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Fábrica de refrigeração pode se instalar no Pará

Representantes da Spig Torres de Resfriamento, empresa paulista do setor de refrigeração, participaram de uma reunião em Belém para avaliar a instalação de uma filial no Distrito Industrial de Barcarena. O encontro, realizado na quarta-feira (21), envolveu gestores da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), que apresentaram os incentivos fiscais e as oportunidades de negócio oferecidas pelo Estado.

Os incentivos fiscais oferecidos pelo Pará, que podem chegar a 95% de isenção para novas empresas industriais, foram destacados como um dos principais atrativos para a Spig. A empresa, que busca expandir sua presença na Região Norte, vê o Pará como uma localização estratégica, beneficiada por uma infraestrutura adequada e mão de obra qualificada.

João Luiz Castropil Silva, diretor da Spig, ressaltou que a instalação no Pará permitirá à empresa oferecer um atendimento mais personalizado aos clientes locais. “O apoio da Codec tem sido essencial para nos guiar na escolha do local e na compreensão das possibilidades de incentivos fiscais”, afirmou.

Carlos Ledo, secretário-adjunto da Sedeme, reforçou o compromisso do governo em apoiar o setor industrial e orientou os representantes da Spig a apresentarem uma carta consulta à Secretaria Operacional de Incentivos Fiscais (Secop) para formalizar o pedido de incentivos. Manoel Ibiapina, diretor de Atração de Investimentos e Negócios da Codec, destacou que a instalação de novos empreendimentos no Estado poderá gerar novos empregos e impulsionar o desenvolvimento econômico local.

Setor de ar-condicionado cresce 75% no primeiro semestre, apesar de desafios inflacionários

Produção de Splits dispara em 2024, enquanto setor HVAC-R enfrenta oscilações regionais e pressões nos preços, mantendo-se como um importante gerador de empregos formais no Brasil.

O mercado de ar-condicionado no Brasil apresenta um crescimento moderado em meio a um cenário econômico marcado por desafios inflacionários e variações nas vendas regionais de equipamentos. Dados do primeiro trimestre de 2024, retirados do “Boletim Econômico Termômetro AVACR – agosto 24” do Departamento de Economia e Estatística da ABRAVA, revelam um desempenho misto nas diferentes categorias de produtos, refletindo as condições econômicas e a demanda do mercado.

Os aparelhos de ar-condicionado tipo Split, por exemplo, registraram uma queda na produção anual, passando de 3.925 mil unidades em 2022 para 3.799 mil em 2023. Contudo, no primeiro semestre de 2024, houve um crescimento expressivo de 75,8% nas unidades produzidas, saltando de 1.301 mil em 2023 para 2.280 mil em 2024, segundo dados da SUFRAMA. Esse aumento significativo no início do ano sinaliza uma recuperação na demanda por esses equipamentos.

Por outro lado, os dados sobre os sistemas centrais de ar-condicionado, como os Chillers e as unidades de tratamento de ar (AHU), apresentam um panorama mais complexo. A produção de Chillers, medida em toneladas de refrigeração (TR), subiu ligeiramente de 203.696 TR em 2022 para 204.671 TR em 2023. No entanto, no primeiro semestre de 2024, houve uma retração de 13,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, com a produção caindo de 113.829 TR para 98.204 TR, conforme a RMS Consultoria. Já o segmento de Splitão mostrou uma queda anual de 10% em 2023, mas uma recuperação de 7,6% no primeiro semestre de 2024.

gráfico inflação no mercado de ar condicionado. Fonte: IBGE

Elaboração: Guilherme R.C. Moreira

As vendas regionais de equipamentos HVAC-R refletem essas variações, com diferenças significativas entre as regiões do país. As comercializações de Splits estão concentradas principalmente em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que respondem por 49% do mercado, enquanto São Paulo detém 6% das vendas. No segmento de Chillers, São Paulo lidera com 40% das vendas. O mercado de Splitão tem uma distribuição mais equilibrada, com São Paulo responsável por 26% das vendas e a região Nordeste por 21%. Quanto às AHUs, São Paulo também é o principal mercado, representando 29% das vendas, seguido de perto por Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que juntos somam 27%.

Além das vendas, o setor HVAC-R também se destaca pela geração de empregos formais, especialmente em São Paulo, que concentra 39,33% dos postos de trabalho no setor. Outras regiões como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais também desempenham papéis significativos, com 10%, 6,22% e 5,80% dos empregos, respectivamente. Em Minas Gerais, as atividades relacionadas à manutenção e reparação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial e comercial respondem por 8,1% dos empregos formais no setor, enquanto a instalação e manutenção de sistemas centrais representam 6,4%. A fabricação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial também é relevante, correspondendo a 6,1% dos empregos.

Em suma, o mercado de ar-condicionado no Brasil continua a ser um setor vital, tanto em termos de produção e vendas quanto na geração de empregos, apesar dos desafios inflacionários e das variações regionais.

Marcos Carvalho promove a busca por qualidade e não quantidade

Aos 52 anos, o goiano Marcos Aurélio Carvalho, proprietário da Du Ar Marcos, se considera multifunções em sua empresa fazendo um pouco de tudo, seja na área administrativa, como instalador, ajudante, até no marketing. Desde 2016 atuando na área de climatização e refrigeração, foi incentivado pelo primo a fazer um curso no SENAI de Goiânia (GO).

“Sempre com altas temperaturas em Goiânia, certa vez, na casa do meu primo trocamos uma ideia sobre o intenso calor em nossa cidade e incentivado por ele, fui procurar um curso na área e achei o SENAI de Goiânia, e em março de 2016, iniciei minha carreira na área de climatização. Conciliando o curso com o trabalho administrativo num colégio particular, no começo foi muito difícil porque eu tinha que utilizar o horário do almoço para estar com clientes, ir a campo e adquirir experiência. Sou uma pessoa muito curiosa, então, ao mesmo tempo que eu fazia cursos também estava de olho nos vídeos no YouTube publicados pelo Fernando Gaivota, que naquela época estava começando, como também os tutoriais do Rofran, além de participar de grupos de WhatsApp da área de climatização e refrigeração, em especial, o administrado pelo Carlos Djones. Essas pessoas se tornaram referência e incentivo para eu chegar até onde estou hoje”, comemora Marcos.

Dentre os principais desafios enfrentados atualmente em relação ao mercado de HVAC-R, Marcos chama a atenção sobre a quantidade de informações, muitas delas negativas e perigosas: “Não adianta o profissional buscar facilidades e simplificar algo que exige muito estudo e comprometimento. Hoje, o maior desafio é selecionar o que é importante, o estudo e a qualificação é a melhor defesa contra essa enxurrada de informações negativas e que prejudica o mercado, chegando a causar até algumas mortes pela falta de informação técnica de qualidade”.

Em seu canal no Instagram e grupos de WhatsApp que participa, ele tem o cuidado de filtrar as informações, publicar trabalhos em campo, ampliar sua rede de contatos e captar clientes através da sua visibilidade, além de incentivar seus seguidores a investirem em ferramentas, cursos, palestras e encontros do tipo Circuito dos Instaladores, que considera o mais importante que tem no país.

“Com certeza, o mercado hoje é mais competitivo, todas as empresas querem um pedaço e falta mão de obra qualificada, investimento, oportunidade e interesse das pessoas que moram nos grandes centros em buscar qualificação, pois as pessoas estão muito imediatistas”, enfatiza Marcos.

Do basquete ao rock and roll

Tanto no trabalho quanto na vida pessoal, Marcos também é eclético!

“Meus hobbies preferidos são música, basicamente rock and roll, mas escuto praticamente tudo, e o basquete, meu esporte de infância. Toco meu violãozinho de vez em quando e já tive duas bandas de rock. Mantenho até hoje uma turma do basquete que toda semana a gente joga, e antes que eu esqueça, eu também mando bem em uma sinuquinha”.

Realizado em sua vida pessoal, Marcos tem quatro filhos de seu primeiro casamento: Kim de 29 anos; Abgail de 23; Arthur com 18; e Ana Maria, com 15 anos. Há quatro anos, Marcos mantém um relacionamento com Sheyla Ferreira, sua fonoaudióloga preferida e parceira de vida.

Marcos deixa uma mensagem a todos os profissionais do mercado de HVAC-R: “Sejam humildades! Vamos olhar para aquele que está iniciando sua carreira e ajudar no que for preciso, vamos lutar para que tenha mais escolas profissionalizantes e gratuitas em todos as regiões do país, principalmente no Centro-Oeste, Norte e Nordeste”, conclui Marcos.

Em família, Marcos gosta de jogar basquete, sinuca e ouvir um bom rock and roll

Uma prosa sobre o setor com Jeferson e Tiago

CLUBE CAST DO FRIO – O empresário Jeferson Aquino e o influenciador Tiago Oliveira partilham experiências valiosas sobre o setor.

ABNT redefine padrões para qualidade do ar em ambientes climatizados

Entrou em vigor a NBR 17037, uma norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelece novos padrões para a qualidade do ar interior em ambientes não residenciais climatizados artificialmente. A nova norma substitui a Resolução 09, de 2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que até então regulava os parâmetros para a qualidade do ar em espaços públicos e coletivos.

A mudança está em conformidade com o disposto na Lei Federal 13.589/2018, que determina que os padrões de qualidade do ar interior, incluindo temperatura, umidade, velocidade do ar, taxa de renovação e grau de pureza, sejam regulados tanto pela resolução da ANVISA quanto pelas normas técnicas da ABNT.

Entre as principais alterações introduzidas pela NBR 17037, destacam-se:

O limite de concentração de dióxido de carbono (CO2) deixa de ser fixo em 1.000 ppm e passa a ser de 700 ppm acima do valor medido no ambiente externo.

A avaliação de partículas em suspensão PM10 e PM2,5 substitui a antiga análise de aerodispersóides, com limites de concentração de 50 μg/m³ e 25 μg/m³, respectivamente.

O valor máximo aceitável para a velocidade do ar foi reduzido de 0,25 m/s para 0,20 m/s.

A temperatura e a umidade relativa do ar agora têm limites definidos entre 21 a 26°C e 35 a 65%, independentemente da estação do ano.

A norma também exige a realização de pelo menos uma amostra de ar externo no mesmo período da avaliação interna para considerar as variações climáticas ao longo do dia.

As análises de qualidade do ar devem ser realizadas por laboratórios acreditados conforme a ABNT NBR ISO/IEC 17025, que assegurem a existência de um sistema de gestão da qualidade.

Além das análises semestrais, é necessário implementar um programa de gestão da qualidade do ar interno conforme a ISO 16000-40.

Nissan testa nova tecnologia de pintura para resfriamento de veículos

JAPÃO – A Nissan iniciou testes com uma tinta inovadora que promete reduzir a temperatura interna dos veículos durante o verão, diminuindo assim o consumo de energia do ar condicionado. Desenvolvida em colaboração com a empresa malaia Radi-Cool, a tecnologia utiliza metamateriais, compostos sintéticos que refletem a luz solar e minimizam a absorção de calor.

Desde novembro passado, um veículo de serviço Nissan NV100, equipado com a tinta experimental, está sendo testado no Aeroporto Internacional de Tóquio-Haneda. A escolha do local se deve às condições extremas de calor da pista, proporcionando um cenário ideal para avaliar a eficácia da tecnologia.

Segundo os resultados preliminares, a superfície do veículo tratado com a nova tinta registrou uma redução de até 12°C em comparação com um carro com pintura tradicional, além de uma diminuição de até 5°C na temperatura interna.

A tecnologia de resfriamento radiativo já é usada em edificações, mas a aplicação em automóveis apresenta desafios, como a necessidade de garantir uma espessura adequada e a compatibilidade com os padrões da Nissan.

A empresa ainda não divulgou quando a tecnologia poderá ser implementada em larga escala, mas o desenvolvimento contínuo aponta para um futuro onde veículos mais frescos e eficientes poderão se tornar uma realidade.

Irmãos Dias: Humor e Gestão

CLUBE CAST DO FRIO – Os gêmeos da A.Dias Ar Condicionado revelam o lado divertido de administrar e conviver juntos.

Mayekawa lança Chiller FUGU no Brasil com menor foot print

A Mayekawa do Brasil anunciou o lançamento do Chiller FUGU, um equipamento já consolidado no mercado europeu, que chega ao Brasil para atender às necessidades da indústria de bebidas e alimentos. Com um COP de 5,65, o equipamento promete eficiência energética.

O Chiller FUGU utiliza um volume reduzido de amônia, e de acordo com a Mayekawa, até três vezes menor em comparação com sistemas convencionais, o que aumenta a segurança nas operações. Ele é equipado com um compressor alternativo e possui resfriamento a água. A estrutura do equipamento inclui uma base metálica com bandeja integrada para evitar a dispersão de sujeira na sala de máquinas.

O sistema de controle inclui um CLP, software, painel com IHM Touch Screen de 7 polegadas e recursos para coleta de dados e controle de velocidade. Durante a Chillventa, o Chiller FUGU recebeu o selo da ATMOsphere, que certifica a eficiência em resfriamento limpo.

Silvio Guglielmoni, diretor comercial da Mayekawa do Brasil, destacou que o Chiller FUGU é uma adição relevante aos processos industriais, especialmente no setor de alimentos e bebidas.

Empresas brasileiras projetam US$ 4,21 mi na RefriAmericas 2024

De 24 a 25 de julho, sete empresas brasileiras do setor de HVAC-R participaram da RefriAmericas 2024, em Miami, através do Programa Abrava Exporta, uma parceria entre a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) e a ApexBrasil. A participação resultou em 687 reuniões e negócios já realizados no valor de US$ 230 mil, com expectativa de gerar mais US$ 4,21 milhões.

As empresas participantes—Asmontec, EBM-PAPST, EQ Tech (Frigoking), K11, Serraff, Sictell e Thermomatic—apresentaram seus produtos a um público especializado, incluindo visitantes da América Latina, América Central, América do Norte e Ásia. A iniciativa visa fortalecer parcerias comerciais e ampliar a visibilidade internacional dos produtos brasileiros.

Leila Vasconcellos, gestora do Programa Abrava Exporta, destacou que a participação das empresas na feira cumpriu com sucesso os objetivos estabelecidos. Segundo ela, ações como Rodadas de Negócios e Feiras no exterior são essenciais para aumentar o conhecimento sobre as inovações tecnológicas brasileiras e expandir a presença das marcas em novos mercados.

De 24 a 25 de julho, sete empresas brasileiras do setor de HVAC-R participaram da RefriAmericas 2024, em Miami, através do Programa Abrava Exporta, uma parceria entre a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) e a ApexBrasil. A participação resultou em 687 reuniões e negócios já realizados no valor de US$ 230 mil, com expectativa de gerar mais US$ 4,21 milhões.

As empresas participantes—Asmontec, EBM-PAPST, EQ Tech (Frigoking), K11, Serraff, Sictell e Thermomatic—apresentaram seus produtos a um público especializado, incluindo visitantes da América Latina, América Central, América do Norte e Ásia. A iniciativa visa fortalecer parcerias comerciais e ampliar a visibilidade internacional dos produtos brasileiros.

Leila Vasconcellos, gestora do Programa Abrava Exporta, destacou que a participação das empresas na feira cumpriu com sucesso os objetivos estabelecidos. Segundo ela, ações como Rodadas de Negócios e Feiras no exterior são essenciais para aumentar o conhecimento sobre as inovações tecnológicas brasileiras e expandir a presença das marcas em novos mercados.

Indústrias Tosi inaugura nova planta fabril em Cabreúva, SP

A Indústrias Tosi, pioneira na produção de serpentinas, fan-coils e self-containeds no Brasil, apresentou sua nova planta fabril em Cabreúva, no interior de São Paulo. O novo espaço, que agora centraliza toda a divisão de ar condicionado da empresa, inclui também os escritórios, espaços de coworking, salas de reunião, departamento de engenharia, centro tecnológico Tosi, um memorial e um auditório.

O auditório foi batizado de José Daniel Tosi, em homenagem ao fundador da empresa, que iniciou as atividades da Coldex em 1954. A Coldex foi pioneira na produção nacional de equipamentos de climatização como fan-coils, self-containeds e serpentinas. Desde 2007, a empresa também atua no mercado de chillers, priorizando tecnologias inovadoras.

A nova planta, com mais de 30 mil metros quadrados de área construída, consolida a presença do grupo, que completa 70 anos, como um dos grandes players setor de ar condicionado e refrigeração no Brasil.