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Espectadora interrompe peça de Wagner Moura em Salvador por causa do frio

A apresentação ocorreu no Trapiche Barnabé, onde o público relatou incômodo após desligamento do ar-condicionado

Uma espectadora interrompeu, na quinta-feira (9), a sessão da peça Um Julgamento — depois do Inimigo do Povo, estrelada por Wagner Moura, em Salvador, para reclamar do frio no Trapiche Barnabé, no bairro do Comércio.

De acordo com relatos de pessoas que estavam na plateia, após o comentário, o ator interrompeu o espetáculo e pediu que a produção desligasse a climatização do espaço. Segundo publicações feitas em redes sociais, o episódio ocorreu durante um momento de fala do personagem interpretado por Moura.

Após o desligamento dos aparelhos de ar-condicionado, outros espectadores relataram desconforto térmico. “Desligaram os dois únicos ar-condicionados da plateia por causa dessa querida, foi todo mundo depois tirando o casaco e se abanando”, escreveu uma pessoa em uma publicação no Instagram.

A mulher também foi criticada por supostamente utilizar o celular durante a apresentação, prática proibida pela produção. Segundo um dos relatos, um funcionário usou um laser para alertá-la até que o aparelho fosse guardado.

O espetáculo Um Julgamento — depois do Inimigo do Povo está em cartaz até 12 de outubro, com ingressos esgotados. A peça tem direção de Christiane Jatahy e roteiro de Lucas Paraizo, e conta com Wagner Moura, Danilo Grangheia, Júlia Bernart, Fernanda Paquelet e Marcelo Flores no elenco. A trama acompanha o personagem Thomas Stockmann, que enfrenta um julgamento público após denunciar a contaminação das águas de um balneário.

Armacell apoia 5ª edição do Festival de Circo de Florianópolis

Empresa leva crianças do Sertão do Maruim ao evento e reforça vínculo com a cultura local

A Armacell apoia a 5ª edição do Festival de Circo de Florianópolis, que será realizada entre os dias 24 e 26 de outubro, na capital catarinense. A ação integra o conjunto de iniciativas culturais da empresa no Brasil.

Como parte das atividades sociais do festival, a Armacell levará 40 crianças do Sertão do Maruim, em São José (SC), para assistir a dois espetáculos no dia 24. No sábado (25), colaboradores da companhia também participarão do evento, assistindo à apresentação “Le Falta Algo, Ernesto”, da artista Marília Storck (SC), em uma vivência voltada à aproximação entre público e artistas.

Segundo Flaviana Camargo Mazzetto, gerente de Recursos Humanos da Armacell, a iniciativa busca incentivar o acesso à cultura e estimular a cidadania. O apoio ao Festival de Circo de Florianópolis soma-se a outros projetos realizados pela empresa por meio da Lei de Incentivo à Cultura, como o espetáculo “Mestres do Tempo” (2023) e o Festival EcoMúsica – 30 anos de Tom Jobim (2024).

O festival reunirá 18 companhias e artistas do Brasil e do Uruguai, com apresentações gratuitas no Floripa Shopping e atividades formativas na Escola Circular, no bairro Estreito. O evento é coordenado pela Marte Cultural e conta com patrocínio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, Prefeitura Municipal de Florianópolis, Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer e Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes.

Vereador desliga ar-condicionado da Câmara em protesto contra veto a projeto escolar

Guilherme Bianco (PCdoB) criticou a base do prefeito Luis Lapena após a rejeição de proposta que previa climatização e isolamento térmico nas escolas de Araraquara (SP).

Em 10 de outubro, um vídeo em que o vereador Guilherme Bianco (PCdoB), de Araraquara (SP), desliga os aparelhos de ar-condicionado da Câmara Municipal em protesto após a rejeição de um projeto de sua autoria circulou nas redes sociais e ultrapassou 1,5 milhão de visualizações na plataforma X, antigo Twitter.

A ação ocorreu após a base governista do prefeito Luis Lapena, identificado como bolsonarista, votar contra a instalação de equipamentos de climatização nas escolas da rede pública municipal. O projeto, que instituía o Programa de Enfrentamento à Crise Climática nas Escolas, recebeu nove votos favoráveis e oito contrários, sendo rejeitado pela maioria.

Segundo Bianco, o ato de desligar o ar-condicionado da Câmara teve o objetivo de demonstrar o impacto do calor extremo nas condições de trabalho e estudo. “Desliguei o ar condicionado aqui, para ver se o líder do governo acha razoável trabalhar sem ar condicionado, num calor de 40 graus. Eu não acho que é razoável”, declarou o parlamentar.

O município enfrenta ondas de calor com temperaturas que ultrapassam 40 °C, e há relatos de alunos e profissionais da educação passando mal em salas sem ventilação adequada. O projeto de Bianco previa a revisão da estrutura de climatização e isolamento térmico das escolas públicas municipais, a adequação das estruturas físicas e arquitetônicas, além da ampliação da arborização e redistribuição de alunos por sala de aula.

Durante a sessão, o vereador afirmou que a base governista “não entendeu o papel do Legislativo” e defendeu a proposta como uma medida para proteger estudantes e profissionais da educação. “Nossa luta não acaba aqui. Amanhã o projeto estará protocolado de novo e vocês vão ter que ficar votando contrário até a gente cansar”, disse Bianco no vídeo que motivou a repercussão online.

Veja vídeo https://x.com/GugaNoblat/status/1977074934762598788

Ar-condicionado na cozinha exige cuidados específicos

Especialistas alertam para cuidados técnicos na instalação de ar-condicionado em cozinhas, onde o calor pode ultrapassar 45°C.

Instalar ar-condicionado na cozinha é uma opção possível, mas que requer precauções específicas. O calor gerado por fogões, fornos e eletrodomésticos pode elevar a temperatura do ambiente a mais de 45 °C, o que exige planejamento e dimensionamento adequados do sistema de climatização.

De acordo com o supervisor de P&D da Gree Electric Appliances, Romenig Bastos Magalhães, a climatização de cozinhas demanda uma abordagem diferente da usada em outros cômodos. O dimensionamento deve considerar não apenas a metragem, mas também a carga térmica adicional dos equipamentos e da iluminação. O cálculo tradicional, que estima cerca de 600 BTU/h por metro quadrado, precisa ser ajustado. Em uma cozinha de 10 m², a potência mínima recomendada varia entre 7.000 e 9.000 BTU/h, dependendo da ventilação e da incidência solar.

A localização do aparelho também é determinante para o bom desempenho. O evaporador (unidade interna) não deve ser instalado próximo a fontes diretas de calor ou gordura. Posicionar o equipamento acima do fogão, por exemplo, compromete o funcionamento e acelera o desgaste dos componentes. O ideal é buscar um ponto estratégico que favoreça a circulação do ar e evite o contato com vapores quentes.

Outro aspecto essencial é a manutenção. A presença de gordura e partículas suspensas no ar da cozinha torna necessária a limpeza mais frequente dos filtros — a cada 15 ou 30 dias — e a realização de manutenções profissionais pelo menos duas vezes ao ano. Essas medidas ajudam a preservar o rendimento do equipamento e a reduzir o consumo de energia.

Especialistas desaconselham o uso de modelos de janela ou portáteis, considerados menos eficientes em ambientes com carga térmica elevada. Também não se deve substituir a exaustão mecânica pelo ar-condicionado: coifas e exaustores continuam sendo indispensáveis para a remoção de odores e partículas.

Recomendações gerais:

  • Preferir aparelhos com potência superior à usada em dormitórios;
  • Instalar o split em local protegido de calor e de fácil acesso para manutenção;
  • Manter o sistema de exaustão ativo;
  • Realizar limpezas periódicas e manutenções preventivas.

Evitar:

  • Instalar o equipamento sobre o fogão;
  • Utilizar modelos portáteis ou de janela;
  • Negligenciar a limpeza do filtro;
  • Ignorar o calor gerado por eletrodomésticos e iluminação.

CHINA – Resfriamento no fundo do mar ganha espaço entre data centers

Estrutura submersa próxima a Xangai promete reduzir em até 90% o consumo de energia para resfriamento de servidores.

CHINA – A empresa chinesa Highlander iniciou neste mês os testes de um sistema de resfriamento de data centers no fundo do mar, em uma estrutura localizada no oceano próximo à cidade de Xangai, na China. A proposta busca reduzir o alto consumo de energia necessário para manter os servidores refrigerados.

Segundo a empresa, o novo método pode economizar até 90% da energia usada em sistemas convencionais. A água fria das profundezas é utilizada como meio natural de dissipação do calor gerado pelos equipamentos. A estrutura subaquática é conectada a uma base na superfície, com um elevador para deslocamento entre os dois níveis.

Os servidores são colocados em cápsulas de aço, protegidas por placas de vidro para impedir o contato direto com a água salgada e minimizar os efeitos da corrosão. O resfriamento é auxiliado pela temperatura naturalmente mais baixa do ambiente submarino, condição que ajuda a manter a estabilidade térmica dos sistemas.

O projeto envolve energia de fontes renováveis, com 95% da eletricidade proveniente de parques eólicos marinhos, segundo a Highlander. A empresa afirma que os testes realizados indicaram impacto ambiental dentro de limites aceitáveis, embora o calor emitido pelos servidores seja monitorado devido à possibilidade de afetar o ecossistema marinho.

A iniciativa é considerada o primeiro data center subaquático com operação comercial. Entre os primeiros clientes estão a China Telecom, uma das maiores companhias de telecomunicações do país, e uma empresa pública de computação baseada em inteligência artificial.

Projetos semelhantes já haviam sido conduzidos anteriormente. A Microsoft realizou testes na Escócia, e a própria China mantém outra experiência submersa. Contudo, o novo sistema da Highlander representa um avanço rumo à viabilidade comercial desse tipo de estrutura, unindo eficiência energética, redução da pegada de carbono e inovação tecnológica no setor de infraestrutura digital.

ABRAVA lança eBook sobre tratamento de águas em sistemas de climatização e refrigeração

Publicação reúne especialistas e aborda impacto da qualidade da água na eficiência e sustentabilidade do setor

A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), por meio do seu Departamento Nacional de Tratamento de Águas (DNTA), anunciou o lançamento do eBook “Os Impactos do Tratamento de Águas”, voltado a profissionais, empresas e estudantes do setor de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R).

O material reúne 16 artigos técnicos assinados por especialistas, com foco em corrosão, incrustação, proliferação microbiológica e controle da bactéria Legionella em sistemas de resfriamento. O eBook também aborda tecnologias como monitoramento em tempo real, Internet das Coisas (IoT) e radiação ultravioleta, destacando impactos na eficiência energética, sustentabilidade e segurança operacional.

Segundo Anderson Doms, ex-presidente do DNTA e coordenador do projeto, a gestão da água influencia a durabilidade dos equipamentos e a redução de impactos ambientais. Para Catarina Sandor, atual presidente do DNTA/ABRAVA, práticas modernas de tratamento podem otimizar custos e prolongar a vida útil de sistemas que respondem por até 50% do consumo energético em edifícios comerciais.

O trabalho conta com apoio do Sistema CFQ/CRQs (Conselho Federal e Regionais de Química). De acordo com José de Ribamar Oliveira Filho, presidente do CFQ, a atuação dos profissionais da química é fundamental para garantir a qualidade da água e prevenir riscos à saúde, como a Legionelose.

Na avaliação do professor Alberto Hernandez, da USP, idealizador do projeto, a publicação contribui para suprir a escassez de informações técnicas no setor. Já Charles Domingues, presidente do Comitê Nacional de Tratamento de Águas da ABRAVA, afirmou que a iniciativa está ligada à sustentabilidade e competitividade das empresas.

Tecumseh responde sobre produção de compressores

Empresa afirma que fábrica em São Carlos tem capacidade para 1,5 milhão de unidades por ano

A Tecumseh do Brasil informou que sua unidade de São Carlos (SP) possui capacidade instalada para produzir 1,5 milhão de compressores inverter por ano. Segundo a empresa, o volume é suficiente para atender às exigências do Processo Produtivo Básico (PPB), que determina que ao menos 12% dos compressores usados pela indústria de condicionadores de ar na Zona Franca de Manaus sejam fabricados no Brasil.

A companhia afirmou ainda que iniciou em 2025 um plano de expansão da capacidade produtiva em São Carlos. O programa prevê etapas anuais de crescimento alinhadas às projeções do setor, incluindo uma ampliação relevante a partir do segundo semestre de 2026.

De acordo com a Tecumseh, a estratégia foi apresentada a seus principais interlocutores e inclui um ciclo contínuo de investimentos voltados ao fortalecimento da indústria nacional.

A empresa disse manter diálogo com o Governo Federal, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo, segundo a companhia, é garantir competitividade, apoiar a modernização do parque fabril e assegurar o abastecimento da cadeia produtiva do Polo de Manaus.

O primeiro ar-condicionado surgiu para proteger papel em gráficas em 1902

Quando pensamos em ar-condicionado, logo vem à mente o alívio de um ambiente fresco em dias de calor intenso. Mas a história desse equipamento começou de um jeito bem diferente.

Em 1902, um jovem engenheiro chamado Willis Carrier desenvolveu o primeiro sistema moderno de ar-condicionado. O curioso é que sua invenção não foi criada para proporcionar conforto térmico a pessoas, mas para resolver um problema que atormentava a indústria gráfica em Nova York.

Na época, as gráficas sofriam com as variações de umidade do ar. O papel, sensível à água presente no ambiente, encolhia ou expandia de acordo com o clima. Isso comprometia a precisão das impressões, já que cada folha reagia de maneira diferente. Carrier, então, projetou um sistema capaz de controlar a temperatura e, principalmente, a umidade do ar. Assim, garantiu que as folhas de papel se mantivessem estáveis e que os resultados gráficos fossem consistentes.

O invento, que nasceu para servir ao papel, acabou mudando a relação da humanidade com o clima interno dos edifícios. Se no passado o objetivo era evitar que uma folha se deformasse, pouco tempo depois a mesma tecnologia passou a ser aplicada para tornar salas, escritórios e, mais tarde, cinemas e teatros muito mais agradáveis.

Da tipografia ao cinema, o ar-condicionado deixou de ser apenas um recurso técnico da indústria para se tornar um símbolo de conforto moderno. Um exemplo de como uma solução prática para um problema específico pode transformar o cotidiano de bilhões de pessoas em todo o mundo.

Governo mantém suspensão do horário de verão em 2025

Decisão considera aumento do consumo de energia em função do uso de ar-condicionado e equipamentos de refrigeração.

O governo federal informou que não haverá horário de verão em 2025, decisão respaldada por avaliações do Ministério de Minas e Energia (MME).

Segundo o MME, o horário de pico de consumo de energia atualmente ocorre nas tardes mais quentes, em razão do uso intensificado de ar-condicionado e outros aparelhos de refrigeração, em vez de ocorrer apenas entre o final da tarde e início da noite. Essa dinâmica, ampliada pelas mudanças climáticas, reduz a eficiência da medida de adiantamento dos relógios como estratégia de amortecimento da carga sobre o sistema elétrico.

Historicamente, o horário de verão era adotado para diluir a concentração do consumo entre 18h e 21h, provocando o “achatamento” da curva de demanda, o que aliviava linhas de transmissão, subestações e sistemas de distribuição. Participavam os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. O procedimento previa adiantamento de uma hora do relógio do primeiro domingo de novembro até o terceiro domingo de fevereiro.

O MME destaca ainda que o verão de 2024/2025 figura entre os mais quentes desde 1961, com múltiplas ondas de calor, o que reforça a necessidade de adaptar as políticas de gestão de energia ao novo padrão de consumo.

Fieam leva crise dos compressores a Alckmin

Entidade pede flexibilização do PPB (processo produtivo básico) para ar-condicionados na ZFM (Zona Franca de Manaus)

A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) levou nesta terça-feira (30) à Confederação Nacional da Indústria (CNI) e ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a crise de abastecimento de compressores inverter que afeta a produção de ar-condicionados na Zona Franca de Manaus (ZFM).

De acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), a falta do componente, essencial à fabricação dos aparelhos, vem sendo registrada desde março. O presidente da Fieam, Antônio Silva, afirmou a Alckmin e à diretoria da CNI que a escassez ameaça paralisar fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM).

Silva esteve acompanhado de Jorge Nascimento Júnior, presidente da Eletros. Ambos defenderam a flexibilização do PPB, que exige das fabricantes a inclusão de compressores nacionais em pelo menos 12% da produção anual para manter incentivos fiscais.

O setor aponta que a única produtora de compressores inverter no país, a Tecumseh do Brasil, não consegue atender à demanda. A Fieam propôs suspender a obrigatoriedade de aquisição nacional ou adequar o percentual à capacidade real da fornecedora.

O MDIC realizou consulta pública sobre o tema e prorrogou para 2026 o cumprimento das exigências, acumulando pendências dos últimos dois anos. A federação afirma que esta é a segunda vez em que o ministério altera as regras por causa da incapacidade de fornecimento da Tecumseh, o que gera insegurança jurídica.

Alckmin reconheceu a gravidade da situação e se comprometeu a analisar o pedido. Segundo a Fieam e a Eletros, o Brasil, por meio da ZFM, é hoje o segundo maior polo mundial de produção de ar-condicionados, atrás apenas da China.