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Nova diretoria da ABRAVA toma posse para mandato até 2028

Cerimônia foi realizada na sede da Fiesp com presença de 150 convidados

Aconteceu na sede da Fiesp, em São Paulo, a cerimônia de posse da diretoria eleita da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento – para o mandato 2025-2028.

Com o nome de Gestão 360, o grupo assume com o objetivo de promover o crescimento sustentável do setor HVAC-R no país, estruturado em três pilares: qualidade do ar interno, segurança alimentar e descarbonização.

Leonardo Cozac foi empossado como presidente da entidade. Priscila Baioco, Marcelo Munhoz e Roberto Montemor assumiram as vice-presidências. Durante a cerimônia, que reuniu cerca de 150 convidados, também foram apresentados os integrantes dos conselhos Administrativo e Fiscal.

A nova gestão tem como compromisso fortalecer a representatividade institucional da entidade, apoiar o desenvolvimento dos segmentos que representa e priorizar pautas ligadas à inovação e à sustentabilidade no setor.

2º dia do Circuito dos Instaladores – Aracaju (SE)

Exigências regulatórias e certificações

Normas e certificações obrigam os fabricantes e técnicos a seguirem parâmetros que promovem a eficiência dos sistemas, reduzindo o consumo de energia e, consequentemente, os custos operacionais e as emissões de carbono

 Não restam dúvidas que as normas, exigências regulatórias e certificações técnicas garantem mais segurança, eficiência energética e responsabilidade ambiental em sistemas de climatização e refrigeração. Neste universo, onde tecnologia e sustentabilidade caminham lado a lado, as certificações e normas regulatórias têm papel fundamental na construção de um setor mais seguro, eficiente e ambientalmente responsável. Além de atenderem exigências legais, essas diretrizes são cada vez mais valorizadas por clientes, fabricantes e profissionais que buscam se destacar em um mercado altamente competitivo.

As normas funcionam como verdadeiros mapas de boas práticas, orientando desde a escolha do fluido refrigerante até o descarte adequado de resíduos, passando pela instalação correta e manutenção preventiva de sistemas. Já as certificações, por sua vez, atestam que o profissional ou equipamento está apto a operar dentro desses parâmetros, com qualidade e segurança reconhecidas por instituições nacionais e internacionais.

No cenário complexo da engenharia de sistemas HVAC-R, a garantia de qualidade das instalações é fundamental para o funcionamento eficiente e seguro dos equipamentos.

“Neste contexto, normas internacionais desempenham um papel fundamental, influenciando diretamente o desenvolvimento de padrões locais e práticas de certificação. Por exemplo, o comissionamento de sistemas HVAC não possui normas específicas no Brasil, porém, a ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers) é referência global nesse processo. A ASHRAE publicou diversas normas e guias, incluindo um guia específico com Requisitos Técnicos para o Comissionamento de Sistemas de HVAC. Este processo visa assegurar que a entrega dos sistemas atenda aos requisitos do proprietário, garantindo eficiência operacional e conforto ambiental”, destaca Thiago Portes, Diretor Executivo da Comis Engenharia.

Thiago Portes, Comis Engenharia

Segundo Portes, as normas da ASHRAE são amplamente adotadas no Brasil, influenciando tanto diretamente quanto servindo como referência principal no desenvolvimento de normas locais. “Esse impacto é evidenciado pelo acordo formal entre a ASHRAE e a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que facilita a incorporação de práticas internacionais no contexto nacional”, analisa.

Além das normas, a ASHRAE oferece um programa abrangente de certificações profissionais. Este programa inclui o Comissionamento Predial e Projetos de HVAC, entre outras áreas de conhecimento. As certificações da ASHRAE são reconhecidas internacionalmente e demonstram o compromisso dos profissionais com os mais altos padrões de competência técnica e prática.

Outro benefício direto do cumprimento das normas e da obtenção de certificações está na eficiência energética. A Portaria Inmetro nº 234/2020, por exemplo, estabelece critérios técnicos que classificam os condicionadores de ar de acordo com o desempenho energético. Essa avaliação é fundamental tanto para consumidores, que buscam economia na conta de luz, quanto para fabricantes, que precisam inovar para obter melhor desempenho nos seus produtos.

Certificações como o Selo Procel também se tornaram um diferencial competitivo importante, pois evidenciam o compromisso das empresas com o consumo consciente e sustentável de energia.

O Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC), exigido por lei (Lei nº 13.589/2018), também reforça esse aspecto ao garantir que a qualidade do ar interior em ambientes climatizados seja monitorada e mantida de forma contínua, prevenindo riscos à saúde dos ocupantes.

Além de contribuir para um setor mais seguro e sustentável, as certificações agregam valor ao currículo dos profissionais. A Certificação de Competência Profissional do SENAI é uma das mais reconhecidas no Brasil, avaliando conhecimentos práticos e teóricos com base nas exigências atuais do mercado e nas normas da ABNT (NBR 16401), que orientam desde o projeto até a operação de sistemas de ar-condicionado central. Empresas e profissionais certificados conquistam maior credibilidade junto a clientes e parceiros, destacando-se em licitações públicas e projetos de grande porte.

“Em um mercado globalizado e cada vez mais exigente, o conhecimento e a aplicação das normas são essenciais para engenheiros e profissionais envolvidos no projeto, instalação e manutenção de sistemas HVAC. A colaboração entre instituições como ASHRAE e ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) fortalece a padronização e a qualidade no setor, promovendo edificações mais eficientes e sustentáveis”, revela Portes.

Sustentabilidade em foco

Em sistemas de refrigeração e climatização, onde o manuseio de substâncias inflamáveis e equipamentos de alta pressão é uma constante, as normas evitam acidentes, falhas técnicas e até riscos à vida. Um exemplo é a crescente presença de fluidos naturais como o R-290 (propano), altamente eficiente, mas inflamável, o que exige capacitação específica para uso seguro. Fabricantes de equipamentos garantem a conformidade de seus produtos com normas como a F-Gas – Regulamento (UE) n.º 517/2014, legislação da União Europeia voltada para o controle e redução do uso de gases fluorados, também conhecidos como gases F (de fluorados), e com um conjunto de diretrizes e regulamentos da União Europeia, reunidos sob a Diretiva de Ecodesign (Diretiva 2009/125/CE). Essa diretiva estabelece requisitos obrigatórios de eficiência energética e desempenho ambiental para produtos que consomem energia, como os sistemas de refrigeração, ar-condicionado, ventilação e aquecimento.

Já na mitigação das mudanças climáticas, o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e implementado em parceria com a Cooperação Alemã (GIZ), incentiva a substituição de fluidos refrigerantes nocivos à camada de ozônio por alternativas de baixo impacto ambiental.

O PBH também promove a formação de técnicos qualificados por meio de cursos como os oferecidos pelo SENAI Oscar Rodrigues Alves, em São Paulo, com foco em boas práticas no uso de fluidos inflamáveis e eficiência energética.

 Normas Brasileiras x Normas Internacionais

No Brasil, a ABNT NBR 16401 é uma das normas mais importantes do setor, abrangendo projetos, parâmetros de conforto térmico e qualidade do ar interior e são amplamente utilizadas em obras públicas, edifícios corporativos e empreendimentos de grande porte. Já em âmbito internacional, entidades como a ASHRAE (dos Estados Unidos) e a ISO (Organização Internacional de Normalização) servem de referência para desenvolvimento de tecnologias e práticas que moldam o setor globalmente.

Mas como essas normas se comparam às diretrizes internacionais? A Tabela lista alguns parâmetros e recomendações de utilização.

Enquanto a ASHRAE define parâmetros de ventilação, eficiência e conforto com altíssimo grau de especificidade, a ISO na Europa atua com foco em harmonização internacional, sustentabilidade e energia quase zero (NZEB). O Brasil, embora com avanços importantes, ainda precisa consolidar sua regulamentação e adesão em larga escala para atingir o mesmo nível de padronização técnica.

Barra Funda amplia mapa comercial do setor de refrigeração

Abertura de lojas na região reforça movimento de descentralização em São Paulo. Sem substituir a tradição da Alameda Glete, nova frente atende à demanda por logística eficiente, diversidade de público e integração com canais digitais

 A decisão de abrir novas lojas na Barra Funda, em São Paulo, não foi aleatória. Estratégia de expansão e diferenciais competitivos no mercado de HVAC-R veio de um estudo sobre o fluxo de pessoas e o comportamento de compra na cidade. O objetivo era claro: encontrar uma região com alto potencial de captação de clientes, boa logística e sinergia com o público-alvo do setor de refrigeração e climatização — instaladores, arquitetos, construtoras e consumidores finais.

“A escolha da Barra Funda como localização para a nova loja foi resultado de um estudo. A análise indicou que essa região seria a mais estratégica para atender nossos principais públicos de relacionamento pelos seguintes motivos: Proximidade com a Marginal Tietê, facilitando o acesso e a logística tanto para clientes quanto para fornecedores; Localização próxima a grandes home centers, como Leroy Merlin, Telhanorte e Dicico, o que reforça o potencial comercial da região e a presença de um público já habituado ao consumo de produtos para construção e reforma; Região de transição entre zonas, o que possibilita atender a uma diversidade de perfis de consumidores e projetos, ampliando nosso alcance de mercado. Esses fatores, combinados, tornaram a Barra Funda a escolha ideal para a expansão da nossa operação em São Paulo”, explica o Gerente Executivo de Inteligência Comercial e Marketing da Leveros, Alessandro Rodrigo dos Santos.

A escolha da Barra Funda também foi estratégica para a Adias abrir seu showroom. “Avaliamos o potencial de crescimento da região, o fácil acesso por diferentes meios de transporte e a presença crescente de empresas e residências nas proximidades. No passado, a Glete era um local onde a gente encontrava os amigos e conhecia muitos instaladores, porque era uma loja do lado da outra. E era muito bom. Hoje, a falta de segurança na região do centro de São Paulo mudou o cenário. O comércio local está bem diferente. A maioria das lojas está saindo para outros pontos da cidade. Na minha opinião, a Barra Funda está virando a nova Glete. Deve ter cerca de 10 lojas de climatização e refrigeração na Marquês de São Vicente. Isso é muito bom para os clientes e instaladores encontrarem muitas numa rua só. A concorrência é positiva, neste caso. Quando queremos organizar um evento no espaço que temos aqui na Adias, fica mais fácil, pois a maioria já conhece a região e concilia visitando um dos Centros de Treinamentos de fabricantes ou uma loja de peças, por isto a centralização de vários concorrentes no mesmo bairro ajuda a todos”, revela Luciana Mazurega, Diretora Nacional de Vendas B2B da Adias.

Abertura de novas lojas na Barra Funda reforça movimento estratégico de expansão em São Paulo

Visões complementares

A Alameda Glete tem tradição no setor e segue relevante, com forte presença técnica e comercial. No entanto, a expansão para a Barra Funda não é uma substituição, mas uma ampliação da atuação. O foco está em diversificar a presença geográfica e explorar novas frentes de relacionamento com o cliente, sem perder a base já consolidada no centro.

“Embora os fatores que tornaram a Barra Funda uma escolha estratégica, é importante destacar que não foi realizado um estudo comparativo direto entre a nova loja da Leveros e a unidade da Alameda Glete. A decisão de abrir na Barra Funda partiu de uma análise independente, com foco em expansão e posicionamento estratégico na cidade de São Paulo. O objetivo foi identificar uma nova região com alto potencial de captação de clientes e facilidade de acesso para nossos públicos-alvo. Portanto, não se tratou de uma substituição ou comparação direta entre as duas localizações, mas sim de uma movimentação complementar ao nosso plano de crescimento”, afirma o Gerente Executivo da Leveros.

Durante décadas, a Alameda Glete, no bairro dos Campos Elíseos, foi considerada a principal referência em refrigeração e climatização na capital paulista. O que começou com poucas lojas especializadas cresceu até se tornar um verdadeiro polo técnico e comercial do setor HVAC-R — atraindo instaladores, técnicos, engenheiros e empresários de todo o Brasil. Além do comércio, a Glete também se firmou como ponto de troca de conhecimento técnico. Era, e ainda é, comum encontrar profissionais trocando informações na calçada, discutindo aplicações, peças, compatibilidades e novidades de mercado. Técnicos de diferentes regiões abastecem seus estoques, atualizam conhecimentos e resolvem problemas com suporte direto dos balconistas — muitos deles com formação técnica sólida. Com o crescimento do e-commerce, o surgimento de novas regiões comerciais e a expansão do setor para outros bairros, a Alameda Glete passou a dividir espaço com novas frentes. Ainda assim, permanece como um centro tradicional e respeitado, valorizado pela confiança que construiu ao longo dos anos.

Alameda Glete permanece como um centro tradicional e respeitado pelo mercado

 Estratégia integrada com o digital

As plataformas de e-commerce transformaram o comportamento de compra, e isso se reflete também no setor de HVAC-R. A praticidade de comprar com poucos cliques é real, mas o atendimento técnico e especializado ainda pesa na decisão final — principalmente quando se trata de produtos de maior investimento ou aplicação específica. Muitas vezes, o cliente inicia o processo online, mas finaliza a compra na loja física, em busca de segurança técnica.

“Reconhecemos que as lojas digitais oferecem um alto nível de conveniência e praticidade, o que representa um desafio constante no mercado atual. No entanto, enxergamos essa realidade como uma oportunidade para destacar o nosso principal diferencial: o atendimento consultivo e personalizado. Nosso site funciona como um ponto de partida, pois é um canal de descoberta onde os clientes podem explorar nossos produtos e soluções. Contamos com uma equipe de especialistas preparada para entender a fundo as necessidades de cada cliente, oferecendo orientação técnica desde o primeiro contato até o pós-venda. Embora a concorrência digital seja forte, percebemos que muitos clientes que nos encontram online optam por finalizar a compra após conversar com nossos consultores. Eles buscam mais do que conveniência: querem segurança na escolha, confiança na solução adquirida e um relacionamento que continue após a entrega”, diz Alessandro.

“Com isso, conseguimos unir o melhor dos dois mundos: a agilidade e o alcance do digital com a credibilidade e o acolhimento do atendimento personalizado. Acreditamos que, especialmente em decisões mais técnicas ou de maior investimento, a melhor compra é aquela feita com apoio especializado, e é exatamente essa experiência que nos diferencia”.

O consumidor que visita uma loja física está atrás de confiança, orientação profissional e contato com o produto. Ver de perto os equipamentos em funcionamento, comparar modelos e tirar dúvidas com um especialista faz diferença. A venda consultiva é o maior diferencial das lojas físicas no segmento HVAC-R, onde a especificação correta garante desempenho, eficiência e durabilidade dos sistemas.

A loja não é apenas um ponto de venda, mas um centro de experiência. O digital funciona como vitrine e canal de entrada — via site, redes sociais e atendimento remoto — enquanto a loja física entrega o fator humano e técnico. A estratégia é complementar: atrair pelo digital, converter com atendimento especializado e fidelizar pela confiança. Acredito que a expectativa do cliente quando vai a uma loja é encontrar um vendedor que seja especialista no produto e saiba identificar as suas necessidades. É fundamental que o vendedor saiba extrair todas as informações do cliente para que o resultado atenda às suas expectativas. Além disso, o cliente deve ser orientado para fazer uma manutenção preventiva do aparelho, como limpar os filtros, para que ele tenha um produto com muito mais tempo de vida. O cliente quando visita uma loja física, quer ter o atendimento de um profissional especialista no produto em um ambiente agradável e que torne sua compra uma experiência única”, avalia Luciana.

A tecnologia não é uma concorrente direta. Ao invés de competir de forma tradicional com as plataformas de e-commerce, empresas vem adotando uma estratégia integrada, que combina o melhor do mundo digital com os diferenciais do atendimento presencial.

“Utilizamos o ambiente online como uma poderosa ferramenta de atração e pré-venda: nosso site e redes sociais funcionam como vitrines ativas, onde o cliente pode conhecer nosso portfólio, tirar dúvidas iniciais e até iniciar um atendimento via canais digitais. Para o ambiente de loja de rua, adaptamos o espaço físico para ser mais do que um ponto de venda, pois transformamos a loja em um centro de experiência. Acreditamos que, ao unir tecnologia com atendimento humanizado, conseguimos entregar: confiança, segurança e relacionamento. Esses são pilares que fazem a diferença na hora de escolher a solução certa, especialmente em mercados técnicos como o nosso”, conclui Alessandro.

SENAI-SP leva programação técnica à Fispal Sorvetes 2025

Palestras abordam manutenção, automação e eficiência energética na indústria de sorvetes

O SENAI-SP participa da FISPAL Sorvetes 2025 com uma programação voltada à eficiência energética, digitalização e manutenção na indústria de sorvetes. A feira ocorre de 27 a 30 de maio, no Distrito Anhembi, em São Paulo, e reúne fabricantes, técnicos e especialistas da cadeia produtiva.

Durante o evento, o público poderá visitar o Espaço SENAI-SP (rua L 155) e acompanhar uma série de palestras sobre manutenção preventiva de máquinas, automação em equipamentos de refrigeração, rotulagem nutricional, transformação enxuta e digitalização industrial. Também serão apresentados programas voltados ao ganho de produtividade e à transição energética na indústria, como a Jornada de Transformação Digital, a Jornada de Descarbonização e o PotencializEE – Programa Investimentos Transformadores de Eficiência Energética na Indústria.

A instituição ainda participa da mesa-redonda “Você vende sorvete de verdade?”, promovida em parceria com a Associação Brasileira do Sorvete (Abrasorvete), que discute os critérios de qualidade exigidos pelo consumidor e os desafios da rotulagem e da composição nutricional.

Programação das palestras no Espaço SENAI-SP

Terça-feira – 27/5

15h20 – Jornada de Descarbonização: menos impacto ambiental, mais competitividade na indústria – Ellen Marcom e Mariana Sayuri

17h00 – Benefícios da manutenção preventiva em máquinas de sorvete – Marcelo Evangelista

Quarta-feira – 28/5

14h30 – Automação em equipamentos de refrigeração para sorvetes – José Inaldo

15h20 – Você vende sorvete de verdade? – Mesa-redonda com Abrasorvete

16h10 – Eficiência energética como diferencial competitivo – Josiel Godinho e William Romualdo

17h00 – Rotulagem nutricional de sorvetes – Jéssica Tavares

Quinta-feira – 29/5

14h30 – Transformação enxuta na indústria – Fernando Beija

15h20 – Impactos da digitalização na produtividade – Rodrigo César

16h10 – Jornada de Descarbonização – Ellen Marcom e Mariana Sayuri

Sexta-feira – 30/5

14h30 – Manutenção preventiva em máquinas de sorvete – Marcelo Evangelista

15h20 – Eficiência energética como diferencial competitivo – Luiz Gustavo e Júlio Paschoal

16h10 – Soluções tecnológicas para a indústria de sorvetes – Viviane Cremaschi

17h00 – Eficiência energética como diferencial competitivo – Paulo Victor e Carlos Sanches

HVAC-R responde por 2,3% da indústria brasileira

Setor marca o Dia da Indústria com foco em eficiência e sustentabilidade

Neste 25 de maio, Dia da Indústria, o setor de Aquecimento, Ventilação, Ar-Condicionado e Refrigeração (HVAC-R) destaca sua contribuição à economia e às atividades essenciais do país. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), o setor projeta faturar R$ 54 bilhões em 2025.

O montante representa cerca de 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro — que somou R$ 11,7 trilhões em 2024 — e 2,3% do PIB industrial, equivalente a aproximadamente 20% da economia nacional. A expansão é impulsionada por fatores como o aumento das temperaturas, crescimento da construção civil, maior consumo das famílias e avanços tecnológicos.

Com presença nos setores de saúde, alimentação, infraestrutura urbana e tecnologia, o HVAC-R tem investido em práticas de redução de impacto ambiental. Entre as medidas adotadas, destacam-se a substituição de fluidos refrigerantes por substâncias de baixo Potencial de Aquecimento Global (GWP), a adoção de equipamentos mais eficientes em termos energéticos e a integração de tecnologias digitais, como a Internet das Coisas (IoT) e sistemas de controle preditivo.

O setor também cumpre papel estratégico no cotidiano: climatiza ambientes urbanos e industriais, mantém a integridade de alimentos na cadeia do frio e assegura condições adequadas para o armazenamento de medicamentos e vacinas.

Em um cenário de transição energética e maior exigência por conforto ambiental e segurança sanitária, o setor busca ampliar o acesso a soluções compatíveis com os novos padrões regulatórios. Ao marcar o Dia da Indústria, o setor reafirma sua função essencial na economia brasileira e nos serviços fundamentais à população.

Qualidade do ar em debate técnico

Eventos em Belo Horizonte discutiu normas e gestão da QAI

Nos dias 14 e 15 de maio, Belo Horizonte sediou o 14º Seminário Internacional da Qualidade do Ar de Interiores e a 9ª ExpoQualindoor, reunindo cerca de 200 profissionais na sede do CREA-MG. Os eventos foram promovidos pela ABRAVA, por meio da Regional Minas Gerais, em parceria com o Chapter Brasil da ASHRAE.

O seminário teve como tema “Novos Parâmetros para a Qualidade do Ar Interior”, com foco nas normas ABNT NBR 7256, NBR 17037 e na Lei Federal 13.589/2018, que trata do PMOC. A programação incluiu palestras técnicas sobre ventilação, filtragem e métricas de controle da qualidade do ar. Entre os destaques, a apresentação de Fábio Clavijo (ASHRAE Colômbia) sobre a norma ASHRAE 62.1-2022 e a divulgação do selo ABRAVA/Brasindoor.

Foram realizadas duas mesas-redondas sobre normas de renovação do ar e soluções para gestão da QAI. Ao fim do dia, houve a posse da nova diretoria do Qualindoor para o biênio 2025/2026, com Rafael Munhoz e Frederico Paranhos assumindo os cargos de presidente e vice.

A ExpoQualindoor abordou os desafios da QAI em ambientes críticos, como hospitais. A programação incluiu sete palestras técnicas e duas mesas de debate sobre planejamento e operação desses espaços. O evento contou com apoio de entidades locais e nacionais do setor.

Rayflex leva soluções para salas limpas à FCE Pharma 2025

Empresa exibe porta rápida classificada para controle de contaminação

A Rayflex participa da FCE Pharma 2025 com estande de 65 m², o dobro da área utilizada na edição anterior do evento, que ocorre entre os dias 10 e 12 de junho no São Paulo Expo Center. A feira reúne empresas da cadeia industrial e farmacêutica da América Latina.

A fabricante brasileira, especializada em portas rápidas, apresenta dois modelos voltados ao controle de contaminação em ambientes classificados. O destaque é a SL-01, única porta rápida desenvolvida para salas limpas disponível no mercado nacional, segundo a empresa. Também será demonstrada a AL-01, indicada para locais com fluxo intenso de pessoas e equipamentos.

O modelo SL-01 possui carenagem com cantos arredondados, sem parafusos aparentes, e motor embutido, o que, segundo a Rayflex, facilita a higienização. A vedação ao longo de todo o perímetro da porta, combinada à abertura ultrarrápida e ao fechamento automático, contribui para a redução de perda de ar tratado e para a contenção de partículas em suspensão.

Já a AL-01 foi projetada para suportar um número ilimitado de ciclos de abertura e fechamento. Com guias laterais contínuas e lisas, a porta desliza sem travamentos e oferece vedação integral, de acordo com a fabricante. A estrutura em alumínio, com desenho voltado à higiene, visa dificultar o acúmulo de sujeira e aumentar a resistência à corrosão.

De acordo com a CEO da empresa, Giordania Tavares, a participação na feira é uma oportunidade para demonstrar soluções voltadas à segurança em processos produtivos e logísticos no setor farmacêutico, além de ampliar o relacionamento com esse mercado.

Editorial – 35 anos de história e inovação

A luta é boa. Não deixemos o ânimo esfriar. Há 35 anos, essas palavras marcaram o início de uma jornada ousada e perseverante. Em maio de 1990, em meio a um cenário econômico turbulento, a Revista do Frio nasceu com a missão de ser a voz de um setor tão fundamental quanto desafiador. Com uma fé inabalável na força do trabalho e na capacidade de inovação dos profissionais do HVAC-R, a publicação se tornou um símbolo de resiliência e coragem.

Ao longo dessas três décadas e meia, a Revista do Frio acompanhou as transformações do mercado, superou desafios e consolidou-se como uma referência para técnicos, empresários e entusiastas da refrigeração e climatização. Sempre com o compromisso de oferecer informação de qualidade e apoio ao desenvolvimento do setor, a revista evoluiu, incorporando o digital com iniciativas como o Clube do Frio e o Circuito dos Instaladores.

Agora, com um novo site, a revista reafirma seu compromisso com o jornalismo profissional, combinando tradição e inovação para continuar sendo uma fonte confiável e inspiradora. Mais do que um simples portal, é um ponto de encontro para aqueles que acreditam na força do trabalho e na capacidade criadora do setor.

Hoje, ao celebrar seus 35 anos, a Revista do Frio olha para o futuro com a mesma confiança e determinação que marcaram seu primeiro editorial. Porque, como sempre acreditou, a luta é boa. E o frio, afinal, não é para os fracos.

 

Primeira capa e editorial da Revista do Frio – 1990: o marco inicial de uma trajetória de 35 anos de resiliência, inovação e paixão pelo setor de HVAC-R.

 

BITZER amplia linha de resfriadores de óleo

Tecnologia de defletores garante maior eficiência e reduz em mais de 40% os equivalentes de CO2 em relação à geração anterior.

A BITZER lançou a série OWD, nova linha de resfriadores de óleo resfriados a água, com capacidade de até 300 kW e tecnologia de defletores que melhoram a transferência de calor e a flexibilidade operacional.

Desenvolvida para os compressores de parafuso HS e OS da marca, a série OWD atende a diversos refrigerantes sintéticos, incluindo HFCs, misturas HFC-HFO, HFOs e hidrocarbonetos, e é compatível também com sistemas de outros fabricantes.

A linha é composta por 17 variantes, com configurações de 2 e 4 passagens. Os defletores de disco e rosca garantem distribuição uniforme do óleo, otimizam o fluxo, reduzem perda de pressão e aumentam a vida útil do equipamento. Segundo a BITZER, o design permite padrões simétricos de fluxo e ajuste no espaçamento dos defletores para melhor desempenho conforme o tamanho do resfriador.

Em relação à série anterior OW, a OWD reduz o espaço morto interno, aproveita melhor a superfície do tubo e eleva a densidade de potência, com redução de mais de 40% nos equivalentes de CO2. O sistema opera com temperaturas de óleo entre –20 °C e +150 °C, pressões de até 32 bar, e temperaturas da água entre –20 °C e +95 °C a 10 bar.

Certificada pelas normas CE-PED, SELO CML, BV e DNV, a série é indicada para bombas de calor, sistemas de baixa temperatura, uso marítimo e industrial, e pode trabalhar com água doce ou salgada.

A configuração pode ser feita pelo BITZER SOFTWARE, que seleciona o compressor ideal conforme as condições operacionais e calcula a capacidade necessária, além de permitir ajustes manuais e fornecer dados técnicos detalhados.