Arquivo para Tag: R-32

Ferramentas para um trabalho bem-feito no dia a dia

Essenciais no HVAC-R e reconhecidas pela constante evolução tecnológica, as ferramentas – analógicas e digitais (incluindo até com acesso wireless) – utilizadas no mercado do frio têm feito toda a diferença no trabalho desenvolvido pelos profissionais.

De maneira geral, os grandes players do segmento investem continuamente em novos produtos, buscando atender à crescente demanda no setor.

Fazem parte desta lista manifolds, bombas de vácuo, vacuômetros, alicates multímetros, anemômetro e recicladoras/recolhedoras de gases, flangeadores, cortadores de tubos, balanças, detectores de vazamento e curvadores, entre outras ferramentas.

Fundamentais tanto para iniciantes quanto para veteranos do segmento, esses itens levaram algumas empresas inclusive a investir, ao longo dos anos, em pesquisa e desenvolvimento de ferramentas próprias, processo que interrompeu parte da importação de produtos genéricos acabados, principalmente da China.

No mercado há 24 anos e uma das referências no Brasil, a Dufrio atingiu este patamar, ao desenvolver a marca DuGold, nova linha de produtos premium, com alto padrão de qualidade, dividida em categorias de ferramentas elétricas e manuais e acessórios.

Destacam-se, neste rol, o manifold analógico DuGold DG536HP, usado para medir o fluxo de gases refrigerantes e sua pressão no interior de um sistema. Possui visor de líquido, três mangueiras de 90 centímetros cada, com conexão de 5/ 16″ e 1/4″, compatíveis com os gases refrigerantes R-410A, R-22, R-134a e R-404A. O kit acompanha manômetros com capa de silicone e maleta.

Mais uma ferramenta é o alicate multímetro amperímetro DuGold DG266, aparelho de medição digital com visor de LCD, que permite fazer teste de isolamento e de voltagem, medir correntes, resistência, condutividade, entre outras funções. A bateria tem autonomia de 150 horas.

Já o kit curvador de tubo DuGold DG999, conjunto de ferramentas utilizadas para curvar tubos com precisão e sem amassar as paredes do mesmo, vem dentro de uma resistente maleta. Além do cortador e de um escariador de rebarba, acompanha o item um curvador com seis bases (1/4″, 3/8″, 1/2″, 5/8″, 3/4″ e 7/8″).

“Nossa linha de ferramentas passou por modificações neste ano, período em que focamos em reconstruí-la, com mais de 50 produtos em desenvolvimento. Essas novidades serão lançadas até o primeiro semestre do próximo ano”, projeta o CEO Guillermo Zanon, descrevendo que esta perspectiva positiva vem após as dificuldades enfrentadas pelo mercado durante a pandemia, marcada por uma retomada a partir do primeiro trimestre de 2021. Além das mais de 20 lojas próprias espalhadas pelo Brasil, venda pelo e-commerce e apoio da plataforma Dufrio Parceiros, os produtos da empresa podem ser encontrados em varejistas especializados no setor.

O plano atual, salienta o executivo, “é expandir ainda mais a presença da empresa no mercado nacional, inclusive por meio do desenvolvimento de uma nova linha de ferramentas para uso com fluidos refrigerantes menos poluentes, como o R-32”, revela. Bastante famosa pelos anéis de união de tubos sem solda para fabricantes de refrigeradores, seu negócio principal, a Vulkan está igualmente de olho neste segmento, investindo recursos em novas ferramentas, visto que seus dois principais carros-chefes são os manifolds e as bombas de vácuo.

Em meados deste ano, a empresa começou a introduzir no mercado brasileiro de refrigeração e ar condicionado sua mais nova ferramenta – uma bomba de alto vácuo com 21 CFM de capacidade. Dotada de palhetas rotativas de alta velocidade, tem acionamento direto do motor e é selada a óleo.

“Esta bomba tem alta vazão, alta pressão final e baixo nível de ruído. Pode ser utilizada para sistema de baixo, médio e alto vácuo”, lista o diretor de vendas da Vulkan Lokring para a América Latina, Mauro Mendonça.

Outra grande aposta é o alicate Lokring Vulkan HMRK, voltado à realização eficiente de solda fria em tubos de refrigeração. Segundo o fabricante, o sistema Lokring proporciona vedação segura e permanente e pode ser usado em conexões de tubulações de materiais, formas e diâmetros diferentes, evitando o processo de brasagem, que emite gases tóxicos. Além disso, não deixa qualquer resíduo que possa contaminar os circuitos de refrigeração. Vem com conexões de 1/4″, 3/16″, 3/8″, 5/16″, 5/8″, 3/4″ e 7/8″.

“Cada vez mais, a tendência é de ferramentas mais leves, com maior uso de alumínio, desde que mantenha a qualidade, performance e confiabilidade. Praticidade também é algo que tem dado retorno positivo para nós. Design é algo que o estilo alemão, nossa origem, ama, mas em termos de influência disto no nosso segmento e consequente retorno, no Brasil, tem sido baixo”, afirma Mendonça.

Da mesma forma, o manifold analógico VLCT-636V apresenta escalas que atendem diferentes tipos de gases para sistemas de ar condicionado. O aparelho é capaz de medir a pressão (de 600 psi a 3.000 psi) dos principais fluidos refrigerantes, como o R-12, R-22, R-134a e R-404A, e possui vedação dupla o’ring, que garante o máximo desempenho do produto.

O executivo aponta que o crescimento das vendas de refrigeradores novos durante a pandemia contribuiu decisivamente para dar fôlego financeiro ao core business, proporcionado suporte aos investimentos em novidades para o setor previstos para 2022. No País, a Vulkan tem uma planta em Itatiba (SP), com cerca de 300 funcionários.

“Nossas ferramentas chegam a todas as regiões do Brasil, com destaque ao Nordeste, onde nosso negócio de acessórios para HVAC-R cresceu mais em 2021. Ao contrário de nosso core business (os anéis Lokring), em que as exportações são muito grandes, exportamos modestamente para Argentina e Colômbia, mas pretendemos crescer”, ressalta.

Para Mendonça, manifolds, bombas de vácuo e ferramentas de conformação de tubos precisam ser cada vez mais competitivos em custos, mas sempre confiáveis. “Este é o segredo, o que o mercado quer e precisa: simplicidade, confiabilidade, durabilidade e baixo custo”, complementa.

Na avaliação geral das indústrias e varejistas, o mercado de ferramentas continuará avançando com o contínuo avanço tecnológico nesse segmento, facilitando, com isso, a atuação dos profissionais do setor de refrigeração.

Reciclagem e regeneração em alta

No comércio, especificamente, a disparada dos preços dos fluidos refrigerantes tem impulsionado a procura por duas ferramentas primordiais, mas que, infelizmente, a maioria dos refrigeristas brasileiros não possui: recicladoras e tanques de recolhimento.

“Reciclar compostos do gênero significa reduzir contaminantes como umidade, acidez e material particulado, permitindo que eles sejam reintroduzidos com segurança e eficácia em seu sistema de origem”, ressalta o professor Sérgio Eugênio da Silva, diretor da escola paulistana Super Ar, informando que a grande maioria das reciclagens ocorre no campo para redução dos contaminantes por meio da separação do óleo e da realização da filtragem.

“Geralmente, isso é feito durante o processo de recolhimento do fluido frigorífico, na fase líquida ou de vapor, com a utilização de equipamentos que realizam tanto o recolhimento quanto a reciclagem”, explica.

Segundo o empresário, a reciclagem no local do serviço tem como vantagem a redução dos custos de transporte. Ademais, os clorofluorcarbonos (CFCs), hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e hidrofluorcarbonos (HFCs) recolhidos pelos técnicos e mecânicos podem ser vendidos a empresas especializadas no processo de regeneração.

“Regenerar significa limpar quimicamente o fluorproduto contaminado para que ele fique com o mesmo grau de pureza de uma substância virgem, em conformidade com as normas AHRI 700 e ABNT 15960 e 16667”, salienta.

“Antes do Protocolo de Montreal, um dos acordos multilaterais mais bem-sucedidos da história, os gases clorados eram vistos como produtos químicos baratos e inofensivos para o meio ambiente, tanto que eram comumente lançados na atmosfera durante os serviços de manutenção – em seguida, os refrigeristas recarregavam os sistemas com produtos virgens. Enfim, era um cenário em que o desperdício compensava”, lembra.

“No entanto, a destruição da camada de ozônio e a crise climática são duas questões ambientais que mudaram drasticamente esse paradigma na nossa indústria. Os prestadores de serviços sérios passaram a ter a responsabilidade de recolher e reusar refrigerantes. E isso é cada vez mais necessário”, avalia o engenheiro, acrescentando que os profissionais do setor nunca devem misturar diferentes tipos de fluidos em um mesmo tanque ou cilindro no ato do recolhimento, pois muitas centrais de regeneração não fazem a separação das misturas.

“Por fim, todas as atividades relacionadas aos procedimentos de instalação e manutenção de sistemas de refrigeração doméstica, comercial, industrial e automotiva exigem ferramentas de qualidade e mão de obra devidamente qualificada para manejá-las com segurança e fazer um trabalho bem-feito, observando com rigor normas de segurança e boas práticas”, Alta dos gases refrigerantes tem impulsionado a demanda por recolhedoras/recicladoras conclui.

Cultura do home office fortalece indústria de splits

Trabalho remoto alavanca vendas de aparelhos de ar condicionado residenciais.

No início da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), as vendas das indústrias de sistemas de ar condicionado desabaram. Aos poucos, porém, a cultura do home office, impulsionada pelas medidas de distanciamento social adotadas para conter a disseminação da covid-19 na fase mais crítica da crise sanitária – acabou fortalecendo a demanda aqui e mundo afora. Afinal de contas, para se trabalhar em casa, não basta apenas ter um computador conectado à internet. É preciso muito mais do que isso, e um dos itens indispensáveis é conforto, conforme salientam fabricantes ouvidos pela Revista do Frio.

Como há muito é sabido, conforto térmico – definido pela Ashrae como “uma condição mental que expressa satisfação com as condições térmicas do ambiente que é avaliado de forma subjetiva pelo indivíduo” – é sinônimo de saúde e produtividade. Em ambientes mais frios, o corpo humano mostra-se mais cansado e mais lento, enquanto os locais mais quentes interferem diretamente na capacidade de concentração.

Enfim, a necessidade de criar um ambiente de trabalho doméstico mais agradável e produtivo “levou as pessoas a investir em ar-condicionado para suas casas”, segundo o diretor de produto da Johnson Controls-Hitachi para a América do Sul, Gerson Robaina.

“Por isso, um dos nossos principais objetivos para os próximos anos é incrementar nossa atuação junto a esse nicho de mercado”, afirma. O mercado de splits hi-wall também se beneficiou das altas temperaturas em algumas regiões do planeta, de acordo a último relatório semestral sobre o segmento feito pela consultoria britânica BSRIA.

O documento aponta que, apesar da melhora do quadro sanitário – em razão da eficácia das medidas preventivas e do avanço da vacinação contra a covid-19 –, muitas pessoas continuam trabalhando, de forma total ou parcial, em casa.

Gargalos momentâneos

Nos últimos tempos, a escassez global de chips e semicondutores e o aumento geral do tempo de espera para recebimento de componentes para fabricação de sistemas de refrigeração e climatização criaram gargalos na cadeia de suprimentos, como a alta do cobre e a disparada generalizada dos preços dos fluidos refrigerantes. “Estamos vivenciando um momento em que o frete internacional teve um aumento significativo, da ordem de 700%”, lembra Robaina.

“A crise das commodities é um fato comum a toda indústria, não somente do setor de ar condicionado, e estamos nos esforçando para que essa situação não afete – ou que seja o mínimo possível – os nossos clientes finais. Esperamos que a situação se normalize, porém, sabemos que não podemos ficar somente esperançosos de braços cruzados”, diz o presidente da Daikin no Brasil, Roberto Yi, ressaltando que o fabricante japonês sempre está “buscando melhorias contínuas (Kaizen) no processo fabril para que o repasse de custo seja o mínimo possível. E, o mais importante, mantendo os melhores níveis de qualidade do produto”.

“No cenário globalizado como o que atuamos, existe uma concentração e também uma dependência muito grande de insumos provenientes da China, que hoje é o principal parceiro comercial do Brasil. Portanto, é natural que o País sofra os impactos dos aumentos das commodities, impulsionados pela alta demanda global, variação cambial brasileira e também aumento do custo logísticos internacionais”, avalia o gerente comercial da chinesa Gree, Nicolaus Cheng.

“A soma desses três itens acaba gerando impactos na produção. Porém, nós estamos sempre avaliando nossos planos de produção e adotando as melhores alternativas possíveis para que a fabricação dos equipamentos seja feita com alta qualidade e chegue com excelência até o consumidor”, acrescenta.

De acordo com o gerente de produto da área de refrigeração e ar condicionado da LG, André Pontes, a indústria coreana “trabalha com planejamento a longo prazo, o que nos permitiu manter o plano de produção sem que fôssemos impactados pelo aumento dos preços dos insumos”.

“Consequentemente, não sofremos grandes impactos, o que não teve grande impacto no preço do produto que chega ao consumidor final”, revela.

Lançamentos

Nos últimos anos, os splits residenciais e comerciais leves vêm passando por uma verdadeira mutação em tamanhos, cores e formas. Somado a novos designs, a redução dos preços e a facilidade de instalação formam o tripé de benefícios que tem cativado, definitivamente, os consumidores brasileiros.

Tudo isso contribuiu para que um artigo antes considerado de luxo passasse a ganhar espaço em escritórios, residências e comércios, ambientes nos quais eles são cada vez mais necessários.

Por proporcionar mais conforto, se adaptar facilmente a diversos espaços e possuir um perfil versátil, é consenso que o produto agrega valor aos mais diversos tipos de empreendimentos imobiliários.

De maneira geral, os consumidores têm buscado aparelhos mais eficientes e com mais recursos tecnológicos, como controle remoto wi-fi, dizem os fabricantes. Assim, mesmo diante da pior crise sanitária da história recente, a indústria não parou de inovar.

Confira, a seguir, as últimas novidades do segmento:

Daikin

Recentemente, a indústria japonesa lançou no Brasil o EcoSwing Smart R-32, uma linha de splits hi-wall de alta tecnologia e que hoje é a única linha completa que utiliza o fluido refrigerante de baixo impacto climático R-32.

“Fomos os primeiros mundialmente a lançar e somos os primeiros a fabricar no Brasil com essa tecnologia. Para os próximos anos, completaremos a linha residencial e comercial leve com R-32”, informa o presidente da Daikin no Brasil, Roberto Yi.

A linha EcoSwing Smart R-32 conta com conectividade via aplicativo Daikin Smart AC e pelos assistentes de voz mais famosos do mercado, o Google e Alexa. “São equipamentos de alta eficiência energética, com índices que chegam até 7,2 de IDRS, valor 30% acima da classe A que será obrigatória somente a partir do início de 2023”, salienta.

“Não esquecemos também de funções que o consumidor final sempre pediu, como reduzir luminosidade do led da evaporadora, backlight no controle remoto, entre outras. A qualidade do ar, tão importante nos dias de hoje, também não foi esquecida com os novos filtros antibacterianos com íons de prata. E para finalizar, mas não menos importante, hoje temos a menor máquina do mercado de 18 mil BTU/h, uma condensadora supercompacta que tem o mesmo tamanho da condensadora de 9 mil BTU/h”, revela.

“Além disso tudo, nosso EcoSwing utiliza uma carga menor de fluido refrigerante, devido à capacidade de transporte de calor do R-32, que é maior que do R-410A. E o instalador, pilar do nosso negócio, não precisa se preocupar em adquirir um novo ferramental, pois o R-32 tem compatibilidade com o ferramental do R-410A”, completa o executivo.

Elgin

A linha Inverter Eco Star, da brasileira Elgin, também foi concebida para operar com o gás refrigerante R-32, cujo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) é três vezes menor do que o do R-410A, fluido mais utilizado no setor.

A empresa desenvolveu uma linha com aparelhos de 9 mil BTU/h a 30 mil BTU/h nas versões frio e quente/frio. O fabricante informa que o split hi-wall Eco Star também conta com o filtro ionizador Ion Air, tecnologia que elimina 99% de vírus, ácaros, fungos e bactérias.

Gree

Em outubro de 2020, a Gree lançou seu mais recente modelo de piso-teto nacional, o G-Prime, trazendo grandes novidades ao mercado. Em março deste ano, a indústria chinesa trouxe ao Brasil o seu primeiro modelo de ar-condicionado residencial com condensadora de descarga vertical, o G-Top, popularmente conhecido como condensadora barril e com uma proposta de otimização de espaço.

“Esse produto teve uma ótima aceitação no mercado, e vem sendo sucesso na categoria. Ainda para o ano de 2021, a Gree prepara grandes novidades, pretendendo trazer ao mercado o seu primeiro pro

seu potente compressor G-Prime Double, com desenvolvimento e fabricação própria pela Gree, com seu duplo rotor. “Ele garante maior estabilidade e um funcionamento mais robusto, comparado aos concorrentes da mesma categoria, além de refrigeração até 10% mais forte. Seu motor desenvolvido especialmente para sua linha de produtos, proporciona um duto conceito, com um design diferenciado e moderno, que vai oferecer ao consumidor, além da qualidade e tecnologia que a Gree já tem, uma opção de um produto extremamente exuberante”, diz o gerente comercial da multinacional no País, Nicolaus Cheng

Segundo o gestor, o G-Prime traz inúmeros diferenciais competitivos no mercado, dentre eles o a vazão até 20% maior que seus concorrentes”, explica.

“Ele também conta com os já tradicionais tubos de cobre e proteção GoldenFin, tecnologias já presentes em outros produtos Gree, que fazem total diferença, principalmente quando falamos da proteção GoldenFin que é indispensável para regiões litorâneas, e claro, o produto já sai de fábrica com uma carga de fluído refrigerante significativa, suficiente para uma instalação de até 7,5 metros”, salienta. “Já o G-Top traz a qualidade e robustez como seus principais diferenciais. Há um receio muito grande no mercado em relação aos produtos que utilizam condensadora com descarga vertical, devido à qualidade e resistência. Porém, essa preocupação não existe com o        nosso modelo G-Top, afinal, além de adotar um formato diferente o produto também proporciona qualidade e resistência, grandes características da Gree”, informa.

“Mantendo o mesmo padrão Gree, o G-Top já sai de fábrica com fluido refrigerante suficiente para uma instalação de até 7,5 metros, e claro, não poderia faltar a proteção GoldenFin e as matérias primas de qualidade que são utilizadas em toda produção e montagem do produto. Sendo um dos mais silenciosos da categoria, o G-Top tem um nível de ruído de apenas 53 dB, com uma instalação mais flexível, pensando especialmente para facilitar o dia-a-dia do instalador”, acrescenta.

Para seu próximo lançamento, antecipa Cheng, “a Gree manterá o padrão de qualidade já conhecido da marca, porém, trará algo diferente de tudo já apresentado, um produto pensado para oferecer o melhor de um ar-condicionado, junto com a beleza e o conceito desenvolvido pela empresa, uma verdadeira joia em forma de ar-condicionado”.

Johnson Controls-Hitachi

O mais recente lançamento que a Johnson Controls-Hitachi fez para o segmento residencial foi o split hi-wall Inverter Home Star, que foi disponibilizado para o mercado brasileiro no último mês de setembro. Já para o segmento comercial leve, a empresa lançou no começo do ano as versões Quente & Frio para a linha PrimAiry.

“Os diferenciais do Home Star são: garantir a melhor qualidade do ar para o ambiente em que estiver instalado por ter a Proteção 5Health, que consiste em três tipos de filtros e duas funções voltadas para esta finalidade; a sua durabilidade, pois possui serpentinas em cobre e as aletas são dotadas de camada de proteção epóxi e torna a mesma mais resistente à corrosão; também é um produto dotado com a tecnologia Inverter, que evita picos de consumo de energia, gerando economia e garantindo uma temperatura agradável”, diz o diretor de produto da companhia na América do Sul, Gerson Robaina.

LG

Para o segmento comercial, a companhia coreana lançou recentemente o split Cassete 1 Via, o Cassete Redondo, que traz uma proposta mais sofisticada e elegante, e um multi-split de 48 mil BTU/h, que tem uma tecnologia que ajuda na economia de energia.

“Já para o mercado residencial, temos o Dual Inverter Voice, trazendo o diferencial do comando por voz com parceiras de assistentes virtuais como o Google Assistente e Alexa e seu compressor Dual Inverter que traz grande economia de energia, e o Artcool Gallery, que funciona como uma obra de arte, e se adapta a qualquer ambiente devido à possibilidade de troca da imagem de display”, diz o gerente de produto da área de refrigeração e ar condicionado da LG, André Pontes.

“Todos os equipamentos possuem tecnologia inverter, ou seja, resfriam o ar externo de forma mais eficiente, proporcionando uma economia de até 70% em relação aos modelos convencionais e também refrigeração rápida até 40% mais rápida. Nossos equipamentos são premiados mundialmente pelo design moderno e todos tem a opção de wi-fi, garantindo a conectividade e acionamento por voz”, acrescenta o gerente da área de ar condicionado comercial da multinacional no Brasil, Anderson Bruno.

Samsung

Em setembro, a Samsung lançou o modelo de ar-condicionado WindFree Frio, que chega ao mercado para oferecer uma experiência ainda mais completa em eficiência e economia, já que permite a manutenção da temperatura gastando o mínimo de energia, sem vento ou ruídos incômodos, sendo mais uma excelente opção da linha WindFree para os clientes.

A companhia coreana também lançou no fim de setembro um e-commerce exclusivo voltado aos instaladores de ar-condicionado que atuam com os aparelhos da Samsung, disponibilizando descontos exclusivos e condições especiais para esse público.

“Por fim, outra novidade recém-anunciada é a produção da linha Multisplit nacional em Manaus e uma nova capacidade do Cassete 1 Via, de 18 mil BTUs”, destaca o gerente da divisão de ar condicionado da Samsung no Brasil, Daniel Fraianeli,

“O modelo Samsung WindFree é o primeiro ar-condicionado que proporciona ambientes climatizados e confortáveis sem a necessidade do vento graças à tecnologia WindFree, que cria um fluxo de ar muito mais suave, distribuído uniformemente por milhares de microfuros, para que praticamente não se sinta vento, apenas o conforto da temperatura ideal”, diz.

“Além disso, o produto ainda conta com o compressor Digital Inverter, que tem 10 anos de garantia e possibilita uma economia de energia de até 77%, se comparado com um modelo de ar-condicionado convencional, dependendo do modo de uso e das características do ambiente”, informa.

“Outro diferencial do aparelho é o recurso Easy Filter Plus, que mantém o ar fresco e garante a limpeza da parte interna da unidade. Além de coletar pó, ele elimina até 99% de bactérias ao passarem por uma densa malha de filtro antibacteriana”, acrescenta.

Trane

A Trane possui atualmente a linha de mini-splits hi-wall Inverter Glass com painéis de vidro de alta resistência, além do hi-wall Inverter Black, também com painéis de vidro, apostando no diferencial de produtos exclusivos com acabamento refinado e excelente desempenho energético.

Além disso, para a linha comercial leve, a Trane também possui a mais ampla faixa de capacidades, todos com selo Procel, para as linhas cassete Inverter, piso-teto Inverter e duto Inverter. “O cassete e piso-teto ainda dispõem, como opcional, de sensores de presença que aumentam ainda mais a já excepcional eficiência energética dos produtos”, diz o diretor de produto da companhia na América Latina, André Peixoto.

“A Trane está sempre atenta às necessidades dos clientes e, atualmente, com a necessidade de passarmos mais tempo em nossas residências, o consumidor tende a buscar produtos de alta eficiência e com design diferenciado. A Trane, com produtos premium como o Inverter Glass e o Inverter Black, visa atender as principais demandas dos clientes nos dias atuais”, salienta.

“Da mesma forma, para a linha comercial leve com os cassetes, piso-teto e duto Inverter, possuímos a tomada de ar externo em todos os modelos, o que possibilita o melhor gerenciamento da qualidade do ar interno”, informa.

Estudo comprova eficiência de splits Inverter com R-32

Um projeto acadêmico realizado em 2019 com o objetivo de comparar a economia de energia entre dois sistemas compactos de ar condicionado, cada um com um refrigerante diferente (não Inverter + R-410A e Inverter + R-32), demonstrou uma redução de até 70% no consumo energético com o uso da tecnologia Inverter + R-32.

Os resultados do estudo foram apresentados pelo professor Roberto Lamberts, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na terceira edição da Discussão Amigável sobre Desenvolvimento Sustentável (Konwakai, em japonês), evento organizado pela Daikin, em 15 de janeiro, em São Paulo.

Segundo o pesquisador, o projeto de demonstração foi realizado em três estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina) com apoio do governo japonês, por meio da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA, em inglês).

Durante o encontro, Stephen Andersen, considerado um dos idealizadores do Protocolo de Montreal e um dos principais responsáveis pelo sucesso do tratado climático, salientou que o fluido refrigerante de baixo potencial de aquecimento global (GWP) desenvolvido pela indústria japonesa “é, indubitavelmente, um imperativo da próxima geração, em temperaturas ambientes elevadas, na qual a carga de refrigerante limita o resfriamento eficiente”.

É óbvio que se deve utilizar refrigerantes naturais sempre que houver pegada de carbono segura e com menor ciclo de vida”, ponderou.

O fórum promovido pela Daikin reuniu partes interessadas com experiências diversas, a fim de compartilhar conhecimento e trocar ideias sobre eficiência energética e soluções ecológicas para o setor, mirando uma visão sustentável para 2050.

A última edição contou com a presença de vários países da América Latina, acompanhados por representantes do Japão, União Europeia e EUA.

Daikin concede acesso gratuito a patentes do R-32

A Daikin está procurando facilitar ainda mais a adoção do hidrofluorcarbono (HFC) R-32, concedendo acesso gratuito a todas as suas patentes depositadas desde 2011.

O acesso às patentes do fluido refrigerante levemente inflamável (A2L) não exigirá a pré-aprovação da empresa, nenhum contrato e nenhuma taxa. Isso elimina processos complicados e fornece acesso rápido e fácil às patentes depositadas.

A Daikin lançou o primeiro equipamento residencial no Japão usando o R-32 em 2012, e desde então, a maioria dos fabricantes de ar condicionado adotaram a substância em pequenos splits como uma alternativa de menor potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) ao HFC R-410A.

Embora as patentes sobre a produção de R-32 tenham expirado há muito tempo, a Daikin detém um grande número de patentes que regem o uso dele em sistemas de ar condicionado.

Para facilitar a sua adoção por outros fabricantes, a Daikin ofereceu acesso gratuito aos países emergentes em 2011 para as 93 patentes depositadas até aquela data. O livre acesso a essas patentes foi expandido ao mundo todo em 2015.

Agora, o compromisso garantindo que qualquer empresa possa utilizar a tecnologia da Daikin sem sofrer nenhum tipo de processo judicial abrange cerca de 180 patentes, principalmente relacionadas a medidas de segurança.

A lista das patentes requeridas e os detalhes específicos sobre o acesso gratuito a elas estão disponíveis aqui.

Daikin apresenta lançamentos para distribuidores brasileiros

A Daikin reuniu ontem (25), na capital paulista, alguns dos principais nomes da distribuição de ar-condicionado no País. Eles ouviram o presidente da operação brasileira, Tomoji Miki, explicar o que levou a empresa a introduzir no País o primeiro split do mercado nacional compatível com o R-32, refrigerante cujo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) corresponde a apenas um terço do GWP do R-410A.

Inicialmente, este aparelho, que conta com a classificação “A” de eficiência energética atestada pelo selo Procel, estará disponível no mercado apenas na capacidade de 32 mil BTU/h.

Segundo a indústria japonesa, a máquina possui um sensor de presença com a nova tecnologia Intelligent Eye de duas áreas, filtro de titânio, controle remoto completo com iluminação (backlight), entre outras inovações

Outra novidade apresentada pela Daikin aos distribuidores brasileiros foi linha Premium, que chega nas versões de 9, 12,18 e 24 mil BTU/h, usa R-410A e possui diferenciais como baixíssimo nível de ruído, direcionamento do fluxo de ar para o teto (efeito coanda), dupla filtragem, completo controle via Wi-Fi, por meio de tablet ou smartphone, e menor consumo de energia, em função do seu coeficiente de performance (COP) de 3.3.
____________

Veja o vídeo do evento.

https://www.facebook.com/josenaldoelias.naldo/videos/1897537033645946/?t=493

Indústria aposta em compressores para gases de baixo GWP

A indústria global de compressores segue atualizando suas linhas de equipamentos, a fim de permitir o uso mais irrestrito de fluidos frigoríficos alternativos de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) no mercado de refrigeração e ar condicionado.

Para amenizar os efeitos das mudanças climáticas, cerca de 200 países concordaram, em outubro do ano passado, com uma proposta de emenda ao Protocolo de Montreal visando diminuir gradualmente, até a metade deste século, o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs) em sistemas do gênero.

Há tempos, diversos fabricantes têm anunciado a ampliação da oferta de compressores homologados para operar com hidrofluorolefinas (HFOs), hidrocarbonetos (HCs) e dióxido de carbono (CO2), entre outros gases.

“Mas o caminho adiante vai envolver escolhas conflitantes”, analisa Mark McLinden, pesquisador do Instituto Nacional de Padrões Tecnológicos dos EUA (NIST).

“As diretrizes de segurança podem ser revisadas para permitir o uso de refrigerantes levemente inflamáveis. Misturas de dois ou mais fluidos podem gerar um refrigerante não inflamável, mas com alto GWP. O CO2 não é inflamável, mas demanda uma completa remodelação dos equipamentos”, exemplifica.

Indústria desenvolve equipamentos para refrigerantes à base de HCs

Para os grandes players do setor, essa é uma grande oportunidade. “Novos regulamentos exigem um forte investimento para resolver problemas complexos”,  sustenta Carlos Obella, vice-presidente de serviços de engenharia e gestão de produtos comerciais e residenciais da Emerson na América Latina.

Enquanto essa indústria está no meio de uma transição para refrigerantes mais sustentáveis, a verdade é que não existe uma única solução que atenda a todas as aplicações com o mínimo efeito sobre o meio ambiente.

“A melhor avaliação do refrigerante requer uma abordagem holística, envolvendo segurança, impacto ambiental, desempenho do sistema e economia”, diz.

Atualmente, a Emerson possui uma linha completa de compressores com diversas tecnologias, como scroll, pistão e de parafuso, utilizando refrigerantes sintéticos de baixo GWP, como misturas de R-32 e HFO, além de fluidos naturais, como amônia, CO2 e HCs.

Novos rumos

Segundo os fabricantes, o Brasil tem liderado a aplicação de refrigerantes naturais, como o CO2, na América Latina, particularmente nos supermercados. Mais recentemente, o propano (R-290) chegou com força ao mercado de refrigeração comercial leve e, há muitos anos, o isobutano (R-600a) está presente no segmento de refrigeração doméstica.

Dióxido de carbono é uma das tendências no setor

“Em 2016, 50% dos nossos lançamentos foram feitos com oferta de fluidos refrigerantes de baixo GWP”, informa o engenheiro mecânico Homero Cremm Busnello, diretor de marketing da Tecumseh na América Latina.

O R-290 continua sendo a opção preferida da companhia para equipamentos de refrigeração comercial autônomos com capacidade inferior a ½ cavalo de potência (hp).

No entanto, a empresa ressalta que, em função de sua alta inflamabilidade, as limitações de carga e os requisitos de segurança devem ser sempre levados em consideração. Aplicações típicas para o R-290 incluem refrigeradores de bebidas, máquinas de venda automática e freezers comerciais.

“A indústria tem se adaptado aos novos fluidos nos últimos anos e, agora, chegou a vez do mercado de reposição prestar seu tradicional suporte à substituição correta e segura de componentes por outros originais”, salienta.

Para o engenheiro Wilson José de Carvalho, gerente de engenharia de produto de refrigeração da Elgin, os novos desenvolvimentos demandam mão de obra mais qualificada.

“O uso do R-134a e do R-404A já está se difundido no mercado, mas, quanto aos fluidos naturais, tanto os usuários quanto os técnicos de refrigeração terão de se preparar melhor, por causa da periculosidade e de outras características dessas substâncias”, ressalta.

wp-1492933014328..jpeg

“Empresas precisam investir em treinamentos dos operadores de novos equipamentos”, diz Silvio Guglielmoni, da Mayekawa

“As empresas precisam investir em treinamentos para os operadores desses novos equipamentos”, concorda o engenheiro Silvio Guglielmoni, gerente comercial da Mayekawa no Brasil.

Segundo o gestor, a indústria japonesa tem desenvolvido soluções de engenharia utilizando refrigerantes naturais para uma extensa faixa de temperaturas em sistemas de aquecimento e resfriamento.

“Chamamos essas soluções de Natural Five, pois englobam cinco refrigerantes desse tipo: amônia (NH3), CO2, água (H2O), HC e ar”, diz.

Tais substâncias são usadas em instalações de aquecimento, secagem, fornecimento de água quente, ar condicionado, resfriamento, refrigeração e congelamento em um range de temperaturas variando de 200 ºC a -100 ºC.

“A aplicação desses fluidos naturais e as soluções de engenharia em eficiência energética visam apoiar o desenvolvimento sustentável, não afetando a camada de ozônio e diminuindo drasticamente o aquecimento global”, reforça.

Nos últimos meses, a Danfoss tem trabalhado forte no desenvolvimento de equipamentos para gases de baixo GWP, incluindo unidades condensadoras. Uma das prioridades da empresa é validar o portfólio atual de compressores para os novos fluidos alternativos.

“Quando falamos de soluções ambientalmente amigáveis, o mercado brasileiro tem sido influenciado externamente, mas o que mais pesa na hora da escolha dessas tecnologias ainda é o custo da energia”, lembra o gerente de contas de compressores comerciais da companhia, Gustavo Asquino.

Mayekawa também aposta nos chamados fluidos naturais

Em busca do substituto ideal para os HFCs

Pesquisadores do Instituto Nacional de Padrões Tecnológicos dos EUA (NIST) finalizaram, em fevereiro, um estudo de vários anos para identificar os “melhores” candidatos entre os fluidos refrigerantes que, no futuro, terão o menor impacto sobre o clima.

Infelizmente, todos os 27 gases que o NIST identificou como os melhores a partir de uma análise de desempenho são, no mínimo, levemente inflamáveis, o que não é permitido pelas diretrizes de segurança dos EUA e de outros países para a maioria das aplicações. E diversas substâncias da lista são altamente inflamáveis, como o R-290.

Em outras palavras, o estudo não encontrou nenhum refrigerante ideal que combinasse baixo GWP  – uma medida da quantidade de calor que um gás retém quando liberado na atmosfera – com outras características desejáveis de performance e segurança, como não ser inflamável e nem tóxico.

“A conclusão é de que não há um substituto fácil e perfeito para os refrigerantes atuais”, diz Mark McLinden, engenheiro químico do NIST. “Durante o estudo, pensávamos que encontraríamos algo mais. Acontece que não há muita coisa. Então, o resultado foi um pouco inesperado, um pouco decepcionante.”

Órgãos reguladores norte-americanos já admitiram a dificuldade de escolher novos refrigerantes. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) ainda não estipulou limites específicos de GWP, mas tem, em vez disso, conduzido análises de risco comparativo para cada fluido e finalidade. Os critérios incluem efeitos atmosféricos e os impactos correlatos no meio ambiente e na saúde, riscos ao ecossistema, riscos ao consumidor, inflamabilidade, custo e disponibilidade.

Com o intuito de ajudar a indústria e os formuladores de políticas públicas dos EUA a compreenderem os limites e as escolhas intrincadas que envolvem a redução gradual dos HFCs, o NIST realizou, durante quatro anos, uma pesquisa abrangente para achar os melhores fluidos alternativos com baixo GWP e apenas um componente em sua fórmula.

O estudo do NIST focou em possíveis fluidos substitutos para os sistemas de ar condicionado pequenos, que são comuns em residências e pequenas empresas. Uma mescla de HFCs chamada R-410A é agora o refrigerante mais popular em tais sistemas.

Essas unidades são lacradas, o que significa que elas não devem liberar HFCs na atmosfera. Entretanto, os sistemas podem ter vazamentos, e quando eles recebem manutenção ou são descartados, o refrigerante tem o risco de escapar e não pode ser recuperado e reciclado, disse McLinden.

O estudo fez uma triagem em um banco de dados de mais de 60 milhões de substâncias químicas, estimando as propriedades unicamente com base na estrutura molecular. Isso foi feito com a ajuda de um método computacional desenvolvido anteriormente no NIST.

Visto que todos os refrigerantes atuais são pequenas moléculas, a pesquisa do NIST ficou limitada a moléculas com 18 ou menos átomos e a apenas oito elementos que formam compostos voláteis o suficiente para servirem como refrigerantes. Esta seleção inicial resultou em 184 mil moléculas que seriam melhor analisadas depois.

A triagem por propriedades energéticas que correspondem aos fluidos utilizados em pequenos sistemas de ar condicionado e a um GWP menor que 1.000 (entende-se por convenção que representa os efeitos por um período de 100 anos) rendeu 138 fluidos.

Os pesquisadores, então, simularam o desempenho destes 138 compostos em ares-condicionados. Um parceiro dentro da Universidade Católica dos Estados Unidos, em Washington, ajudou a desenvolver o modelo de simulação e a avaliar os resultados. Seleções adicionais para descartar compostos quimicamente instáveis ou muito tóxicos ou aqueles com baixa eficiência energética culminaram na lista final de 27 fluidos com baixo GWP.

Uma das prioridades da Danfoss é validar o portfólio atual de compressores para novos fluidos alternativos

O R-290, por exemplo, tem um GWP de 3, muito menor que o valor do R-410A, de 1.924. Entre os potenciais refrigerantes com os menores índices de GWP, encontra-se a amônia, geralmente utilizada em grandes sistemas de refrigeração industriais. Contudo, ela tóxica e levemente inflamável.

Além disso, há o dimetil éter, um propelente e potencial combustível que é um pouco menos inflamável do que o R-290. O CO2 possui um GWP de 1 e não é inflamável, porém necessitaria de um tipo diferente de ciclo de refrigeração para operar sob pressões muito altas. Outros compostos de baixo GWP são as HFOs, atual foco de pesquisa da indústria química global, mas elas são ligeiramente inflamáveis.

Embora não haja um limite específico de GWP nos EUA, datas de redução em fases foram estipuladas para os HFCs com maior GWP. (Na União Europeia, refrigerantes com GWP abaixo de 750 são permitidos em sistemas de pequeno porte.)

A lista do NIST pode oferecer novas ideias, porque inclui muitos refrigerantes que ainda não estão na lista da EPA de substitutos aceitáveis. “A indústria de refrigeração vem desenvolvendo ativamente novos fluidos levemente inflamáveis, e os resultados do atual estudo sustentam esse caminho”, afirma McLinden.

“Olhando adiante, as conclusões do estudo do NIST indicam a necessidade de reconhecer e lidar com escolhas conflitantes no planejamento para o futuro”, completa.

Mas como as diretrizes de segurança deveriam ser alteradas para garantir que os compostos inflamáveis sejam usados seguramente? “Misturas de diferentes refrigerantes podem oferecer um equilíbrio entre segurança e baixo impacto climático. Por exemplo, um fluido com baixo GWP, mas inflamável, mesclado com um fluido não inflamável, porém de alto GWP, pode resultar num fluido não inflamável com um valor moderado de GWP”, explica McLinden.