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Incêndio na Cinemateca foi acidental, diz PF

O incêndio no galpão anexo da Cinemateca Brasileira, que funcionava como depósito de acervo, ocorrido em 29 de julho do ano passado durante a manutenção do sistema de ar condicionado realizada por empresa terceirizada, foi acidental. A conclusão é da Polícia Federal.

Para realizar a limpeza do equipamento, os funcionários da prestadora de serviços injetaram na tubulação formiato de metila, um solvente altamente inflamável. Em seguida, aplicaram nitrogênio para retirar o agente de limpeza da tubulação.

Entretanto, ao que tudo indica, vestígios da substância ficaram na tubulação. Por isso, quando os técnicos soldaram a tubulação, houve a combustão. A perícia ainda averiguou que a “ausência de um sistema de detecção de incêndio no galpão” teria contribuído para a propagação do fogo.

O incêndio consumiu um importante acervo que continha filmes em 35 mm e 16 mm, além de equipamentos antigos com mais de cem anos.

A PF ainda vai analisar as conclusões do laudo para verificar se a empresa terceirizada que fez o serviço teria alguma responsabilidade sobre o incêndio.

Em nota, a Secretaria Especial da Cultura disse “que o laudo de perícia da Polícia Federal referente ao incêndio do galpão anexo da Cinemateca Brasileira, localizado na Vila Leopoldina, em São Paulo, foi concluído e disponibilizado”.

Com base na perícia, o órgão avalia tomar “medidas administrativas/judiciais no sentido de apurar responsabilidades com vistas a recomposição ao dano ao patrimônio público”.

Em nota, a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) lamentou “os danos e perdas irreparáveis sofridas” causados pelo incêndio, que “aparenta ter origem em procedimentos inadequados de manutenção no sistema de ar condicionado”.

A entidade reforçou “que os sistemas de ar condicionado são seguros, desde que devidamente projetados e realizadas as corretas manutenções preventivas e corretivas. Importante esclarecer ainda, que na prevenção de incidentes como o que acometeu a Cinemateca, a integração dos sistemas de segurança com as demais instalações elétricas e prediais do imóvel é tão importante e necessária quanto sua correta manutenção”, conclui a nota.

Senado aprova adesão do Brasil à Emenda de Kigali

O Senado aprovou nesta quarta-feira (13) o projeto de decreto legislativo que ratifica acordo para redução da emissão de gases hidrofluorcarbonos (HFCs), que provocam aquecimento global. O gás é usado como fluido refrigerante no setor de refrigeração e climatização e também em alguns produtos aerossóis.

No Senado, o projeto tramitou na forma do PDL 179/2022. Antes, na Câmara, havia tramitado na forma do PDL 1100/2018. Agora a matéria segue para promulgação.

O texto ratifica a Emenda de Kigali, assinada em 2016 com o objetivo de alterar o Protocolo de Montreal. Seguido pelo Brasil desde 1990, esse protocolo é o único tratado multilateral sobre temas ambientais com ratificação universal.

De acordo com o Protocolo de Montreal, os países se comprometem a substituir as substâncias responsáveis pela destruição do ozônio, como os clorofluorcarbonos (CFCs) e os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs). No entanto, sua redação original não tratava dos hidrofluorcarbonos (HFCs), que são utilizados há décadas como alternativa aos CFCs e aos HCFCs. A Emenda de Kigali incluiu os HFCs no protocolo.

Apesar de não causarem danos à camada de ozônio, os hidrofluorcarbonos apresentam elevado impacto no sistema climático global — o HFC é milhares de vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono (CO2), o principal responsável pelo aquecimento global.

Atraso

O texto desse acordo, enviado pelo Executivo ao Congresso em 2018, já havia sido aprovado pela Câmara dos Deptutados em maio deste ano. Durante a votação do projeto no Senado, nesta quarta-feira, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), relatora da matéria, lembrou que dos 144 países em desenvolvimento somente Brasil e Iêmen ainda não tinham ratificado a Emenda de Kigali nem enviado carta-compromisso sobre o assunto à Organização das Nações Unidas (ONU).

Mara também observou que a adesão da China ao acordo, em 2021, aumentou a pressão para que o Brasil se posicionasse quanto à questão.

— Com a ratificação pela China, provavelmente haverá uma revolução em termos de tecnologia. E como a Emenda [de Kigali] está atrelada ao Protocolo [de Montreal], os países que a ratificam passam a ter acesso aos recursos do protocolo para adaptação dos processos industriais e capacitação técnica da mão de obra — ressaltou a senadora, que também afirmou que a estimativa é de recursos da ordem de US$ 100 milhões para o Brasil, para que as indústrias de capital possam adaptar seus processos produtivos.

Cronograma

A Emenda de Kigali define um cronograma de redução da produção e consumo dos hidrofluorcarbonos (os HFCs). Segundo o texto, países em desenvolvimento, como o Brasil, deverão “congelar” seu consumo do gás HFC até 2024; reduzir seu consumo em 10% até 2029; e reduzir em 85% até 2045.

Já os países desenvolvidos se comprometeram a reduzir seu consumo de HFCs em 10% em 2019 até alcançar menos de 85% em 2036.

As emissões dos HFCs vêm aumentando globalmente em torno de 8% ao ano, podendo responder por até 19% das emissões de gases de efeito estufa em 2053, de acordo com dados da ONU. Essa entidade estima que, sem a Emenda de Kigali, a contribuição do HFC para o aquecimento global poderia por si só provocar um aumento médio da temperatura de aproximadamente 0,5 °C.

Com informações da Agência Câmara

Fonte: Agência Senado

TCL apresenta novos modelos inverter na Eletrolar Show

A TCL anunciou dois novos produtos para o seu portfólio de condicionadores de ar durante a edição de 2022 da Eletrolar Show.

São os modelos: HW Inverter T-Pro e sua nova linha comercial leve do tipo Piso-Teto Inverter. Ambos chegam ao Brasil para integrar o portfólio já existente de produtos Inverter a partir de dezembro de 2022, com opções de 12.000, 18.000 e 24.000 BTU/h quente e frio para o HW Inverter T-Pro, e 36.000 e 55.000 BTU/h frio para os Piso-Teto.

Incêndio destrói parte da fábrica da Epex em SC

Um incêndio de grandes proporções destruiu parte da fábrica da Epex, uma das principais indústrias de isolantes térmicos e acústicos do País, em Blumenau (SC). O fogo começou ontem (7), por volta das 21h, e demorou cerca de 13 horas para ser apagado pelos bombeiros.

De acordo com o jornal on-line O Município Blumenau, as chamas atingiram o depósito e galpão da empresa, “mas, segundo informações, o lado do galpão onde ficavam as máquinas de produção não foi atingido”.

Em nota, a companhia informou que, “felizmente, não houve vítimas”, salientando que “a ocorrência já está sendo investigada e estamos trabalhando para repararmos os danos o mais rápido possível”.

“Agradecemos imensamente a solidariedade de todos e retornaremos em breve com mais informações”, acrescentou.

 

 

Indústria e comércio homenageiam refrigeristas

Apesar das dificuldades enfrentadas no dia a dia, técnicos profissionais do setor conquistam mais reconhecimento.

Sistemas de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R, na sigla em inglês) são componentes das nossas vidas, mas sobre os quais a maioria absoluta das pessoas não pensa em seu dia a dia, a menos que algo dê errado.

Quando ocorrem contratempos, os clientes recorrem a um grupo especial de prestadores de serviços preparados para instalar e consertar equipamentos do gênero em casas, shoppings, hotéis, supermercados, hospitais, bancos de sangue, meios de transporte, data centers, indústrias e demais instalações essenciais à vida moderna.

Estamos falando dos engenheiros, técnicos, mecânicos e demais profissionais do HVAC-R, classe que costuma receber homenagens da indústria e do comércio de refrigeração em 7 de julho, data em que o setor tem comemorado, nos últimos anos, o Dia do Refrigerista.

Apesar de ainda ser uma comemoração informal, ou seja, não oficializada em nenhuma espécie de lei ou calendário de efemérides comerciais do País, se não fossem esses profissionais, quem, afinal de contas, estaria reparando geladeiras, freezers, condicionadores de ar, túneis de congelamento, câmaras frigoríficas, caminhões refrigerados, centros de distribuição, de alimentos, vacinas, medicamentos e milhares de outros produtos que dependem de sistemas de controle de temperatura para sua conservação?

Indiscutivelmente, viver sem refrigeração e ar condicionado é impensável hoje em dia. Entretanto, aos olhos do grande público, o setor parece continuar sendo uma indústria invisível, apesar de ser uma indústria imprescindível para manter nossa economia funcionando.

Afinal de contas, temos profissionais do setor trabalhando em uma grande variedade de ambientes, de escolas a fábricas. Eles desempenham um papel vital na construção de qualquer edifício que tenha sistemas de climatização e refrigeração, e suas funções são importantes porque ajudam a maximizar a eficiência dos equipamentos, principalmente em termos energéticos.

Ademais, apesar do número crescente de “aventureiros desqualificados” que desvalorizam a profissão no País, o mercado de refrigeração e ar condicionado apresenta ótimas perspectivas de trabalho e remuneração. Certamente, não é segredo que as pessoas continuarão usando geladeiras, sistemas de aquecimento e condicionadores de ar no futuro próximo, além de sistemas de comunicação que precisam ser mantidos em ambientes climatizados.

A expansão da construção civil, tanto comercial quanto residencial, é outro fator que impulsiona a demanda por técnicos e engenheiros de HVAC-R. E as perspectivas de emprego para os iniciantes que concluem um curso técnico, profissionalizante ou superior são realmente promissoras.

Sistemas de refrigeração e ar condicionado funcionando adequadamente não apenas reduzem o impacto ambiental, mas também ajudam a economizar o dinheiro dos consumidores e proporcionam conforto ideal em suas casas e ambientes de trabalho. Isso melhora sensivelmente sua qualidade de vida, o que é inestimável.

Por esses e outros motivos, deixamos aqui nossos parabéns e muito obrigado a todos aqueles que se dedicam a tornar nosso mundo mais seguro e confortável.

Troféu Oswaldo Moreira reúne empresas e profissionais do frio em SP

Após hiato de dois anos, premiação que leva o nome do fundador da Revista do Frio voltou a ser realizada na capital paulista

A noite de ontem (23/6) marcou a entrega da 24ª edição do Troféu Oswaldo Moreira (TOM), premiação nacional que homenageia empresas e profissionais que se destacam por seus esforços em elevar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos ao mercado nacional de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração.

Após um hiato de dois anos, o prêmio, que leva o nome do fundador da Revista do Frio – empreendedor que participou ativamente da história do HVAC-R no Brasil, ajudando a fortalecer parcerias no ramo voltou a ser realizado na capital paulista.

Antes do início da entrega da premiação aos mais votados, a organização da noite de confraternização e networking entregou uma placa de homenagem ao empresário Sidney Tunda, presidente do grupo Poloar, principal rede de lojas de ar-condicionado do Brasil.

Conforme ocorre há quase duas décadas, a votação foi feita pelos convidados nos três finalistas de cada categoria durante o evento – a única exceção foi Job Ney Palmeira, o primeiro premiado da categoria Destaque Instalador, criada este ano pela Revista do Frio para homenagear os profissionais de campo.

Os mais votados deste ano foram Patrice Tosi (Personalidade da Indústria), Adriana Neto (Personalidade do Comércio), Midea Carrier (Destaque Indústria de Ar Condicionado), Epex (Destaque Indústria de Refrigeração), Leveros (Destaque Comércio de Ar Condicionado) e Clima Rio (Destaque Comércio de Refrigeração).

Confira mais flashes da festa neste link.

Wesley Andrade Ubeda: o bom filho, a casa retorna

No comando da Andrade  Refrigeração, Wesley Andrade Ubeda, aos 49 anos, adquiriu experiência atuando na área de refrigeração e climatização desde a década de 1980. Com formação em eletromecânica, hoje ele está a frente de sua empresa, localizada em Cacoal – Rondônia, seu estado natal.

“Iniciei minha carreira profissional na década de 1980, quando meu pai abriu uma empresa de refrigeração, na qual trabalhávamos com linha branca e fazíamos a assistência técnica para empresas como Brastemp e Consul. Em 2001, abri uma loja de refrigeração na cidade de Vilhena-RO e em 2003 me especializei na área. Em 2005, infelizmente perdi meu pai, e junto a isso tivemos que vender a empresa, e desde então, comecei a trabalhar como autônomo. Durante esses anos, trabalhei em diversos estados do Brasil, como Goiás, Espírito Santo, Tocantins, e atualmente, estou de volta à Rondônia”, informa Wesley.

Sempre atento as possibilidades de atualização profissional, ele conta que o maior aprendizado foi através de seu pai.

“Eu aprendi tudo com o meu pai, a perda dele foi um momento muito difícil da minha vida! Quando comecei a trabalhar como autônomo, queria sempre aplicar tudo o que ele me ensinou, mas o mercado evolui constantemente, precisava buscar aprendizado e comecei a fazer vários cursos e saber cada vez mais sobre essa área. A partir de 2018, com toda a bagagem e experiência, mudei a forma de encarar esse mercado. Nesse ano, iniciei um curso na Thermo Cursos e fui melhorando e aprendendo cada vez mais! Hoje, meu serviço é reconhecido nacionalmente. Sou muito grato pelas oportunidades que tive e ainda tenho!”, comemora.

Especialista em manutenção preventiva, corretiva e instalação de split residencial, comercial leve e industrial, nos dois últimos anos, por conta da pandemia pela Covid-19, Wesley diz que passou por vários desafios, dificuldades e muito aprendizado.

“Foram dois anos de muito aprendizado e dificuldades, tivemos que buscar novas maneiras de se conectar com nossos clientes, principalmente pelas redes sociais. No geral, tudo mudou e na pandemia houve uma pequena baixa em relação a demanda de serviços, e foi ainda mais desafiador quando fui testado positivo para a Covid-19 no final de 2020. Superado isso, o mercado está aquecido e a nossa esperança é que tudo volte à normalidade o quanto antes”.

Ele comenta sobre as plataformas digitais, aliadas no momento da pandemia e um divisor de águas para manter o mercado de refrigeração e climatização informado, além de incentivar e prospectar novos clientes.

“Atualmente, uso muito o Instagram. Com a pandemia, as redes sociais se tornaram peças-chave para se manter conectado às pessoas e o Instagram tem sido minha principal fonte para divulgar meu serviço e transmitir algumas informações. Além do Instagram, também tenho uma página no Facebook e um canal no Youtube, onde posto vídeos com alguns serviços executados e um site da minha empresa Andrade Refrigeração”.

A família é prioridade

Casado com Renilda, sua companheira de vida, Wesley é pai de Igor, com 17 anos, e de Amanda, com 22 anos.

“Minha família é prioridade! Através dela tenho todo o suporte, tanto no lado profissional quanto no pessoal. E carrego meus amigos dentro do coração, a maioria da área da climatização. Gosto muito de um bom churrasco reunindo todos que me fazem bem, além de viajar e conhecer novos lugares. Minha maior conquista nesses anos de aprendizado é ter um trabalho de qualidade reconhecido pelos clientes e amigos de profissão”.

Além do reconhecimento, ele carrega um sonho, ter sua própria van “Furgão”, planejada com todas as suas ferramentas organizadas dentro.

“O mercado de trabalho está cada vez mais aberto e necessitando de bons profissionais. Aqueles que pretendem entrar nessa área precisam buscar capacitação para desenvolver o melhor serviço ao cliente. Nessa área não falta serviço, especialize-se e você verá o resultado”, finaliza.

Ao lado de Renilda, sua companheira de vida, Wesley é pai de Igor, com 17 anos, e de Amanda, com 22 anos

A evolução do inversor: eletrônica de um jeito simples

Por André Rosa, Diretor Sênior de P&D e Estratégia de Produto; Alexandre Cabral, Gerente de P&D; e Daniel Hense, Pesquisador Sênior de P&D da Nidec Global Appliance

Trabalhar com refrigeração significa estar sempre com um olho no presente e outro no futuro. Os compressores estão se tornando menores, mais silenciosos, mais eficientes e ambientalmente mais sustentáveis. No entanto, pouco se fala sobre o dispositivo que tem contribuído muito com os resultados mais significativos alcançados nos últimos anos: o inversor.

Trata-se do equipamento eletrônico que aciona o compressor de velocidade variável (VCC), o qual tem atingido níveis de eficiência energética cada vez mais elevados, impulsionado também pelas rigorosas regulamentações de consumo de energia para equipamentos de refrigeração comercial na Europa e em outras regiões do mundo. Afinal, é consenso que níveis elevados de eficiência energética são obrigatórios para a sustentabilidade ambiental, hoje e no futuro.

Então, já passou da hora dos players do mercado de refrigeração comercial conhecerem mais sobre o inversor, principalmente os fabricantes de equipamentos de refrigeração comercial. Este artigo vai desmistificar a percepção de complexidade a respeito desse dispositivo e mostrar as facilidades e ganhos que ele pode trazer para os fabricantes de equipamentos de refrigeração comercial e seus clientes.

O que há dentro de um inversor?

De maneira simplificada, há uma placa eletrônica composta por um estágio de entrada de energia chamado conversor AC/DC (conversor de corrente alternada para contínua) e por um estágio de saída de energia chamado “inversor” DC/AC, que gera uma corrente AC em nível e frequência adequados para o compressor. A inteligência do dispositivo está em um software instalado em um microcontrolador de menos de 1cm2. Este software implementa a lógica de controle do motor (motor control logic) e a operação do inversor para acionar o motor BLDC (Brushless Direct Current – corrente contínua sem escovas) do compressor.

O uso de tecnologia de controle do motor sem uso de sensores de posição, presente nos inversores Embraco, permite que a solução seja ainda mais descomplicada. O inversor dispensa os sensores pela leitura do sinal de retorno das bobinas do motor (também conhecida como Força Contra Eletromotriz ou Back Electromotive Force). Com isso, ele calcula como gerar a frequência e a potência de saída mais adequadas para acionar o motor a uma determinada velocidade, independente da carga.

A velocidade é o elemento chave

O inversor e o compressor compõem um sistema que pode modular a capacidade de refrigeração por meio do ajuste da velocidade do compressor (que é função da frequência de saída do inversor), reduzindo-a durante baixas demandas (baixa temperatura ambiente ou sem abertura da porta) ou aumentando-a sob altas demandas (pull down, recarga de produtos no gabinete ou temperatura ambiente elevada). O compressor de velocidade variável faz isso sem ligar e desligar constantemente como um compressor tradicional de velocidade fixa faria.

Um compressor de velocidade variável geralmente opera em uma faixa de 1.600 a 4.500 rpm (rotações por minuto), enquanto um compressor de velocidade fixa só opera na frequência da rede (3.000 rpm para 50Hz e 3.600 rpm para 60Hz). Assim, o VCC oferece uma recuperação de temperatura bem mais rápida a qualquer momento em que a porta da geladeira é aberta, por exemplo – algo que acontece o tempo todo ao longo do dia em supermercados ou serviços de venda de alimentos. Após atingir a temperatura desejada, ele volta a uma velocidade em que o coeficiente de desempenho (COP) é maximizado, o que significa manter a capacidade de refrigeração necessária com o menor consumo de energia possível. Por ser mais rápido nessas transições, o VCC não só economiza energia como preserva a qualidade dos alimentos.

E não podemos deixar de mencionar também os níveis de ruído mais baixos emitidos pelos compressores de velocidade variável, graças ao fato de que o inversor, na maioria das vezes, trabalha com a rotação mais baixa e silenciosa.

Tirando a complexidade da equação

O ponto chave no uso de um compressor de velocidade variável equipado com inversor é fazer todo o sistema funcionar em sua capacidade de refrigeração ideal e, ao mesmo tempo, economizar energia. Esse objetivo é alcançado por meio do ajuste de um conjunto de parâmetros, que pode ser implementado pelo controlador eletrônico do equipamento de refrigeração ou pelo próprio inversor, quando configurado para funcionar em conjunto com uma lógica de controle embarcada e um controlador mais simples (ou até mesmo um termostato mecânico).

A lógica de controle embarcada dos inversores Embraco, denominada Smart Drop-In (SDI), já está em sua segunda geração e foi criada para extrair todos os benefícios do compressor de velocidade variável nos seus mais diversos empregos e condições e da maneira mais simples e prática possível. Com o sistema Smart Drop-in, o controlador será o mesmo dos compressores de velocidade fixa (liga-desliga), um termostato, e a lógica SDI será responsável por determinar a velocidade correta dependendo da demanda. A facilidade vem do fato de que o ajuste de apenas um parâmetro permite que o aparelho alcance bons resultados.

Essa evolução na lógica de controle embarcada do inversor está permitindo a popularização do compressor de velocidade variável na indústria de refrigeração comercial, mesmo em fabricantes menores, que nem sempre contam com os recursos internos necessários para lidar com a complexidade de uma unidade eletrônica de controle do equipamento de refrigeração. O uso de uma lógica de controle embarcada simples, como a Smart Drop-In, elimina a complexidade da equação, não apenas nas linhas de fabricação dos equipamentos de refrigeração, mas também durante o serviço em campo. Sem ter de passar por um treinamento extensivo, a equipe de manutenção do fabricante do equipamento  conecta seu computador ao inversor e tem um total de 6 parâmetros para trabalhar e pronto.

Desenvolvendo hoje a solução do futuro

Vejamos o seguinte exemplo de ganho de eficiência energética com a lógica de controle embarcada. Na Nidec Global Appliance, detentora da marca Embraco de soluções de refrigeração, uma das aplicações de um de nossos clientes, um freezer vertical para cozinhas profissionais, utiliza atualmente compressores da linha EMC, o mais eficiente compressor de velocidade fixa (liga-desliga) da marca. Com ele, o referido freezer já alcança o selo B de consumo de energia na Europa, resultado com o qual o cliente em questão está muito satisfeito. No segmento de cozinhas profissionais na região, até o momento, não se tem aplicações com o selo A de eficiência energética ainda.

No entanto, o cliente vislumbra a necessidade de fabricar um produto que atinja o selo A, visto que o mercado de serviços de alimentação na Europa considera inevitável o surgimento de novas exigências normativas de eficiência energética para os equipamentos de refrigeração desse segmento, em um ou dois anos.

Por esse motivo, testamos recentemente o mesmo freezer vertical, sob diversas temperaturas e condições ambientais, utilizando a família de compressores de velocidade variável mais eficiente da Embraco, a FMF, que utiliza a lógica de controle Smart Drop-In (SDI), e conseguimos reduzir o consumo de energia em 15,7%. Simples assim, apenas trocando o compressor e fazendo o ajuste de três parâmetros da SDI. É importante acrescentar que se não fosse uma comparação com o modelo de velocidade fixa mais eficiente energeticamente (melhor Coeficiente de Performance) do mercado, como é o EMC, mas sim um compressor de velocidade fixa de eficiência padrão, a economia seria consideravelmente maior, em torno de 25%.

O usuário final do segmento de serviços de alimentação, ou seja, os proprietários de restaurantes e outros estabelecimentos, farão as contas do retorno do investimento ao longo do tempo. Assim, se um equipamento de refrigeração mais eficiente se pagar mais rápido, graças à economia de energia gerada, esta será a escolha certa.

Versatilidade que leva à simplificação

Com um inversor programado por uma lógica de controle fácil de operar, o VCC abre um conjunto de possibilidades que simplificam processos fabris. Na linha de produção, por exemplo, os fabricantes de equipamentos de refrigeração comercial podem simplificar o estoque de seus compressores, trabalhando com uma menor quantidade de modelos diferentes, do que quando utilizam compressores de velocidade fixa. Como dito anteriormente, o inversor faz com que um mesmo compressor alcance uma faixa maior de capacidade, permitindo seu uso em uma grande variedade de equipamentos de refrigeração, com diferentes aplicações e tamanhos. O mesmo compressor também se adapta a uma ampla gama de temperaturas ambientes, sem comprometer a estabilidade de temperatura dentro do gabinete.

Os inversores também tornam o compressor mais estável mesmo com flutuações da tensão na rede elétrica. E eles podem otimizar o estoque também por oferecerem modelos 127V/220V. Na Nidec Global Appliance, entendemos que todo o portfólio de inversores de refrigeração comercial da marca Embraco deve ter opções de dupla tensão. Dessa forma, com o mesmo inversor, um compressor de velocidade variável pode operar em regiões de 127V ou 220V, ou mesmo em locais com redes elétricas instáveis.

Além disso, em um compressor de velocidade variável, graças à tecnologia aplicada, o motor é menor e faz o mesmo trabalho que o dispositivo equivalente de velocidade fixa, o que reduz o tamanho de todo o sistema. Isso traz inúmeros benefícios, entre eles, mais espaço disponível no gabinete do equipamento de refrigeração e redução nos custos de transporte.

Concluindo, os inversores e compressores de velocidade variável contribuem para o aumento de competitividade, para economia de energia, redução do ruído ambiente e maior espaço nos gabinetes, além da redução da complexidade do portfólio com menos modelos de compressores (SKUs).

Vazamentos de fluidos refrigerantes na mira do setor

Perda desses insumos drena recursos consideráveis, prejudica o meio ambiente e expõe as pessoas a acidentes. Detectores usam tecnologia capaz de encontrar escapes imperceptíveis.

Responsáveis por gerar prejuízos de milhões de reais anualmente a donos de aparelhos de ar condicionado, refrigeradores e freezers domésticos, comerciais e industriais, os vazamentos de fluidos refrigerantes continuam sendo um poderoso gargalo da cadeia produtiva do frio.

A perda do insumo, muitas vezes imperceptível, pode acontecer por várias causas externas e internas, desde instalações malfeitas, realizadas sem obedecer aos parâmetros estabelecidos pelos fabricantes, até o uso de ferramentas inadequadas ou de forma incorreta.

Há também a ocorrência de processos de desgaste de materiais, por exposição ao clima, além de danos provocados por choques físicos nos equipamentos, tensão térmica ou ambiental e até mesmo pela natural vibração de componentes durante o funcionamento. As conexões mecânicas são identificadas como as mais críticas.

Anualmente, 80% das importações brasileiras de R-22, um refrigerante clorado amplamente utilizado nos supermercados, destinam-se ao mercado de reposição. Além dos prejuízos financeiros, os vazamentos contribuem para prejudicar o meio ambiente e acabam expondo técnicos e consumidores a acidentes, no caso de manipulação de refrigerantes tóxicos ou inflamáveis.

No Brasil, o mercado segue diretrizes da NBR 16186:2013 – Refrigeração comercial, detecção de vazamentos, contenção de fluido frigorífico, manutenção e reparos. A norma estabelece os requisitos mínimos e os procedimentos para redução da emissão de gases refrigerantes em equipamentos e instalações de refrigeração comercial.

De acordo com estimativas de especialistas do setor de refrigeração no Brasil, 60% dos vazamentos são causados pela má qualidade técnica nos serviços de manutenção, pela ausência de normas para a prática desta atividade, além da falta de conscientização ambiental. Os outros 40% dos vazamentos em sistemas frigoríficos devem-se à má qualidade do equipamento de refrigeração.

Vários são os métodos diretos recomendados para a detecção de vazamentos, conforme enumera o Guia de Boas Práticas e Controle de Vazamento, criado em 2015 para o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ, em alemão) e com o apoio da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Um dos processos mais simples, porém, efetivo, é o teste de espuma de sabão com pressão do fluido frigorífico. Algumas marcas podem ser fornecidas com um pincel aplicador ou uma bola absorvente de algodão ligada a um fio rígido no interior de uma tampa. Há também similares com um aplicador spray.

De baixo custo, rápido e confiável, o detector de vazamento hálide (lamparina) pode ser utilizado apenas para detectar fluidos frigoríficos clorados e vazamentos de até 150 gramas por ano. A lamparina funciona segundo o princípio de que o ar é arrastado ao longo de um elemento de cobre aquecido por um combustível de hidrocarboneto. Se o vapor do fluido frigorífico halogenado estiver presente, a chama muda da cor azul para verde.

Habitualmente usado em sistemas de ar condicionado automotivo, o método de contrastes ultravioletas de detecção de vazamentos funciona quando uma substância fluorescente ou colorida é inserida no sistema e se desloca com o lubrificante através dos componentes do circuito. A mancha de vazamento é indicada pelo escape de fluido frigorífico.

Baseado na tecnologia TCD, o detector de gás eletrônico geralmente é usado para rapidamente encontrar a área de vazamento de um sistema. O método é sensível a faixas de vazamento diminutas, a partir de três gramas por ano. O detector usa uma sonda que cria uma emissão elétrica na presença de um fluido refrigerante. O sinal elétrico, por sua vez, é convertido em sinal visual ou sonoro.

Capaz de encontrar vazamentos de pequena proporção – com uma taxa menor do que um grama por ano –, a detecção com o uso de gás marcador é um método muito confiável que permite aos técnicos a realização de testes em um sistema com baixa pressão.

Os técnicos podem trabalhar, em busca de vazamentos de fluidos, com detectores ultrassônicos ou infravermelhos, que pela grande diversidade de funções, têm preços variando de R$ 150 a R$ 5 mil (para uso em campo), podendo chegar a R$ 50 mil, no caso dos robustos dispositivos industriais.

Os aparelhos ultrassônicos detectam vazamentos de vapores ou gases em locais onde essas substâncias não podem ser visualizadas ou detectadas pela audição ou olfato. Geralmente são utilizados em aplicações industriais, para detectar vazamentos em componentes de grandes dimensões, podendo inclusive ser usados, com segurança, em operações com gases tóxicos ou inflamáveis.

Conforme o Guia de Boas Práticas, do MMA, o aparelho ultrassônico pode detectar as vibrações criadas no ar por minúsculos vazamentos de gás ou vapor sob pressão, e transformá-los em um som audível ou alarme que pode ser facilmente detectado pelo operador do detector.

Já os equipamentos infravermelhos, segundo a publicação, têm uma superfície de detecção ótica por onde o fluido, que absorve a radiação IV (infravermelha), passa. Assim, quando essa passagem é detectada, soa um alarme, que depende da quantidade de radiação absorvida. A tecnologia é muito precisa e menos sujeita à contaminação.

 

Perda de rendimento

“Usando os equipamentos splits como exemplo, o primeiro sintoma relacionado ao vazamento de fluido no sistema de refrigeração é a perda de rendimento e capacidade frigorífica por conta da redução da massa de refrigerante circulando na tubulação. Com a queda de pressão na sucção, ocorre também a diminuição indesejada da temperatura de evaporação do fluido, ocasionando, em algumas situações, a formação de gelo na serpentina do evaporador”, explica o consultor comercial Samuel Gonçalves, da Elitech Brasil.

Segundo ele, na pior das hipóteses, além da falta de rendimento, pode também ocorrer danos ao compressor, pois o fluido refrigerante também é responsável pelo resfriamento do motor. “Normalmente, os vazamentos ocorrem em pontos de conexões e soldas na tubulação. Em splits, são mais frequentes nas porcas flange por conta de má execução do flange nos tubos de cobre ou do aperto insuficiente da porca”, descreve o consultor.

A Elitech tem apostado muito nos detectores de vazamento de fluido refrigerante com sensor do tipo infravermelho. Nessa categoria, a empresa oferece os modelos ILD200 e o InframateD, equipamentos bem-sucedidos no mercado do frio. Falando especificamente da tecnologia presente nos dois modelos, o teste é feito usando o método de espectroscopia óptica, que analisa a presença de compostos halogenados no ar baseado na frequência eletromagnética que as moléculas absorvem da luz.

“Uma instalação bem-feita deve passar por teste de estanqueidade com nitrogênio e por estabilização do vácuo, pois por meio desses dois processos é possível identificar vazamentos”, complementa Gonçalves.

Atualmente, a empresa oferece os manifolds digitais MS2000 e MS4000 e as bombas de vácuo inteligentes série V1200, que permitem realizar esse acompanhamento, inclusive com conectividade bluetooth nos smartphones com o app Elitech Tools. “Com ele, pode-se até gerar um relatório do tipo laudo técnico para comprovar a realização do serviço ao cliente”, pondera.

A Elitech possui detectores para três tipos de aplicação – halogenados – CFC, HCFC, HFC, HFO e SF6 (todos que têm cloro ou flúor); hidrocarbonetos – HCs propano (R290) e isobutano (R600a); e CO2 (R744).

O gerente de marketing da Testo do Brasil, Victor Brogin, entende que os principais pontos de atenção nos sistemas de refrigeração e ar condicionado são as válvulas de serviços e conexões, principalmente as do tipo schrader.

“Os fluidos são classificados por toxicidade e inflamabilidade, e durante um vazamento, o contato direto com pessoas pode causar sérios danos à saúde, como queimaduras e lesões graves na pele. Além disso, há o risco de explosões, dependendo da concentração do fluido que escapou para o ambiente”, argumenta.

Especializada na produção e distribuição de instrumentos e sistemas de medição, a companhia, que comercializa manifolds digitais e vacuômetros, informa que ainda neste ano lançará novos aparelhos de medição de fluidos refrigerantes. Em seu portfólio, conta com a família de instrumentos Testo 316, composta por três modelos de detectores de vazamentos, com sensores capazes de identificar as fugas mais discretas dos fluidos mais variados.

“Nossos detectores funcionam com um sensor de diodo aquecido, que aquece o fluido após a fuga do sistema e quebra as suas moléculas. Ao serem quebradas, um cloro carregado positivamente (ou íon flúor) aparece, já que a maioria dos refrigerantes contém estas duas substâncias. O sensor detecta as substâncias e o instrumento soa um alarme ao profissional, indicando o vazamento”, explica Brogin.

Reconhecida pela inovação trazida pelo seu famoso alicate Lokring, a alemã Vulkan também tem se preocupado com os vazamentos de fluidos, conforme relata o vendedor técnico Paulo Vitor Dalla Torre.

“Os principais problemas ocorrem em locais de difícil acesso para a instalação ou a correção do equipamento. O mesmo acontece com os flanges, em novas instalações em que as tubulações ficam em forros ou em lugares com grandes riscos de incêndio. Os vazamentos são muito recorrentes por existir a dificuldade de acesso com o maçarico, e com o Sistema Lokring esta dificuldade deixa de existir, pois o nosso sistema oferece segurança e abrangência de instalação ou correção em ambientes confinados”, detalha.

A Vulkan oferece ao mercado o detector de vazamento TLD-500, que consegue detectar microvazamentos de até três gramas por ano. Segundo a fabricante, seu grande diferencial é a mistura de 95% de nitrogênio e 5% de hidrogênio injetadas nas linhas frigorígenas, fazendo com que o técnico descubra o vazamento sem ter que desmontar o equipamento.

“Vazamentos são sempre prejudiciais para o meio ambiente, e acompanhando a movimentação dos grandes fabricantes, é possível enxergar a preocupação com essa responsabilidade, seja com a adoção de selos ecológicos, ou de boas práticas de refrigeração, como a importância de se utilizar ferramentas apropriadas para o recolhimento e a correção do equipamento. Afinal, com tantas informações hoje disponíveis, é inadmissível que isso ainda aconteça em nosso segmento”, complementa Dalla Torre.

A origem do problema

Vazamentos de fluidos refrigerantes são causados pelo desgaste inevitável em um sistema de refrigeração, bem como por um projeto inadequado e falta de boas práticas de instalação e manutenção, tais como:

Técnicas de brasagem deficientes – Vazamentos podem resultar de técnicas de brasagem inadequadas, como limpeza inadequada da junta antes da brasagem, uso da liga de brasagem errada e falha no aquecimento da junta uniformemente ou na temperatura adequada antes de por liga de brasagem na junta.

 Conexões mal apertadas – Vazamentos ocorrem em conexões rosqueadas e alargadas quando não são apertadas o suficiente ou quando são apertadas demais e racham.

 Falta de tampas e vedações nas válvulas – Para reduzir vazamentos através de hastes de válvulas e núcleos Schrader, todas as hastes de válvulas projetadas para serem tampadas e todas as válvulas Schrader de acesso devem ter as tampas adequadas no lugar.

 Material incompatível com óleo ou refrigerante – As vedações expostas a refrigerantes HCFCs incham a uma taxa diferente das vedações expostas a refrigerantes HFCs. Se um sistema estiver sendo convertido (retrofit) de um refrigerante HCFC para um refrigerante HFC, especialmente se for necessário mudar o óleo de um óleo mineral para um óleo poliolester (POE), as gaxetas ou vedações no sistema podem precisar ser substituídas.

 Vibração – A maioria das vibrações em sistemas de refrigeração ocorre nas linhas de descarga do compressor ou perto delas e são causadas por pulsações de gás. Se graves, as vibrações da linha de descarga podem resultar em linhas ou conexões quebradas.

 Expansão e contração térmica – Os sistemas de refrigeração alteram a temperatura, resultando em expansão e contração da tubulação de refrigeração e componentes associados. Se uma linha for impedida de se expandir livremente, as forças de tensão térmica no tubo podem fazer com que ele quebre os encaixes nos pontos de suporte.

 Corrosão – As serpentinas de cobre do evaporador em contato com ácidos alimentícios, como vinagre, podem corroer com o tempo e desenvolver microvazamentos. Vazamentos causados por corrosão também podem ocorrer em componentes do rack do compressor pela formação de condensação ou gotejamento nos componentes metálicos do rack. Materiais de limpeza incompatíveis ou usados incorretamente também causam corrosão. Os técnicos devem usar apenas agentes de limpeza compatíveis com os componentes de refrigeração, especialmente os evaporadores e a tubulação associada

 Contato metal-metal da tubulação – Tubulação de cobre em contato direto com outra tubulação ou suportes de aço mais duros ou concreto pode criar vazamentos.

 Suporte inadequado da tubulação – A tubulação de cobre com suporte inadequado cederá entre os suportes ou em curvas de 90 graus, criando estresse indesejado. Esse estresse pode levar a linhas quebradas ou acessórios, eventualmente causando vazamentos.

‘Oscar’ do frio está de volta

Troféu Oswaldo Moreira

Após hiato de dois anos, premiação que leva o nome do fundador da Revista do Frio retorna à capital paulista

A noite da próxima quinta-feira (23/6) marcará a entrega da 24ª edição do Troféu Oswaldo Moreira (TOM), premiação nacional que homenageia empresas e profissionais que se destacam por seus esforços em elevar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos ao mercado nacional de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração.

Após um hiato de dois anos, o prêmio, que leva o nome do fundador da Revista do Frio, retorna à capital paulista. A festa – criada pelo empreendedor que participou ativamente da história do HVAC-R no Brasil, ajudando a fortalecer parcerias no ramo – será realizada na Casa Bisutti, na zona sul da cidade.

Segundo a organização, o evento ocorre na mesma semana em que o Dia da Refrigeração (20/6) é comemorado na cidade e no estado de São Paulo, uma efeméride pela qual Oswaldo Moreira lutou.

“O TOM proporciona a atmosfera ideal para confraternização e networking, seguindo praticamente a mesma filosofia concebida por meu avô no início dos anos 1990, quando a premiação se chamava Troféu Urso Branco”, diz o diretor comercial da Mary Editora, Gustavo Moreira.

“Em 1996, ano em que ele faleceu, o prêmio ganhou o nome dele e, desde então, não paramos de realizá-lo anualmente, com exceção dos anos de 2020 e 21, em função da pandemia de covid-19”, ressalta.

“Em virtude das quase quatro décadas dedicadas à indústria do frio, meu avô colecionava não apenas homenagens, mas também grandes amizades”, lembra o executivo, acrescentando que “dar prosseguimento a um trabalho iniciado por uma pessoa tão carismática e importante como ele para nosso setor tem incentivado nossa equipe a buscar sempre novos diferenciais”.

Conforme ocorre há quase duas décadas, a votação nos três finalistas de cada uma das seis categorias atuais da premiação será feita durante o evento, por meio de computadores dispostos na entrada do bufê para os convidados indicarem seus nomes favoritos.

Confira, a seguir, a lista dos indicados ao TOM 2022:

Personalidade da Indústria

  • André Oliveira (Mastercool)
  • Gilmar Oliveira (Daikin)
  • Patrice Tosi (Indústrias Tosi)

Personalidade do Comércio

  • Adriana Neto (Michigan Service)
  • Alessandro Brabos (Leveros)
  • Paulo Neulaender (Frigga)

Destaque Indústria de Ar Condicionado

  • Gree
  • LG
  • Midea Carrier

Destaque Indústria de Refrigeração

  • Elgin
  • Epex
  • Full Gauge

Destaque Comércio de Ar Condicionado

  • Dufrio
  • Leveros
  • Poloar

Destaque Comércio de Refrigeração

  • Clima Rio
  • Frigelar
  • Refricril