé universidade, indústria e órgãos governamentais.

“A universidade prove o espaço físico e respectiva infraestrutura para o desenvolvimento das pesquisas. O financiamento das pesquisas vem geralmente de órgãos de fomento como a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), entre outros, que fornece fundos para compra de equipamentos, retrofit de instalações e bolsas de estudo. Aqui na POLI-USP, por exemplo, os alunos de graduação podem participar dos projetos por meio de bolsas de iniciação científica ou desenvolvendo os trabalhos de conclusão de cursos. Na pós-graduação, os alunos podem desenvolver as suas teses e dissertações com o apoio da infraestrutura adequada. Mas ainda estamos longe de um panorama ideal”, informa Hernandez.

Atualmente, está sendo desenvolvida pesquisa sobre diferentes configurações de sistema de resfriamento geotérmico pela Escola Politécnica da USP, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de Leeds (Inglaterra) e Universidade de Dundee (Escócia). Nesse projeto, estão sendo testadas diferentes configurações de sistemas de resfriamento geotérmico para avaliar a eficiência destas configurações para aplicações de sistema de climatização em edifícios comerciais e residenciais no Brasil e no Reino Unido. A equipe do projeto é formada por cinco professores, dois mestrandos, dois doutorandos e dois bolsistas de iniciação científica.

Na opinião de Anna Cristina, o suporte da FATEC para estudos e pesquisas em HVAC-R ainda é insuficiente: “Trabalha-se nas áreas térmicas, mas as especificidades não são vistas. Tanto é que, só engenharia mecânica se preocupa com as pesquisas em HVAC-R. Mas essa é uma área multidisciplinar que precisaria de eletricidade, automação, eletrônica, fabricação, soldagem, projeto, alimentos, arquitetos, ambientalistas, sanitaristas, produção e outras áreas que fazem como que a área seja mais completa e ofereça soluções mais eficientes para as pessoas e para o meio ambiente. A UNICAMP, por exemplo, tem algumas pesquisas na área térmica e de alimentos; a USP tem algumas pesquisas na área térmica, eficiência energética, uso da água, conforto térmico; porém faltam professores nessa área que conheçam além da mecânica. É necessário envolver outras áreas para trabalhar novas pesquisas. Acho que as empresas poderiam usar a Lei do Bem (concessão de incentivos fiscais às pessoas jurídicas que realizarem pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica) para trabalhar junto as Universidades, SENAI e FATEC. Assim, seria possível ter mestrado e doutorado para pesquisarem problemas específicos e desenvolvimento de inovações. As pós-graduações são importantes para desenvolver pessoas que possuam outra graduação e não conheçam a área da forma necessária. A interrelação entre os laboratórios que já existem é importante, pois é possível gastar menos e desenvolver treinamentos de uma forma mais integrada. Acho que temos alguns lugares que possuem bons laboratórios, mas eles são subutilizados. Poderia haver programas com uma integração maior desses laboratórios. A Lei do Bem é uma lei pouco usada pelas empresas que atuam no mercado nacional e poderiam ser melhores”, destaca Anna.

Ela cita a pesquisa desenvolvida sobre o controle do ar condicionado através de voz. O objetivo era otimizar o uso do aparelho de uma forma automatizada: “Existem muitos profissionais que apresentam propostas interessantes em congressos como no CONBRAVA (Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) e que estão em várias regiões do país. Interessante é identificar esses locais e não os perder de vista. Importante a integração entre as empresas e a universidades em diversas atividades. Os Estados Unidos, Alemanha e outros países fazem isso e conseguem ter bons resultados. Outro exemplo muito interessante é a China. Eles têm investido pesado em educação e pesquisas aplicadas. Acho que dessa forma é possível ter uma melhoria do uso dos recursos e de pessoas que precisariam ser treinadas pelas empresas”, conclui.

Exemplo de caso

Em 2019, a POLI-USP anunciou a construção do CICS Living Lab, o edifício-laboratório do Centro de Inovação em Construção Sustentável, sediado no Campus da Cidade Universitária, com investimento total de cerca de R$ 3 milhões para os próximos cinco anos. Um dos estudos desenvolvidos é sobre o aproveitamento da energia térmica presente no subsolo para climatizar ambientes com potencial de reduzir significativamente os gastos com o uso de sistemas de ar-condicionado em edifícios comerciais, apartamentos e residências. O CICS Living Lab tem como objetivo acelerar a inovação e a sustentabilidade da construção, reunindo academia, empresas, entidades governamentais e sociedade civil, em uma iniciativa inovadora. Na área científica, o centro reúne pesquisadores da Poli, Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), Instituto de Energia e Ambiente (IEE), Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) e Laboratório de Eficiência Energética em Edifícios da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e será o único no país projetado, construído e operado para demonstrar e testar, em condições reais de uso, as soluções inovadoras necessárias para superar os desafios ambientais. O edifício deverá incorporar uma série de soluções para uso sustentável da água, geração descentralizada de energias renováveis, internet das coisas (IoT), novos materiais, componentes e soluções construtivas industrializadas e ecoeficientes. Os resultados serão medidos e avaliados tanto em termos de bem-estar dos usuários quanto por meio de modernos conceitos de ecologia da indústria e economia circular. Para tanto, usuários e os sistemas serão monitorados de forma constante, gerando um fluxo de dados para fomentar pesquisa. O desempenho dessa tecnologia geotérmica nas condições de clima e solo foi avaliado na tese de doutorado da pesquisadora Thaise Morais, da Escola de Engenharia de São Carlos-USP por meio de um projeto apoiado pela FAPESP e coordenado pela professora Cristina de Hollanda Cavalcanti Tsuha. Com previsão para ser inaugurado em 2023, as obras ainda não têm data para conclusão, pois foram interrompidas na pandemia.

Em obras, o CICS Living Lab da POLI-USP estudará sobre o aproveitamento da energia térmica presente no subsolo para climatizar ambientes

Desmistificando o manuseio e aplicação do R-32

O fluido refrigerante R-32 tem ganhado popularidade no setor de HVAC-R devido às suas propriedades favoráveis de eficiência energética e menor impacto ambiental comparado a outros refrigerantes, no entanto, há muitos mitos e verdades em torno de seu manuseio e aplicação.

O R-32 é uma alternativa eficiente e ambientalmente mais amigável comparada a muitos outros fluidos refrigerantes, mas seu manuseio exige conhecimento e precauções específicas. Desmistificar os mitos e entender as verdades sobre o R-32 é fundamental para garantir sua aplicação segura e eficaz no setor de HVAC-R. Com treinamento adequado e respeito às normas de segurança, o R-32 pode ser uma excelente escolha para sistemas modernos.

“O R-32 é levemente inflamável, de acordo com o Standart ASHRAE 34/ A2L, e possui classificação de segurança ISO 817:2014, sendo assim, o importante é sempre trabalhar obrigatoriamente com ferramentas corretas para o R-32, como recolhedora, e bomba de vácuo antifaíscas, do restante, os procedimentos de manuseio são iguais de outros fluidos HFCs (HidroFluorCarbonetos). Vale ressaltar que, ao recolher o R-32 para uma reoperação, sempre utilizar recolhedora e cilindro com válvula de segurança. Existem muitas informações relevantes no mercado e muitas informações falsas (Fake News) sobre o R-32 e seus equipamentos, por isso é imprescindível procurar associações, escolas e profissionais sérios do setor caso tenha dúvidas, não tome conclusões sem antes buscar informações confiáveis”, orienta Paulo Neulaender, diretor da Frigga Refrigeração e Ar Condicionado.

Os executivos da RLX Fluidos Refrigerantes, Natanael Oliveira Lima, diretor técnico; e Cristiane Sena, responsável técnica, acrescentam que por ser um fluido inflamável não pode ser utilizado de forma alguma para retrofit (substituição) em equipamentos projetados para gás R-410A.

“Por ser um gás considerado de alta pressão, pode explodir se aquecido a temperaturas fora das especificações de segurança; é classificado como um gás inflamável, portanto pode incendiar em presença de uma fonte de ignição. Para maior segurança, escolha sempre um lugar conveniente (na sombra e o mais ventilado possível) para instalação ou manutenção, e não realizar estas atividades próximo a fontes de calor e ambientes inflamáveis ou explosivos; no caso de instalações internas, mantenha o local arejado, deixando sempre que possível, janelas e portas abertas”, destacam Cristiane e Natanael.

Boas práticas de manuseio e segurança

No que tange aos substitutos do R-410A, o R-32 um HFC puro, possui elevada eficiência em transferência de calor e baixo impacto ambiental. Apresenta reduzido potencial de aquecimento global (GWP), e zero de agressividade à Camada de Ozônio (ODP).

“O R-32 foi desenvolvido para fazer parte das misturas de hidrocarbonetos refrigerantes azeotrópicos, tais como:  R-407A, R-407B, R-407C, R-407D, R-407E e R407F, e principalmente, do R-410A, recomendado para substituição em equipamentos de média e alta temperatura de evaporação, projetados exclusivamente para trabalhar com ele. Dependendo do projeto, o R-32 pode ser usado em condicionador de ar doméstico e comercial, bomba de calor, refrigeração comercial e chillers. Os procedimentos básicos para instalação e manejo do produto são os mesmos utilizados para quaisquer outros fluidos refrigerantes comumente utilizados em sistemas de refrigeração. Especificamente, para a instalação de sistemas splits, os procedimentos são as mesmas boas práticas aplicadas para o R-410A, porém alguns cuidados adicionais devem ser tomados na manipulação do cilindro de transporte, e no carregamento suplementar do gás R-32 na unidade condensadora. Recomendamos fortemente a utilização de uma bomba de vácuo para uma perfeita evacuação do produto, pois antes da liberação do gás refrigerante para o sistema, não deve haver de forma alguma a presença de ar em parte alguma do sistema de refrigeração”, advertem os executivos da RLX.

Paulo Neulaender, diretor da Frigga Refrigeração e Ar Condicionado

Neulaender acrescenta que o R-32 é uma substância com pouca toxicidade. O índice de inalação de CL50 de 4 horas em ratos é de 1.107.000 mg / m3 (inalação tóxica OCDE 403) e o NOEL (avaliação de riscos) em relação a problemas cardíacos é de aproximadamente 735.000 mg / m3 em cães. As embalagens de R-32 devem ser armaze-nadas em locais frescos e ventilados, longe de chamas livres, faíscas e de fontes de calor. Deve-se evitar a exposição direta ao sol e a acumulação de carga eletrostática.

“Em caso de vazamento de R-32 é importante ter troca de ar no local, recolhimento e armazenagem em cilindro retornável com válvula de segurança (importante sempre colocar um filtro secador antes da entrada do cilindro para retirar umidade e acidez do fluido e com isso reutilizar o mesmo), sanar o vazamento e após isso completar a carga, sempre em peso (massa) pode ser feita de forma líquida ou vapor por ele ser um fluido puro, como por exemplo, o R-134a ou R-22, e lembrar sempre que o R-32 trabalha com óleo sintético”, informa o diretor da Frigga Refrigeração.

Ele recomenda a todos profissionais buscar conhecimento em escolas qualificadas como o SENAI, Fatec, ETP para conhecimento técnico com parceiros especializados e buscar informações no mercado, e sempre consultar o fabricante do equipamento.

Natanael Oliveira Lima, diretor técnico da RLX Fluidos Refrigerantes

“Basicamente, não há a necessidade de investir em ferramental específico para a instalar e reparar equipamentos de refrigeração que utilizam o gás R-32. As ferramentas básicas utilizadas, inicialmente podem ser as mesmas do R-410 A, com exceção do Kit Manifold para refrigeração, que deve conter manômetros com escalas para medição das pressões do R-32. Pelo motivo do gás R-32 ser considerado como inflamável, é aconselhável sempre o uso de uma bomba de vácuo para retirar totalmente o ar atmosférico das tubulações e da unidade evaporadora. Para obter total conhecimento sobre as boas práticas de manuseio e instalação do R-32, o profissional deve fazer cursos de reciclagem na sua área de atuação, principalmente se forem sobre fluidos refrigerantes novos, tal como o R-32. Buscar instituições de ensino sejam públicas ou particulares, que ministrem cursos de capacitação referente ao fluido R-32. Buscar informações de quais fabricantes de produtos de refrigeração estão ministrando cursos, seminários ou palestras sobre quaisquer assuntos referentes ao gás R-32, ler atentamente e seguir rigidamente, todas as instruções técnicas que constam nos manuais de Instalação e Manutenção dos produtos, antes de instalar ou fazer qualquer intervenção de manutenção nos mesmos”, orientam Natanael e Cristiane.

“É essencial que técnicos recebam treinamento específico sobre o manuseio seguro R- 32, que deve cobrir uma ampla gama de informações para garantir tanto a segurança quanto a eficiência dos sistemas de ar condicionado. Os técnicos devem aprender quais EPIs, ferramentas e procedimentos específicos para manuseio seguro do R-32, bem como as técnicas corretas para transferência do fluido refrigerante, conexão e desconexão de mangueiras, verificação de vazamentos e práticas de recolhimento recomendadas para evitar a liberação do fluido refrigerante para o ambiente. Além disso, é importante que o treinamento inclua medidas de emergência, como procedimentos em caso de vazamento ou incêndio, uso correto de extintores de incêndio, técnicas de evacuação e primeiros socorros. Conhecimento sobre legislação e normas regulatórias que governam o uso de fluidos refrigerantes inflamáveis também deve ser incluído, assegurando que todos os procedimentos estejam em conformidade com as exigências legais, bem como o conhecimento das informações relacionadas à segurança de produtos químicos que estará presente na FISPQ (Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos) do fluido refrigerante. Esse treinamento não apenas fortalece a segurança no local de trabalho, mas também prepara os técnicos para manusear o R-32 de maneira eficiente e responsável, maximizando a performance do sistema de ar condicionado e minimizando os riscos para eles e para o meio ambiente”, esclarecem os executivos da Chemours, Lucas Figita e Amaral Gurgel.

Seguir essas diretrizes não apenas promove um ambiente de trabalho mais seguro, mas também assegura a operação eficaz e segura dos sistemas de refrigeração que utilizam esses fluidos refrigerantes ligeiramente inflamáveis.

Mito x Realidade

Mito: O R-32 é extremamente perigoso e não deve ser utilizado em residências.

Realidade: Embora o R-32 seja ligeiramente inflamável (classificação A2L), ele é seguro para uso em sistemas de ar condicionado doméstico quando manuseado e instalado corretamente. Os equipamentos projetados para o R-32 atendem a rigorosas normas de segurança.

Mito: O R-32 é idêntico ao R-410A, então pode ser usado nos mesmos sistemas sem ajustes.

Realidade: O R-32 tem diferentes propriedades de pressão e temperatura comparado ao R-410A. Sistemas projetados para R-410A não são compatíveis com R-32 sem modificações adequadas. É essencial usar equipamentos especificamente projetados para o R-32.

Mito: O manuseio do R-32 requer equipamentos totalmente novos e caros.

Realidade: Embora o manuseio do R-32 necessite de alguns equipamentos específicos, muitos dos instrumentos usados com o R-410A são compatíveis. As ferramentas precisam ser verificadas quanto à sua compatibilidade com refrigerantes ligeiramente inflamáveis.

Verdades

Verdade: O R-32 tem um impacto ambiental menor do que muitos outros refrigerantes.

Realidade: O R-32 possui um Potencial de Aquecimento Global (GWP) menor do que o GWP do R-410A, em cerca de 19% (1/3). Isso torna o R-32 uma escolha mais ecológica.

Verdade: A capacitação adequada é essencial para o manuseio do R-32.

Realidade: Devido à sua ligeira inflamabilidade, é crucial que os técnicos recebam treinamento adequado no manuseio do R-32, incluindo procedimentos de segurança específicos e conhecimento sobre seu comportamento físico e químico.

Verdade: O R-32 pode melhorar a eficiência energética dos sistemas de ar condicionado.

Realidade: Sistemas que utilizam R-32 podem alcançar maior eficiência energética, resultando em menor consumo de eletricidade e custos operacionais mais baixos a longo prazo.

Verdade: O R-32 requer cuidados específicos durante a instalação e manutenção.

Realidade: Devido à sua ligeira inflamabilidade, o R-32 requer medidas de segurança adicionais durante a instalação e manutenção, como garantir uma boa ventilação no local de trabalho e evitar fontes de ignição.

Danillo Veloso, criador da #chamaohomem

Soteropolitano, Danillo Souza Santos Veloso, proprietário da DSS Climatização, iniciou sua carreira em 2003, conciliando o trabalho de ajudante de almoxarife na Sotreq (Caterpillar) com a faculdade de administração na UNIFTC. Nesta jornada, ele fez diversos cursos de especialização, entre eles, no SENAC Básico Refrigeração e Climatização, curso Técnico no SENAI Refrigeração e Climatização cursos on-line na Instituição CPD, de fabricantes, além de obter certificados de vários treinamentos presenciais de fabricantes.

“Em 2008, eu vi uma reportagem na Globo sobre o sol, que se aproximava um centímetro da terra a cada ano, isso chamou minha atenção para um fato: que passando alguns anos o aparelho de ar condicionado deixaria de ser algo de luxo e iria se tornar necessidade. Neste mesmo ano, após trabalhar três anos sem férias, a empresa passou por uma fiscalização e foi multada, me concedendo três meses de licença relativa as férias dos três anos. Nesse período, comecei a ser ajudante de um rapaz que trabalhava com climatização e refrigeração, fui tomando gosto pela profissão, comecei a participar de vários treinamentos, e em 2010, sai da Sotreq e comecei a trabalhar para mim mesmo. Em 2011, abrir minha empresa, a DSS Climatização e dei continuidade na área. Minha primeira experiência em busca de cliente foi na empresa Centraltec, onde prestava serviços e tenho duas pessoas que agradeço a oportunidade em minha vida profissional: Márcia, responsável pelo setor de instalações, e a Lene, que hoje trabalha na Climario”, comenta Danillo.

Em 2011, ele teve seu primeiro contrato com uma rede de laboratório onde permaneceu por quatro anos, sendo sua escola de aprendizado na prática. O negócio foi evoluindo, ele aumentou sua equipe para atender 43 unidades.

“No decorrer deste período, fui percebendo que meus serviços estavam perdendo a qualidade, pois não conseguia estar presente em atendimentos solicitados a novos clientes. Foi quando quebrei o contrato e comecei a atender diversos clientes e reduzir minha equipe e retomei a minha qualidade e organização da agenda de acordo com a demanda. Em 2016, já estava atendendo clientes de alto nível, inclusive alguns artistas famosos aqui de Salvador. Assim, comecei a transição do nome da minha empresa DSS Climatização para Danillo Veloso Climatização, ganhando assim mais visibilidade”.

Atualmente, Danillo é parceiro do Grupo Leveros unidade Salvador, Ar da Terra e da Obatrade Obagas.

“Devido ao sucesso dessas duas empresas em um evento do Circuito dos Instaladores realizado em 2016 aqui em Salvador, fechei uma parceria com a Elitech Brasil e me tornei digital influencer e me tornei o único instalador com mais parcerias no Brasil através de empresas como a Nascimento Ar, Grupo Frionel, Gallant, Tssape, Eurofitas, Eurotermo, Eletrônica Tavares, TCL, Climtem, A Casa do Refrigerista e Daikin.  Vale ressaltar que, em 2023, me tornei digital influencer da Gree do Brasil, integrando a Tropa Gree”, comemora.

Foguete não tem ré

Conquistando diversos prêmios e ganhando visibilidade na mídia, Danillo colocou sua criatividade em prática, tornando-se conhecido por seus jargões, frases e hashtags.

“Sempre tive ideias e comecei criando uma #chamaohomem que hoje é sucesso, utilizada por políticos e cantores. Criamos também o bordão ‘Foguete não tem ré, o homem disparou e o homem estourou.’ O mercado hoje é bem competitivo e por estar sempre em busca de novos conhecimentos, aprimoramentos, e sendo referência no mercado, apresentando aos meus colegas de profissão diversos itens que ajudam na hora de entregar um trabalho com qualidade e excelência de uma maneira divertida!  Com muita dedicação conquistei meu espaço e venho a cada ano me superando com a grande responsabilidade em representar a minha Bahia, sendo o primeiro instalador em destaque no Brasil. Hoje, temos muitos profissionais que não valorizam sua mão de obra devido a maioria dos clientes sempre procurar preços mais barato, além de profissionais da área que não investem em bons produtos e materiais de qualidade para elevar sua mão de obra e assim entregar um serviço de excelência, e outros que estão em busca de atrair seguidores e curtidas. Estamos passando por um momento de muita disseminação de processos errados nas redes social, não sinalizando o acerto e mostrando que pode sim ter um trabalho com eficiência”.

Filho mais velho entre cinco irmãos, Danillo é casado com Aline, e pai de Kamilly, com nove anos de idade. A prática de jiu jitsu é uma de suas paixões, conquistando a faixa azul na categoria, além de estar em família, sempre sua prioridade.

“Minha grande conquista é poder da à minha família o que eu não tive quando era criança, minha profissão me proporciona a dar uma boa educação para minha filha e manter o meu padrão de vida! Sonho eu não coloco em minhas metas, porque sonhar é estar dormindo, então, eu prefiro focar em metas reais, como abrir uma loja e estar presente no crescimento da minha filha para se tornar uma grande mulher”, conclui Danillo.

Ao lado de Aline, ele que estar presente no crescimento da minha filha Kamilly para se tornar uma grande mulher

Road Show: Formato sinaliza investimentos e crescimento no calendário de eventos do setor

Ferramenta oferece uma série de benefícios significativos, tanto para os organizadores quanto para os participantes e empresas.

Modalidade itinerante, o Road Show é um formato específico de evento que vem sendo cada vez mais utilizado por empresas de diversos segmentos, inclusive no setor de HVAC-R, e se caracteriza por alcançar diferentes locais e regiões de maneira periódica e sequencial, pela proximidade do público-alvo, algo que torna a possibilidade de negócios entre uma empresa e seus potenciais clientes, além de uma excelente oportunidade de fortalecimento da marca e networking.

Muitas empresas do setor de HVAC-R estão fazendo investimentos substanciais para fortalecer e apresentar suas marcas, produtos e compartilhar aprendizado, apostando neste tipo de formato.

Um exemplo é a Trox, que ao longo dos anos, vem trabalhando essa modalidade de evento, buscando identificar regiões estratégicas onde se faz necessário realizar um posicionamento mais consistente da marca e buscar atingir clientes que conhecem pouco sua linha de produtos.

“Por outro lado, é uma forma de irmos até o cliente, e que fique mais acessível para eles, além de serem estruturados conforme as necessidades da região, levando temas que sejam de fato de interesse do público local. O fato de realizarmos eventos regionais nos traz a possibilidade de atrair um público bem diverso, entre projetistas, instaladores e clientes finais das regiões, proporcionando a todos informações sobre os produtos e serviços da Trox e trazendo um tema de interesse comum para todos”, informa Fernando Bassegio – Gerente Corporativo Marketing & E-Commerce da Trox do Brasil.

Fernando Bassegio, Trox do Brasil

Todos os anos, a empresa direciona um valor substancial em seu orçamento para o formato Road show.

Normalmente, os eventos são organizados por região, com base na estratégia de mercado, levando palestras técnicas sobre produtos e temas que sejam de interesse dos participantes. Atualmente, conta com dois tipos de eventos nesse formato: o Trox Road show, que normalmente é promovido nas principais capitais e centros de negócios; o Trox Meet, onde buscam atingir centros menores e com um público mais direcionado.

“Em ambos, temos tido sucesso e uma excelente classificação em termos de satisfação dos participantes”, diz Bassegio.

Necessidades específicas do mercado

O setor de HVAC-R vem experimentando um crescimento nos eventos de Road show, indicando que essa nova modalidade está em alta no mercado.

De acordo com Márcio Pereira, Regional Product Manager South America da Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado do Brasil, esses eventos proporcionam uma plataforma única para alcançar um público mais amplo, permitindo entrar em contato direto com clientes em potencial em diversas localidades. Isso é fundamental para expandir nossa base de clientes e aumentar a conscientização sobre nossas marcas e produtos.

“Além disso, os Road shows nos oferecem a oportunidade de estreitar relacionamentos com clientes existentes, demonstrando nosso compromisso em atendê-los de forma personalizada e atenta às suas necessidades específicas. Esse contato direto e próximo nos permite entender melhor as demandas do mercado em diferentes regiões, adaptando nossa oferta de produtos e serviços de acordo com as particularidades de cada localidade.

Outro benefício importante é a possibilidade de apresentar nossos produtos e serviços de maneira mais interativa e envolvente. Durante os eventos de Road show, podemos realizar demonstrações práticas, workshops e sessões de perguntas e respostas, proporcionando aos participantes uma experiência imersiva que os ajuda a entender melhor os benefícios e diferenciais dos nossos produtos”, destaca Pereira.

Ele acrescenta que, os eventos de Road show são uma ferramenta estratégica essencial para a empresa, pois permitem ampliar a presença no mercado, fortalecer relacionamentos com clientes e prospects, e promover seus produtos e serviços de forma eficaz e memorável

Márcio Pereira, Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado

A Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado realiza investimentos em diversos aspectos para fortalecer a marca e os produtos, promovendo eventos de Road show como uma de suas ações de marketing. Isso inclui desde a criação de materiais promocionais personalizados até a contratação de locais adequados para realização das palestras e workshops. Além disso, investem em logística e infraestrutura para garantir que os eventos sejam bem-sucedidos e proporcionem uma experiência memorável aos participantes.

“A adesão dos profissionais aos eventos Road show geralmente gera resultados positivos. Além de aumentar a visibilidade da nossa empresa e dos nossos produtos, esses eventos proporcionam oportunidades de networking e aprendizado, contribuindo para o desenvolvimento profissional dos participantes. Os principais resultados incluem o aumento das vendas, a consolidação da nossa presença no mercado e a construção de relacionamentos duradouros com os clientes. Os eventos de Road show são organizados levando em consideração as características e necessidades de cada região. Eles podem abordar uma variedade de temas relevantes para o nosso setor, desde as tendências mais recentes até as melhores práticas e soluções inovadoras. Além das palestras e workshops, os eventos podem incluir atividades práticas, demonstrações de produtos e sessões de networking. Nosso objetivo é proporcionar uma experiência completa e enriquecedora para os participantes, promovendo a atualização profissional mesmo em locais carentes de informação”, revela.

Na Johnson Controls-Hitachi, o número de Road show realizados por ano varia de acordo com a demanda e a estratégia da empresa. Geralmente, são realizados uma série de eventos ao longo do ano, cobrindo diferentes regiões e públicos-alvo. A frequência dos eventos aumenta em períodos de lançamento de novos produtos ou campanhas específicas de marketing, em média 20 eventos por ano.

Além dos benefícios já mencionados, Pereira acrescenta que o Road show permite coletar feedback direto dos clientes e prospectar novas oportunidades de negócio, sendo uma ferramenta essencial para manter a empresa relevante e competitiva no mercado, demonstrando o compromisso com a inovação e o atendimento às necessidades dos clientes.

Débora Romanini, Analista de Marketing da Danfoss do Brasil, diz que os Road shows são ótimas oportunidades de levar conhecimento à diversas áreas do país, além da aproximação com o público do setor.

“Mensalmente, temos nossos treinamentos de refrigeração, que acontecem na sede da Danfoss, em Osasco (SP), porém, é muito importante disseminarmos as informações corretas sobre manutenção e instalação de nossos produtos para todos. Adicionalmente, os Road shows nos permitem esse contato pessoal com o técnico para gerar maior engajamento da comunidade técnica com a nossa marca, onde além de transmitir conhecimento técnico, nos permite obter importantes insights de mercado diretamente de nossos usuários finais ou contratistas, e podemos fazer melhorias em nossa proposta de valor. Também temos os workshops práticos, onde o técnico pode verificar diretamente a qualidade dos produtos. Esses eventos estreitam o relacionamento com o nosso cliente”, comenta Débora.

Road show Danfoss: oportunidades de levar conhecimento à diversas áreas do país, além da aproximação com o público

Nesta modalidade de eventos, os investimentos da Danfoss são feitos para locação de espaço, alimentação, transporte do time, palestrante, transporte de produtos para exposição e, em alguns casos, para demonstrações no local.

Na opinião de Débora, a adesão dos profissionais é essencial, principalmente quando se fala em instruir os técnicos sobre a instalação e manutenção correta dos produtos da empresa, onde treinamento e conhecimento são parte do DNA da Danfoss: “No início do ano, montamos um planejamento com todas as ações e planos de eventos para o ano todo. Os Road shows são incluídos nesta lista. De acordo com o nosso planejamento de vendas, escolhemos os locais, envolvendo diversas áreas da empresa: time de marketing na organização, time de vendas e distribuição que apoiam na divulgação, time de aplicação com o conhecimento técnico, entre outras áreas”, informa.

Na Danfoss, a quantidade de eventos varia a cada ano. Normalmente, em ano sem uma grande feira como a Febrava, a empresa realiza em média seis Road shows pelo Brasil, direcionados ao público de refrigeração e ar-condicionado, além de Road shows para o segmento de drives.

Em formato Road Show, Circuito dos Instaladores acontece em parceria com o SENAI

Um universo multimarcas por todo o Brasil

Assim como outras modalidades de road show já desenvolvidas por empresas, surge a necessidade de expandir o alcance, promovendo estratégias de divulgação que reúnam empresas de diferentes segmentos em um único evento. Isso facilita as conexões entre negócios de HVAC-R, promove o networking e alivia as empresas das preocupações com custos, logística, organização e divulgação.

Nesse contexto, destaca-se o Circuito dos Instaladores, Road Show itinerante gratuito promovido pelo Clube do Frio e Revista do Frio em parceria com o SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, que a cada ano ganha notoriedade, com auditórios lotados, palestras interativas, apresentação de produtos e grandes empresas patrocinadoras, consolidando a marca no mercado.

Gustavo Moreira Gondin, seguindo o legado de seu avô, Oswaldo Moreira, é o idealizador do Circuito dos Instaladores, juntamente com Josenaldo Elias, unindo a classe instaladora aos fabricantes e profissionais do setor em prol do mercado de HVAC-R.

Gustavo Moreira e Josenaldo Elias, idealizadores do Circuito dos Instaladores

“Em 2021 realizamos o primeiro Circuito dos Instaladores com apoio do SENAI e patrocínio de grandes empresas do mercado de refrigeração e ar condicionado. O formato Road show foi pensado para valorizar o instalador, reunindo técnicos, mecânicos, engenheiros e fabricantes, com o objetivo de promover e levar conhecimento para todas as regiões do país, em especial as mais carentes de acesso a informações de qualidade, atualização profissional e aos demais eventos concentrados no eixo Rio-São Paulo. Desde então, o Circuito dos Instaladores foi ganhando espaço no mercado, aumentamos os números das praças em diversas regiões do Brasil, hoje ao todo, temos sete praças em várias cidades do Brasil. Além disso, reunimos um time de profissionais em cada uma das cidades, conhecidos como embaixadores representando suas regiões. Contamos com grandes empresas patrocinadores que participam das palestras técnicas, exposição de produtos e demais ações relativas ao Circuito”, revela Gustavo Moreira Gondin, Diretor da Revista do Frio e Clube do frio.

Ele acrescenta que a intenção sempre foi rodar o Brasil criando oportunidades de para os instaladores: “Existem muitas cidades carentes de informações e muitos fabricantes não chegam até elas, assim, conseguimos envolver também os fabricantes, tanto de equipamentos quanto de insumos para o mercado de refrigeração e ar condicionado. A ideia é facilitar a vida do instalador, sanar dúvidas e proporcionar aprendizado dirigido”.

Outro ponto destacado por Gustavo é a parceria com as escolas do SENAI, onde são realizados os eventos, permitindo uma interação mais próxima e pessoal com o público-alvo, além do feedback imediato dos participantes.

“O Circuito já está consolidado no calendário de eventos Road show do setor e caiu na graça do público instalador e, também, gerando inúmeros benefícios para as empresas de HVAC-R que enxergaram a exposição da marca, proximidade com seu público-alvo, prospecção de negócios e muito networking. Todas as ações são produzidas pela nossa equipe, desde a organização até vídeos, transmissão ao vivo, totens, brindes e coffee-breaks, facilitando a divulgação e promoção tanto para as grandes empresas quanto para os instaladores. No final de 2023, registramos um aumento significativo no número de participantes, com um incremento de aproximadamente 300% em relação a 2021. Agora, estamos alcançando cerca de 300 a 400 participantes por dia, ou seja, informando aproximadamente 3 mil instaladores por ano”, comemora Gustavo

Em formato híbrido, o evento também é transmitido em tempo real pelo canal do Youtube do Clube do Frio, com alcance maior de profissionais.

Curso de refrigeração em Nova Trento (SC)

Teve início nesta terça-feira, 6 de fevereiro, o curso de refrigeração em Nova Trento (SC), uma iniciativa conjunta da Prefeitura Municipal e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Com o objetivo de capacitar os moradores localizados na região, as aulas estão sendo realizadas na Carreta-Escola do Senai, estrategicamente localizada próximo à rodoviária Angelo Maurici, ao lado da Unidade Básica de Saúde Besenello.

O curso, que está sendo ministrado pelo Senai, faz parte do Projeto Qualifica Nova Trento, uma iniciativa que visa proporcionar novos conhecimentos e oportunidades de emprego para a comunidade local.

As aulas continuarão até o dia 21 de março, oferecendo aos participantes uma base sólida de conhecimento em refrigeração e preparando-os para ingressar no mercado de trabalho com habilidades valiosas e atualizadas.

Grasiela Schumann, uma guria de valor!

Nascida em Encantado, interior Rio Grande do Sul, Grasiela Schumann traz a memória o mês de outubro de 2016! Casada há 20 anos com Cleiton Souza, que já atuava no setor de refrigeração e climatização desde 2003, ela se dedicava à prestação de serviços de atendimento de uma rede farmacêutica, atuando na área de varejo. Até àquele momento, ambos eram contratados em regime CLT, mas mantinham um sonho de um dia abrir seu próprio negócio.

“Nessa época, meu esposo e eu éramos contratados CLT, ambos em categorias totalmente diferentes. Cleiton era Técnico em Refrigeração e Climatização em uma empresa de Porto Alegre (RS), e já atuava no setor. Eu prestava serviços de atendimento em uma rede de farmácias, e essa sempre foi minha área atuante até aquele momento. Com a alta demanda no ramo da climatização e com um sonho de abrir nossa própria empresa, decidimos apostar. Cleiton fez o desligamento na empresa que trabalhava, investimos em ferramentas e materiais para atendimentos em maquinários de pequeno e médio porte, contratamos dois profissionais para auxílio em campo, mas eram constantes os atrasos e faltas acometidos por eles. Eu queria ajudar de alguma maneira e comecei a intercalar a farmácia com a agenda da empresa e sempre que podia, auxiliava em trabalho de campo. Me deslumbrei pelo setor, pedi demissão e entrei em definitivo para a área”, conta Grasi. 

No início, ela auxiliava Cleiton com o ferramental, deslocamento e transporte dos materiais. Ganhando experiência, já estava fazendo o fechamento e interligação das máquinas, e hoje, tem participação direta em todos os setores, fornecendo serviços de refrigeração, climatização e linha branca a frente da Porto Sul Climatiza, empresa criada por ela e seu marido.

“Faço visita a clientes, elaboro orçamentos, executo diagnósticos e serviços. Tenho muito orgulho do que me tornei e até onde cheguei. Minha instrução profissional vem muito do que aprendi com meu esposo em campo. Cleiton tem vários cursos na área, sempre foi meu guia. Palestras ofertadas pelos fabricantes, videoaulas na rede, tudo eu absorvia. Tenho ciência da importância e quero muito fazer um curso técnico, mas, a realidade e os recursos ao longo dessa jornada foram outros, como tempo, disponibilidade e dinheiro! Sei que tudo tem seu tempo para acontecer e com a bondade de Deus essa especialização vira sim!”, comemora. 

 Superando o medo

“No início, a minha principal dificuldade foi a impotência, o medo do ‘não aceite’! De repente, você está em uma profissão taxada de ‘masculina’, ouve questionamentos do tipo: ‘Ela não teve oportunidade de concluir os estudos e foi trabalhar com o marido, ou ainda que está sendo explorada pelo seu parceiro, com frases ‘Ah, eu não colocaria minha mulher em uma profissão assim’. E eu me questionava se estava satisfeita, se era isso mesmo que eu queria para mim. Tudo pelo simples fato estar e gostar do que faz! Foram tantos os absurdos, mas eu superei! Aos poucos fui adquirindo conhecimento, conquistei minha cartela de clientes e credibilidade junto a eles; clientes que hoje não abrem mão da minha presença na execução dos serviços. Especialização e estudo é a virada de chave para mudar a visão que a sociedade tem em dizer que a mulher não é autossuficiente para exercer os serviços do setor. Nós mulheres, estamos evoluindo cada vez mais e conquistando capacitação profissional e o apoio de outras mulheres é fundamental nesse processo de evolução e transformação. Sonhei muito em fazer o que eu faço hoje, mas tinhas minhas dúvidas se realmente daria certo. Aprendi isso na marra, na garra e quem sonha não pode dormir, tem de fazer e eu fiz! E deu certo!”.

Nesta trajetória, essa guria de valor é atuante no “Elas no HVAC-R”, onde encontrou mulheres maravilhosas e com um conhecimento absurdo, e no “Gurias do Frio”, um grupo de mulheres gaúchas, atualmente com 48 participantes.

“Em julho de 2023, a Gisieli Severo, também participante ativa, trouxe para as Gurias do Frio um curso sobre Boas práticas em Refrigeração e Climatização, parceria com SENAI e GIZ. Em agosto de 2023, o grupo também contou com o curso de VRF Básico Para Elas, ministrado pela Midea Carrier com a Jossineide Viana”.

Casada com Cleiton Souza, seu parceiro de vida e profissão, que sempre a incentiva e a fortalece todos os dias, além de ser um pai extraordinário e presente, eles têm dois filhos: Thainá, com 19 anos, uma menina calma, meiga e muito esforçada nas suas metas; e Enzo, com 7 anos, um menino carinhoso, com um coração enorme e forte personalidade. 

“Gosto muito de passear, estar em família e amigos. Tenho tudo que pedi a Deus e amo tudo o que faço, sou realizada pessoal e profissionalmente. Para os profissionais e colegas do mercado de HVAC-R, deixo uma mensagem: ‘Aperfeiçoamento sempre! O mercado está cada vez mais exigente, aproveite sempre tudo que lhe é ofertado em nível de conhecimento técnico. Estudo nunca será perda de tempo e ninguém nunca vai poder tirar isso de você”, finaliza.

Casada com Cleiton há 20 anos, ele é seu parceiro de vida e profissão.

Rosana Souza: O empoderamento que rompe barreiras

Nascida em Vila Velha, Espírito Santo, Rosana Maria de Souza se considera uma mulher determinada que vem conquistando o mercado de climatização e refrigeração. Aos 34 anos, ela é CEO da Conecta Ar Condicionado Vendas e Serviços e prova que o setor de HVAC-R não é exclusividade masculina!

“Atualmente, resido em Belo Horizonte, Minas Gerais, onde temos nos destacados no atendimento aos clientes, parceiros e colaboradores. Além disso, gosto de aprimorar meu aprendizado e estou cursando o Técnico de Refrigeração e Climatização no Instituto Senai Américo Renê Gianetti, no Lagoinha em BH (MG)”, diz Rosana.

A paixão pelo universo da climatização começou há alguns anos, quando ela ingressou no administrativo de uma empresa do ramo em 2017. Desde então, ela vem colecionando mais de quatro anos de experiência, o que a motivou seguir em frente e abrir sua própria empresa, fundada em 2022, dando início a uma jornada apaixonante pelo empreendedorismo.

Segundo ela, o mundo da climatização sempre foi dominado por homens, mas prova que as mulheres também têm um lugar de destaque nesse universo. Sem se deixar intimidar, ela sempre se posicionou com firmeza, empatia e confiança, conquistando a confiança dos clientes e alcançando resultados surpreendentes.

“Eu não deixei o medo me impedir de crescer pessoal e profissionalmente. Acreditei em mim e no meu potencial, e os resultados têm sido incríveis. Não medi esforços para captar clientes e, com o apoio do meu marido e sócio, Adaires Martins de Paiva, a empresa foi ganhando visibilidade e conquistando clientes fiéis. Nosso lema sempre foi atender com qualidade, pontualidade e satisfação. É gratificante ver que o trabalho árduo está valendo a pena”, afirma.

 Incentivando as mudanças

Rosana diz que a presença feminina no mercado de climatização tem ganhado cada vez mais força: “Me considero uma das principais incentivadoras dessa mudança. Faço parte do grupo Elas no AVAC-R, onde mulheres do ramo se unem para se apoiarem mutuamente, compartilhando conhecimentos, ideias e soluções, fortalecendo ainda mais a presença feminina no mercado. A mulher tem muito a contribuir nesse setor! Somos capazes de executar serviços de climatização com excelência e mostrar que o nosso lugar é onde quisermos”, declara.

Ela utiliza canais digitas através de plataformas de comunicação, como Instagram, Facebook, WhatsApp Elas no AVAC-R, Elas no HVAC-R e Google, para divulgar seus trabalhos e manter uma conexão próxima com os clientes.

 ”O segredo do sucesso é nunca desistir, sempre acreditar e arriscar. Tenha coragem de seguir seus sonhos, pois o medo pode surgir, mas ele não pode ser maior que a sua vontade de vencer. Sou a prova viva de que a presença feminina no HVAC-R é essencial e está mais forte do que nunca!”.

Ela acrescenta que, o céu é o limite quando acreditamos em nós mesmos e temos paixão pelo que fazemos.

“O mundo está à sua espera para ser conquistado! É com grande satisfação que expresso meus sinceros agradecimentos pelo convite para participar da seção Gente do Frio. Fiquei imensamente honrada ao receber essa oportunidade, pois sou uma admiradora do trabalho que a equipe do Clube do Frio e Revista do Frio realizam e tenho um profundo respeito pela excelência que sempre demonstram”, conclui.

Com o apoio do marido e sócio, Adaires Martins de Paiva, eles trilham um caminho de sucesso,

 

Primeiro grupo de mulheres refrigeristas conclui treinamento no RS

No dia 12 de agosto, um marco foi registrado na sede da Full Gauge Controls. A empresa teve a honra de sediar a formação do Grupo Gurias do Frio, composto por 18 mulheres refrigeristas que concluíram um intenso treinamento de quatro semanas no Senai RS, marcando a primeira turma exclusivamente feminina a se capacitar em ar condicionado desde a fundação da instituição.

Este coletivo foi fundado por Gisiele Severo e Fernanda Paloschi como resposta à necessidade de representatividade no setor de HVAC-R, onde a presença feminina ainda é uma minoria. A celebração teve a participação da engenheira e técnica em refrigeração Carmosinda Santos, fundadora do “Elas no AVAC-R” e uma das incentivadoras do “Gurias do Frio” e, em seu discurso, afirmou a vital importância da diversidade e inclusão da mulher no mercado de trabalho.

“Esta noite já é histórica, pois em 100 anos de refrigeração no país e mais de 80 anos do curso de refrigeração no Senai RS, vocês fazem parte da primeira turma composta somente por mulheres” declarou Carmosinda.