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Boas práticas de refrigeração garantem substituição segura do R-22

Observar as recomendações ambientais, normas técnicas e de segurança do trabalho; identificar e classificar o fluido refrigerante proposto; projetar válvulas de expansão, instrumentos de medição e controle para tal substância.

Estas são apenas algumas orientações acerca das boas práticas de refrigeração necessárias para garantir uma substituição segura e eficiente do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 em sistemas frigoríficos.

Segundo o técnico em refrigeração Diogo Estevão Pinheiro Rezende, professor da Treinatec BH Cursos, os profissionais do setor também devem efetuar a análise termográfica do circuito elétrico, conferir reapertos dos quadros elétricos e verificar se as casas de máquinas se encontram com altas temperaturas.

Ao substituir o R-22, ainda é preciso trocar óleo e filtros, testar a estanqueidade do sistema e fazer o alto vácuo.

“Devido ao seu alto poder de destruição das partes internas dos componentes e equipamentos do sistema pela oxidação, a umidade precisa ser completamente removida”, ressalta.

De acordo com o técnico em automação e instrumentação Junio Félix Silva, que também leciona na escola profissionalizante de Belo Horizonte, diversos instrumentos e ferramentas são necessários à realização do retrofit do R-22, como válvulas de segurança, pressostato de alta, pressostato de baixa, pressostato diferencial, manifold devidamente aferido, multímetro ou amperímetro.

“Todos os cilindros de fluidos recolhidos devem ser alocados e destinados a local apropriado. O descarte indevido destes recipientes é passível de punição, por se tratar de crime ambiental”, alerta.

Ele também lembra que a venda de fluidos refrigerantes é controlada por um código registrado na base dos cilindros, por meio do qual se consegue rastrear seu vendedor e comprador.

Daikin lança substituto do R-22 e R-404A nos EUA

A subsidiária norte-americana da Daikin anunciou a disponibilidade de amostras de testes do fluido refrigerante R-407H – uma mistura de R-32, R-125 e R-134a – para o mercado local.

A empresa revela que estas amostras serão destinadas a empreiteiros e distribuidores que trabalham com sistemas de refrigeração comercial.

Segundo a Daikin, sua aplicação exige poucas modificações nos sistemas frigoríficos, e o novo fluido refrigerante não a degrada camada de ozônio e tem um potencial de aquecimento global (GWP) de 1.495 – 62% inferior ao do R-404A.

A companhia destaca que o R-407H foi submetido à aprovação da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) como substituto do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 e dos hidrofluorcarbonos (HFCs) R-404A e R-507A, que são amplamente utilizados em equipamentos de refrigeração de supermercados, armazéns e embarcações marítimas.

Em testes comparativos realizados por vários fabricantes de equipamentos e universidades, o R-407H demonstrou eficiência equivalente à do R-404A em baixa temperatura de evaporação, e melhorias de eficiência em temperatura média.

Compatível com lubrificantes à base de poliol éster (POE) e óleos comuns, o novo fluido refrigerante também apresenta pressão de trabalho semelhante à do R-404A.

“O R-407H foi desenvolvido para cumprir os regulamentos globais e possibilitar retrofits simples e econômicos. Além disso, seu histórico e sua eficiência comprovada qualificam o produto para cumprir os objetivos de redução de GWP estabelecidos pela EPA”, afirmou Jim McAliney, vice-presidente de vendas e marketing da Daikin America.

Mundialmente, a Daikin é reconhecida por fabricar equipamentos de ar condicionado, mas a empresa também é um dos principais fabricantes de fluorquímicos do mercado. Em 2015, ela comprou a área de refrigerantes da Solvay, um acordo que deu à indústria japonesa sua primeira base de fabricação dessas substâncias na Europa.

Forane 427A simplifica retrofit do R-22

A atualização tecnológica dos sistemas frigoríficos que operam com R-22 é um dos serviços mais realizados pelos técnicos do setor, uma vez que a produção de hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) está sendo reduzida gradualmente.

Um dos substitutos mais utilizados globalmente é Forane 427A (R-427A), mistura à base de hidrofluorcarbono (HFC) desenvolvida pela Arkema para equipamentos refrigeração, ar condicionado e bombas de calor existentes.

“O R-427A substitui o R-22 com o menor impacto ambiental, em relação aos fluidos refrigerantes concorrentes”, afirma o presidente da empresa no País, Eric Schmitt.

O refrigerante também apresenta desempenho, pressões de operação e propriedades termodinâmicas bem próximas às do R-22.

A aplicação do Forane 427A em retrofits não requer grandes modificações nas obras. A empresa recomenda apenas a troca do óleo mineral para o de poliol éster (POE) e a substituição do filtro secador e selos.

Não é necessário mudar as válvulas de expansão, linhas de líquido, unidades condensadoras ou qualquer outra parte do sistema”, informa a Arkema.

Arkema amplia portfólio de fluidos refrigerantes

A Arkema segue firme no desenvolvimento de novas soluções para a área de fluidos refrigerantes. Com quatro pontos de distribuição no Brasil, além de uma filling station em Rio Claro (SP) e uma blending station na Argentina, a companhia se destaca nos mercados nacional e regional pela excelência e diversificação de seus produtos.

“Somos líderes em diversos segmentos, como peróxidos orgânicos, polímeros técnicos, odorizantes de gás, resinas acrílicas para tintas etc.”, salienta o presidente da subsidiária brasileira, Eric Schmitt.

Na divisão de negócios de fluorquímicos, a Arkema é considerada um dos principais players do setor, sendo representada pela marca Forane.

Um dos produtos mais conhecidos deste portfólio é o Forane 427A (R-427A), uma mistura à base de hidrofluorcarbono (HFC) desenvolvida para substituir o hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 em instalações de refrigeração e ar condicionado existentes.

Sede da Arkema

Multinacional investe 2,5% do seu faturamento em P&D

Segundo o executivo, a indústria química francesa também já está preparada para trabalhar com a quarta geração de fluidos refrigerantes.

“Em breve, teremos novidades no mercado brasileiro. Já iniciamos as vendas do R-1233zd, uma hidrofluorolefina (HFO) que substitui o R-141b como agente de expansão”, revela.

“O mercado brasileiro é de alta importância para o grupo e estamos focados em desenvolver o setor e apresentar produtos inovadores, pensando em performance e proteção ambiental”, acrescenta Schmitt, que começou sua carreira na multinacional há mais de 20 anos.

Atualmente, o grupo francês investe 2,5% do seu faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento.

“Contamos com 1,7 mil pesquisadores e 13 centros de pesquisa espalhados pelo mundo”, enfatiza o gerente de fluorquímicos da filial brasileira, Alexandre Lopes.

“Por isso, estamos no ranking Thomson Reuters Top 100 de inovadores globais”, arremata o gestor.

Sólida experiência

Eric Schmitt - Arkema

Experiência internacional de Eric Schmitt fortalece operação brasileira da Arkema

Durante mais de duas décadas na Arkema, Eric Schmitt superou diversos desafios e aprendeu muitas lições sobre o mundo dos negócios envolvendo a química, o que lhe rendeu uma sólida experiência no segmento.

“Iniciei [minha carreira] como gerente de projetos internacionais, o que me proporcionou a absorção de conhecimentos específicos em países com as mais diversas características culturais, políticas e econômicas”, relata.

O executivo também liderou equipes de vendas como diretor comercial no Brasil nos anos 1990. “Após esta caminhada, fui gerente de linhas de produtos globais e também presidente da Arkema na Argentina e no México”, informa.