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Trane participa do ESG Summit 2025 em São Paulo

Engenheiro Giancarlo Delatore apresenta palestra sobre propósito da Trane Technologies nos dias 28 e 29 de agosto

A Trane confirmou presença no ESG Summit 2025, programado para os dias 28 e 29 de agosto, no hotel Meliá Paulista, em São Paulo.

O fórum reúne debates sobre práticas de sustentabilidade, governança e impacto social. Assim como no ano anterior, a empresa contará com a participação de Giancarlo Delatore, engenheiro de energia e aplicação sênior da Trane, como palestrante.

Delatore fará uma apresentação de 40 minutos sobre o propósito da Trane Technologies, definido como “Desafiar corajosamente o que é possível para um mundo sustentável”.

O evento integra a agenda de iniciativas ligadas à gestão energética e à adoção de tecnologias voltadas ao desempenho ambiental e operacional de empresas e edificações.

Febrava 2025 terá ilhas temáticas e experiências práticas no setor HVAC-R

Evento em São Paulo reunirá SENAI, Fatec, Keyla Carvalho Dias, Tatiana Rassini e Paulo Hélio Kanayama

A Febrava 2025 será realizada de 9 a 12 de setembro no São Paulo Expo. A feira de Aquecimento, Ventilação, Ar-Condicionado e Refrigeração terá como proposta transformar o pavilhão em um laboratório vivo, com atividades práticas, demonstrações e troca de experiências.

Entre os destaques estão as Ilhas Temáticas. O SENAI participará com palestras técnicas, a instalação real de um sistema frigorífico conduzida por Keyla Carvalho Dias, campeã estadual da modalidade Refrigeração e Ar-Condicionado da SPSkills 2025, além da Escola Móvel de Energias Renováveis. A Fatec levará projetos acadêmicos e sua carreta didática para refrigeração e climatização.

Segundo Tatiana Rassini, gestora da Febrava, o objetivo é oferecer conhecimento aplicado em contato direto com especialistas e instituições do setor. Para Paulo Hélio Kanayama, coordenador da Fatec Franco da Rocha, as ilhas conectam educação e inovação, com foco em formação, sustentabilidade e avanço tecnológico.

Além da participação do SENAI e da Fatec, a feira contará ainda com a Ilha do Ar-Condicionado Automotivo e a Ilha da Cadeia do Frio.

FEBRAVA 2025 TRUMPF apresenta ferramentas para HVAC-R

Empresa alemã fará demonstrações de máquinas portáteis durante feira em São Paulo

A TRUMPF, fabricante alemã de tecnologia de fabricação, participará da FEBRAVA 2025 — Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar — entre 9 e 12 de setembro, na SP Expo, em São Paulo.

A empresa exibirá sua linha de máquinas portáteis para a cadeia AVAC-R, voltada à indústria de ventilação, refrigeração e ar-condicionado. Segundo Paulo Oliveira, da TRUMPF Brasil, a presença no evento amplia a participação da linha de ferramentas portáteis nesses segmentos.

Entre os equipamentos que serão demonstrados estão as ferramentas para fechamento de rebordos TruTool F 300 e F 140, e as tesouras TruTool S 250, C 250 e C 160. Também será apresentada a TruTool TSC 200, destinada à limpeza de grelhas, especialmente para uso com lasers de alta potência.

A FEBRAVA chega à 23ª edição reunindo empresas e compradores do Brasil e do exterior, com foco em lançamentos, troca de experiências e análise de tendências.

Mayekawa estreia na Fenasucro & Agrocana com foco no mercado de biogás

Multinacional japonesa participa da área FenaBio, voltada à bioeconomia e energias renováveis

A Mayekawa do Brasil participará pela primeira vez da Fenasucro & Agrocana, evento que será realizado de 12 a 15 de agosto de 2025. A empresa integrará a área FenaBio, espaço dedicado à bioeconomia e à discussão de alternativas energéticas renováveis.

Com mais de 1.200 m² de área, a FenaBio terá programação voltada às mudanças climáticas e à pressão global por fontes mais limpas de energia. O Brasil, segundo especialistas, tem potencial de protagonismo no setor de biogás, cujo mercado pode crescer até 15 vezes até 2030.

O biogás é obtido pela decomposição de matéria orgânica, e o biometano é o gás purificado derivado desse processo. O agronegócio e outros setores geram volume expressivo de resíduos que podem ser utilizados na produção desses combustíveis.

Durante a feira, a Mayekawa apresentará suas unidades compressoras para processos de cogeração via biogás. “Estamos presentes nas principais plantas brasileiras com a nossa tecnologia, cujos equipamentos são fabricados em nossa sede, em Arujá (SP). Temos conhecimento do setor e suas demandas. Por isso, já estamos preparados para essa expansão do mercado”, afirma o diretor comercial da Mayekawa do Brasil, Silvio Guglielmoni.

Unidade recuperadora de vapor URV

Boas Práticas, eficiência operacional e segurança dos profissionais

Boas Práticas no setor de refrigeração não se limitam apenas a aspectos técnicos, mas abrangem uma visão que incorpora formação profissional, inovação tecnológica, conformidade regulatória e responsabilidade ambiental

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O setor de HVAC-R, em especial o de Refrigeração e Ar-Condicionado (RAC), tem um papel-chave na proteção da Camada de Ozônio e na mitigação das mudanças climáticas. Um estudo recente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, aponta que medidas-chave pode reduzir as emissões do setor em pelo menos 60% até 2050. No âmbito do Protocolo de Montreal, o Brasil elaborou o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs – PBH, que contempla a estratégia de controle, redução e eliminação dos HCFCs por meio de ações apoiadas com recursos do Fundo Multilateral para implementação do Protocolo de Montreal.  Dentre essas ações estão os cursos de Boas Práticas de Refrigeração, que fazem parte do PBH – Projeto para o Setor de Serviços.

O PBH é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com implementação, em todo o Brasil, dos projetos para o Setor de Serviços, pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Por meio do PBH, ao longo das Etapas I e II, com a implementação da GIZ, ocorreram diversas ações desde então, como cursos de Boas Práticas em Refrigeração em todo o país, conquistando resultados positivos, como mais de 16 mil técnicos capacitados em cursos de boas práticas, totalmente gratuitos, sobre instalação, manutenção e reparo de sistemas de refrigeração comercial e ar-condicionado de pequeno porte.

“Os módulos dos cursos de Boas Práticas em Refrigeração, que trazem as mais modernas técnicas da área (equipamentos e metodologia internacional), contemplam aulas teóricas (30%) e práticas (70%). A grande novidade neste ano é o início da capacitação de 1 mil profissionais para o uso seguro e eficiente dos fluidos naturais alternativos, tais como CO2 e HC-290, que não prejudicam a Camada de Ozônio e apresentam zero ou insignificante potencial de aquecimento global. No mês de abril, por exemplo, o PBH, ainda na Etapa II, lançou um novo curso no país, totalmente gratuito, para Treinamento e Capacitação no Uso Seguro de Fluidos Inflamáveis em Sistemas de Ar-Condicionado do tipo Split, que, inicialmente, irá capacitar 700 alunos em todo o país”, informa Stefanie von Heinemann, Consultora e Gerente de projetos da GIZ.

O novo curso sobre fluidos inflamáveis está disponível para inscrições em cinco escolas técnicas, de cinco estados, que contemplam as regiões geográficas do país: Centro Oeste (GO); Nordeste (RN); Norte (RO); Sudeste (SP); e Sul (PR):

– Escola Sesi Senai Toledo, em Toledo (PR);

– Escola Senai Oscar Rodrigues Alves, em São Paulo (SP);

– Escola Sesi Senai Jardim Colorado, em Goiânia (GO);

– Senai Centro de Excelência em Educação e Tecnologia Sebastião Camargo, em Porto Velho (RO).

– Centro de Tecnologias do Gás & Energias Renováveis (CTGAS-ER), em Natal (RN).

“Importante destacar que ainda na Etapa II do PBH está previsto o lançamento do novo curso de Capacitação e Treinamento do Uso Seguro de CO2 e de HC em Sistemas de Refrigeração Comercial. O lançamento desse curso, que demandou a construção de dois laboratórios no modelo mini supermercados (ETP em Curitiba-PR e SENAI RJ), acontecerá a partir de junho deste ano. Também destaco que na Etapa III do PBH, que se inicia em 2026, está prevista a continuidade dos cursos de Capacitação e Treinamento para a Contenção de Vazamentos e o Manejo Seguro de Fluidos Refrigerantes, incluindo o uso seguro de fluidos alternativos de baixo GWP. Serão capacitados na Etapa III mais 4 mil técnicos em sistemas de refrigeração comercial e mais 9 mil técnicos em sistemas de ar-condicionado split (projeto também a ser implementado pela GIZ)”, destaca Stefanie.

Capacitação contínua

Um dos pilares das Boas Práticas é a capacitação contínua. Profissionais certificados não apenas aumentam a eficiência das operações, mas também reduzem o impacto ambiental ao lidar de forma adequada com substâncias controladas. Com o avanço tecnológico, novos sistemas e fluidos refrigerantes mais eficientes e ecológicos estão sendo desenvolvidos. A introdução de compressores de última geração e a adoção de refrigerantes naturais como o R-290 são exemplos de como o setor está respondendo aos desafios ambientais. Empresas líderes, incentivadas por programas como o PBH, estão na vanguarda dessas inovações, contribuindo para um futuro mais sustentável. O SENAI, por exemplo, desempenha um papel importante oferecendo cursos especializados que cobrem desde o manejo seguro de fluidos refrigerantes até técnicas avançadas de manutenção preventiva.

“Para realizá-lo nas cinco escolas parceiras do PBH, aconteceram dois treinamentos. O primeiro ‘Treinamento dos Treinadores’ ocorreu em São Paulo, com a capacitação de 15 professores, e, na sequência, em Natal, foram treinados mais 12. Esses 27 instrutores têm toda a condição para ministrar esse curso, que é totalmente gratuito. As aulas desse novo curso são realizadas com toda segurança, utilizando equipamentos de ar-condicionado importados pela GIZ, e analisados e aprovados pela empresa líder mundial em certificação, a SGS, especialmente para esses treinamentos nas escolas parceiras do PBH”, diz Stefanie.

‘Treinamento dos Treinadores’ capacitou 15 professores da Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves

“Essa capacitação, com carga horária de 40 horas, visa desenvolver competências relacionadas à instalação e manutenção de condicionadores de ar tipo split que utilizam fluidos inflamáveis, seguindo as normas ambientais e de segurança do trabalho. Essa iniciativa faz parte do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e implementado pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ)”, informa Mauro Airoldi, coordenador de atividades técnicas da Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves, é um dos responsáveis pelos cursos de boas práticas de refrigeração. Ele destaca que os cursos são bem estruturados, com materiais de qualidade, e oferecem orientações que surpreendem até profissionais experientes.

No campo teórico, estão programados desde a introdução aos fluidos refrigerantes inflamáveis (R-290, R-32 e outros), até informações sobre riscos e precauções no manuseio, regulamentos, normas de segurança, procedimentos de instalação e recolhimento, ferramentas e equipamentos fundamentais, entre outros. Na parte de oficina, todo o aprendizado teórico é colocado em prática com novas instruções detalhadas, para fixar o conhecimento.

Maior desafio é o tempo

De acordo com Stefanie, na implantação dos cursos do PBH e no monitoramento das escolas parcerias, o maior desafio dos alunos é dispor de tempo para realizar o curso, devido aos compromissos de trabalho e família. Contudo, todos que vencem esse desafio, gostam muito, porque aprendem conceitos e técnicas que fazem a diferença no dia a dia e proporcionam crescimento pessoal e profissional.

Curso de Boas Práticas em Refrigeração capacitou mais de 16 mil técnicos

“As escolas parcerias recebem todo o apoio técnico e financeiro para formar seus alunos no novo curso. Esse apoio inclui, por exemplo, equipamentos e ferramentas importados (apoio na remodelação da oficina, para que esteja própria para uso de fluidos inflamáveis), manual com mais de 500 páginas com instruções e outros materiais didáticos. Todos os cursos do PBH, geralmente ministrados à noite ou aos sábados nas escolas, oferecem lanche para os alunos, também patrocinado pelo programa”.

Ela adianta que na Etapa III do PBH, “nós da GIZ, sob a coordenação do MMA, implementaremos para o PBH um Projeto Piloto de Qualificação, Certificação e Registro (QCR) de técnicos/as em RAC no Brasil. A capacitação é o caminho para evoluir pessoalmente e profissionalmente e, com certeza, trará benefícios para seus negócios, suas empresas e seus clientes”, conclui.

Tecnologias aplicadas na climatização de alto padrão

Estima-se que milhares de unidades de sistemas com tecnologias inovadoras estejam operacionais no Brasil, abrangendo desde os centros urbanos até regiões de alta demanda turística

Nos últimos anos, a climatização de alto padrão tem conquistado um espaço significativo no mercado brasileiro, refletindo uma demanda crescente por conforto térmico e eficiência energética em diversos ambientes. Esses sistemas avançados não apenas oferecem controle preciso de temperatura e umidade, mas também incorporam tecnologias de ponta para otimização do consumo de energia.

Os equipamentos de climatização de alto padrão estão predominantemente instalados em ambientes corporativos como escritórios de grandes empresas, hotéis de luxo, shopping centers, hospitais e residências. A sua presença não só eleva o conforto dos usuários, mas também reforça a preocupação com a sustentabilidade e eficiência operacional.

Atualmente, estima-se que milhares de unidades desses sistemas estejam operacionais no Brasil, abrangendo desde os centros urbanos mais desenvolvidos até regiões de alta demanda turística.

Segundo Edson Alves Junior, diretor da Star Center, hoje, a climatização de alto padrão lança mão das principais tecnologias utilizadas como chillers e equipamentos de alta eficiência com sistemas inverter, tecnologias de recuperação de calor e sistemas de automação e controle buscando o melhor ponto de operação para eficiência do sistema.

“Observamos uma forte tendência para implementação de sistemas mais eficientes e com menor impacto no ambiente, com o uso de novos fluidos refrigerantes e foco na qualidade do ar interno. Hoje, o mercado possui duas opções de climatização de alto padrão: Sistemas Centrais, muito comuns em edificações de grande porte (hospitais, shoppings, torres empresariais triple A e grandes indústrias) pois são mais eficientes em larga escala e facilitam a manutenção e o controle unificado da climatização; e  Soluções Individualizadas: A tecnologia VRF (Fluxo Refrigerante Variável) permite que cada andar ou setor tenha controle próprio de temperatura e consumo (como edifícios comerciais com várias empresas locatárias e hotéis)”, informa Edson Junior.

A implementação da tecnologia inverter e os sistemas VRF contribuíram para maior eficiência energética, pois possibilita um ajuste contínuo de capacidade. Tanto o sistema inverter quanto o VRF variam a frequência dos compressores, fornecendo apenas a capacidade necessária para climatizar o ambiente. Isso evita ciclos de liga/desliga constantes, reduzindo picos de consumo energético. Também proporciona maior precisão no controle de temperatura com o funcionamento em cargas parciais, pois o sistema mantém a temperatura desejada de forma mais estável, com delta T menor, evitando oscilações grandes de calor e frio e menor desgaste de componentes, uma vez que o trabalho em regime parcial diminui o stress mecânico no compressor, o que aumenta a vida útil do equipamento e reduz custos de manutenção a longo prazo.

W Residences, localizado em São Paulo, adotou um sistema VRF de última geração com quente e frio simultâneo

“Finalizamos no final de 2024 obras como o novo W Residences, um hotel 6 estrelas, localizado em São Paulo (SP), que adotou um sistema VRF de última geração com quente e frio simultâneo. Além disto, temos as obras premiadas pela Smacna Brasil como Destaque do Ano, o Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, que conta com um sistema central com chillers de mancal magnético e o retrofit do Brazilian Financial Center e da CNN Brasil”, cita o diretor da Star Center.

Edson aponta os sistemas utilizados para climatização de alto padrão nos seguintes segmentos:

– Hotéis: Geralmente utilizam sistemas VRF para permitir controle individualizado nos quartos (conforto do hóspede) e, em algumas áreas comuns de grande porte, podem usar chillers.

– Shoppings Center: Têm áreas extensas e alto tráfego de pessoas, o que demanda grandes sistemas centrais, como chillers com fancoils, muitas vezes aliados a torres de resfriamento.

– Edifícios Comerciais: Podem variar conforme o tamanho e a segmentação de cada andar. Em muitos casos, usam sistema central de água gelada (chiller + fancoils) ou sistemas VRF em prédios de padrão mais elevado, devido à flexibilidade de controle por ambiente.

– Hospitais: Precisam de alto controle de qualidade do ar, filtragem e pressurização específica. Normalmente optam por sistemas de água gelada (chillers) de grande capacidade, com controle rigoroso de filtragem e umidade.

 Índices de mercado e desafios

Atualmente, os sistemas de climatização de alto padrão, como os de VRF, representam aproximadamente 5% do mercado total de HVAC-R no Brasil. Entretanto, essa porcentagem inclui predominantemente o segmento residencial, que constitui mais de 90% do mercado. Quando consideramos apenas o mercado de sistemas centrais, que abrange equipamentos como chillers, rooftops, selfs e splitões, os sistemas VRF correspondem a 46% desse segmento, com um crescimento de 17% entre 2023 e 2024.

Contudo, a expansão desse mercado não vem sem desafios. Questões como a necessidade de mão de obra qualificada para instalação e manutenção, são alguns dos principais obstáculos enfrentados pelos fornecedores e usuários finais.

Adalberto Bezerra da Rocha Neto, CEO da RN Cursos e Instrutor Gree, comenta que primeiramente, o profissional de climatização precisa conhecer muito bem o ciclo básico de refrigeração e adotar em seus procedimentos as Boas Práticas de Refrigeração, além de conhecer o equipamento e as tecnologias empregadas.

“O profissional habilitado pelo próprio fabricante, deve estar de posse dos procedimentos corretos para uma instalação e manutenção. Lembrando que na maioria dos fabricantes, há uma exigência para o profissional, onde o mesmo, deverá ter concluído os cursos e recebido uma habilitação para depois ir à campo realizar instalações desses sistemas. A garantia é do próprio fabricante, eles que fazem o start-up (primeira partida) do equipamento, garantindo que a instalação esteja correta.

Segundo Adalberto, quando falamos de futuro e relacionado a inovação, os equipamentos invisíveis estão ganhando projetos recentes e os instaladores precisam de constante atualização: “As máquinas embutidas que fazem parte do sistema de aplicação do VRF, acrescido de um projeto com difusores lineares, por exemplo, necessita de um profissional capacitado, tanto para equipamentos que operam com o R-32 quanto para os da próxima geração que num futuro breve terá como fluido refrigerante o R-290”.

Em um cenário onde o conforto ambiental se torna cada vez mais prioritário, a climatização de alto padrão não apenas responde às expectativas de conforto, mas também se posiciona como uma solução para a eficiência energética e a redução de impactos ambientais. Neste contexto, o que o profissional de instalação deve saber?

Adalberto dá algumas dicas: “Se pensarmos desde o início da carreira, o profissional deverá ter o curso básico de refrigeração e ar-condicionado, deve fazer algumas especializações em equipamentos da tecnologia inverter e, por último, realizar treinamentos e cursos com os fabricantes dos equipamentos que deseja começar a trabalhar. Vale observar que o profissional apenas não terá habilitação ativa sem que esteja vinculado a um CNPJ. Quer dizer que as fabricantes habilitam empresas e seus colaboradores e não pessoa física”.

Segundo ele, o desafio futuro será encontrar formas de tornar essas tecnologias mais acessíveis em relação aos custos e sustentáveis, garantindo que todos os segmentos possam se beneficiar dos avanços no setor de climatização.

Legislação impulsiona inovação no setor de HVAC-R

Para a Qualidade do Ar Interior (QAI), a legislação tem sido um divisor de águas

As prioridades legislativas que impactam a indústria de HVAC-R estão cada vez mais focadas em sustentabilidade, eficiência energética e segurança. As mudanças nas regulamentações influenciam diretamente a forma como a indústria opera, desde a fabricação de equipamentos até o seu uso e manutenção. A recente atualização regulatória na qualidade do ar interno nos ambientes de uso público e coletivo no Brasil, foi decretada a partir de 25 de julho de 2024, através da Resolução 09 da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que estabelecia os Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior, em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo, foi substituída pela NBR 17037 – Qualidade do Ar Interior em ambientes não residenciais climatizados artificialmente – Padrões referenciais. Entre os pontos de mudança, está limite da concentração de Dióxido de Carbono – CO2. O valor máximo aceitável deixa de ser um valor fixo de 1.000 ppm (partes por milhão) e passa a ser 700 ppm acima do valor medido no ambiente externo.

“Para a Qualidade do Ar Interior (QAI), a legislação existente tem sido um divisor de águas. Desde a criação da Portaria 3.523/98 pelo Ministério da Saúde, colocou em evidência a importância dos sistemas de climatização para a saúde e bem-estar das pessoas. Os sistemas de ar-condicionado começam a ser percebidos como elementos que vão além do conforto térmico, mas na melhoria da qualidade do ar dentro dos ambientes fechados, tornando-se um grande aliado para a saúde dos usuários”, informa Leonardo Cozac, presidente do Brasindoor (Sociedade Brasileira de Meio Ambiente e Controle de Qualidade do Ar de Interiores).

Leonardo Cozac presidente da Brasindoor e CEO da Conforlab

Assim como a Resolução 09 de 2003 foi uma atualização da Resolução 176 de 2001, agora a sociedade brasileira dispõe de uma nova regulamentação. Essas alterações visam a modernização da legislação nacional de acordo com a evolução tecnológica e conhecimento da sociedade adquirido ao longo dos anos e embora as novas regulamentações possam aumentar os custos de produção inicialmente, elas também incentivam a criação de produtos mais avançados, que podem oferecer uma vantagem competitiva no mercado, como por exemplo, a necessidade de conformidade com normas de segurança e manuseio de novos refrigerantes que requer um foco maior na capacitação profissional, criando uma demanda por técnicos especializados.

Dentre os avanços legislativos conquistados pelo setor de HVAC-R, Cozac cita a PEC 07/2021– Proposta de Emenda à Constituição da Senadora Mara Gabrili, que garante o direito qualidade do ar entre os direitos garantias fundamentais da Constituição, especialmente em ambientes internos. Já na cidade de São Paulo está sendo discutida a votação em 2º turno de Projeto de Lei 110/2012 do ex-vereador Gilberto Natalini, que está sendo revisado pelo vereador Eliseu Grabriel, que trata o plano municipal de qualidade do ar interno, um projeto pioneiro que pode colocar a cidade de São Paulo na vanguarda do tema.

“Meu mandato tem feito discussões com especialistas do setor da Qualidade do Ar Interno visando a formulação de uma Política Municipal da Qualidade do Ar Interno, por meio da elaboração de um Substitutivo ao Projeto de Lei (PL) 110/2012.  Estamos focados na conclusão da proposta do Substitutivo ao PL 110/2012, que já será um avanço muito importante para melhorar a saúde do cidadão paulistano. Como São Paulo é referência, acredito que o que for feito aqui poderá se ampliar para o Brasil inteiro. Temos um projeto aprovado em primeira votação na Câmara Municipal. No entanto, para colocarmos em segunda (e definitiva) votação é preciso adequá-lo aos pontos observados pelo Executivo na tramitação do projeto. Com base nisso, com este grupo qualificado, estamos concluindo o trabalho de reformulação deste projeto, para propor um Substitutivo e, a seguir, reiniciarmos a conversa com os setores responsáveis na prefeitura para poder fazer os ajustes necessários para colocar o PL para segunda votação, sem correr o risco de ter vetos do prefeito. Aprovar este projeto criará a Política Municipal da Qualidade do Ar Interno, um passo muito importante para a cidade e a saúde da população”, informa o vereador por São Paulo, Eliseu Gabriel.

Ele acrescenta ainda que as principais normas técnicas (ABNT – NBR 17.037, 16.401-3, 16.000-40) que orientam o setor são boas, porém, a legislação precisa se adequar, para atendê-las, incorporando a necessidade de garantir o monitoramento, controle e melhoria da qualidade do ar interno nas edificações públicas e privadas.

Eliseu Grabriel, vereador por São Paulo

”Acho fundamental que todos os interessados e especialistas colaborem no processo de construção das políticas públicas. Eu sempre convido os grupos para colaborarem quando me proponho a fazer um projeto de lei. Meu foco é ouvir as demandas do setor e avaliar o que pode beneficiar o cidadão e a cidade de São Paulo. Mas, já adianto, a equipe multidisciplinar que está conosco na construção desse projeto para a cidade tem os conhecimentos necessários das melhores tecnologias e práticas. Nela, há empresas, engenheiros, membros dos conselhos nacionais, como o CREA, integrantes de academias (das melhores universidades do país), como também estrangeiros. É muito bom construir um projeto dessa importância com uma equipe tão qualificada. Estamos atentos às mudanças no clima e, a priori, a nossa iniciativa é a única que conheço, considerando que a piora da qualidade do ar externo e as ondas de calor extremo farão com que cada vez mais as pessoas precisem ficar em ambientes fechados e climatizados e, por isso, é fundamental a regulação para garantir a boa qualidade do ar interno. É para isso que estamos trabalhando”, comenta Eliseu.

Arnaldo Basile, presidente executivo da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) destaca o trabalho da senadora Mara Gabrilli, uma grande colaboradora dos avanços legislativos para o setor de HVAC-R, mobilizando dezenas de seus pares nesse sentido: “Por esse motivo, foi homenageada na Noite do Pinguim em 2022. Não podemos nos esquecer também das assertivas atuações parlamentares dos Deputados Estaduais Arnaldo Faria de Sá e Adalberto Freitas, que foram decisivas para a promulgação da Lei Federal 13.589/18, que regulamenta o PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle). Questões relacionadas com a Qualidade do Ar de Interiores tem sido tratada de maneira proativa desde a ocorrência da pandemia da Covid-19. A interlocução que a Abrava mantém com esses parlamentares tem propiciado notória exposição do Setor de HVAC-R para a sociedade civil”, informa Basile.

Indústria competitiva

À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, centradas na sustentabilidade, eficiência energética, segurança e gestão de resíduos, a indústria de HVAC-R precisa adaptar-se, investindo em inovação, treinamento e novas tecnologias para permanecer competitiva e em conformidade com as exigências legais. Essas mudanças legislativas, embora desafiadoras, também representam oportunidades para o setor se tornar mais sustentável e eficiente no longo prazo.

Arnaldo Basile, presidente executivo da Abrava

“A missão da Abrava é incentivar o desenvolvimento tecnológico e competitivo do setor defendendo os legítimos interesses empresariais, legais, tecnológicos, mercadológicos e normativos. Representa as empresas e profissionais do setor, e visa promover e incentivar de maneira confiável a criação correta de ambientes internos climatizados, sistemas e processos de refrigeração, aquecimento e ventilação por meio do uso responsável de tecnologias e das boas práticas de engenharia. A reforma tributária tramitada recentemente na Câmara dos Deputados, por exemplo, provocará efeitos distintos nas atividades operacionais, administrativas e fiscais de todas as empresas do HVAC-R. O setor manufatureiro (indústria) interpreta que deverá sofrer menor impacto, com tendências de até poder usufruir de alguma redução na carga tributária. O mesmo não ocorrerá no setor prestação de serviços. Com base nesses princípios, em 2018, a Abrava passou a integrar o Grupo “Entidades Do Mesmo Lado”, conduzido pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), que atua de maneira coordenada para desenvolver soluções que promovam um ambiente de negócios mais saudável, fortalecendo a relação com o poder público para que as demandas do setor e setores afins sejam atendidas, aumentando a competitividade, gerando riqueza e empregos de forma sustentável. Esse Grupo tem trabalhado ativamente junto aos Parlamentares da Câmara dos Deputados e Senadores para que a reforma tributária seja neutra e que não gere aumento no custo dos serviços nos setores direta e indiretamente atuantes na cadeia da construção civil.  O segmento do ar-condicionado e climatização é um dos mais importantes nessa cadeia”, destaca Basile.

Outro Grupo de Trabalho é o liderado pela CEBRASSE, Central Brasileira de Segurança e Serviços, da qual é membro associada. Esse GT esteve reunido recentemente com a Deputada Estadual por SP, Renata Abreu, para elaborar um PL mais adequado à realidade do Setor de Serviços, identificado como o mais afetado pela reforma tributária.

Embora as legislações voltadas para a qualidade do ar interior têm sido um grande motor para a inovação no setor, Cozac acredita que o estado brasileiro ainda não tem uma agenda pautada no QAI: “Entendem a importância do tema, porém não está entre as prioridades. Na ausência do estado, a sociedade se organizou e criou o PNQAI (Plano Nacional da Qualidade do Ar Interno) para conduzir o tema no país. Composto atualmente por mais de 45 organizações aderentes, tem um plano de ação baseado em iniciativas com objetivo principal de informar a população a cuidar do ar que respiram”.

Já as tecnologias desenvolvidas, não apenas cumprem as exigências mandatórias, mas também contribuem para a criação de ambientes internos mais saudáveis e sustentáveis. À medida que as regulações continuam a evoluir, espera-se que novas soluções tecnológicas surjam para atender às necessidades de saúde e bem-estar das populações.

Cozac destaca novas tecnologias como o peróxido de hidrogênio, lavadores de ar e lâmpadas UVCs. “São tecnologias que devem ser aplicadas juntamente com os tradicionais e conhecidos filtros de ar para a remoção de impurezas do ar. Sistemas de monitoramento online também tem ganhado importância, com custos mais acessíveis e produtos mais confiáveis e que atendem requisitos de normas e legislações vigentes”.

Evento em São Paulo comemora o sucesso do Protocolo de Montreal

Cerimônia reuniu representantes de entidades setoriais, ONGs e empresas para celebrar os resultados da implementação do Protocolo de Montreal, tratado ambiental que tem avançado na eliminação de substâncias que destroem a camada de ozônio.

Nos dias 16 e 17 de setembro de 2024, foi realizada em São Paulo uma cerimônia para comemorar o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, destacando a implementação do Protocolo de Montreal, amplamente reconhecido como um dos tratados ambientais mais bem-sucedidos do mundo. O Protocolo, com a adesão de 198 países, visa eliminar gradualmente as substâncias que destroem a camada de ozônio (SDOs).

O evento, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ​​(IBAMA), reuniu representantes de diversas entidades, como associações setoriais da indústria, comércio e serviços, além de universidades, ONGs, e empresas privadas. A conferência apresentou os resultados da Etapa II do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), que alcançou uma redução de 63% no consumo de substâncias produzidas até 2023. Também foram considerados os planos para a Etapa III, que resultam ainda em 2024.

Autoridades do governo federal estiveram presentes, como Érico Rial Pinto da Rocha, coordenador-geral de Mitigação e Proteção da Camada de Ozônio do MMA, que destacou o impacto positivo do Protocolo de Montreal para a preservação ambiental global. Elisa Calcaterra, representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), reforçou a parceria sólida entre o PNUD e o governo brasileiro na implementação do PBH. Clovis Zapata, da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), e Marco Schiewe, da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), também participaram, sublinhando a importância da cooperação internacional no sucesso do tratado.

Várias empresas e entidades parceiras, como a ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), e escolas técnicas que participam da formação de técnicos para o setor de refrigeração, foram homenageadas por sua contribuição no cumprimento das metas do Protocolo.

No dia 17 de setembro, ocorreu o Workshop da Implementação da Emenda de Kigali, reforçando o compromisso do Brasil em adotar tecnologias com menor impacto climático.

Samsung retoma Encontros Climatiza em diversas regiões do Brasil

A Samsung anunciou a retomada dos Encontros Climatiza, que ocorrerão entre julho e agosto em diversas regiões do Brasil. Profissionais do setor de ar-condicionado terão a oportunidade de participar de treinamentos gratuitos sobre as últimas novidades da marca, com eventos programados em São Paulo, Piauí, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

O diretor da divisão de ar-condicionado da Samsung Brasil, Thiago Dias, destacou a importância desses encontros: “Estamos ansiosos para receber nossos convidados nos Encontros Climatiza da Samsung, que serão realizados pela primeira vez em algumas localidades. Nosso compromisso é capacitar profissionais técnicos e interessados no mercado de climatização e refrigeração com conteúdos úteis sobre as principais novidades em produtos e tecnologias da marca.”

As inscrições para os treinamentos estão abertas no Portal Climatiza e pelo app Samsung Climatiza.

Agenda dos Encontros Climatiza:

Belém (PA) – 25/07/2024 – Hotel Princesa Louçã

Cuiabá (MT) – 01/08/2024 – Hotel Inter

Campo Grande (MS) – 08/08/2024 – Hotel Deville Prime Campo Grande

Porto Velho (RO) – 15/08/2024 – Hotel Oscar Executive

São Paulo (SP) – 29/08/2024 – Hotel Slaviero Moema

Avanços em HVAC-R na Eletrolar Show 2024

A 17ª edição da Eletrolar Show está sendo realizada em São Paulo. O evento, que se encerra no dia 18, espera receber mais de 30 mil visitantes, apresenta 12 mil produtos inovadores e conta com a participação de mais de 600 expositores nacionais e internacionais. Entre os destaques, o setor de HVAC-R ganha atenção especial, com grandes players exibindo as mais recentes inovações em tecnologias de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração.

Empresas como Brastemp, Consul, Embraco, Esmaltec, Gree, HQ Belmicro, Kugerl e Ventisol Agratto marcam presença com produtos que refletem avanços tecnológicos e sustentáveis, estabelecendo novos padrões para o setor. Esses expositores trazem ao evento soluções que vão desde sistemas de refrigeração com gases de baixo impacto ambiental até compressores de alta eficiência energética, demonstrando o compromisso com a precisão técnica e a sustentabilidade.

O futuro do setor aponta para uma maior integração com sistemas de casa inteligente e a eficiência energética. A Eletrolar Show, ao proporcionar um ambiente propício para a demonstração dessas tecnologias, reafirma seu papel como catalisador de inovação e desenvolvimento no mercado latino-americano.

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