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INMETRO apresenta novo modelo regulatório para ABRAVA

No dia 10 de maio, a ABRAVA recebeu representantes do INMETRO que apresentaram o novo modelo regulatório a ser implantando, que  em breve, entrará em consulta pública. A ação faz parte de uma estratégia de simplificação, a partir da criação de regras mais abrangentes, que incluam categorias inteiras de produtos, nos moldes do que já ocorre na Comunidade Europeia.

Para o diretor de Avaliação de Conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Gustavo Kuster os fabricantes passarão a ter mais responsabilidades, mas também mais liberdade para produzir e colocar seus produtos no mercado, “Hoje em dia levamos até sete anos para implementar uma nova medida. A solução para esse estado de coisas é repensar todo o modelo.  A estratégia é simplificar, por isso é importante a participação de todos nas audiências públicas que serão abertas com vistas a enxugar as propostas já existentes”

Em resumo, o objetivo é mudar o modelo regulatório, desburocratizando o sistema de certificações e aumentando o escopo de produtos seguindo padrões indicados pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE e países desenvolvidos.

Para o presidente da ABRAVA, o engenheiro Arnaldo Basile, “Há muitos anos a ABRAVA vem conversando com o INMETRO. Com base nas sugestões apresentadas, o órgão está reformulando a sua programação de atividades de maneira mais objetiva em atendimento as necessidades do setor HVAC-R, adequando-se assim a realidade do mercado brasileiro de refrigeração e ar-condicionado”.

A reunião aconteceu na sede da ABRAVA. Estiveram presentes: Além de Gustavo Kuster – diretor do INMETRO; Marcos Borges – INMETRO; o eng. Oswaldo Bueno – consultor da ABRAVA; e, eng. Tomaz Cleto VP de Eficiência Energética ABRAVA.  Representantes da indústria e diretores da Associação, Eduardo Almeida – Bitzer; Luciano Marcato – Daikin, Mauro Apor – LG; e, Renato Majarão – Danfoss.

Segurança em 1º lugar

Todo profissional de refrigeração e ar condicionado devidamente qualificado sabe que precaução extra nunca é demais durante a realização de serviços em campo.

Em um dia normal de trabalho, os técnicos e instaladores podem ter de visitar vários clientes. Por esse motivo, todo refrigerista deve verificar as ferramentas necessárias para cada ordem de serviço, tais como alicates para descascar fios, chaves inglesas e vacuômetros.

Nessa primeira etapa, é importante verificar se o ferramental está em perfeitas condições, o que garantirá sua eficiência e a segurança dos trabalhos, ajudando a evitar acidentes durante reparos, manutenção ou instalação de equipamentos.  Enfim, é muito importante que as ferramentas não estejam desgastadas ou quebradas.

Antes de realizar qualquer serviço, os profissionais do setor também devem colocar os equipamentos de proteção individual (EPIs), tais como protetores de rosto contra líquidos e produtos químicos perigosos; máscara para respirar, caso haja substâncias nocivas no ar; capacetes de segurança ao trabalhar em uma área onde haja risco de objetos ou vigas caírem; e calçados de segurança para proteger os pés contra quedas de objetos pesados.

Outros EPIs importantes são as roupas adequadas para proteger as mãos, a pele e o corpo contra temperaturas rigorosas; os tampões de ouvido para evitar perda auditiva, especialmente quando se trabalha em áreas que tenham 90 decibéis ou mais; e os óculos de segurança para impedir que projéteis e detritos entrem nos olhos.

Refrigerista utilizando EPIs no atendimento

 

Produtos perigosos

A fim de evitar acidentes, os refrigeristas sempre devem manusear corretamente agentes de limpeza, detergentes, solventes, fluidos refrigerantes e outros produtos químicos, uma vez que alguns deles podem explodir e causar ferimentos.

Durante o transporte de cilindros contendo fluidos frigoríficos, os profissionais do setor também precisam ficar atentos às altas temperaturas do verão. Nesta época, mantê-los em veículo fechado ou parado sob o sol pode ser perigoso. Afinal de contas, o cilindro pode literalmente decolar ou até mesmo explodir. EPIs protegem o contato com gases e meios químicos

Segundo especialistas em segurança do trabalho, a maioria dos técnicos de refrigeração precisa elevar seu nível de conhecimento acerca dos procedimentos de segurança para a realização de serviços em equipamentos que utilizam fluidos frigoríficos inflamáveis, tais como propano (R-290), isobutano (R-600a), pentano (R-601) e isopentano (R-601a).

A primeira coisa a levar em conta ao trabalhar com eles é a existência de três ingredientes básicos para o início de um incêndio: um combustível na concentração certa, uma quantidade de oxigênio e uma fonte de ignição.

Neutralizar o risco apresentado pelo combustível requer o seu confinamento, seja num cilindro ou no próprio sistema de refrigeração, evitando-se que ele se espalhe por outras áreas, em caso de vazamento.

Quanto ao ar, embora ele seja um dos fatores da combustão, também funciona como dispersante do gás eventualmente liberado no ambiente, o que faz da boa ventilação outra forte aliada contra acidentes.

Portanto, antes de iniciar um trabalho em equipamentos com fluidos inflamáveis, os refrigeristas devem checar se o local está adequadamente ventilado. Caso contrário, será necessário fornecer ventilação adicional.

Em serviços dessa natureza, ter um extintor de incêndio também é imprescindível, assim como um detector de gás inflamável ligado antes de entrar no ambiente. Esse dispositivo deve permanecer ligado durante todo o processo e ser desligado apenas após o término do serviço.

Além disso, os técnicos devem estar conscientes de que os cortadores de tubos, e não os maçaricos, são o método de desmontagem recomendado para os sistemas que contêm algum tipo de hidrocarboneto inflamável.

Da mesma forma, os profissionais do setor precisam ser especialmente cautelosos e diligentes ao usar um maçarico para “selar” as extremidades do tubo de processo. Purgar o sistema com nitrogênio é igualmente essencial para garantir que nenhum hidrocarboneto permaneça nele.

 

Riscos nas alturas

Segundo o recém-extinto Ministério do Trabalho e Emprego, 40% dos acidentes de trabalho no Brasil relacionam-se a quedas de lugares elevados.

Pouca gente, porém, sabe da existência da Norma Regulamentadora nº 35, que define requisitos e medidas de proteção aos profissionais que atuam nessas condições, como os instaladores de sistemas de ar condicionado.

Além dos equipamentos básicos a serem utilizados, a NR-35 prevê a realização de cursos gerais e específicos, voltados para a área de atuação do técnico.

Independentemente dessa norma específica, todos os profissionais da área de refrigeração e climatização devem aprender a avaliar os riscos envolvidos em seu trabalho antes de executar qualquer serviço, e sempre ficarem alertas às possíveis ameaças, segundo especialistas em segurança do trabalho.

 

Norma internacional

Outra norma relevante a ser observada pelos profissionais do setor é a ISO 5149-1:2014 – Sistemas de Refrigeração e Bombas de Calor – Requisitos Ambientais e de Segurança.

Além de recomendações sobre a coisa certa a fazer em cada etapa do trabalho, a norma fala sobre recuperação, reutilização e descarte correto de todos os tipos de fluidos refrigerantes, óleos lubrificantes, sistemas de refrigeração, peças e componentes.

No capítulo que define o perfil do refrigerista, ela diz que o profissional deve conhecer os requisitos de inspeção; dominar o funcionamento, a operação e o monitoramento dos sistemas; e saber o processo de troca de fluido refrigerante, observando sempre as boas práticas ambientais e de segurança.

Outra recomendação da norma – publicada em substituição a uma de 1993 – é que todo sistema de refrigeração tenha um livro para o registro das manutenções e reparos realizados, incluindo cargas de fluido e a substituição de partes.

Finalmente, ela detalha o que fazer ao término da vida útil de todos os itens de um sistema frigorífico, para que eles sejam recuperados, reutilizados ou destinados conforme a regulamentação de cada país.

No caso dos fluidos refrigerantes, a norma internacional frisa que os refrigeristas devem seguir os processos adequados de manuseio e armazenamento, bem como garantir os testes necessários antes de sua reutilização.

Eficiência, o nome do jogo no HVAC-R

O Brasil é o sexto país com a energia mais cara do mundo. Aqui, o custo desse insumo estratégico para a economia é 46% maior que a média global. O levantamento, feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), mede o peso financeiro da energia para o setor industrial.

Tarifas de energia sobem mais que a inflação, lembra o engenheiro Fabio Moacir Korndoerfer, da Recomservice

Mas este item também representa valores importantes para os proprietários e inquilinos de edifícios comerciais, onde o ar-condicionado chega, em alguns casos, a ser responsável por até 60% do consumo de eletricidade. No varejo de alimentos e bebidas, os sistemas de refrigeração são os grandes vilões.

“As tarifas da energia vêm registrando aumentos anuais bem acima da inflação”, lembra o engenheiro eletricista Fabio Moacir Korndoerfer, diretor comercial da Recomservice.

Segundo ele, em certos empreendimentos, esse custo é muito expressivo e o payback de investimentos para garantir mais economia anual é, geralmente, menor do que três anos. “Rende muito mais do que aplicação bancária”, compara.

Atualmente, a substituição de chillers antigos por novos, dotados de compressor parafuso ou centrífugo de velocidade variável, é uma das principais tendências tecnológicas no mercado de retrofits de centrais de água gelada (CAGs).

Troca de equipamentos instalados há mais de 15 ou 20 anos resulta em menor consumo de energia, segundo Edson Ferrara, da Trane

Um sistema de automação associado a variadores de frequência, tanto em compressores de sistemas de expansão direta ou indireta, também resulta em diversos benefícios, conforme destaca o gerente de serviços da Trane no Brasil, Edson Ferrara.

“A simples troca de equipamentos instalados há 15 ou 20 anos já pode trazer um economia em torno de 25% a 30% no consumo”, exemplifica.

“Se associarmos essa troca do sistema de inteligência a um sistema de automação, junto com esses variadores de frequência, é possível conseguir, no mínimo, mais uns 12% ou 15% de economia”, revela.

Segundo Ferrara, o Brasil tem uma capacidade de geração e distribuição de energia limitada e, atualmente, o País está em uma situação de consumo mais ou menos balanceado.

“Ou seja, a indústria não está produzindo tanto e, por isso, não está consumindo muita energia. Porém, a partir do momento em que o setor retomar a produção, vai faltar energia e o Brasil não tem uma capacidade de suprir essa demanda no mesmo ritmo do crescimento econômico”, alerta.

“A saída para se economizar é a busca de equipamentos cada vez mais eficientes e projetos de eficiência energética associados ao governo. E com subsídio, para que o consumidor possa investir e reduzir o consumo, além de garantir a distribuição da energia para todos”, avalia.


Do analógico para o digital

As estratégias mais utilizadas para reduzir o consumo energético em sistemas de refrigeração e ar condicionado tentam aproximar a capacidade frigorifica fornecida pelo equipamento com a demanda requerida pelo ambiente refrigerado.

Tradicionalmente, os sistemas frigoríficos são dimensionados para suprir a carga térmica do pior cenário – situação que requer a maior quantidade de frio. Logo, no modo de controle tradicional, é importante que a regulagem do termostato seja feita para a temperatura adequada, pois quanto mais baixa a temperatura desejada (setpoint), mais tempo a máquina trabalhará e consumirá mais energia.

“Sistemas de refrigeração industrial estão adotando compressores modulares com o objetivo de aproximar a capacidade de refrigeração da demanda”, afirma o engenheiro mecânico Felipe Airoldi Accorsi, consultor técnico de produto para o mercado externo da Full Gauge Controls. 

“Na mesma linha, os fabricantes de ar condicionado apostam na tecnologia Inverter, com a finalidade de variar a capacidade de climatização de acordo com a demanda do ambiente, como uma alternativa ao modo de controle liga-desliga cíclico”, enfatiza.

Outra mudança observada no setor é a adoção de softwares supervisórios. “Esses sistemas, além de possibilitarem o acesso remoto à planta, tornando as informações acessíveis de qualquer lugar do mundo, agilizam a identificação de problemas, reduzem o downtime, permitem um melhor planejamento para a realização das manutenções necessárias e ainda auxiliam na otimização dos processos, o que gera redução do consumo energético”, detalha.

Pensando nessas tendências, a Full Gauge desenvolveu a VX-950 Plus, válvula de expansão eletrônica destinada a diversas aplicações na área de refrigeração comercial, entre elas, em transporte frigorífico e em câmaras e balcões de resfriados e congelados.

“Além de economia, a válvula garante mais eficiência operacional, com respostas imediatas a qualquer problema, pois também pode ser integrada ao Sitrad, nosso software de gerenciamento remoto”, salienta.

“Essas facilidades são ainda mais relevantes durante uma época marcada pelo calor, férias e feriados prolongados, na qual o comércio aumenta seus estoques, uma vez que é possível monitorar as instalações de maneira eficaz a distância, otimizando a operação com segurança”, completa.

A eficiência, enfim, tem norteado os investimentos feitos pelos grandes players do HVAC-R em inovação. “Isso resulta, cada vez mais, em componentes que fazem a transição do universo mecânico para o eletrônico”, diz o gerente de desenvolvimento de negócios da Danfoss, Eládio Pereira.

Especificamente, ele cita as válvulas de expansão eletrônicas ETS Colibri e os variadores de velocidade dos compressores VZH, além da IDV (acrônimo em inglês para Intermediate Discharge Valve), uma válvula mais simples, mas também eficiente, utilizada nos compressores DSH.

“Cada tecnologia tem um custo distinto e proporcional ao desempenho que oferece, para que todos os clientes possam ter acesso à eficiência energética em todos os níveis”, afirma.

Embora ainda não sejam utilizadas em larga escala no País, as válvulas de expansão eletrônicas são uma tecnologia indispensável para reduzir o consumo de energia nos equipamentos de refrigeração e ar condicionado.

“O controle adequado do superaquecimento possibilita um maior rendimento no evaporador com a mesma potência consumida pelo compressor, item que mais consome energia num circuito frigorífico”, explica o engenheiro Marcel Nishimori, coordenador técnico da Carel.

Segundo estudos realizados na Europa, a substituição de uma válvula termostática mecânica por uma eletrônica proporciona um ganho médio em eficiência na ordem de 13% durante o ano.

“Outro efeito positivo é a redução do índice de quebra de compressores por retorno de líquido, uma vez que o controle é mais preciso”, destaca.

A tecnologia faz um controle de superaquecimento mais acurado, por meio da leitura dos valores da temperatura de sucção e evaporação, assim como o processamento desses dados por um controle digital.

No caso da solução da Carel, o acionamento ocorre por meio de uma válvula motorizada de passo que controla com exatidão a quantidade de refrigerante que deverá ser injetada no evaporador.

Outra tecnologia em ascensão no mercado nacional são os compressores dotados de motores com ímã permanente no rotor e sem escovas (BLDC, na sigla em inglês).

“Tais características, aliadas a inversores como o nosso Power+, permitem que esses compressores tenham um rendimento maior, chegando a 15% em cargas parciais, em comparação com as tecnologias tradicionais do mercado”, ressalta.

Os compressores do tipo BLDC, prossegue Nishimori, têm um range de aplicação bem amplo, sendo utilizados em selfs de precisão para data centers, balcões de congelados em supermercados e geladeiras para bebidas. “E a gama de fluidos refrigerantes aceitos por eles inclui HFC, propano e CO2”, diz.


Casos de sucesso

Não é de hoje que alto custo energético e risco de escassez forçam os gestores de plantas de refrigeração e ar condicionado a buscar novas soluções para tornar suas operações mais eficientes.

Segundo os profissionais do setor, só a substituição dos fluidos refrigerantes feitos com HCFCs por novas alternativas sintéticas ou naturais não será atrativa comercialmente nos próximos anos e deverá perder espaço para a opção pela troca de máquinas.

“Equipamentos mais novos sempre serão muito mais eficientes ano a ano, com a predominância para o avanço das tecnologias de velocidade variável e gestão de performance energética pela internet”, reforça Fabio Korndoerfer, da Recomservice.

Recentemente, a empresa especializada em manutenção de sistemas de ar condicionado e automação fez o retrofit da CAG de um shopping center localizado na zona oeste de São Paulo.

Segundo o engenheiro, a instalação dos resfriadores de líquido Carrier 30XW Aquaforce em três casas de máquinas, além da automação completa do edifício, proporcionou redução de 50% do consumo de energia elétrica no sistema de climatização do edifício.

“Os chillers de última geração substituíram máquinas ineficientes fabricadas há mais de 25 anos, e operam durante 80% do tempo de funcionamento do ar-condicionado”, explica.

Outro caso de sucesso recente é o do Shopping Flamboyant, localizado em Goiânia (GO). Após desenvolver um estudo energético, a Trane avaliou a oportunidade para tornar a planta de ar condicionado mais eficaz e desenvolveu um plano personalizado para redução do consumo de energia elétrica, aplicando equipamentos de alta eficiência e sistemas de gerenciamento automatizados.

“Com isso, o shopping alcançou economia de cerca de 36% na conta de energia”, diz Edson Ferrara, lembrando que cada empreendimento possui características próprias que irão determinar as estratégias ideais para a implantação de um projeto de modernização dos sistemas de ar condicionado.

De acordo com o gestor de serviços do fabricante de ar-condicionado, a implantação do projeto no Flamboyant começou pela troca dos equipamentos. Três resfriadores de líquido de 390 TR foram substituídos por chillers com compressores parafuso de alta eficiência energética.

Além disso, a obra foi realizada em regime de turnkey, ficando a Trane responsável por toda a execução. Na segunda fase, com o desafio de melhorar ainda mais a eficiência alcançada, foi projetado o sistema de automação, que permitiu a operação conjugada dos chillers, bombas, torres e tanque de termo-acumulação de forma otimizada.

O setor supermercadista também aposta em novas tecnologias para economizar energia. Desde meados de maio de 2017, está em funcionamento em São Paulo uma loja de um varejista francês no formato express que opera com equipamentos de refrigeração de alta eficiência HEOS, fabricados pela Carel.

“Esse sistema consiste em unidades de refrigeração plug-ins com compressores do tipo BLDC e válvulas de expansão eletrônicas instaladas sobre os expositores e condensadas por um sistema fechado de água com dry-cooler”, informa o engenheiro Marcel Nishimori.

“Além de apresentar uma redução no consumo elétrico na ordem dos 35% frente a uma loja com formato semelhante na mesma região, o índice de manutenção é mínimo, se comparado com outras tecnologias. Esse nível de confiabilidade é possível por meio de algoritmos desenvolvidos pela Carel que protegem o compressor segundo a especificação do seu envelope de operação”, diz.

Essa mesma tecnologia, agora com condensação a ar, está sendo amplamente instalada em todo o País para aplicações em balcões de congelados, informa Nishimori. “Esse formato permite ao varejista ampliar sua área de vendas de congelados sem grandes intervenções no salão de vendas”, assegura.

 

Baixa carga de amônia, uma tendência na refrigeração

Há vários anos, a indústria global de refrigeração vem passando por diversas mudanças. Em particular, o impacto ambiental de alguns fluidos refrigerantes halogenados – como a destruição da camada de ozônio e o aquecimento global – mudaram radical-mente a história do setor, em função de leis ambientais mais restritivas.

Refrigerantes naturais, como amônia (NH3), dióxido de carbono (CO2) e hidrocarbonetos (HCs), não são afetados por esses marcos legais; no entanto, a toxicidade e a inflamabilidade deles são problemas que restringem o uso desses fluidos refrigerantes em determinadas aplicações.

A amônia, particularmente, é a substância mais empregada em sistemas de refrigeração industrial, devido às suas propriedades termodinâmicas superiores e baixo custo. Ela é um fluido refrigerante comprovadamente eficaz, com mais de 150 anos de utilização.

Enfim, a amônia tem sido usada continuamente como refrigerante desde que o uso prático do ciclo de refrigeração por compressão de vapor foi desenvolvido.

A amônia é, de forma geral, considerada benigna para o meio ambiente. Por isso, a Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae) incentiva seu uso em equipamentos de refrigeração industrial e comercial, conservação de alimentos, sistemas indiretos, bombas de calor e outras aplicações.

De acordo com a classificação Ashrae, norma que indica o nível de toxicidade e inflamabilidade dos fluidos, a amônia é classe B2, ou seja, tóxico (B), e com baixo grau de inflamabilidade (2L).

Em razão disso, há uma série de restrições que vale considerar ao projetar sistemas com amônia. Geralmente, a limitação de sua carga no sistema minimiza as precauções de segurança, o que a torna mais acessível aos usuários de refrigerantes sintéticos e ajuda os usuários existentes a reduzir o estoque local.

Devido à sua baixa densidade, a eficiência dos sistemas com amônia torna-se menos atrativa a baixa temperatura, em comparação com um sistema em cascata utilizando amônia e CO2, por exemplo.

Um projeto desse tipo é uma maneira única de combinar os benefícios de dois refrigerantes naturais. Normalmente, a carga de amônia pode ser reduzida a aproximadamente um décimo da requerida por um sistema tradicional com amônia, o que minimiza os requisitos de segurança.

Um sistema em cascata de amônia/CO2 tem uma eficiência melhor em baixas temperaturas, em comparação com as instalações tradicionais de amônia.

Um sistema com salmoura é outra maneira de reduzir a carga de amônia, mas em comparação com o sistema em cascata de amônia/CO2, esse método tem uma eficiência menos atrativa.

 

Tecnologia emergente

Instalação de Amônia nas dependências do SENAI

As soluções modernas de refrigeração com baixa carga de amônia estão experi-mentando uma onda de interesse em diversos segmentos do mercado de refrigeração.

Tecnicamente, a “baixa carga” refere-se à proporção de carga por unidade de capacidade de refrigeração, com sistemas que não ultrapassam 1,3 kg/kW. Alguns deles chegam a ter carga de 0,06 kg/kW.

No passado, a amônia era usada exclusivamente em instalações de grande porte. Novas exigências ambientais, contudo, também favoreceram sua aplicação em grandes sistemas comerciais tradicionais.

Pequenos sistemas de expansão direta (DX) de amônia ainda não são ampla-mente utilizados, principalmente devido à falta de componentes adequados. Por sinal, esse ainda é um dos desafios do setor.

Requisitos de segurança e ambientais são definitivamente uma obrigação para sistemas de refrigeração industrial. Os fabricantes simplesmente precisam seguir essas exigências e garantir sua confor-midade.

Particularmente, os requisitos de segurança podem ser divididos em dois grupos: para produtos e para a operação de sistemas de refrigeração.

Para os fabricantes de componentes e sistemas, os requisitos referentes a vaza-mentos são uma questão essencial para estar em conformidade com as exigências ambientais. Aliás, essa é uma forte tendência global.

Isso significa que os componentes e sistemas precisam ser hermeticamente selados e todos os potenciais riscos de vazamento eliminados ou minimizados.

Juntas flangeadas, parafusadas e similares têm um potencial de vazamento maior do que o de juntas permanentes e, portanto, é óbvio que elas devem ser eliminadas, quando possível.

A tendência global nas áreas de segurança e meio ambiente é apoiada pelas normas internacionais para sistemas de refrigeração, como a ISO 5149 e a ISO 14903, que se baseiam em duas normas europeias, a EN 378 e a EN 16084.

“Devido à sua toxicidade, a amônia erroniamente é vista como  perigosa. Assim, diversas oportunidades de emprego desse refrigerante são descartadas por desconhecimento de consultores, usuários e fabricantes”, avalia a gerente de produto de refrigeração industrial da Johnson Controls, Celina Bacellar.

“Tomando os devidos cuidados com a segurança no projeto, na instalação, na operação e na manutenção dos sistemas, a amônia é a solução ideal para quase todos os sistemas de refrigeração industrial”, acrescenta.

Segundo a gestora, programas de gestão de riscos com treinamentos e procedimentos de operação e manutenção, juntamente com um projeto cuidadosamente executado, são fundamentais à segurança de qualquer instalação industrial.

“O aumento dos requisitos de segurança (regulamentação) em plantas de refrigeração com amônia vem colocando enorme pressão sobre os proprietários, devido ao aumento do custo da conformidade (compliance)”, diz.

Em todo o mundo, prossegue, proprietários de instalações frigoríficas estão à procura de soluções de refrigeração com baixa carga de amônia. “E nós, fabricantes, estamos buscando desenvolver soluções cada vez mais sustentáveis com carga mínima de refrigerante – seja ele qual for. Tudo em busca de sistemas mais econômicos, ecológicos, eficientes e seguros”, ressalta.

“O incentivo ao emprego de fluidos naturais, como a amônia e o CO2, é a solução para a eliminação desses gargalos. Assim como a amônia, o CO2 é vítima do desconhecimento e receio de usuários e projetistas por sua alta pressão de trabalho”, afirma.

Ao contrário dos hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e hidrofluorcarbonos (HFCs), a amônia é uma solução tecnológica de longo prazo e prontamente disponível.

A perspectiva de preços da amônia também é estável, pois seu custo está firmemente vinculado à indústria agrícola – seu principal consumidor para fertilizantes –, enquanto a transição para sistemas com baixa carga de amônia pode ser concluída com o mínimo de interrupção e custo.

Os avanços na tecnologia de evaporadores já reduziram as cargas de refrigerante em mais de 30%. Ao fazer a troca para soluções compactas, refrigeradas a ar, localizadas próximas ao ponto de resfriamento, até mesmo reduções de carga adicionais podem ser alcançadas.

Segundo especialistas da área, as mais recentes tecnologias voltadas à aplicações com baixa carga de amônia estão quebrando as metas de eficiência energética mais rígidas recentemente estabelecidas pela legislação europeia.

Esses avanços não apenas promovem um ambiente de refrigeração industrial mais ambientalmente consciente, como também melhoram a segurança no local, aumentam a produtividade e reduzem os custos operacionais.

 

Agora é oficial: 26 de junho, Dia Mundial da Refrigeração

Associações empresariais e profissionais de todo o mundo finalmente chegaram a um acordo sobre uma data oficial para celebrar o Dia Mundial da Refrigeração.

A partir do ano que vem, a comemoração global ocorrerá anualmente em 26 de junho, e toda a indústria será incentivada a participar do evento para promover o setor. 

Segundo seus idealizadores, o Dia Mundial da Refrigeração está sendo lançado para aumentar a conscientização da comunidade internacional sobre o papel do HVAC-R no apoio à vida moderna e à sociedade.

Entidades sediadas nos EUA, Índia, Paquistão, Filipinas, Tailândia, Austrália, África, Oriente Médio e em toda a Europa já deram apoio formal à data.

De acordo com o consultor Steve Gill, presidente do Instituto de Refrigeração (IoR, em inglês), o termo “refrigeração”, usado para marcar a efeméride, está sendo empregado em seu sentido mais amplo.

“A refrigeração é usada para preservar alimentos, assim como para fornecer conforto térmico aos seres humanos por meio do ar-condicionado. Da mesma forma, as bombas de calor também retiram calor de uma fonte e o transferem para outro local”, explica Gill.

Ele diz ainda que a refrigeração tem uma história tão longa e fascinante, cheia de inventores, pioneiros da engenharia, cientistas e empresários em todo o mundo – todos os quais merecem ser reconhecidos e lembrados por sua valiosa contribuição à humanidade.

“As tecnologias e aplicações de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor surgiram a partir da necessidade humana por alimentos, conforto e processos térmicos. Essa é uma história que remonta a séculos, porém, para aqueles que trabalham nessa indústria, ainda é uma frustração de longa data não receber o devido reconhecimento”, argumenta.

“A vida moderna não poderia existir sem refrigeração. Também é necessário que haja uma maior apreciação por parte da comunidade em geral em relação às habilidades e conhecimentos empregados diariamente pelos profissionais da indústria para manter essas tecnologias”, acrescenta.

Apesar de uma história tão longa e rica, prossegue Gill, concordar com uma data comemorativa provou ser desafiador até mesmo em nível nacional no Reino Unido, quanto mais em nível internacional.

“No entanto, a indústria está unida em seu desejo de mostrar suas realizações para o público em geral. Assim, conseguimos construir um consenso em torno de muitos objetivos comuns e, finalmente, chegamos a um acordo sobre uma data”, comemora.

 

Grande campanha global

A CEO do IoR, Miriam Rodway, também destaca que a refrigeração contribui para muitos aspectos da vida moderna, desde a medicina até o fornecimento de alimentos, agricultura, engenharia de processos e TI, embora ainda seja uma indústria amplamente desconhecida do grande público.

“Reunir a comunidade de refrigeração mundial para celebrar nosso sucesso e nossas conquistas faz parte do papel do IoR de promover o avanço do setor. Esperamos trabalhar mais de perto com todos que apoiam essa grande campanha”, informa.

“Estabelecer o Dia Mundial da Refrigeração tem sido a cruzada pessoal de Steve Gill por mais de uma década. Embora ele seja o primeiro a admitir que a ideia de um dia especial para essa indústria possa não ser nova, a formação de um consenso entre organizações e pessoas de todo o mundo em torno de uma data fixada anualmente certamente é”, reforça.

Segundo o IoR, o site do Dia Mundial da Refrigeração deve ser lançado este mês.

Prevenção de vazamentos reduz prejuízos econômicos e ambientais

Uso irregular de produtos sem garantia de origem e falta de manutenções preventivas em sistemas de refrigeração comercial agravam risco de surgimento de pontos de fuga

Problema nem sempre perceptível no dia a dia, mas que causa prejuízos milionários ao setor supermercadista brasileiro, os vazamentos de fluidos refrigerantes dos equipamentos de refrigeração e climatização comerciais devem ser prevenidos por meio de manutenções periódicas.

A falta dessa cultura tem se mostrado nociva para o bolso e o meio ambiente. Afinal de contas, substâncias como o hidrocloro-fluorcarbono (HCFC) R-22 custam caro e afetam a camada de ozônio.

Para deixar esta situação mais crítica, infelizmente ainda existem instalações em que são usados fluidos refrigerantes sem comprovação de origem, porque são contratados refrigeristas despreocupados com a qualidade do serviço prestado.

Sem os devidos cuidados, o risco de acidentes também é agravado, uma vez que a exposição a produtos de qualidade duvidosa pode causar, por exemplo, queimaduras a frio e intoxicar profissionais do setor, funcionários dos estabelecimentos e clientes. Por essas e outras razões, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) é imprescindível durante a manipulação deles.

Para assegurar que os sistemas de refrigeração estejam hermeticamente selados, os  técnicos da área de manutenção devem sempre verificar o estado de seus componentes, especialmente os anéis de vedação, pois caso eles estejam mal posicionados ou gastos, poderão ocorrer vazamentos.

Segundo especialistas do setor, fluidos refrigerantes de má qualidade, como os com alta taxa de umidade ou presença de partículas sólidas, também danificam peças do sistema, tais como tubulações e compressores, favorecendo o surgimento de pontos de fuga.

Boas práticas, portanto, são indispensáveis. De acordo com estudos da Eluma, 70% dos vazamentos de fluidos refrigerantes ocorrem em função do flangeamento inadequado.

“Precisamos bater nessa tecla com os instaladores e capacitá-los para que não ocorram fugas nessas regiões”, diz o coordenador comercial da empresa, Sandro Roberto Navarro, lembrando que brasagem é outro ponto crítico.

“É primordial que seja inserido nitrogênio no tubo para realizar a brasagem, porque também já é de conhecimento que, realizando a brasagem no tubo sem ele, ocorrerá oxidação interna”, acrescenta.

técnico ajustando o fluido refrigerante

Estado de conservação dos componentes dos sistemas de HVAC-R influi diretamente no surgimento de pontos de fuga de fluidos frigoríficos

Boas práticas

Segundo documentos técnicos do Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs (PBH), todo sistema HVAC-R pressurizado é suscetível a vazamentos, que acontecem devido às “falhas” que podem ocorrer em cada tipo de junção, seja em uma conexão do tipo flange, seja em uma conexão do tipo brasada.

O tamanho  do  vazamento  pode  variar  de  gramas  por ano  a  quilogramas  por  segundo.  Mesmo  com  a utilização de tecnologias de detecção mais avançadas (de maior sensibilidade), alguns vazamentos podem ser muito pequenos e de difícil detecção.

Se determinadas influências internas ou externas estiverem presentes em um sistema HVAC-R, devido à tensão térmica ou ambiental e também à vibração, será uma questão de tempo para que um vazamento de menor proporção atinja um maior nível até se tornar detectável.

Um sistema de refrigeração é considerado estanque se a taxa de vazamento admissível  não  for  excedida – estes valores  podem ser encontrados no regulamento F-gas, adotado pela União Europeia.

Por sinal, diversas leis e normas internacionais estão em vigor para conter, prevenir e reduzir as emissões de fluidos frigoríficos que destroem a camada de ozônio e/ou agravam o aquecimento global.

“No setor de HVAC-R, componentes e sistemas devem ser constantemente testados contra vazamentos,  para  garantir  que  estejam  abaixo  dos limites  especificados”, enfatiza o Guia de Boas Práticas – Controle de Vazamento, do PBH.

“Se houver suspeita de vazamento em um sistema de HVAC-R, é recomendável verificar primeiramente os lugares com maiores chances de apresentarem vazamentos. Estes lugares podem ser diferentes de um sistema para outro, mas as experiências adquiridas têm mostrado que alguns pontos críticos devem ser nomeados. Predominantemente, levando em conta todas as fontes potencias de vazamento, as conexões mecânicas são identificadas como as mais críticas”, informa a publicação.

 

Tecnologias

Atualmente, existem no mercado diversas tecnologias para detecção e prevenção de vazamentos. Para localização exata dos pontos de fuga, um dos produtos mais recomendados são os contrastes fluorescentes.

“Quando o contraste é injetado ele se mistura ao óleo e circulará pelo sistema, sendo facilmente localizável com uma luz ultravioleta ou violeta. Essa tecnologia foi inventada pela empresa americana Spectroline em 1955, e hoje é utilizada no mundo inteiro. A segurança do produto é incontestável pelas certificações e liderança de mais de 70% do mercado americano, por exemplo”, afirma o diretor de operações da K11 Máxima Performance, Kiko Egydio.

sistema de refrigeração

Contrastes fluorescentes facilitam detecção de vazamentos de fluidos refrigerantes

“No caso dos contrastes, cabe uma ressalva quanto à utilização de produtos de baixa qualidade, que, em sua maioria, possuem solventes na composição. Esses produtos baratinhos corroem e danificam os componentes do sistema de refrigeração ao longo do tempo”, alerta.

As outras formas de inspeção de vazamentos são testes de pressurização com nitrogênio – que apenas indicam se há vazamentos e estimam, sem grande precisão, a dimensão deles, além dos detectores eletrônicos – que não são precisos quanto ao ponto exato do vazamento, como os contrastes, e exigem cuidados especiais no manuseio, conservação e limpeza, uma vez que podem acusar resultados falsos por contaminação dos sensores, por exemplo.

“Outro método bastante utilizado são as famosas bolinhas de sabão, que é útil para pequenos locais e de fácil acesso, mas é totalmente inadequado para inspeções de grandes linhas”, informa.

Para tapar microvazamentos de fluidos refrigerantes, a K11 introduziu no País, um aditivo químico homônimo fabricado pela Spectroline, produto compatível com todos os fluidos sintéticos e lubrificantes usados hoje no mercado.

Todos os anos, o País importa cerca de 16 mil toneladas de hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e aproximadamente 10 mil toneladas de hidrofluorcarbonos (HFCs). Além de serem nocivas ao clima do planeta, ambas as substâncias são caras, por causa do preço atrelado ao dólar.

Atualmente, 70% desses refrigerantes importados pelo Brasil são usados em recargas de sistemas instalados, dado que expressa o volume absurdo de escapes para a atmosfera e dá uma boa noção acerca dos enormes prejuízos econômicos e ambientais vinculados a esse fato.

“A elevação dos preços dos fluidos refrigerantes nos últimos anos e a variação cambial no Brasil serão os grandes responsáveis pelo aumento da atenção para as boas práticas e a eliminação dos vazamentos”, prevê Egydio.

Contudo, segundo o Ministério do Meio Ambiente, a maioria dos prestadores de serviços da área não segue procedimentos padronizados de manutenção preventiva, considerando controle de fugas, aplicação de ferramentas de qualidade, documentação e monitoramento das atividades realizadas.

 

Detectores de gás aumentam segurança em plantas com amônia e CO2

A Danfoss lançou, recentemente, sua nova linha de detectores fixos de gás para aplicações de refrigeração industrial.

Segundo a empresa, os novos dispositivos de segurança não são apenas compatíveis e precisos, mas também muito mais fáceis e intuitivos de se trabalhar, desde a especificação inicial até a operação de longo prazo

“A nova geração de detectores de gás da Danfoss é baseada em uma plataforma digital que oferece múltiplas opções de comunicação e integração para melhorar a confiabilidade operacional, facilitar a calibração e os procedimentos de manutenção que permitem alta eficiência de serviço e conformidade normativa”, ressalta o comunicado distribuído à imprensa.

Além disso, a interface de usuário intuitiva fornece um alto nível de precisão para simplificar o manuseio do operador, minimizando os riscos operacionais, de configuração e de erro de calibração. O portfólio varia de modelos básicos aos modelos para uso em ambientes agressivos com tecnologia de sensores para atender aos requisitos específicos de refrigerante, aplicação e segurança do sistema de refrigeração. 

A conexão analógica ou Modbus RS485 permite comunicação fácil com um sistema central. Unidades de detecção de gás autônomas com relés integrados estão disponíveis e podem ser conectadas diretamente a sistemas externos para ativar dispositivos de alarme.

Para fornecer uma solução plug and play robusta, todas as unidades de detecção de gás vêm pré-configuradas de fábrica para combinar com o refrigerante e a configuração típica de níveis de alarme necessária – dependendo das regulamentações, isso pode ser alterado localmente.

Para um processo de calibração mais simplificado, a nova linha de unidades de detecção de gás da Danfoss possui uma rotina de calibração integrada.

“A calibração de gás não requer mais potenciômetros e multímetros, simplificando significativamente o processo e reduzindo o tempo de calibração e o risco de erros. Substituições de sensores certificados pela fábrica e pré-calibrados estão disponíveis em todos os tipos de sensores para fácil manutenção”, informa a empresa.

Vários recursos de serviço suportam o planejamento de manutenção otimizado, como alertas de serviço – na unidade, no controlador ou em ambos – para indicar quando o serviço é necessário. A ferramenta dedicada “PC Service Tool” fornece uma visão geral de quando cada unidade de detecção de gás opera, além de gerar relatórios de calibração em campo para apoiar a documentação e os procedimentos de segurança.

O portfólio de detecção de gás da Danfoss atende às normas regulatórias EN 378:2016, ISO 5149:2014, IIAR 2-2017, e Ashrae 15:2016, fornecendo segurança abrangente e recursos fáceis de usar.

Cade aprova venda da Embraco para Nidec

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a venda de 100% das ações da Empresa Brasileira de Compressores (Embraco), de Joinville, controlada da americana Whirlpool Corporation, para a japonesa Nidec. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em outubro. Esta era uma etapa necessária para a concretização da compra e venda da companhia fabricante de compressores herméticos para refrigeração, detentora de tecnologia de ponta no setor.

A venda da empresa por US$ 1,08 bilhão foi anunciada em 24 de abril deste ano. Com matriz em SC e filiais na China, México e Eslováquia, a Embraco tem 11 mil empregados. O principal motivo da venda é a concorrência acirrada no mercado mundial do segmento. 

 

 

Fonte: NSC Total

Mais de 32 mil visitantes esperados na Chillventa 2018

A cidade alemã de Nuremberga irá acolher de 16 a 18 de outubro a Chillventa 2018, feira de divulgação de eficiência energética, bombas de calor e refrigeração, que acontece a cada dois anos.

O evento propriamente dito abrirá em 15 de outubro para o Chillventa CONGRESS, no qual especialistas do mundo inteiro poderão trocar impressões e esclarecer dúvidas sobre as últimas tendências e desenvolvimentos do mercado.

Daniela Heinkel, diretora da Chillventa, destacou o crescimento da feira com relação a 2016. “A nova configuração que usamos em 2016 provou ter sucesso. O feedback dos visitantes mostrou-nos a importância de ter uma estrutura clara e bem definida para os expositores. Isto torna tudo mais fácil para as pessoas andarem pelo evento e prepararem-se para a visita. Estamos felizes por muitos expositores terem reservado áreas de exposição maiores este ano”, sublinhou Heinkel.

Todo o programa está disponível no site da Chillventa em https://www.chillventa.de/en.

 

Fonte: Edifício e energia/ David Alvito

Bombas de vácuo e recolhedoras exigem manutenção regular

Bombas de vácuo e máquinas recolhedoras de fluidos refrigerantes são ferramentas essenciais para as boas práticas na indústria de refrigeração e ar condicionado. Entretanto, assim como os próprios sistemas frigoríficos, ambas necessitam de cuidados básicos e manutenção regular para que funcionem de maneira eficaz durante sua vida útil.

Segundo especialistas da área, as melhores coisas que os refrigeristas podem fazer para que suas bombas de vácuo e recolhedoras operem por muito tempo são mantê-las limpas, armazená-las apropriadamente e manuseá-las com cuidado.

Bomba de vácuo de duplo estágio manufaturada pela Vulkan

“Obviamente, os profissionais do setor devem fazer a leitura completa de seus manuais, não só das partes relativas aos princípios de funcionamento e precauções, mas também das tabelas de defeitos e possíveis soluções”, recomenda o engenheiro mecânico Mauro Mendonça, diretor de vendas da Vulkan.

Acima de tudo, os impactos devem ser evitados, pois esses são produtos de precisão que possuem pistões. “Qualquer queda pode danificá-los com muita facilidade. Por isso, toda atenção contra o choque mecânico é altamente necessária”, informa.

Segundo ele, a evacuação do sistema é essencial para qualquer serviço de refrigeração. “As recolhedoras também são imprescindíveis, não só para os profissionais que reutilizarão os refrigerantes em reinstalações, mas em função das exigências daqueles que seguem à risca as normas ambientais vigentes no País e trabalham pensando no futuro do planeta”, avalia.

Cuidados assim também são relevantes para o bolso dos técnicos, uma vez que muitas recolhedoras, por exemplo, são equipamentos que possibilitam a reciclagem dos gases refrigerantes, o que contribui diretamente para a preservação da camada de ozônio e gera ganhos econômicos.

“Instalações frigoríficas que seguem todos os padrões exigidos pelos fabricantes também operam com mais eficiência e têm vida útil superior”, lembra o engenheiro de aplicações da Fieldpiece do Brasil, Roger Kenny Miyamoto Kayano.

“Atualmente, vivemos uma época em que cuidados ambientais são de extrema importância. A busca por soluções que tragam melhor eficiência com o menor prejuízo possível à natureza é algo que interessa a empresas de todo o mundo”, reforça.

 

Desidratação do circuito frigorífico

O objetivo da evacuação é remover as impurezas do circuito frigorífico até chegar a um nível em que os gases não condensáveis e, acima de tudo, a umidade não alterem as propriedades químicas do fluido refrigerante e do óleo.

Bomba de vácuo fornecida pela Fieldpiece

Ao entrar em contato com o óleo e o refrigerante, a umidade ajuda a formar os ácidos fluorídrico e clorídrico, que, por sua vez, podem causar danos permanentes no sistema.

Segundo os documentos técnicos do Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs (PBH), um bom vácuo deve ser realizado com uma bomba de duplo estágio com válvula de balastro de gás e tamanho adequado ao volume do sistema de refrigeração.

O equipamento tem de possuir conexões macho para mangueiras de 1/4″ e 3/8″, além de válvula solenoide no lado da sucção, a fim de evitar o retorno do ar para o sistema, no caso de falta de energia elétrica durante a operação.

Hoje, é possível encontrar diversas marcas e modelos no mercado. “Para a escolha de uma boa bomba de vácuo, o profissional deve levar em consideração a quantidade de estágios (simples ou duplo), sua finalidade (sistemas de refrigeração doméstico, residencial, comercial ou industrial) e marca”, explica Roger.

“A finalidade da bomba de vácuo permitirá a escolha da melhor ferramenta. Bombas de até 8 CFM são adequadas para sistema de refrigeração até o porte comercial de pequeno/médio. Para VRF ou sistemas de grande porte de refrigeração, bombas maiores são necessárias”, exemplifica.

Máquina recolhedora lançada pela Suryha na última Febrava

A qualidade da bomba também é importante. “Bombas de má qualidade à venda no mercado não fornecem vazão de sucção suficiente, dificultando o processo de evacuação. Portanto, uma bomba de marca confiável é essencial”, ressalta.

A manutenção do equipamento, prossegue Roger, é dever do técnico, que precisa “sempre prestar atenção ao óleo da bomba e sempre utilizar o lubrificante próprio para esses equipamentos, trocando-o sempre que necessário, com a quantidade adequada”.

“Para verificar se a bomba necessita de manutenção ou não, deve-se conectá-la a um vacuômetro digital, e sua leitura deve cair para valores menores que 100 microns rapidamente”, orienta.

 

Recolhimento de fluidos

Além de ser uma prática antieconômica, liberar fluidos refrigerantes sintéticos na atmosfera é crime ambiental passível de multas e prisão. “Esse procedimento deve ser realizado sempre com recolhedoras e cilindros próprios para recolhimento em vácuo ou não, dependendo do destino traçado ao fluido”, diz Roger.

Os técnicos nunca devem utilizar cilindros descartáveis dos fluidos nessa tarefa, pois eles não apresentam corpo resistente para aguentar as pressões de recolhimento, podendo causar explosões.

Os fabricantes de equipamentos também não recomendam o recolhimento nas unidades condensadoras. “O risco de explosão causada por alta pressão exercida pelo fluido recolhido é grande”, alerta.

A recolhedora costuma ser um equipamento grande e pesado, fazendo com que sua manipulação seja dificultada. Portanto, um equipamento que facilite a manipulação e leituras de parâmetros é uma característica que deve ser levada em conta pelos profissionais do setor antes de sua aquisição.

Com a utilização de um filtro na entrada de sucção da recolhedora, ela também consegue reciclar o fluido. Segundo a norma NBR 15960:2011, da ABNT, a reciclagem é caracterizada pela retirada de contaminantes presentes na substância, como umidade, acidez e materiais particulados. Entretanto, o equipamento não a regenera, deixando-a como um fluido novo.

Detalhe da bomba de vácuo

Bomba de vácuo fabricada pela Mastercool

A velocidade de recolhimento deve ser avaliada. “Há chillers que utilizam grandes quantidades de fluido refrigerante. A potência do compressor da recolhedora afetará a velocidade de recolhimento. Também relacionado ao compressor, o funcionamento com óleo restringe a quantidade de tipos de fluidos com que a recolhedora consegue trabalhar”, explica.

Em alguns casos, o fluido refrigerante pode ser reutilizado, se ele estiver num sistema de refrigeração em boas condições de uso. “O fluido em bom estado deve ser recolhido em um cilindro próprio para recolhimento de gases em vácuo. Dessa forma, ele poderá ser reutilizado em outros sistemas com perda mínima de eficiência”, diz.

“Como dito anteriormente, é necessário que o cilindro esteja em vácuo, caso o objetivo seja utilizar novamente o fluido. Ele também deve ser pesado, para se saber quanto de fluido foi removido do sistema. A pressão do cilindro, durante o recolhimento, deve ser monitorada. Pressões muito elevadas podem ocasionar explosões”, detalha.

“É importante ressaltar que recolhedoras de fluidos não são bombas de vácuo e não devem ser utilizadas como tal. Seu motor não é construído para tal finalidade”, completa.

 

Tendências

O mercado brasileiro de ferramentas está em constante evolução e tem um potencial de expansão enorme, apesar das adversidades políticas dos últimos anos, segundo avaliação do empresário Jorge

Bomba de vácuo e carrinho fabricados pela Symbol

Lameira, da Symbol, fabricante nacional de bombas de vácuo de duplo estágio com vazões variadas.

“Estamos sentindo, mesmo que de forma bem sutil e vagarosa, um crescimento na exigência de produtos e equipamentos de alto desempenho, baixo consumo energético e alta durabilidade, o que reflete em todos os segmentos do HVAC-R”, diz.

Segundo Luiz Felipe Lopes, técnico de desenvolvimento de produtos da Suryha, as bombas de vácuo mais modernas possuem recursos e características bem interessantes, como vacuômetro integrado, maior vazão e peso reduzido.

“Quanto às recolhedoras, a grande inovação será uma maior capacidade de operação, ou seja, elas serão produtos compactos com grande desempenho”, prevê.

De acordo com o tecnólogo André Oliveira, diretor-geral da Mastercool do Brasil, recolhedoras mais atuais já são eletricamente blindadas contra faiscamento e permitem recolhimento de fluidos refrigerantes inflamáveis.

“As recolhedoras e recicladoras são construídas hoje com compressor seco que permite ao técnico recolher diversos tipos de fluidos sem a necessidade de utilizar vários equipamentos”, salienta.

Mercofrio debate o futuro do segmento de climatização e refrigeração

Considerado como uma referência nacional no segmento, o Mercofrio 2018 – 11º Congresso Internacional de Ar Condicionado, Refrigeração, Aquecimento e Ventilação traz grande expectativa para o setor. As atividades acontecem entre os dias 25 e 27 de setembro reunindo autoridades nas mais diversas áreas do setor e convidados internacionais. O congresso tem a tradição em apresentar trabalhos de alta notoriedade, relevância técnica e utilidade mercadológica.

– É um momento de aproveitar as imensas oportunidades que um evento como esse nos proporciona através do conhecimento de novas tecnologias e processos usados no segmento, além da chance de aprofundar contatos com empresas e parceiros. A grade de programação é variada, o que permite a participação de profissionais de diferentes áreas dos segmentos que representamos de ar condicionado, refrigeração, aquecimento e ventilação – afirma o presidente da ASBRAV, Eduardo Hugo Müller.

Entre os temas confirmados para o evento estão eficiência e inovação em sistemas de água gelada; Co-geração e absorção; uso da ferramenta CFD para HVAC&R e Comissionamento que é o processo de assegurar que os sistemas e componentes de uma edificação ou unidade industrial estejam projetados, instalados, testados, operados e mantidos de acordo com as necessidades e requisitos operacionais do proprietário. Estarão em pauta, ainda, Ar Condicionado de precisão para Data Centers; estratégias para qualidade do ar interno do ambiente condicionado; VRF; Aplicação de modelagem BIM em HVAC&R. A programação conta ainda com a abordagem do tema “O que há de novo na nova edição do PBE Edifica”; Refrigeração comercial e Simulação energética de edificações.

Para o diretor setorial de Ar Condicionado da ASBRAV – Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação, Fernando Pozza, um dos destaques aguardados serão os debates sobre as tendências dos novos fluidos refrigerantes e sistema dedicados para ar externo.

– Todos os temas são relevantes, mas destaco esses por lidarem com ferramentas que auxiliam projetistas e arquitetos a fazerem projetos mais sofisticados com menor custo. Percebemos no segmento uma característica constante de novas tecnologias que ajudam a reduzir o consumo de energia e, logo, promovem melhorias do ponto de vista de sustentabilidade – afirmou.

A sistemática diferenciada do evento e a escolha de um novo local, é destacada pelo membro da comissão organizadora, Luiz Afonso Dias.

– Estamos muito otimistas em virtude da série de novidades que estão sendo oferecidas ao público. O escopo do Congresso está um pouco diferente com palestras simultâneas, além de termos ampliado o volume de conteúdos. O objetivo é permitir uma gama de temas que são de interesse dos profissionais das mais variadas áreas e, certamente, todos encontrarão assuntos que são do seu interesse profissional – disse.

O 1o vice-presidente da ASBRAV, Paulo Fernando Presotto, reforça que foram integradas questões técnicas com seminários e ampliação do espaço para o patrocinador. Isso tudo, faz a edição do Mercofrio 2018, ser especial.

– O mundo está em transformação e as relações entre empresas estão mudando a cada dia. Hoje, vemos uma geração surgindo no mercado de trabalho muito sustentada em novas tecnologias como smartphones, block chain, smart grid, internet das coisas, entre outros. Isso tudo exige que empresas e profissionais busquem atualização. Procuramos fazer um evento agradável em todos os aspectos – comentou.

Para o 2º Vice-presidente da ASBRAV, João Carlos Antoniolli, há uma importante contribuição para a qualificação de toda a cadeia de fornecimento do setor.

– Sabemos que é o local que se atinge o último elo desta cadeia: o usuário final. É ele que nos traz a demanda por conforto, por refrigeração, ventilação, qualidade do ar, eficiência energética, automação e que, por sua vez, justifica os investimentos na busca por inovações, um processo contínuo dentro dos centros de pesquisa e desenvolvimento do fabricante – disse.

O programa do Congresso Mercofrio 2018 será múltiplo, combinando sessões técnicas, seminários, mini-cursos e fóruns de discussão. Nas Sessões Técnicas são apresentados artigos técnicos – papers – que atenderam a chamada de trabalhos e foram submetidos a revisão da comissão científica. Os trabalhos apresentados concorrem ao Prêmio ANPRAC, nas categorias de melhor trabalho de Ar Condicionado, melhor trabalho de Refrigeração e Destaque Inovação. Os Seminários seguirão o modelo da ASHRAE, divididos em blocos temáticos, onde serão apresentadas palestras de profissionais renomados da indústria do HVAC&R, com o compromisso de apresentar trabalhos isentos de comercialismo, trazendo estudos de caso, experiências e novas ideias. Com a presença de profissionais qualificados do setor de HVAC&R vindos de todo Brasil e exterior, será promovido o debate de ideias através da realização de Fórum. Os temas propostos estão listados em sequência. Como em anos anteriores serão disponibilizados cursos em formato short-courses para aprimoramento técnico em disciplinas do HVAC&R, ministrados por profissionais experientes e especialistas em suas disciplinas.

O Mercofrio 2018 acontece nos dias 25, 26 e 27 de setembro no Centro de Eventos BarraShoppingSul, em Porto Alegre. O evento tem como tema central “Construindo Soluções de HVAC&R para o Ambiente do Amanhã. Outras informações podem ser obtidas no site asbrav.org.br.