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Climatização de máquinas agrícolas poupa componentes de temperaturas extremas

Em alta, vendas de veículos impulsiona utilização de ar-condicionado, que também proporciona bem-estar a seus operadores.

Embora a pandemia da covid-19 tenha praticamente paralisado a economia no ano passado, alguns setores conseguiram crescer, principalmente em função da elevada necessidade de determinados produtos, cuja produção está intimamente atrelada ao seu uso.

Esse foi o caso do setor de máquinas agrícolas, composto sobretudo por tratores, colheitadeiras, plantadeiras, pulverizadores e semeadeiras, veículos que se destacam pela tecnologia de última geração, incluindo os equipamentos de climatização das cabines cada vez mais eficientes.

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostram que em 2020, as vendas de máquinas agrícolas para o mercado interno registraram alta de 27%. Em janeiro último, houve alta de 6% nas importações de máquinas e equipamentos.

“O agro não parou e o produtor plantou com dólar baixo e colheu com dólar alto. Isso motivou a maior renovação de frota desde 2011/12/13”, destaca Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq.

Os ganhos de receita no agronegócio acabaram motivando os produtores a buscar máquinas mais modernas, principalmente com sistemas de climatização.

“Por ser um sistema novo no segmento agrícola, não se veem muitas novidades. Mas existem melhorias, as quais só foram possíveis devido às experiências dos processos de manutenção, tais como filtragem do ar com um elemento filtrante interno e outro externo; peças em posição diferente na máquina, como o filtro secador que ficava próximo à turbina onde recebia calor, impactando na pressão do fluido”, explica o professor Sérgio Eugênio da Silva, coordenador da Ilha do Ar Condicionado Automotivo na Febrava, principal feira da cadeia de HVAC-R da América Latina.

Ar-condicionado de máquinas agrícolas exige rotina de manutenção rigorosa, principalmente na entressafra, lembra o professor Sérgio Eugênio

“Para não dizer que não existem novidades, há um ano uma montadora de máquinas me pediu auxílio para a colocação de ar-condicionado em um compartimento interno para a marmita do operador. Achei sensacional”, lembra.

O ar-condicionado, reforça ele, além de proporcionar conforto e segurança ao operador da máquina, que poderá prestar serviços com mais qualidade e eficiência, conserva também os revestimentos internos do veículo, valorizando a revenda.

“No setor automotivo agrícola, além de os sindicatos rurais exigirem a obrigatoriedade do equipamento, o sistema é responsável pela conservação dos muitos componentes eletrônicos que não podem trabalhar com temperaturas altas”, descreve.

Segundo ele, os principais equipamentos e insumos para refrigeração e climatização atualmente disponíveis para o mercado do agronegócio são de excelente qualidade.

“Porém, quase todos utilizam serpentinas tubulares, porque são de fabricantes nacionais, os quais não possuem tecnologia para o microcanal de fluxo paralelo, que utiliza menos fluido refrigerante”, diz Silva.

As lavouras brasileiras são servidas por diversas marcas de máquinas, como John Deere, Valmet, New Holland, Valtra, Iveco, Massey Ferguson, Case.

Atualmente, Italytec e ACA são as marcas de aparelhos de ar condicionado que dominam o campo, além da Red Dot, que aparece na maioria das máquinas importadas. Os fluidos mais usados são R-134a e o óleo PAG.

 

Manutenção

Em que pese o fato das incertezas em torno da recuperação da economia brasileira em 2021 e provavelmente no ano seguinte, muitos são os fatores que deverão influenciar o crescimento do HVAC-R dentro do setor de máquinas agrícolas no curto, médio e longo prazos.

Isso ocorre certamente porque o setor do frio é reconhecido pelo rápido desenvolvimento tecnológico de novos equipamentos, peças e insumos, processo que amplia os negócios com o setor agrícola. Entretanto, em busca de economizar recursos, boa parte dos produtores tem preferido investir em serviços de instalações e manutenções de equipamentos.

“Estamos falando de máquinas que operam 24 horas por dia, com tempo de vida útil a ser respeitado. Elas necessitam de manutenção constantemente na entressafra, e se não for realizada uma revisão geral no aparelho de ar condicionado, certamente o sistema entrará em colapso. Em longo prazo, só será viável um plano de manutenção porque o dono de uma usina, por exemplo, perceberá que irá ter um custo menor”, argumenta o professor.

Entre as tendências do mercado apontadas por Silva como “o futuro” desse segmento estão os evaporadores e os condensadores em microcanal de fluxo paralelo para reduzir a quantidade de fluido no sistema, além de novos fluidos refrigerantes com potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) mais baixo.

Mercado de climatização agrícola é um dos mais prósperos nichos do HVAC-R brasileiro

 

Meio ambiente

Processo que há alguns anos encontra-se na pauta de discussões das nações ricas e dos países em desenvolvimento, o cenário regulatório em torno da gradativa diminuição do consumo e das emissões de substâncias que destroem a camada de ozônio – como as reativas cloro e bromo – continua a ser debatido.

Essa força-tarefa se baseia no Protocolo de Montreal, um dos tratados ambientais mais bem-sucedidos do mundo, e que em 2019 completou 30 anos de vigência.

“Hoje, a Abrava tem um setor específico para discutir esse assunto, e seus membros estão dando andamento a uma futura norma técnica.

A própria mídia em geral tem tido mais interesse no assunto, visto que este é um setor responsável por gerar mais de R$ 2 bilhões na ponta da cadeia”, argumenta Silva.

Para o professor, o Brasil está antenado com a Emenda de Kigali, a qual determina a produção de aparelhos de ar condicionado e refrigeração que não utilizem gases causadores de efeito estufa, “nos ajudando a definir como será daqui para frente, se vamos seguir o modelo europeu ou o norte-americano sobre o fluido HFO-1234yf”, salienta.

 

Gargalos

 O investimento em tecnologia tem impactado positivamente o mercado do frio, especialmente na área da refrigeração de alimentos, por meio da conservação de produtos em toda a cadeia produtiva – do transporte e armazenamento até a mesa do consumidor.

O professor reconhece que o Brasil tem uma série gargalos logísticos que precisam ser resolvidos, a fim de minimizar prejuízos que chegam a milhões de reais todos os anos. Mas como resolver esse problema?

“Essa pergunta cabe bem aos engenheiros de alimentos, porque eles conhecem quanto calor cada alimento solta no ambiente e qual é a temperatura necessária para armazenamento. Por outro lado, os motoristas desconhecem esses aspectos e circulam com os veículos de transporte longe da temperatura ideal para cada carga”, alerta o especialista.

“O nosso principal problema está na formação de profissionais em toda cadeia produtiva, principalmente dos que cuidam da mobilidade, ou seja, dirigem caminhões, máquinas, carretas e tratores, entre outros veículos. Afinal, de todo o aprendizado voltado à refrigeração no País, desde o Senai até as escolas particulares, menos de 1% dessas pessoas formadas vão atuar nesse segmento”, completa Silva.

Johnson Controls-Hitachi lança linha de unidades externas que otimizam o uso de espaço

Lançado simultaneamente em todo o mundo, a unidade externa modular SideSmart ™ VRF é um conceito exclusivo da marca Hitachi por sua descarga de ar horizontal. Foi desenvolvido para todos os tipos de empreendimentos, principalmente aqueles com espaço limitado em edifícios de médio porte, pois apresenta tamanho reduzido. As dimensões do gabinete menor são 1,65 × 1,05 × 0,42 m de Altura, Largura e Profundidade, respectivamente.

A inovação que essa linha apresenta está no conceito de modularidade com descarga de ar horizontal, proporcionando a interligação até quatro unidades externas e oferecendo uma capacidade máxima combinada de 72 HP (capacidade de refrigeração de 200 Kw).

Com dimensões e peso reduzidos, as unidades externas podem ser transportadas utilizando o elevador, sem a necessidade de guindastes e, com isto, diminuindo o custo da instalação.

A combinação Premium com COP de até 4,51, oferece uma maior eficiência energética garantindo assim uma sensível redução nos custos operacionais. Enquanto as combinações Padrão e Econômico oferecem maiores capacidades sem utilizar espaço extra.

A unidade pode ser instalada em varandas, pisos técnicos ou salas de máquinas. Essa flexibilidade no projeto ajuda a reduzir o comprimento da tubulação entre as unidades internas e externas, aumentando a eficiência e deixando espaço livre no teto.

A nova linha exclusiva de unidades externas VRF apresenta ao mercado uma solução compacta para a fachada de edifícios comerciais

Midea cresceu 252% em vendas no e-commerce em 2020

A Midea registrou aumento de mais de 252% nas vendas no seu canal em 2020, comparativamente a 2019. As categorias mais vendidas foram eletroportáteis, refrigeradores e lavanderia. Para esse ano, a companhia estima o crescimento 3 vezes maior se comparado ao ano de 2020.

Os produtos mais procurados foram frigobar, airfryer, climatizador, lava e seca e aspirador ágil.

“Identificamos um aumento muito significativo de compras nos segmentos de eletroportáteis e eletrodomésticos desde o início do isolamento e por essa razão tivemos um crescimento muito significativo no e-commerce da companhia. Para esse ano apostaremos em refrigeradores, lava louças e na nossa churrasqueira com tecnologia de luz infravermelha e que não produz fumaça, atributos de inovação ainda raros no país.”, afirma Erico Carvalho de Sousa, Gerente de E-Commerce da companhia.

Gree participa do China Refrigeration Expo 2021

Conhecida por ser uma das maiores e principais feiras de refrigeração, ar-condicionado, aquecimento e ventilação, a China Refrigeration Expo 2021 aconteceu no último dia 07 de abril e contou com a presença da Gree Electric Appliances, que lançou durante o evento um aparelho inovador e com alto desempenho energético.

Nomeado de Chiller Centrífugo Inverter, o novo aparelho da Gree possui como diferencial o alto desempenho em refrigeração, que proporciona 40% mais eficiência comparado a um chiller centrífugo convencional, com capacidade máxima de até 3000TR. Além de ser desenvolvido com tecnologia inverter, esse é o primeiro aparelho do mundo que possui motor síncrono com núcleo de imã permanente de alta velocidade em 10kV.

Segundo a Gree, o lançamento representa o compromisso com a inovação, tecnologia, desempenho e economia na indústria de HVAC-R. O assistente do presidente e engenheiro-chefe adjunto da Gree Electric Appliances, Liu Hua, reforçou esse comprometimento, em um discurso no evento. “A Gree sempre se manteve muito ativa no mercado e trazendo produtos de qualidade através do uso da tecnologia empregada nos produtos, no serviço e também nas vendas”.

Evidenciando o destaque da marca no evento, o Resfriador Centrífugo em 10KV Síncrono Inverter, o Chiller Parafuso Inverter de alta eficiência com volume variável e o Compressor Ccroll Inverter da Gree foram premiados como “Produtos Inovadores” pelo comitê oficial de especialistas da Expo. Como empresa líder na indústria de HVAC da China, a Gree Electric Appliances está comprometida em alcançar o progresso de tecnologia e economia de energia de condicionadores de ar, além de impulsionar a construção e evolução desse mercado.

Electrolux se une a “retrofit ambiental” em obra de Oscar Niemeyer

A Electrolux anunciou uma parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) para a remodelagem de uma das obras mais tradicionais do arquiteto Oscar Niemeyer a fim de torná-la mais sustentável. Com isso, a construção “Casa Niemeyer”, localizada em São José dos Campos, passa a ter móveis, eletrodomésticos e objetos de decoração com menor pegada de carbono e com foco em eficiência energética.

A obra, que faz parte do campus do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), foi inaugurada em 1940 e recebeu uma nova proposta arquitetônica em fevereiro deste ano. A configuração foi criada pelo HabiTAS, projeto de estudantes do ITA que olha para soluções mais sustentáveis em prédios públicos, como o monitoramento do consumo de água e energia e estações de carregamento para veículos elétricos.

Para equipar a casa, a Electrolux levará geladeira, forno, forno de micro-ondas, cooktop, máquina lava e seca, ar condicionado e lavadora de louças. A expectativa é que haja redução de 5% a 10% do consumo total de energia e 24% menos uso de água. Todos os itens serão controlados via aplicativo, por onde será possível mensurar, em tempo real, os percentuais de consumo de energia poupados.

A parceria servirá para alavancar as metas sustentáveis da Electrolux, como a pretensão de reduzir em até 25% as emissões de carbono dos produtos até 2025. “Essa parceria nos dará importantes insumos para evoluirmos, cada vez mais, em eficiência de água e de energia, assim como eliminação de CO2, já que 80% do total de emissões está concentrado no uso de eletrodomésticos”, diz João Zeni, Diretor de Sustentabilidade da Electrolux América Latina.

A casa agora passará por monitoramento pelos próximos três anos, e será habitada pelo idealizador e coordenador do projeto, professor Wilson Cabral de Sousa Júnior e sua família.

Casa Niemeyer foi inaugurada em 1940 e ganhou novo projeto arquitetônico em 2021Casa Niemeyer – Divulgação

Dannenge e TROX do Brasil fecham parceria

A Dannenge International, empresa multinacional americana, representante da RGF Environmental no Brasil e América Latina, anuncia a parceria com a TROX do Brasil.

O acordo foi firmado para a oferta de produtos para purificação do ar interior com tecnologia PHI (foto hidro ionização) visando ampliar o portfólio das empresas e impulsionar seu crescimento, desenvolvendo novos negócios através da divisão de Partes & Peças da TROX do Brasil.

Fernando Abreu, CEO da Dannenge International, destaca que através da parceria no fornecimento dos produtos RGF com tecnologia PHI como acessórios nos equipamentos da TROX do Brasil e na prestação de serviços de partes e peças, ambas trabalharão em prol da melhoria da qualidade do ar de ambientes internos, promovendo, inclusive, o desenvolvimento sustentável do mercado de HVAC-R, além da comercialização de produtos de alta qualidade, permitindo fornecer o mais diversificado portfólio de tecnologia para atender as crescentes demandas de clientes.

“Existe uma relação de transparência da empresa com o mercado na fabricação e divulgação da marca, proporcionado confiabilidade aos clientes parceiros, ou seja, eles sabem o que estão adquirindo. Essa foi a proposta da parceria que fechamos com a TROX do Brasil. A RGF é a única empresa no segmento de purificação ativa do ar que desenvolve e fabrica seus produtos, permitindo que seus parceiros possam conferir, checar e acompanhar a produção e o desenvolvimento de novas tecnologias, passando por testes, homologações e certificações, oferecendo qualidade e excelência com os produtos que representamos”, informa Abreu.

De acordo com Alexandre Cruz, líder de Contas Corporativas e Serviços da TROX do Brasil, as soluções que a Dannenge International oferece através da RGF, atendem um amplo mercado de verticais, proporcionando maior penetração junto a rede hospitalar, indústria farmacêutica, laboratórios e escritórios comerciais de uma forma geral.

“A TROX do Brasil estará ofertando os produtos RGF, com tecnologia PHI, através do seu time comercial do canal corporativo e com as ações lideradas por Joel Santos, responsável pelo desenvolvimento dos negócios de Partes & Peças. Através da parceria com a Dannenge International, manteremos os produtos em estoque para suprir todas as demandas no território nacional, mas com visão de expansão futura no mercado da América Latina, a ser analisada. Contamos com o apoio e suporte técnico da Dannenge, abrangendo interessantes alternativas em termos de soluções juntos aos nossos clientes, oferecendo uma linha completa no segmento de purificação do ar. A TROX é líder na oferta de produtos voltados para tratamento do ar e os sistemas de purificação do ar, e com a tecnologia PHI da RGF completamos o portfólio da empresa, disponibiliz ando soluções completas para o mercado de HVAC”, comemora Cruz.

Dufrio completa processo de sucessão

Prestes a comemorar 24 anos de fundação, a Dufrio finalizou neste mês de março o seu processo de sucessão empresarial. Agora, a gestão passa a ser sob o comando do novo CEO, Guillermo Zanon. O fundador, Dagoberto Zanon, assume a presidência do conselho de administração.

A relação entre os dois cargos mantém a proximidade inerente à conexão familiar de pai e filho e agrega para a Dufrio uma nova fase de transformações. “O Guillermo está na empresa há 15 anos. Boa parte do que a Dufrio é hoje, foi uma construção liderada por ele. Com humildade e competência, o Guillermo conquistou a confiança minha e da empresa para assumir e manter sempre a cultura da Dufrio. Na verdade, estou oficializando aquilo que já acontecia há mais de cinco anos”, confirma Dagoberto. Segundo ele, a qualificação e o preparo de Guillermo para os projetos em andamento, como expansão e inovação, são ideais para as exigências da transformação digital na sociedade e estão fortemente adequadas, “assim como sua competência para administrar o dia a dia da empresa, justamente, por ter feito parte da construção”, reforça.

Ao longo do processo de sucessão, a dupla comandou a empresa junto a um time multidisciplinar de executivos, compartilhando a gestão de dois eixos principais: projetos estratégicos e operações. “Foi um período importante de conhecimento e construção da sucessão. Somamos experiências, vivências, novos conhecimentos e conseguimos chegar a uma Dufrio que ainda tem muito a entregar para nossos clientes, parceiros, colaboradores e sociedade”, comenta Guillermo.

“A vida sempre será assim. Um dia a tomada de decisão chega e temos de realizar o necessário para continuarmos nossa caminhada”, finaliza Dagoberto Zanon.

Carrefour anuncia acordo para aquisição do grupo BIG Brasil

O Carrefour Brasil anunciou que entrou em acordo com a Advent International e o Walmart para a aquisição da totalidade das ações de emissão do Grupo BIG Brasil pelo montante total de R$ 7,5 bilhões, ou por um enterprise value (valor da firma, a soma dos ativos e das obrigações de uma empresa) estimado de R$ 7 bilhões.

A operação será estruturada em duas etapas: o pagamento, em dinheiro, de R$ 5,25 bilhões aos atuais controladores da empresa, o fundo de private equity Advent International e Walmart, e a incorporação dos 30% remanescentes do capital social pela subsidiária do grupo francês.

De acordo com a varejista, a aquisição ampliará a presença do Carrefour Brasil em um mercado muito dinâmico e permitirá que ofereça aos consumidores brasileiros uma gama mais ampla de produtos e serviços, a preços mais competitivos.

A transação está sujeita à aprovação pelo órgão regulador (Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE), à aprovação dos acionistas do Grupo Carrefour Brasil, bem como a outras condições habituais de fechamento. A conclusão da transação está prevista para 2022.

 

Fonte: Infomoney

Trane lança podcast com dicas de melhores práticas para o setor HVAC

Com a intenção de se aproximar ainda mais de clientes e parceiros, a Trane acaba de lançar o primeiro podcast do setor de HVAC no Brasil: o TraneCast. A atração já está disponível na plataforma Spotify.

Os episódios terão foco nas melhores práticas para o mercado de HVAC além de dicas e ideias do setor e informações sobre os serviços, negócios e soluções da empresa.

“Abordaremos no Tranecast questões que façam sentido para o nosso público. Teremos muito conteúdo técnico para iniciantes da área, estudantes, instaladores e projetistas”, aponta Bruno Noda, Coordenador de Experiência do Cliente e Conteúdo Digital da Trane.

O primeiro episódio contou com a participação de Diogo Prado, Diretor-Geral da Trane no Brasil, e Juliana Reinhardt, Gerente de Marketing da Trane para América Latina. Bruno Noda é o apresentador. A ideia é que todas as áreas tenham a oportunidade de participar do podcast. Serão convidados para participar do programa funcionários, fornecedores, influenciadores, clientes e profissionais do segmento HVAC.

Desde o início da quarentena no Brasil, as mídias sociais da Trane para o público brasileiro vêm registrando crescimento contínuo e alto engajamento. A empresa realizou lives em seu perfil no Instagram e divulgou duas webséries em seu canal do YouTube.

Mercado de sistemas de automação e controle vive momento desafiador

Pandemia afeta de forma distinta as indústrias do segmento

A eficiência energética dos edifícios é cada vez mais uma das prioridades nas agendas dos mantenedores e proprietários de empreendimentos que se preocupam em gerir com o auxílio da tecnologia instalações prediais complexas, como ar-condicionado, iluminação, elevadores e sistemas hidráulicos, entre outras.

No entanto, o mercado nacional de sistemas de gestão técnica de edifícios sofreu forte revés no ano passado, em decorrência da pandemia de covid-19.

“A queda na aquisição com qualidade de sistema de automação e gestão de controle foi de 40% nas soluções efetivamente departamento nacional de automação e controle da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Paulo Américo dos Reis.

Para ele, embora o País tenha empresas altamente capacitadas e com tecnologia de ponta para ofertar a qualquer tipo de perfil de usuário os corretos sistemas de gestão de edifícios, desde um ambiente de escritórios de pequena amplitude até ambientes de alta complexidade no controle ambiental, esse cenário reflete a pouca ou nenhuma importância que os engenheiros do HVAC-R dão à instalação adequada e eficiente de um sistema do gênero.

“Os formadores de opinião do nosso setor, infelizmente, estão muito desatualizados quanto ao potencial técnico e de eficiência energética que esses sistemas proporcionam aos usuários finais”, critica.

Apesar de todas as suas vantagens, como gerenciamento remoto, integração com a Internet das Coisas (IoT) e payback não superior a 24 meses, “um sistema de gestão técnica de edifícios – nomenclatura correta para o chamado sistema de controle ou automação – não possui um processo de comercialização natural na engenharia térmica brasileira”, lamenta.

Já os negócios de alguns fabricantes do nicho de sistemas de automação e controle aplicados à refrigeração comercial seguiram na direção oposta à do segmento predial, tendo “uma excelente performance no ano de 2020”, segundo o gerente de engenharia da Eletrofrio, Rogério Marson Rodrigues.

“O crescimento no volume de produção em relação ao ano anterior foi superior a 10%, o que abriu excelentes expectativas para 2021, consolidando o lançamento de produtos e a ampliação do mercado usuário de sistemas de automação”, revela.

Apesar da crise, a Full Gauge Controls também registrou excelentes resultados no ano passado. “Nosso desempenho, inclusive, foi superior ao projetado antes da pandemia”, informa o vice-diretor comercial da companhia, Rodnei Peres.

Ele atribui o aumento de 12% em seu faturamento ao trabalho de anos que a empresa faz, “difundindo no mercado que a autonomia no gerenciamento confiada aos sistemas de tratamento de dados permite, além da redução do consumo de energia, aumento do tempo de conservação dos alimentos, evitando desperdícios. E isso gerou uma demanda magnífica”.

Em decorrência da forte recessão causada pela pandemia, que reduziu o faturamento do HVAC-R em 4% no ano passado, outras empresas que fornecem tecnologias de automação e controle ao ramo de refrigeração comercial, porém, não tiveram a mesma sorte.

“Houve uma retração inicial que acompanhou o mercado no geral com o início da pandemia. No segundo semestre, houve uma tendência de alta, mas não foi possível atingir níveis similares a 2019”, diz o gerente de vendas da Danfoss, Eládio Pereira. “O mercado de automação e controle sofreu bastante com os efeitos da pandemia, acompanhando a queda da produção industrial brasileira em 2020”, reforça o engenheiro de aplicações da Coel, Celso Ide.

Tendências e inovações

A inovação tecnológica sempre foi a base da indústria de automação e controle, além da constante capacitação de recursos humanos nas empresas do segmento, que apostam, cada vez mais, na integração entre as mais diversas áreas que compõem o HVAC-R global.

Esse cenário em constante evolução exige dos profissionais “conhecimentos básicos de elétrica, comandos elétricos e eletrônica, além de informática e protocolos de comunicação, como o Modbus”, diz o professor Anderson Oliveira, da Intac Treinamentos, lembrando que o uso de soluções em nuvem é uma das principais tendências no mercado de sistemas de automação e controle.

Por essa razão, os nomes de referência do setor dispõem de um vasto portfólio de tecnologias do gênero, composto por soluções que monitoram e controlam a distância parâmetros como temperatura, umidade e pressão, entre outros, assegurando a qualidade do ar em ambientes internos e integridade da cadeia do frio e segurança alimentar, por exemplo.

Confira, a seguir, algumas das últimas novidades tecnológicas desenvolvidas por indústrias do segmento:

 

Carel

O último grande lançamento da companhia italiana para o setor foram as soluções que combinam compressores BLDC e os inversores de frequência da marca com os demais componentes do ciclo de refrigeração, bem como o software que controla todo o sistema. “Esse tipo de solução tem sido aplicado tanto para a refrigeração comercial quanto para data center e outros segmentos”, diz o engenheiro de aplicação da empresa, Fellipe Dias.

“Nesse tipo de solução todo o sistema é controlado pelo CLP, que gerencia, inclusive, o ponto ótimo de trabalho do compressor. Só é possível ter esse nível avançado de controle graças ao uso da tecnologia BLDC, em que há leitura e escrita de informação do CLP no inversor de frequência”, revela.

Um exemplo de solução que possui essa tecnologia e já está consolidada no mercado é a solução HEOS, prossegue o gestor. “Essa solução é aplicada em refrigeração comercial e traz diversos benefícios, desde economia de energia até facilidade em diagnóstico mais completos de anormalidades do sistema”, acrescenta o gestor, informando que Carel Brasil fez um estudo mostrando que o produto economizou 39% de energia em relação a um produto tradicional numa instalação feita no estado de São Paulo.

 

Coel

A linha de automação da multinacional brasileira conta com um novo integrante: o controlador programável para automação nanoPAC (NP4). Diferentemente dos controladores tradicionais de processo parametrizáveis, o NP4 é um sistema totalmente programável em suas funções e algoritmos, ressalta a empresa.

“Dessa forma, ele se torna um produto totalmente flexível em suas aplicações dando ao usuário a capacidade de criar e inovar no mercado de automação e controle. Ele conta com um sistema entradas analógicas universais, um sistema configurável de IO’s (entradas/ saídas digitais), duas comunicações RS485 independentes, uma porta ethernet RJ45 e relés de saída para acionamento direto de cargas”, diz o engenheiro de aplicações da Coel, Celso Ide.

Segundo ele, o fabricante também estabeleceu parceria com especialistas do mercado para desenvolver uma solução específica para o segmento de água gelada, o NP4 Chiller.

“Dentre as aplicações estão os resfriadores para equipamentos hospitalares, como máquinas de ressonância magnética. Esses equipamentos requerem sistema de refrigeração com alta confiabilidade e disponibilidade. O NP4 Chiller faz o controle de todo o sistema de forma confiável, proporcionando visualização completa de seu status”, afirma.

O produto ainda “possui até 16 entradas de falhas, que permitem a individualização dos alarmes proporcionando facilidade no diagnóstico em caso de manutenção corretiva. Também conta com histórico de falhas com data e hora do início e fim de cada ocorrência, o que permite que sejam realizadas manutenções preventivas e preditivas.”

 

Danfoss

A família de controles MCX, produto desenvolvido para atender às necessidades de automação em controle no setor de HVAC, é um dos últimos lançamentos do fabricante dinamarquês.

Composta por controladores eletrônicos de programação aberta, permite criar uma configuração de programação exclusiva para cada cliente, equipamento e aplicação com uma excelente relação de custo x benefício quando comparada com demais soluções de mercado, informa a empresa.

“Além disso, a Danfoss conta com a linha Centrica, que é voltada para leitura de consumo de energia e veio para somar na automação e controle de edifícios comerciais no setor de HVAC com um todo”, ressalta o gerente de vendas da companhia, Eládio Pereira.

 

Eletrofrio

A indústria brasileira lançou em janeiro o Connect 4.0, um dispositivo que permite o monitoramento remoto de equipamentos instalados em qualquer parte do Brasil.

“Essa tecnologia nos dá condições de acompanhar do start-up à operação do dia a dia, das preventivas às corretivas. Especialistas, à distância, dão todo suporte técnico ao cliente com rapidez e eficiência”, destaca o gerente de engenharia da empresa, Rogério Marson Rodrigues.

 

Emerson

A multinacional americana possui um dos mais amplos portfólios do segmento de automação e controle. Recentemente, a Emerson lançou diversos produtos para a área de refrigeração e ar condicionado.

“O primeiro é nossa linha de controladores programáveis chamados iPro da Dixell. O produto em si já é tradicional e consolidado no mercado, porém, com a capacidade técnica de nosso time de engenheiros no Brasil, desenvolvemos programas específicos para aplicação em rack (sistemas em paralelo), controles de bomba e ou multilinhas, focando em facilitar o trabalho de nossos clientes com muita confiabilidade e um sistema muito amigável”, informa o gerente de cadeia do frio da companhia, Jonathan F. Pretel.

Um segundo produto lançado recentemente, prossegue o gestor, foi o sensor RTS (Remote Temperature Sensing), “que é um sensor de temperatura sem fio para instalação em câmaras, balcões, geladeiras e expositores, este tipo de sensor é interligado a um gateway que permite o gerenciamento em nuvem dos dados de temperatura e alarmes destes equipamentos”.

 

Johnson Controls

A companhia norte-americana fez, recentemente, o lançamento global do OpenBlue, uma plataforma baseada em inteligência artificial e machine learning que tem apoiado de maneira inteligente e efetiva as soluções de automação oferecidas pela empresa.

Por meio da plataforma, é possível entregar toda a gestão de dados de ar-condicionado, medidores de energia, gás e os mais diversos equipamentos mecânicos, hidráulicos e elétricos que podem ser monitorados. “Com base nesses dados e no histórico de funcionamento dos equipamentos, podemos prever o consumo e as falhas que podem surgir, entre outros”, explica o diretor de soluções digitais da empresa na América Latina, João Paulo Oliveira.

“Isso nos permite entregar não apenas uma manutenção preditiva, mas também prescritiva. Ou seja, além de antecipar as falhas, é possível prescrever as medidas que os técnicos precisam tomar para evitar problemas, permitindo que sejam mais rápidos e eficientes, obtendo o melhor funcionamento possível”, detalha.

“É possível dizer, portanto, que, com os avanços tecnológicos, as empresas passam a exigir menos dos profissionais, por se apoiarem em tecnologias que prescrevem os passos a serem tomados”, ressalta o executivo.

Uma das inovações que o OpenBlue permite é o controle da qualidade do ar interno. “O ar limpo faz parte da nossa abordagem mais ampla para reimaginar espaços e lugares em meio à covid-19 e atender às diretrizes em evolução da Ashrae, o que significa garantir instalações saudáveis, seguras e flexíveis para essa nova realidade”, diz.