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Danfoss amplia portfólio de máquinas compatíveis com HFOs

O lançamento de novas unidades condensadoras Optyma e compressores MTZ/NTZ expandiu o portfólio Danfoss de soluções de refrigeração para uso com R-454C, R-455A e R-1234yf, três hidrofluorolefinas (HFOs)  levemente inflamáveis (A2L) de baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês).

Exibidas pela primeira vez na Euroshop do ano passado, as novas unidades condensadoras multirrefrigerantes Optyma Slim Pack e Optyma Plus também apresentam alta taxa de eficiência energética, segundo a companhia dinamarquesa.

“Os refrigerantes A2L são soluções ecologicamente corretas que atendem a restrições cada vez mais rígidas – mas exigem testes e projetos de segurança específicos, devido à sua leve inflamabilidade”, disse Rogerio Salhab Federici, chefe de soluções de sistema da Danfoss Climate Solutions.

“As novas unidades condensadoras Optyma foram submetidas a teste de ignição em laboratórios independentes e projetadas com precauções de mitigação de risco, como uma caixa elétrica selada, orifícios e aberturas para garantir a diluição do refrigerante, dando aos instaladores tranquilidade.”

Complementando as novas unidades de condensação, os compressores alternativos comerciais MTZ e NTZ da empresa – para aplicações de média e baixa temperatura, respectivamente – agora estão qualificados para uso com refrigerantes R-454C e R-455A e vêm em uma configuração multirrefrigerante.

Novas condensadoras apresentam alta taxa de eficiência energética, ressalta fabricante

Alta do cobre preocupa distribuidores

O fornecimento de cobre pode estar em risco no curto prazo. Desde o ano passado, a produção do metal vem caindo nos principais países produtores. Para agravar a situação, os estoques da commodity chegaram ao mais baixo nível dos últimos 15 anos, segundo uma análise do Bank of America.

O documento aponta que a expansão da demanda estaria colaborando para a escassez da matéria-prima e o consequente aumento do preço.

O cenário, obviamente, tem preocupado os distribuidores de tubos de cobre para instalação de sistemas de refrigeração e ar condicionado em todo o mundo.

“A queda da oferta do cobre gera um grande impacto negativo em nosso mercado, justamente porque nossa clientela é composta, em sua maioria, por instaladores, empresas de engenharia e construtoras”, diz o coordenador de vendas da Zeon, Aílton César Marcomini.

Mesmo com a alta de quase 100% em seu preço nos últimos 12 meses, “a demanda continua muito grande, pois todas as obras em andamento e novos projetos necessitam desse material”, informa o gestor da distribuidora.

Embora a redução de sua oferta e o aumento de preço pareçam não ter afetado, por enquanto, as instalações de equipamentos de refrigeração e ar condicionado, muitos já se perguntam o que aconteceria se os tubos de cobre deixassem de existir para a realização desse tipo de serviço.

Afinal de contas, o insumo é um dos produtos mais utilizados no setor. David Juan Navarrete, presidente da Associação Espanhola de Atacadistas e Distribuidores de Produtos de Climatização, diz que sua falta seria “muito preocupante”.

Se o produto acabasse, prossegue o executivo, teríamos “depósitos cheios de máquinas, mas que não poderiam ser vendidas, devido à falta de um elemento essencial para a realização de instalações”, alerta.

Preço do cobre, um dos insumos mais utilizados no setor de refrigeração e ar condicionado, subiu quase 100% nos últimos 12 meses | Foto: Shutterstock

BRF anuncia investimento em frigoríficos no Paraná

A BRF, maior processadora de carne de frango do Brasil, anunciou que vai investir R$ 292 milhões até 2022 para modernizar instalações no Estado do Paraná.

A companhia também disse que vai retomar a produção de peru em sua fábrica de Francisco Beltrão, que em março recebeu autorização para exportar produtos para o México.

Como parte dos planos, a unidade de Francisco Beltrão, onde a BRF também produz frango, será expandida. A meta da empresa é processar cerca de 7.500 aves por dia na planta até o segundo trimestre de 2022.

A expansão da unidade também criará mais de 400 empregos diretos, disse a BRF.

Armacell desenvolve mantas de isolamento que suportam altas temperaturas

A Armacell desenvolveu uma manta de isolamento aerogel, cuja tecnologia é uma das mais avançadas do mercado. O aerogel é composto por uma base de gel, na qual foi retirada a água e colocado ar, tornando o material seco, poroso e mais leve.

“Este material transforma-se num pó à base de sílica que serve como base para fabricar a manta de Armagel, com espessura reduzida – pode ser até 80% mais fino que outras soluções – e que suporta temperaturas de -180 até 650 graus Celsius”, explica Juan Herrero, gerente de desenvolvimento de negócios da Armacell na América Latina.

Segundo Herrero, a aplicação desta manta é ideal em tubulações usadas nas plataformas de petróleo off shore, plantas petroquímicas, refinarias e tanques de combustível, onde o espaço é bastante limitado. “Como este material não absorve água, evita-se a corrosão sobre o isolamento. A manta térmica também garante maior eficiência energética, reduzindo os custos operacionais”.

O tempo de vida útil da manta é longo e proporcional ao uso da tubulação, se for bem instalada e protegida. Todavia, o executivo alerta para que a inspeção no equipamento seja realizada, de acordo com o cronograma de manutenção estabelecido, para se observar possíveis pontos de corrosão. “O isolamento pode ser retirado para a manutenção e reutilizado, isto também é uma vantagem que nosso produto oferece”.

Outro aspecto importante é que o produto é seguro para o meio ambiente, não tem cloretos e pode ser eliminado em aterros sanitários. O Armagel não é biodegradável e deve ser eliminado de acordo com as normas locais.

Com 23 unidades de produção em 15 países, o mercado de energia é estratégico para a expansão da Armacell no Brasil e no mundo.  “Temos alguns projetos importantes que devem evoluir nos próximos meses. Nossa principal vantagem em relação à concorrência é que a nossa manta é altamente flexível e pode ser fornecida em espessuras de até 20mm, reduzindo custos da instalação”, afirma Herrero.

O uso de mantas de isolamento térmico se faz necessário para garantir a proteção de equipamentos e, principalmente, a segurança dos trabalhadores.

Termomecanica tem novo Centro de Distribuição na Carolina do Norte

A Termomecanica está dando mais um passo importante na sua estratégia de expansão para mercados internacionais. A líder no setor de transformação de Cobre e suas ligas e também na fabricação de produtos em Alumínio investiu na abertura de um Centro de Distribuição na Carolina do Norte, estado localizado no sudeste dos EUA. A região foi escolhida pela proximidade com os principais e potenciais clientes da companhia e também com o Porto de Norfolk, importante centro portuário no País. A iniciativa faz parte dos investimentos da ordem de R﹩ 300 milhões previstos para o triênio 2019-2021.

O mercado norte-americano é um dos maiores e mais estáveis do mundo e também um dos mais importantes para as exportações da companhia. Fundamentalmente, a Termomecanica fornece tubos, vergalhões e laminados de Cobre e suas ligas para as indústrias do setor automobilístico, refrigeração, construção civil, vestuário, segurança, telecomunicações, mecânica, entre outras. Além disso, o novo Centro de Distribuição atenderá ao mercado de reposição, que consiste nas empresas e distribuidores que fornecem ao consumidor final, em menores volumes.

“Mesmo durante a crise devido à pandemia, o mercado norte-americano seguiu demandando um alto volume de produtos, sem quedas substanciais, o que inclusive foi fundamental para diminuir os impactos nos nossos resultados nesse período. Afinal, aqui no Brasil, o cenário continua complicado, à medida em que vimos diversas indústrias diminuindo e até mesmo parando sua produção. Sendo assim, estarmos mais próximos desse mercado é muito importante e cria excelentes perspectivas de aumento de vendas, consolidando a marca Termomecanica na região”, explica Luiz Henrique Caveagna, diretor geral da Termomecanica.

Segundo o executivo, embora seja muito difícil estimar o potencial de mercado para esses produtos, o acompanhamento presencial permitirá uma análise e um conhecimento mais preciso do atual cenário e também das demandas do País. Além disso, será crucial para trazer mais agilidade e flexibilidade, bem como aumentar a qualidade do serviço prestado aos clientes. “Estamos, há bastante tempo, nos preparando para isso. Um time de profissionais está dedicado a estudar todas as oportunidades de mercado. Somente desta forma será possível prever o quanto o novo Centro de Distribuição impactará nas vendas, futuramente. “, ressalta.

A previsão é de que o novo Centro de Distribuição inicie sua operação ainda em 2020. A infraestrutura está pronta, apenas aguardando algumas liberações de órgãos reguladores dos Estados Unidos. O atraso nessas burocracias está relacionado à pandemia.

Caminho sem volta

Fluidos como o R-290 e o R-600a ganham mais espaço no mercado a partir de normas como a ISO 5149.

A Busca por processos cada vez mais seguros e boas práticas em torno do manuseio e da armazenagem de fluidos refrigerantes inflamáveis tem levado fabricantes desses produtos e de equipamentos de climatização e refrigeração comercial a investir em inovações tecnológicas e a adotar normas técnicas para facilitar o dia a dia dos profissionais do setor.

Essa corrida ganhou corpo há aproximadamente cinco anos, quando foram iniciadas novas pesquisas sobre os potenciais de utilização de fluidos com baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês). Em 2020, em função da pandemia, houve uma freada brusca na evolução das migrações, conforme atestam gestores do mercado ouvidos pela Revista do Frio.

 Mesmo assim, o trabalho não cessou. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com apoio do Comitê Brasileiro Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (CB-55), por exemplo, publicaram em 2020 três das quatro partes da ABNT NBR ISO 5149. A parte 2 da norma, atualmente em fase conclusiva de elaboração e tradução, deve ser divulgada em breve.

A NBR ISO 5149 especifica os requisitos para aspectos de segurança e ambientais em relação à operação, manutenção e reparo de sistemas de refrigeração, recolhimento, reutilização e descarte de todos os tipos de fluidos refrigerantes, óleo lubrificante, fluido de transferência de calor, sistema de refrigeração e parte deles.

“Os estudos têm se focado no uso de fluidos inflamáveis (A3) e levemente inflamáveis (A2L). Com iniciativas de parcerias estrangeiras, existem máquinas no mercado com R-290 para refrigeração comercial, e alguns estudos para R-32 ou R-454B para ar condicionado. Mas ainda nada concreto em larga escala de produção”, explica Danilo Gualbino, gerente técnico da Emerson.

Segundo ele, o CB-55 vem trabalhando em algumas normas sobre o assunto, e em breve o mercado terá mais regulamentos sobre manuseio e armazenagem de fluidos inflamáveis, assim como cartilhas sobre boas práticas. “São trabalhos longos que precisam do apoio da indústria e dos profissionais da classe”, salienta.

O gestor acredita que o crescimento do segmento nos próximos anos deve ser influenciado principalmente pela sustentabilidade, redução da emissão de CO2 e no consumo de energia e pelas quebras de paradigmas quanto à operação de sistemas com fluidos inflamáveis.

Para atender às demandas que se apresentarão quando a economia começar a se recuperar, a Emerson oferece compressores das linhas YP e YA, cujo desenvolvimento traz como principais vantagens o uso de menor carga de fluido refrigerante quando comparado com um sistema com R-410A, portanto, com menor GWP.

“Esses equipamentos trazem maior capacidade de resfriamento e, como consequência, melhor eficiência, principalmente quando falamos do R-32 versus R-410A”, complementa Gualbino, enfatizando que o fato de o Brasil ainda não ter ratificado a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal acabou dificultando alguns projetos de saírem do papel.

Segundo o pacto climático, o Brasil faz parte do grupo de países deverá congelar o consumo dos hidrofluorcarbonos (HFCs) em 2024 e iniciar sua redução escalonada a partir de 2029, para em 2045 atingir o consumo máximo de 20% em relação à linha de base (média do consumo antes do congelamento).

Hoje, os carros-chefes da Emerson são os compressores e componentes para uso com o R-410A, conforme pontua o diretor comercial André Stoqui. “Esses produtos estão presentes tanto em ar-condicionado para conforto, como na indústria de processo, e em algumas aplicações de refrigeração comercial”.

A gradual mudança do mercado de fluidos refrigerantes também levou a profundas transformações nos negócios da Embraco, marca que agora faz parte do portfólio da Nidec Global Appliance. Esse processo reforçou os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para a fabricação de compressores que utilizam os refrigerantes como o propano (R-290) e o isobutano (R-600A).

“Ambos já são uma parte considerável do nosso portfólio de compressores e unidades condensadoras. Isso porque a migração para refrigerantes naturais é um movimento mundial. Eles são considerados inflamáveis, mas as normas criadas para regulamentar seu uso garantem a segurança dessa utilização”, argumenta Fábio Venâncio, gerente de vendas responsável pelo portfólio Embraco para aplicações comerciais e mercado de reposição na América Latina.

Segundo ele, com a alta demanda do mercado, principalmente no segundo semestre do ano passado, os clientes focaram em entregaras produções e seguraram os novos desenvolvimentos, impactando diretamente nas migrações para os chamados refrigerantes naturais.

“Nossa expectativa, porém, é que os novos desenvolvimentos sejam retomados a partir do segundo trimestre de 2021”, projeta.

O gestor conta que entre os clientes de grande porte da multinacional, tanto do segmento de refrigeração comercial quanto do doméstico, todos já possuem produtos que utilizam R-600a e R-290. “No entanto, todos eles ainda utilizam plataformas para R-134a e R404A, entre outros tipos de HFCs”, preocupa-se.

Atualmente, entre os equipamentos da Embraco para o mercado brasileiro que usam refrigerantes naturais, destacam-se algumas famílias de compressores, como o modelo FMF, voltados à refrigeração comercial de todos os segmentos, desde o varejo de alimentos até a área médica. Já para o segmento residencial, a empresa oferece a família de compressores da linha EM, cujos modelos mais modernos disponíveis no país são o EM2 e o EM3.

“Acreditamos que o uso de refrigerantes naturais são uma parte importante do presente e do futuro da refrigeração. Por isso, direcionamos nossos esforços para desenvolver compressores e unidades condensadoras aptos a utilizar esses tipos de fluidos, que não causam a destruição da camada de ozônio e têm impacto mínimo no aquecimento global, além de contribuírem para a eficiência energética do equipamento”, completa Venâncio.

Gabriel Pardo: aprendizagem passada de pai para filho

Com seu jeito divertido e envolvente, Gabriel Pardo, conhecido como “Mestre da Refrigeração” não poupa esforços para levar aprendizagem aos quatro cantos do país.

Começou sua carreira profissional no mercado de HVAC-R em 2003 junto com seu pai, também da área de refrigeração, e hoje comanda sua empresa, a GP Assessoria, localizada em Sorocaba, interior de São Paulo.

Figura ativa nas redes sociais, desde cedo Gabriel liderou equipes de profissionais em multinacionais e empresas de prestação de serviços, o que considera um de seus grandes desafios.

“Costumo dizer que fui criado com o dinheiro proveniente da refrigeração, uma vez que meu pai também é da área. Desde que entrei para o setor, já atuei no segmento de refrigeração comercial leve, pesada e industrial em plantas de amônia e climatização, liderando grandes equipes de manutenção com profissionais muitas vezes mais velhos e mais experientes tecnicamente, isso foi um dos maiores desafios que tive dentro de multinacionais e empresas de prestação de serviço.

Logo sai da função de mecânico e passei para a função de líder, supervisor e gerente”, diz Gabriel.

Como mecânico, Gabriel aprendeu o que precisava da parte técnica, como líder, a liderar pessoas, como supervisor, a lidar com empresas, e como gerente, todo dia é um novo aprendizado!

Em suas múltiplas funções, Gabriel também é professor, ministrando cursos online e presencial, formando cerca de 10 mil profissionais.

“Dois anos após entrar no segmento, comecei a dar aulas para dividir meu conhecimento com outras pessoas, e foi a melhor sensação de todas. Hoje posso olhar para trás e ver que foram quase 10 mil alunos formados presencialmente e online, não sei se existe recompensa maior do que saber que milhares de famílias são sustentadas pela refrigeração, e muitos desses profissionais deram os primeiros passos através do conhecimento que compartilhei, isso não tem preço”, comemora.

Figura ativa nas redes sociais, Gabriel lidera equipes de profissionais do setor

Para ele o mercado de HVAC-R é primordial para toda a sociedade, desde o pãozinho do café da manhã que comemos, até o smartphone que utilizamos: “No processo de produção, armazenagem e transporte tem espaço para os profissionais do nosso segmento. Faça um teste agora e perceba que em tudo a cadeia do frio é presente, e esse mercado está em crescente evolução, seja na indústria, comércio, conforto e logística, sendo que, alguns desses processos nem podem funcionar sem a refrigeração e climatização”.

Com toda sua expertise, Gabriel se empenha dia a dia em levar conhecimento para milhares de profissionais e destaca a relevância do PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle), muitas vezes colocado em segundo plano, além da qualificação da mão de obra.

“O PMOC deixou de ser apenas uma tendência e se tornou uma realidade, a oferta está crescendo a cada dia, e atualmente, a preocupação com saúde tornou-se eminente. Um PMOC bem executado garante qualidade do ar em ambientes climatizados, ou seja, saúde para os ocupantes. Diariamente eu recebo ligações de alunos que estão negociando contratos com grandes empresas, alguns deles nem sabiam que teriam chance de estar disputando com grandes empresas do nosso mercado. Temos muitos técnicos bons, mas vários não conhecem a fundo sobre isso, desta forma, perdem muitas oportunidades de negócios, quanto mais conhecimento aplicado, maior oportunidade dentro do nosso segmento”.

 

Treinamento e qualificação

Para Gabriel, a constante atualização profissional traz inúmeros benefícios na qualificação de colaboradores, pois gestores e equipes trabalharão na tendência de mercado, com estímulo e fortalecimento. Este fato garante aos negócios um diferencial e competitividade no setor.

“Eu e minha equipe de 10 colaboradores ministramos treinamentos para diversas áreas do setor de HVAC-R. Os cursos são voltados para os segmentos técnicos e de gestão. Sabemos que muitos profissionais perecem por falta de conhecimento e a indústria do frio está carente de mão de obra qualificada, mais de 30% dos meus alunos presenciais já saem empregados da escola ou disputando vagas no mercado, em alguns casos, muitos já começam a empreender e trabalhar prestando serviços no setor”.

Com centenas de amigos que fez através da refrigeração, uma grande motivação de Gabriel é sua família! Casado com Lilian, conta com o apoio incondicional também de seus pais, Marcel e Inês. Com o pai, ele mantém um canal no YouTube – Refrigeração na Prática e no seu próprio canal Gabriel Pardo Mestre PMOC, conta com 6 mil inscrições.

 

A família é sua maior motivação e apoio em tempo integral

“Minha família é minha maior motivação, minha esposa, Lilian, me apoia todos os dias, além de meu pai Marcel, que me ajudou e continua me ajudando profissionalmente, como também minha mãe Inês, que todos os dias dobra os joelhos pedindo proteção para minha família. Tenho centenas de amigos que a refrigeração e a internet me trouxeram, entre eles, a equipe da Revista do Frio e todo o corpo operacional, que são inspiração para mim. Gosto de tocar violão, games, e jiu jitsu nas horas vagas. Entre todas as conquistas, a maior delas é conseguir ajudar muitos amigos da refrigeração a crescerem e evoluírem e quero ser sempre lembrado por isso. Fica aqui registrada a minha gratidão a todos que me ajudaram desde do início da minha caminhada profissional, meus familiares, amigos, professores e alunos, e que sempre transborde prosperidade na vida das pessoas”!

Gabriel deixa o seu recado: “Sonhador não é quem dorme o dia todo, e sim, quem perde o sono pelo seu sonho. Faça seu trabalho sempre com amor e o dinheiro se tornará consequência”.

Compressores de velocidade variável são o caminho para a economia de energia na refrigeração

A energia, sua geração e disponibilidade, são não apenas fundamentais para a economia de todos os países e para a saúde de qualquer população, mas também uma questão ambiental global. O mesmo acontece com a refrigeração. Embora ela seja vital para a preservação dos alimentos e o desenvolvimento da economia, assim como para a medicina e os progressos científicos, é também uma grande consumidora de energia: a estimativa do Instituto Internacional de Refrigeração é que o setor (incluindo ar-condicionado) consome cerca de 17% da eletricidade usada em todo o mundo.

A refrigeração é um setor altamente tecnológico e a eficiência energética está entre as prioridades na busca constante por evolução e inovação dessa indústria. Um de seus direcionadores tecnológicos é o compressor de velocidade variável (também conhecido por compressor inverter), que, depois de provar suas vantagens e se tornar tendência no mercado de condicionadores de ar e aplicações de refrigeração doméstica, agora está ganhando cada vez mais espaço na indústria de refrigeração comercial em todo o mundo.

Em comparação com o compressor de velocidade fixa (também conhecido como on-off), o de velocidade variável tem um tipo de motor diferente, o motor BLDC (corrente contínua sem escova). Trata-se de um motor trifásico de corrente contínua. Outra diferença é que este motor trabalha conectado com um dispositivo chamado inversor de frequência. O inversor controla o motor do compressor, proporcionando diferentes velocidades de rotação em função da carga térmica do sistema de refrigeração, diminuindo a rotação quando a temperatura ideal é atingida e aumentando quando é necessária maior remoção de calor.

Graças a estas características, os compressores de velocidade variável têm significativas vantagens sobre os de velocidade fixa, e aqui as listamos na perspectiva que mais importa: a do usuário final.

Economia de energia. Um compressor tradicional de velocidade fixa opera em velocidade constante (3000rpm a 50Hz / 3600rpm a 60Hz), continuamente ligando e desligando para atender a demanda de resfriamento do equipamento. Este modo de operação exige uma carga de energia abrupta durante a partida do compressor. Posteriormente, o compressor opera em sua rotação máxima por todo o período de funcionamento, independente da carga térmica, o que leva ao desperdício de energia.

Como descrito previamente, compressores de velocidade variável utilizam uma eletrônica integrada, que permite controlar a velocidade de rotação, diminuindo ao atingir a temperatura alvo, e aumentando quando houver necessidade de mais remoção de calor, idealmente sem ligar e desligar (ou com uma consistente redução dos ciclos de ligar e desligar e com uma potência de partida limitada, em relação aos compressores on-off). Isso permite que o compressor use apenas a quantidade de energia necessária em cada momento e nada mais.

A economia de energia com a utilização de velocidade variável varia de acordo com a aplicação, mas é sempre muito significativa. A Embraco fez diversos estudos de casos com compressores e a única mudança feita foi a troca de um compressor de velocidade fixa por um de velocidade variável. O resultado foi uma economia de energia de pelo menos 15% e de até cerca de 40%. Apenas para citar um exemplo, em um freezer horizontal com desempenho otimizado – por utilizar um compressor on-off de alta eficiência com refrigerante R-290 – a redução de energia foi de 32,6% em uma temperatura ambiente de 20°C, quando usado um compressor de velocidade variável com lógica de controle Smart Drop In (SDI), sem qualquer outra otimização do sistema.

 

Recuperação de temperatura mais rápida. Os compressores inverter se recuperam das aberturas de portas com muito mais rapidez. Em rotações mais altas, esses compressores são capazes de regular rapidamente o delta entre as temperaturas do produto e do ambiente.

Possuem um tempo médio de pulldown (abaixamento de temperatura) menor, que é o tempo necessário para baixar a temperatura do produto, desde sua temperatura inicial (no gabinete do refrigerador) até a temperatura final desejada. Os testes com compressor inverter têm mostrado uma redução média de 20% no tempo de pulldown em comparação aos on-off.  Esse modo de trabalho também contribui para a economia de energia em relação aos compressores tradicionais: o compressor inverter atinge rapidamente as condições estabilizadas, nas quais funciona a uma baixa rotação (com economia de energia).

Baixo nível de ruído e vibração. A tecnologia de velocidade variável permite que as aplicações também gerem menos ruído (menos barulho), em razão de operarem em rotações mais baixas por períodos mais longos do que a de velocidade fixa. Além disso, existe a característica da “partida suave”, que significa que o compressor inicia a operação com uma velocidade mais baixa e, em alguns minutos, acelera até atingir a velocidade necessária, ajustando continuamente a corrente para fornecer a energia requerida dependendo das condições do sistema, com menos vibração e ruído. É importante ressaltar que, em alta rotação, acima de 3600 RPM, o ruído do compressor de velocidade variável é equivalente a um compressor liga-desliga.

Ciclo de vida. Devido à forma como o compressor de velocidade variável trabalha, controlando sua velocidade de rotação de acordo com a temperatura necessária, com longos períodos de funcionamento em baixa velocidade, sua expectativa de vida útil será inerentemente mais duradoura em comparação com o compressor de velocidade fixa.

Ampla faixa de tensão. Graças ao inversor de frequência, eletrônica que comanda o compressor, os sistemas de refrigeração com velocidade variável tem um comportamento muito bom em fortes flutuações de tensão (situações que podem acontecer em muitos países): em baixas tensões, onde o compressor on-off pode nem dar partida, um de velocidade variável o faz. Por exemplo, em locais onde a tensão é de 115V60Hz, por regulamentação, a tensão da rede pode variar de 98V até 127V. O compressor on-off irá funcionar apropriadamente se a tensão estiver dentro deste intervalo, entretanto, sabemos que na prática a tensão muitas vezes pode estar fora destes limites. No caso do compressor de velocidade variável, considerando que utilize um inversor de frequência 115V, ele pode operar normalmente em um intervalo que pode variar entre  70V e 140V.

Eficiência de espaço. Os compressores inverter não são apenas energeticamente eficientes, eles também são eficientes em espaço. Isso porque pode-se produzir um compressor de velocidade variável em menor tamanho para fazer o mesmo trabalho de um compressor de velocidade fixa, que é maior. Durante a fase do projeto para o compressor on-off é necessário projetar seu tamanho para suportar o maior pico de capacidade de resfriamento, uma vez que ele sempre operará em velocidade máxima. Já em um compressor de velocidade variável, o tamanho pode ser projetado para a velocidade média que ele terá na maior parte do tempo, que será uma velocidade mais baixa. Ao liberar mais espaço dentro de gabinetes comerciais sem mudar nenhuma dimensão externa, os fabricantes podem projetar equipamentos de forma mais criativa e fornecer opções de layout mais flexíveis para as lojas.

Há mais do que isso

Além da velocidade variável, outra tecnologia que contribui para a eficiência energética do compressor são os fluidos hidrocarbonetos. Devido às características termodinâmicas dos refrigerantes HCs, proporcionam também, por si sós, uma economia de energia em relação aos HFCs (hidrofluorcarbonetos). Nos testes, usando um compressor on-off, na mesma aplicação, trocando somente o refrigerante HFC R-404A para o refrigerante natural R-290, a energia economizada atingiu em torno de 10%, gerando a mesma capacidade de refrigeração.

Apesar dos fatos aqui destacados terem um impacto mais alto na refrigeração comercial do que na residencial, a adoção da velocidade variável na refrigeração doméstica tem sido alta em muitos países devido a rígidas regulamentações de consumo de energia. Um exemplo é a Europa, onde as regulamentações para classificação de eletrodomésticos por seu nível de consumo de energia estão em vigor há muitos anos. Enquanto isso, na refrigeração comercial, a penetração da velocidade variável – apesar de já ser importante em gabinetes integrados para varejistas – ainda tem um amplo espaço de crescimento. Em março, a Europa já adicionou novas regulamentações que irão contribuir para a difusão dos compressores inverter.

Segundo a Nidec, na refrigeração comercial os principais obstáculos para a adoção de compressores de velocidade variável são: seus benefícios ainda pouco disseminados, seu preço, superior ao compressor de velocidade fixa e a necessidade de uma unidade de controle adicional para regular os parâmetros de funcionamento dos compressores, que existiu por muitos anos e encarecia todo o sistema.

Mas isso está mudando. Graças à evolução da tecnologia do compressor e seus eletrônicos embutidos, a diferença de preço dos compressores inverter em comparação aos compressores on-off tende a diminuir. Além disso, levando em consideração a economia na conta de energia, o investimento tem um retorno rápido (até seis meses em algumas aplicações para o varejo). Em relação à necessidade de uma unidade de controle, isso não é mais verdade. Existem soluções disponíveis no mercado que eliminam a necessidade de uma unidade de controle adicional.

Neste novo momento de economia global em que proteger o meio ambiente ganha nova importância, cada vez mais, a eficiência energética está se tornando um critério relevante para a tomada de decisões e a tecnologia para isso está se tornando mais acessível. A tendência é vermos cada vez mais compressores inverter no mercado de refrigeração, tanto doméstica quanto comercial.

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Por: Daniel Fretta, Especialista de Engenharia de Aplicação na Nidec Global Appliance, onde atua com o portfólio Embraco

Com contribuições de Daniel Daniel Hofmann, John Prall, Daniel Hense, Peter Buksar e Marino Bassi, todos da Nidec Global Appliance.

 

Bitzer abre escritório no Paquistão

A fabricante de compressores Bitzer abriu um escritório de vendas em Karachi; seu primeiro escritório no Paquistão.

Embora os compressores Bitzer e outros produtos tenham sido bem representados e usados ​​no mercado do Paquistão por décadas, a nova instalação oferece contato direto com seu próprio escritório para serviços de vendas e pós-venda.

O fabricante alemão afirma ser o primeiro fabricante de compressores a operar diretamente no Paquistão. O escritório do Paquistão se reportará à Bitzer Middle East em Dubai.

Como a sexta maior população do mundo, o Paquistão é reconhecido como um mercado em crescimento, com uma população muito jovem e setores em ascensão, como habitação, têxteis, alimentos e bebidas.

Electrolux se une a “retrofit ambiental” em obra de Oscar Niemeyer

A Electrolux anunciou uma parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) para a remodelagem de uma das obras mais tradicionais do arquiteto Oscar Niemeyer a fim de torná-la mais sustentável. Com isso, a construção “Casa Niemeyer”, localizada em São José dos Campos, passa a ter móveis, eletrodomésticos e objetos de decoração com menor pegada de carbono e com foco em eficiência energética.

A obra, que faz parte do campus do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), foi inaugurada em 1940 e recebeu uma nova proposta arquitetônica em fevereiro deste ano. A configuração foi criada pelo HabiTAS, projeto de estudantes do ITA que olha para soluções mais sustentáveis em prédios públicos, como o monitoramento do consumo de água e energia e estações de carregamento para veículos elétricos.

Para equipar a casa, a Electrolux levará geladeira, forno, forno de micro-ondas, cooktop, máquina lava e seca, ar condicionado e lavadora de louças. A expectativa é que haja redução de 5% a 10% do consumo total de energia e 24% menos uso de água. Todos os itens serão controlados via aplicativo, por onde será possível mensurar, em tempo real, os percentuais de consumo de energia poupados.

A parceria servirá para alavancar as metas sustentáveis da Electrolux, como a pretensão de reduzir em até 25% as emissões de carbono dos produtos até 2025. “Essa parceria nos dará importantes insumos para evoluirmos, cada vez mais, em eficiência de água e de energia, assim como eliminação de CO2, já que 80% do total de emissões está concentrado no uso de eletrodomésticos”, diz João Zeni, Diretor de Sustentabilidade da Electrolux América Latina.

A casa agora passará por monitoramento pelos próximos três anos, e será habitada pelo idealizador e coordenador do projeto, professor Wilson Cabral de Sousa Júnior e sua família.

Casa Niemeyer foi inaugurada em 1940 e ganhou novo projeto arquitetônico em 2021Casa Niemeyer – Divulgação