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Roberta Wanderley e seu compromisso com a melhoria contínua

Um exemplo de profissional que alcançou a maestria, Roberta Sales Martins Wanderley, se destaca como uma das principais especialistas em sua área. Sua trajetória é marcada por conquistas, fruto do compromisso com a excelência e dedicação, combinada com uma busca constante por conhecimento e inovação.

CFO (Diretora Administrativa-Financeira) do Grupo Friomaq Refrigeração & ACR Comercial, sediada em Recife (PE), formada em Administração de Empresas e em Engenharia Mecânica, Roberta começou sua carreira profissional em 1999, trabalhando com seu pai.

“Por ser uma empresa familiar, comecei a frequentar ainda adolescente e, após uma experiência externa (por insistência de meus pais) e com o início de minha primeira faculdade, em 1999 comecei a trabalhar na área administrativa da Friomaq. Na ocasião erámos apenas quatro pessoas, dentre as quais, duas eram os sócios-fundadores. No decorrer dos anos e com o crescimento da empresa, meu mundo girava em torno de equipamentos de climatização. Passei a fazer cursos de pequena duração por curiosidade, o que me ajudou muito na área administrativa, conversava com os mecânicos e com meu pai, que é técnico de refrigeração. Com o passar dos anos e a convivência diária, fui aprendendo e ganhando experiência. Apesar de minha área ser mais administrativa e comandar atualmente 13 pessoas, sou aquela que não se limita apenas com a parte administrativa, pois é fundamental conhecer o seu negócio e essencial ter em seu quadro societário um engenheiro mecânico, por isso, em 2018 iniciei o curso de Engenharia Mecânica com meu marido, para além de adquirirmos conhecimento, também sermos os engenheiros responsáveis técnicos do Grupo. Este ano completei 25 anos atuando na Friomaq & ACR Comercial”, informa Roberta.

Em sua jornada profissional, o principal desafio foi buscar conhecimento, especialização e encontrar locais onde o ambiente não fosse hostil, já que o setor é predominantemente masculino e desafiador: “Ao longo dos anos isso vem mudando, vemos cada vez mais mulheres nessa área, buscando conhecimento, participando de cursos e treinamentos e atuando com excelência tanto área técnica quanto nos cargos de liderança. No meu curso de engenharia, de 30 pessoas, apenas quatro eram mulheres e eu estava entre elas”.

Dentre algumas conquistas, Roberta destaca a migração da área de humanas para de exatas com maestria, sua graduação em engenharia mecânica, conciliar o ser mãe com o trabalho, e ser reconhecida e convocada pelo CREA/PE para receber o mais alto e honrado Diploma de Mérito pela láurea de competência em sua graduação.

“Outra conquista que vem decorrente de minha jornada profissional é ter tido o reconhecimento pelo meu trabalho de gestão dentro do setor e ser convidada a ocupar o cargo de Diretora Financeira do SINDRATAR/PE, onde nossa gestão iniciou em 2024 e finalizará em 2028. Nesta minha jornada encontrei mulheres fortes e agregadoras, com representatividade no setor, ocupando os mais diversos setores, sou muito grata por todas que passaram e me deixaram alguma lição, as que ainda permanecem e se tornaram amigas, onde torcemos umas pelas outras e as que virão, pois com certeza agregarão ainda mais”, comemora.

Qualidade e não quantidade

Filha de Augusto e Gisane, pais super amorosos, agregadores e sua fonte de inspiração, Roberta é casada há 23 anos com Tadeu, e mãe de duas filhas, Anna Beatriz, de 22 anos, e Isabella, de 21 anos. “Na maior parte do tempo estou em família com meus pais, irmão, cunhada e sobrinha, por trabalharmos juntos e pelos laços familiares. Sou uma pessoa de poucos amigos, prezo mais pela qualidade do que quantidade, e sempre fui assim, desde adolescente. Apesar de poucos amigos, eles são os melhores, tenho amizades que superam os 27 anos. Também sou perfeccionista e acelerada no trabalho, carrego minhas energias descansando, adoro assistir séries e ficar em casa, mas também gosto de sair com os amigos e apreciar finais de semana ou feriados no campo ou praia e faço atividade física pelo menos três vezes na semana para manter o corpo em movimento”.

Ela deixa seu recado a todos, tanto homens quanto mulheres: “Minha mensagem é o seguinte, tanto para mulheres quanto para os homens: O mercado está em constate evolução, é fundamental compreender e aceitar a equidade, existem tanto desafios quanto oportunidades para todos, então se valorize, invista em capacitação, em inovação, afinal, o acesso à informação hoje é muito fácil, logo, o conhecimento está para todos. Se comprometa com a excelência em tudo o que for fazer. Seja no atendimento ao cliente, na execução de projetos ou serviços ou na gestão de equipes, a busca pela excelência deve ser constante e isso fará de você um profissional diferenciado e requisitado. Esse compromisso não só eleva o padrão do setor como um todo, mas também destacará a importância de todos os profissionais que nele atuam”, conclui.

Reconhecida pelo CREA/PE, recebeu o Diploma de Mérito pela láurea de competência em sua graduação

Desmistificando o manuseio e aplicação do R-32

O fluido refrigerante R-32 tem ganhado popularidade no setor de HVAC-R devido às suas propriedades favoráveis de eficiência energética e menor impacto ambiental comparado a outros refrigerantes, no entanto, há muitos mitos e verdades em torno de seu manuseio e aplicação.

O R-32 é uma alternativa eficiente e ambientalmente mais amigável comparada a muitos outros fluidos refrigerantes, mas seu manuseio exige conhecimento e precauções específicas. Desmistificar os mitos e entender as verdades sobre o R-32 é fundamental para garantir sua aplicação segura e eficaz no setor de HVAC-R. Com treinamento adequado e respeito às normas de segurança, o R-32 pode ser uma excelente escolha para sistemas modernos.

“O R-32 é levemente inflamável, de acordo com o Standart ASHRAE 34/ A2L, e possui classificação de segurança ISO 817:2014, sendo assim, o importante é sempre trabalhar obrigatoriamente com ferramentas corretas para o R-32, como recolhedora, e bomba de vácuo antifaíscas, do restante, os procedimentos de manuseio são iguais de outros fluidos HFCs (HidroFluorCarbonetos). Vale ressaltar que, ao recolher o R-32 para uma reoperação, sempre utilizar recolhedora e cilindro com válvula de segurança. Existem muitas informações relevantes no mercado e muitas informações falsas (Fake News) sobre o R-32 e seus equipamentos, por isso é imprescindível procurar associações, escolas e profissionais sérios do setor caso tenha dúvidas, não tome conclusões sem antes buscar informações confiáveis”, orienta Paulo Neulaender, diretor da Frigga Refrigeração e Ar Condicionado.

Os executivos da RLX Fluidos Refrigerantes, Natanael Oliveira Lima, diretor técnico; e Cristiane Sena, responsável técnica, acrescentam que por ser um fluido inflamável não pode ser utilizado de forma alguma para retrofit (substituição) em equipamentos projetados para gás R-410A.

“Por ser um gás considerado de alta pressão, pode explodir se aquecido a temperaturas fora das especificações de segurança; é classificado como um gás inflamável, portanto pode incendiar em presença de uma fonte de ignição. Para maior segurança, escolha sempre um lugar conveniente (na sombra e o mais ventilado possível) para instalação ou manutenção, e não realizar estas atividades próximo a fontes de calor e ambientes inflamáveis ou explosivos; no caso de instalações internas, mantenha o local arejado, deixando sempre que possível, janelas e portas abertas”, destacam Cristiane e Natanael.

Boas práticas de manuseio e segurança

No que tange aos substitutos do R-410A, o R-32 um HFC puro, possui elevada eficiência em transferência de calor e baixo impacto ambiental. Apresenta reduzido potencial de aquecimento global (GWP), e zero de agressividade à Camada de Ozônio (ODP).

“O R-32 foi desenvolvido para fazer parte das misturas de hidrocarbonetos refrigerantes azeotrópicos, tais como:  R-407A, R-407B, R-407C, R-407D, R-407E e R407F, e principalmente, do R-410A, recomendado para substituição em equipamentos de média e alta temperatura de evaporação, projetados exclusivamente para trabalhar com ele. Dependendo do projeto, o R-32 pode ser usado em condicionador de ar doméstico e comercial, bomba de calor, refrigeração comercial e chillers. Os procedimentos básicos para instalação e manejo do produto são os mesmos utilizados para quaisquer outros fluidos refrigerantes comumente utilizados em sistemas de refrigeração. Especificamente, para a instalação de sistemas splits, os procedimentos são as mesmas boas práticas aplicadas para o R-410A, porém alguns cuidados adicionais devem ser tomados na manipulação do cilindro de transporte, e no carregamento suplementar do gás R-32 na unidade condensadora. Recomendamos fortemente a utilização de uma bomba de vácuo para uma perfeita evacuação do produto, pois antes da liberação do gás refrigerante para o sistema, não deve haver de forma alguma a presença de ar em parte alguma do sistema de refrigeração”, advertem os executivos da RLX.

Paulo Neulaender, diretor da Frigga Refrigeração e Ar Condicionado

Neulaender acrescenta que o R-32 é uma substância com pouca toxicidade. O índice de inalação de CL50 de 4 horas em ratos é de 1.107.000 mg / m3 (inalação tóxica OCDE 403) e o NOEL (avaliação de riscos) em relação a problemas cardíacos é de aproximadamente 735.000 mg / m3 em cães. As embalagens de R-32 devem ser armaze-nadas em locais frescos e ventilados, longe de chamas livres, faíscas e de fontes de calor. Deve-se evitar a exposição direta ao sol e a acumulação de carga eletrostática.

“Em caso de vazamento de R-32 é importante ter troca de ar no local, recolhimento e armazenagem em cilindro retornável com válvula de segurança (importante sempre colocar um filtro secador antes da entrada do cilindro para retirar umidade e acidez do fluido e com isso reutilizar o mesmo), sanar o vazamento e após isso completar a carga, sempre em peso (massa) pode ser feita de forma líquida ou vapor por ele ser um fluido puro, como por exemplo, o R-134a ou R-22, e lembrar sempre que o R-32 trabalha com óleo sintético”, informa o diretor da Frigga Refrigeração.

Ele recomenda a todos profissionais buscar conhecimento em escolas qualificadas como o SENAI, Fatec, ETP para conhecimento técnico com parceiros especializados e buscar informações no mercado, e sempre consultar o fabricante do equipamento.

Natanael Oliveira Lima, diretor técnico da RLX Fluidos Refrigerantes

“Basicamente, não há a necessidade de investir em ferramental específico para a instalar e reparar equipamentos de refrigeração que utilizam o gás R-32. As ferramentas básicas utilizadas, inicialmente podem ser as mesmas do R-410 A, com exceção do Kit Manifold para refrigeração, que deve conter manômetros com escalas para medição das pressões do R-32. Pelo motivo do gás R-32 ser considerado como inflamável, é aconselhável sempre o uso de uma bomba de vácuo para retirar totalmente o ar atmosférico das tubulações e da unidade evaporadora. Para obter total conhecimento sobre as boas práticas de manuseio e instalação do R-32, o profissional deve fazer cursos de reciclagem na sua área de atuação, principalmente se forem sobre fluidos refrigerantes novos, tal como o R-32. Buscar instituições de ensino sejam públicas ou particulares, que ministrem cursos de capacitação referente ao fluido R-32. Buscar informações de quais fabricantes de produtos de refrigeração estão ministrando cursos, seminários ou palestras sobre quaisquer assuntos referentes ao gás R-32, ler atentamente e seguir rigidamente, todas as instruções técnicas que constam nos manuais de Instalação e Manutenção dos produtos, antes de instalar ou fazer qualquer intervenção de manutenção nos mesmos”, orientam Natanael e Cristiane.

“É essencial que técnicos recebam treinamento específico sobre o manuseio seguro R- 32, que deve cobrir uma ampla gama de informações para garantir tanto a segurança quanto a eficiência dos sistemas de ar condicionado. Os técnicos devem aprender quais EPIs, ferramentas e procedimentos específicos para manuseio seguro do R-32, bem como as técnicas corretas para transferência do fluido refrigerante, conexão e desconexão de mangueiras, verificação de vazamentos e práticas de recolhimento recomendadas para evitar a liberação do fluido refrigerante para o ambiente. Além disso, é importante que o treinamento inclua medidas de emergência, como procedimentos em caso de vazamento ou incêndio, uso correto de extintores de incêndio, técnicas de evacuação e primeiros socorros. Conhecimento sobre legislação e normas regulatórias que governam o uso de fluidos refrigerantes inflamáveis também deve ser incluído, assegurando que todos os procedimentos estejam em conformidade com as exigências legais, bem como o conhecimento das informações relacionadas à segurança de produtos químicos que estará presente na FISPQ (Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos) do fluido refrigerante. Esse treinamento não apenas fortalece a segurança no local de trabalho, mas também prepara os técnicos para manusear o R-32 de maneira eficiente e responsável, maximizando a performance do sistema de ar condicionado e minimizando os riscos para eles e para o meio ambiente”, esclarecem os executivos da Chemours, Lucas Figita e Amaral Gurgel.

Seguir essas diretrizes não apenas promove um ambiente de trabalho mais seguro, mas também assegura a operação eficaz e segura dos sistemas de refrigeração que utilizam esses fluidos refrigerantes ligeiramente inflamáveis.

Mito x Realidade

Mito: O R-32 é extremamente perigoso e não deve ser utilizado em residências.

Realidade: Embora o R-32 seja ligeiramente inflamável (classificação A2L), ele é seguro para uso em sistemas de ar condicionado doméstico quando manuseado e instalado corretamente. Os equipamentos projetados para o R-32 atendem a rigorosas normas de segurança.

Mito: O R-32 é idêntico ao R-410A, então pode ser usado nos mesmos sistemas sem ajustes.

Realidade: O R-32 tem diferentes propriedades de pressão e temperatura comparado ao R-410A. Sistemas projetados para R-410A não são compatíveis com R-32 sem modificações adequadas. É essencial usar equipamentos especificamente projetados para o R-32.

Mito: O manuseio do R-32 requer equipamentos totalmente novos e caros.

Realidade: Embora o manuseio do R-32 necessite de alguns equipamentos específicos, muitos dos instrumentos usados com o R-410A são compatíveis. As ferramentas precisam ser verificadas quanto à sua compatibilidade com refrigerantes ligeiramente inflamáveis.

Verdades

Verdade: O R-32 tem um impacto ambiental menor do que muitos outros refrigerantes.

Realidade: O R-32 possui um Potencial de Aquecimento Global (GWP) menor do que o GWP do R-410A, em cerca de 19% (1/3). Isso torna o R-32 uma escolha mais ecológica.

Verdade: A capacitação adequada é essencial para o manuseio do R-32.

Realidade: Devido à sua ligeira inflamabilidade, é crucial que os técnicos recebam treinamento adequado no manuseio do R-32, incluindo procedimentos de segurança específicos e conhecimento sobre seu comportamento físico e químico.

Verdade: O R-32 pode melhorar a eficiência energética dos sistemas de ar condicionado.

Realidade: Sistemas que utilizam R-32 podem alcançar maior eficiência energética, resultando em menor consumo de eletricidade e custos operacionais mais baixos a longo prazo.

Verdade: O R-32 requer cuidados específicos durante a instalação e manutenção.

Realidade: Devido à sua ligeira inflamabilidade, o R-32 requer medidas de segurança adicionais durante a instalação e manutenção, como garantir uma boa ventilação no local de trabalho e evitar fontes de ignição.

Viana, o reparador raiz

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Avanços em HVAC-R na Eletrolar Show 2024

A 17ª edição da Eletrolar Show está sendo realizada em São Paulo. O evento, que se encerra no dia 18, espera receber mais de 30 mil visitantes, apresenta 12 mil produtos inovadores e conta com a participação de mais de 600 expositores nacionais e internacionais. Entre os destaques, o setor de HVAC-R ganha atenção especial, com grandes players exibindo as mais recentes inovações em tecnologias de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração.

Empresas como Brastemp, Consul, Embraco, Esmaltec, Gree, HQ Belmicro, Kugerl e Ventisol Agratto marcam presença com produtos que refletem avanços tecnológicos e sustentáveis, estabelecendo novos padrões para o setor. Esses expositores trazem ao evento soluções que vão desde sistemas de refrigeração com gases de baixo impacto ambiental até compressores de alta eficiência energética, demonstrando o compromisso com a precisão técnica e a sustentabilidade.

O futuro do setor aponta para uma maior integração com sistemas de casa inteligente e a eficiência energética. A Eletrolar Show, ao proporcionar um ambiente propício para a demonstração dessas tecnologias, reafirma seu papel como catalisador de inovação e desenvolvimento no mercado latino-americano.

Rafaela Ferreira, primeira mulher a conquistar o pódio na F4 Brasil

 

O Craque Neto fez presença na Eletrolar Show 2024

Dicas essenciais para usar o ar-condicionado durante as férias

Durante as férias, famílias passam mais tempo em casa, aumentando o uso do ar-condicionado, impactando conforto e orçamento familiar.

Com a aproximação das férias, muitas famílias tendem a passar mais tempo em casa, o que pode resultar em um aumento considerável no uso do ar-condicionado. Este período crucial demanda atenção especial para o impacto desse uso no conforto e no orçamento familiar.

De acordo com dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o consumo de energia dos aparelhos de ar-condicionado aumenta em média 25% durante as férias escolares, devido ao prolongamento do tempo de uso contínuo.

Daniel Alexandre da Silva, instrutor técnico da Fujitsu General do Brasil, enfatiza a importância de adotar medidas preventivas. “Durante as férias, é comum que mais pessoas permaneçam em casa por períodos prolongados, o que resulta em um uso mais intensivo do ar-condicionado. Por isso, equipamentos com tecnologia Inverter são sempre recomendados como a melhor solução.”

A manutenção preventiva é essencial para garantir o bom funcionamento do aparelho durante esse período crítico. Verificar regularmente o estado dos filtros de ar, bandeja de condensado, ventilador e umidificador é crucial. Segundo Silva, “Equipamentos que necessitam de manutenção geralmente apresentam sinais como congelamento e baixo rendimento. Por isso, é aconselhável realizar a manutenção preventiva logo no início da temporada de férias, quando o uso é mais intenso. Isso assegura que o sistema opere de maneira eficiente e confiável.”

Além de conservar energia e reduzir custos, manter o ar-condicionado limpo contribui para um ambiente mais saudável e confortável. “Um filtro limpo e um sistema livre de sujeira garantem um consumo energético menor e um ar mais puro. O acúmulo de sujeira nos sistemas pode levar a um desgaste prematuro dos componentes internos, evitando assim a necessidade de reparos frequentes ou substituições dispendiosas”, explica o especialista.

Para economizar energia, especialmente durante as férias, é recomendado adquirir aparelhos com eficiência energética A. Comparar o consumo entre diferentes modelos é fundamental. “Escolha sempre equipamentos que ofereçam o desempenho desejado com o menor consumo possível”, aconselha Silva.

Ao seguir estas práticas simples, é possível desfrutar do conforto proporcionado pelo ar-condicionado durante as férias sem comprometer o orçamento familiar. A manutenção regular e o uso consciente são essenciais para maximizar os benefícios do aparelho sem aumentar significativamente os custos com energia elétrica.

O matemático e o tripé comercial

CLUBE CAST DO FRIO – O matemático e o tripé comercial

Mobil promete economia em lubrificantes para refrigeração

Segundo o portal Lubes em Foco, o mercado brasileiro de lubrificantes alcançou 1,5 milhão de metros cúbicos no último ano. A LubeKem, consultoria especializada, informa que o setor de lubrificantes para refrigeração industrial representa cerca de 30% desse total.

A Moove, multinacional brasileira da Cosan, realizou um teste em uma indústria de alimentos em Goiânia. No teste, foi utilizado o lubrificante Mobil Gargoyle™ Arctic 68 NH, que teria resultado em uma redução de 3,8% no consumo de energia de um motor de 450 cv, representando uma economia anual de R$ 37 mil por compressor.

A linha é indicada para várias aplicações, incluindo compressores rotativos e alternativos industriais, congelamento de alimentos e refrigeração em transporte marítimo. Específico para compressores com amônia, o lubrificante controla a viscosidade, reduz o consumo de óleo e otimiza o fluxo em baixas temperaturas.

Leveros moderniza loja conceito em São Paulo

A Leveros reabre neste mês sua loja conceito na Barra Funda, São Paulo. Com 700 m², o espaço é destinado a arquitetos e clientes, oferecendo ambientes temáticos, workshops e eventos.

A nova estrutura apresenta quatro salas temáticas: varanda gourmet, sala gamer, home office e sala de estar. Cada ambiente é equipado com produtos específicos para suas necessidades.

“Queremos proporcionar uma experiência completa, onde arquitetos e clientes possam testar nossos aparelhos e visualizar o efeito estético final”, afirma Tiziano Pravato Filho, CEO do Grupo Leveros.

A loja oferece suporte técnico, ferramentas digitais como a plataforma Espaço Profiz, e eventos para arquitetos.

Inspirada em gigantes como Ikea e Sonos, a modernização, assinada pela construtora Ideal Dream, teve um investimento de mais de R$ 1 milhão.

Refrigerando o Brasil: A história do ar-condicionado e da refrigeração

Do gelo à alta tecnologia, a história da refrigeração e ar-condicionado no país é marcada por avanços tecnológicos e transformações que impactaram tanto a vida cotidiana quanto setores industriais.

A história do ar-condicionado e da refrigeração no Brasil é recheada de avanços tecnológicos, adaptação climática e modernização da infraestrutura que tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento econômico e na qualidade de vida, tanto para usuários de sistemas em edificações quanto para indústrias alimentícias, farmacêuticas, de insumos e setores clientes. A prova de sua importância ao longo dos anos, culminou com o Decreto Nº 59.283 de 16 de março de 2020, a pedido do Conselho Nacional de Climatização e Refrigeração (CNCR), que os serviços prestados por essa indústria são imprescindíveis e essenciais para o enfrentamento da pandemia da Covid-19.

Esses sistemas têm contribuído significativamente para a saúde pública, conservação de alimentos, conforto ambiental e desenvolvimento econômico. À medida que o país continua a crescer e se urbanizar, a importância desses sistemas só tende a aumentar, impulsionando inovações e melhorias.

No Brasil, o início da refrigeração remonta da década de 1920, quando os primeiros sistemas de refrigeração foram introduzidos no mercado brasileiro por empresas como a General Electric. Esses sistemas eram inicialmente utilizados em setores específicos como a indústria alimentícia e hospitais, para conservar alimentos e medicamentos. Nas décadas de 1930 a 1940, os refrigeradores domésticos começaram a se tornar mais comuns nas residências brasileiras das classes mais altas. Os primeiros refrigeradores eram importados, principalmente dos Estados Unidos, e eram considerados artigos de luxo. As empresas importadoras brasileiras desempenharam um papel importante na introdução desses produtos. Elas eram responsáveis por trazer os equipamentos, distribuí-los e promover o uso da tecnologia de refrigeração no país. Com o tempo, a demanda crescente levou ao início da produção local de refrigeradores, com empresas brasileiras começando a fabricar esses aparelhos, adaptando-os às necessidades e condições locais.

Equipamento antigo de refrigeração

Refrigerador doméstico da década de 1930

Já o desenvolvimento do ar condicionado no Brasil foi marcado pela década de 1940 com a introdução de equipamentos, inicialmente em cinemas, hotéis e grandes estabelecimentos comerciais nas grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Assim como os refrigeradores, os sistemas de ar condicionado inicialmente eram importados, caros e complexos, acessíveis apenas a um segmento restrito da população. O crescimento econômico e a industrialização do Brasil na década de 1950, impulsionaram a demanda por aparelhos, especialmente no setor industrial e em edifícios comerciais. Empresas internacionais como a Carrier Corporation foram pioneiras na introdução do ar condicionado no Brasil. A Carrier, por exemplo, foi uma das primeiras a instalar sistemas de ar condicionado em grandes edificações e estabelecimentos comerciais. A presença de engenheiros e técnicos especializados ajudou a disseminar o conhecimento e a tecnologia no país. A construção de Brasília (DF), inaugurada em 1960, também foi um marco, pois muitos dos novos edifícios administrativos foram equipados com sistemas de ar condicionado para enfrentar o clima quente e seco do Planalto Central. Com o aumento da demanda e a necessidade de adaptar a tecnologia às condições locais, empresas brasileiras começaram a produzir e desenvolver suas próprias soluções de refrigeração e ar condicionado. Entre essas empresas, destaca-se a Brastemp, que à época, se tornou sinônimo de refrigeradores no Brasil, e a Springer Carrier, uma das primeiras a fabricar aparelhos de ar-condicionado localmente.

A introdução dos primeiros refrigeradores e sistemas de ar condicionado no Brasil foi um processo gradual que envolveu a importação de tecnologia e produtos de empresas internacionais, seguidos pela adaptação e produção local por empresas brasileiras. Este processo não só trouxe conforto e conveniência para as residências e estabelecimentos comerciais, mas também impulsionou o desenvolvimento industrial e econômico do país. Hoje, o Brasil possui uma indústria de refrigeração e climatização madura e diversificada, capaz de atender às demandas de um mercado em constante evolução.

Breve viagem pela história do frio

O Portal estadunidense “History of Refrigerantion” publicou um artigo interessante baseado em vários estudos feitos por especialistas da área, trazendo a história da refrigeração desde 1.000 aC, onde os chineses já colhiam gelo de rios e lagos para cerimônias religiosas enchendo seus porões de gelo. Hebreus, gregos e romanos colocavam grandes quantidades de neve em poços de armazenamento e cobriam-na com material isolante como grama, palha ou galhos de árvores. Eles usaram esses poços, além da neve para resfriar bebidas. Os egípcios e os antigos povos da Índia umedeciam a parte externa dos potes e a evaporação resultante resfriava a água que estava dentro destes. O primeiro grupo de pessoas a usar o armazenamento refrigerado para conservar alimentos foram os persas. Eles inventaram o Yakhchal, uma espécie de poço de gelo.

A coleta de gelo foi durante séculos o único método de refrigeração de alimentos. Na Inglaterra do século 18, os empregados coletavam gelo no inverno e o colocavam em câmaras, locais onde as camadas de gelo eram embaladas em sal, embrulhadas em flanela e armazenadas no subsolo para mantê-las congeladas até o verão. No século 19, as primeiras caixas de gelo começaram a aparecer na Inglaterra. Nessa época, surgiram os primeiros gelos comerciais com a disseminação de depósitos e geladeiras. Frederic Tudor começou a fabricar gelo na Nova Inglaterra e a enviá-lo para as ilhas do Caribe e para os estados do Sul. No início, ele teve um desperdício de gelo de 66%, mas com navios melhor isolados reduziu o desperdício para 8%. Ele expandiu o mercado de gelo e, no início da década de 1830, o gelo tornou-se uma mercadoria do mercado de massa. O primeiro a fazer uma descoberta foi o professor escocês William Cullen, que projetou uma pequena máquina de refrigeração em 1755. Ele usou uma bomba para criar um vácuo parcial sobre um recipiente de éter dietílico. O éter ferveu e absorveu o calor do ar circundante. Isto resultou em uma pequena quantidade de gelo, mas a máquina não era prática naquele momento. Benjamin Franklin e John Hadley fizeram experiências com refrigeração em 1758 com o bulbo de um termômetro de mercúrio e concluíram que a evaporação de líquidos como álcool e éter poderia ser usada para baixar a temperatura de um objeto abaixo do ponto de congelamento da água.

Sistema externo para climatização interna dos anos 1950

Em 1805, o americano Oliver Evans projetou um refrigerador que se baseava em um ciclo fechado de éter comprimido. O design permaneceu em fase de protótipo. Alexander Twinning começou a vender uma máquina de refrigeração baseada neste princípio em 1856, enquanto o australiano James Harrison ampliou esse projeto e o adaptou para as indústrias de embalagem de carne e de fabricação de cerveja. Ferdinand Carré introduziu a amônia como refrigerante em 1859, mas ela tinha mau cheiro e era venenosa quando vazava, por isso não foi usada por muito tempo. Alternativas sintéticas foram desenvolvidas durante a década de 1920, uma delas foi o Freon por possuir baixo ponto de ebulição, tensão superficial e viscosidade, o que o tornava um refrigerante ideal. Na década de 1970, descobriu-se que Freon representava um problema para o meio ambiente, sendo substituído ao longo doas anos subsequentes por fluidos refrigerantes menos agressivos.

Legado
Livro escrito pela jornalista Cristiane Di Rienzo

Livro Memória da Refrigeração e do Ar Condicionado no Brasil, publicado em 2006

O legado do setor de HVAC-R no Brasil é vasto e inclui centenas de empresas, executivos, fabricantes, entidades e associações que contribuíram para o desenvolvimento deste mercado, abrangendo melhorias significativas na economia, qualidade de vida, sustentabilidade ambiental, inovação tecnológica e educação. Este setor não só ajudou a modernizar a infraestrutura do país, mas também proporcionou conforto, segurança e bem-estar.

A Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) em comemoração aos 60 anos de sua fundação, lançou em 2022 o livro comemorativo “Abrava 60 anos”, que destaca a história e ações realizadas ao longo dos anos em prol do HVAC-R e setores representados, empresas pioneiras, desenvolvimento da entidade, e seus comitês.

O livro “Memória da Refrigeração e do Ar Condicionado no Brasil – Uma História a Ser Contada”, da jornalista Cristiane Di Rienzo, foi publicado em 2006 pelo Sindratar-SP, e conta a história do setor de HVAC-R no Brasil, desde sua implementação, abordando as primeiras instalações, as principais empresas, entidades de classe e outros assuntos de interesse.

À medida que a tecnologia avança e as preocupações ambientais se intensificam, o setor de HVAC-R continuará a evoluir, mantendo seu papel fundamental no desenvolvimento sustentável do Brasil.

GP Auto Ar completa 42 anos

Neste mês de junho, a GP Auto Ar celebrou 42 anos de atividade. Fundada em 1982, a companhia, sediada em Jaraguá do Sul (SC) desde 1998, atua no mercado de instalação e manutenção de ar-condicionado automotivo.

A companhia tem se destacado pela dedicação de sua equipe e pela confiança depositada por seus clientes. A comemoração incluiu uma festa em reconhecimento ao mercado e em agradecimento a todos os que contribuíram para o sucesso da empresa ao longo de mais de quatro décadas.