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Alta empregabilidade no setor de Refrigeração e Climatização atinge 94,5%

Demanda da indústria por técnicos cresce com novas tecnologias e questões ambientais.

Um levantamento realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) entre 2021 e 2023 revelou que o curso técnico em Refrigeração e Climatização alcançou o 4º lugar em empregabilidade, com uma taxa superior a 94,5%. Esse dado impressionante reflete a crescente demanda da indústria por profissionais qualificados nessa área, especialmente em um cenário de aquecimento global e adoção de novas tecnologias.

O estudo, que analisou a empregabilidade de ex-alunos até um ano após a conclusão de seus cursos, destacou que 84,4% dos egressos de cursos técnicos estão empregados nesse período, marcando o melhor resultado desde a primeira edição da pesquisa. O curso de Refrigeração e Climatização figura entre os dez cursos com melhor desempenho, superando a marca de 90% em empregabilidade.

Segundo Felipe Morgado, superintendente de Educação Profissional e Superior do Senai, a alta empregabilidade desses cursos está fortemente vinculada à demanda da indústria por mão de obra especializada. “O aquecimento global é um fator que impulsiona a demanda por técnicos em refrigeração, enquanto a inserção de novas tecnologias na indústria explica o bom desempenho de cursos como automação e eletromecânica”, explica.

A pesquisa demonstra a relevância dos cursos técnicos como um caminho eficaz para a inserção rápida no mercado de trabalho, especialmente em setores onde a demanda por profissionais qualificados continua a crescer.

Confira a lista dos cursos com as melhores taxas de empregabilidade:

  1. Mecânica – 96,5%
  2. Alimentos – 95,2%
  3. Mecânica de Manutenção – 94,7%
  4. Refrigeração e Climatização – 94,5%
  5. Eletromecânica – 94,4%
  6. Automação Industrial – 93,2%
  7. Fabricação Mecânica – 93%
  8. Eletrotécnica – 92,7%
  9. Soldagem – 91,3%
  10. Manutenção de Máquinas Industriais – 90,6%

Essa alta taxa de empregabilidade reflete a importância de investir em formação técnica, que se mostra alinhada às necessidades do mercado e garante aos egressos uma vantagem competitiva na busca por emprego.

Governador do Paraná sanciona lei que institui Semana da Qualidade do Ar Interior

O governador do Paraná sancionou a lei que cria a Semana Estadual da Qualidade do Ar Interior (QAI). A iniciativa, resultado do projeto de lei 428/2023, estabelece que as atividades ocorram anualmente na semana do dia 14 de agosto, coincidindo com o Dia Interamericano da Qualidade do Ar.

O principal objetivo da lei é conscientizar a população sobre a importância da qualidade do ar em ambientes internos, tanto coletivos quanto individuais. A legislação inclui a realização de palestras, seminários e campanhas educativas. O deputado Cobra Repórter, autor do projeto, afirmou que a lei busca garantir ambientes mais saudáveis para a população.

A Semana da Qualidade do Ar Interior passa a integrar o Calendário Oficial de Eventos do Estado. A lei visa prevenir a propagação de doenças respiratórias em ambientes fechados, destacando a necessidade de manutenção regular dos sistemas de climatização, conforme o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC), estabelecido pela Lei Federal nº 13.589/2018.

Além de conscientizar a população, a lei prevê a modernização de sistemas de ventilação em locais de uso coletivo, como hospitais e escolas, para garantir padrões mínimos de qualidade do ar.

Fábrica de refrigeração pode se instalar no Pará

Representantes da Spig Torres de Resfriamento, empresa paulista do setor de refrigeração, participaram de uma reunião em Belém para avaliar a instalação de uma filial no Distrito Industrial de Barcarena. O encontro, realizado na quarta-feira (21), envolveu gestores da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), que apresentaram os incentivos fiscais e as oportunidades de negócio oferecidas pelo Estado.

Os incentivos fiscais oferecidos pelo Pará, que podem chegar a 95% de isenção para novas empresas industriais, foram destacados como um dos principais atrativos para a Spig. A empresa, que busca expandir sua presença na Região Norte, vê o Pará como uma localização estratégica, beneficiada por uma infraestrutura adequada e mão de obra qualificada.

João Luiz Castropil Silva, diretor da Spig, ressaltou que a instalação no Pará permitirá à empresa oferecer um atendimento mais personalizado aos clientes locais. “O apoio da Codec tem sido essencial para nos guiar na escolha do local e na compreensão das possibilidades de incentivos fiscais”, afirmou.

Carlos Ledo, secretário-adjunto da Sedeme, reforçou o compromisso do governo em apoiar o setor industrial e orientou os representantes da Spig a apresentarem uma carta consulta à Secretaria Operacional de Incentivos Fiscais (Secop) para formalizar o pedido de incentivos. Manoel Ibiapina, diretor de Atração de Investimentos e Negócios da Codec, destacou que a instalação de novos empreendimentos no Estado poderá gerar novos empregos e impulsionar o desenvolvimento econômico local.

Setor de ar-condicionado cresce 75% no primeiro semestre, apesar de desafios inflacionários

Produção de Splits dispara em 2024, enquanto setor HVAC-R enfrenta oscilações regionais e pressões nos preços, mantendo-se como um importante gerador de empregos formais no Brasil.

O mercado de ar-condicionado no Brasil apresenta um crescimento moderado em meio a um cenário econômico marcado por desafios inflacionários e variações nas vendas regionais de equipamentos. Dados do primeiro trimestre de 2024, retirados do “Boletim Econômico Termômetro AVACR – agosto 24” do Departamento de Economia e Estatística da ABRAVA, revelam um desempenho misto nas diferentes categorias de produtos, refletindo as condições econômicas e a demanda do mercado.

Os aparelhos de ar-condicionado tipo Split, por exemplo, registraram uma queda na produção anual, passando de 3.925 mil unidades em 2022 para 3.799 mil em 2023. Contudo, no primeiro semestre de 2024, houve um crescimento expressivo de 75,8% nas unidades produzidas, saltando de 1.301 mil em 2023 para 2.280 mil em 2024, segundo dados da SUFRAMA. Esse aumento significativo no início do ano sinaliza uma recuperação na demanda por esses equipamentos.

Por outro lado, os dados sobre os sistemas centrais de ar-condicionado, como os Chillers e as unidades de tratamento de ar (AHU), apresentam um panorama mais complexo. A produção de Chillers, medida em toneladas de refrigeração (TR), subiu ligeiramente de 203.696 TR em 2022 para 204.671 TR em 2023. No entanto, no primeiro semestre de 2024, houve uma retração de 13,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, com a produção caindo de 113.829 TR para 98.204 TR, conforme a RMS Consultoria. Já o segmento de Splitão mostrou uma queda anual de 10% em 2023, mas uma recuperação de 7,6% no primeiro semestre de 2024.

gráfico inflação no mercado de ar condicionado. Fonte: IBGE

Elaboração: Guilherme R.C. Moreira

As vendas regionais de equipamentos HVAC-R refletem essas variações, com diferenças significativas entre as regiões do país. As comercializações de Splits estão concentradas principalmente em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que respondem por 49% do mercado, enquanto São Paulo detém 6% das vendas. No segmento de Chillers, São Paulo lidera com 40% das vendas. O mercado de Splitão tem uma distribuição mais equilibrada, com São Paulo responsável por 26% das vendas e a região Nordeste por 21%. Quanto às AHUs, São Paulo também é o principal mercado, representando 29% das vendas, seguido de perto por Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que juntos somam 27%.

Além das vendas, o setor HVAC-R também se destaca pela geração de empregos formais, especialmente em São Paulo, que concentra 39,33% dos postos de trabalho no setor. Outras regiões como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais também desempenham papéis significativos, com 10%, 6,22% e 5,80% dos empregos, respectivamente. Em Minas Gerais, as atividades relacionadas à manutenção e reparação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial e comercial respondem por 8,1% dos empregos formais no setor, enquanto a instalação e manutenção de sistemas centrais representam 6,4%. A fabricação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial também é relevante, correspondendo a 6,1% dos empregos.

Em suma, o mercado de ar-condicionado no Brasil continua a ser um setor vital, tanto em termos de produção e vendas quanto na geração de empregos, apesar dos desafios inflacionários e das variações regionais.

Marcos Carvalho promove a busca por qualidade e não quantidade

Aos 52 anos, o goiano Marcos Aurélio Carvalho, proprietário da Du Ar Marcos, se considera multifunções em sua empresa fazendo um pouco de tudo, seja na área administrativa, como instalador, ajudante, até no marketing. Desde 2016 atuando na área de climatização e refrigeração, foi incentivado pelo primo a fazer um curso no SENAI de Goiânia (GO).

“Sempre com altas temperaturas em Goiânia, certa vez, na casa do meu primo trocamos uma ideia sobre o intenso calor em nossa cidade e incentivado por ele, fui procurar um curso na área e achei o SENAI de Goiânia, e em março de 2016, iniciei minha carreira na área de climatização. Conciliando o curso com o trabalho administrativo num colégio particular, no começo foi muito difícil porque eu tinha que utilizar o horário do almoço para estar com clientes, ir a campo e adquirir experiência. Sou uma pessoa muito curiosa, então, ao mesmo tempo que eu fazia cursos também estava de olho nos vídeos no YouTube publicados pelo Fernando Gaivota, que naquela época estava começando, como também os tutoriais do Rofran, além de participar de grupos de WhatsApp da área de climatização e refrigeração, em especial, o administrado pelo Carlos Djones. Essas pessoas se tornaram referência e incentivo para eu chegar até onde estou hoje”, comemora Marcos.

Dentre os principais desafios enfrentados atualmente em relação ao mercado de HVAC-R, Marcos chama a atenção sobre a quantidade de informações, muitas delas negativas e perigosas: “Não adianta o profissional buscar facilidades e simplificar algo que exige muito estudo e comprometimento. Hoje, o maior desafio é selecionar o que é importante, o estudo e a qualificação é a melhor defesa contra essa enxurrada de informações negativas e que prejudica o mercado, chegando a causar até algumas mortes pela falta de informação técnica de qualidade”.

Em seu canal no Instagram e grupos de WhatsApp que participa, ele tem o cuidado de filtrar as informações, publicar trabalhos em campo, ampliar sua rede de contatos e captar clientes através da sua visibilidade, além de incentivar seus seguidores a investirem em ferramentas, cursos, palestras e encontros do tipo Circuito dos Instaladores, que considera o mais importante que tem no país.

“Com certeza, o mercado hoje é mais competitivo, todas as empresas querem um pedaço e falta mão de obra qualificada, investimento, oportunidade e interesse das pessoas que moram nos grandes centros em buscar qualificação, pois as pessoas estão muito imediatistas”, enfatiza Marcos.

Do basquete ao rock and roll

Tanto no trabalho quanto na vida pessoal, Marcos também é eclético!

“Meus hobbies preferidos são música, basicamente rock and roll, mas escuto praticamente tudo, e o basquete, meu esporte de infância. Toco meu violãozinho de vez em quando e já tive duas bandas de rock. Mantenho até hoje uma turma do basquete que toda semana a gente joga, e antes que eu esqueça, eu também mando bem em uma sinuquinha”.

Realizado em sua vida pessoal, Marcos tem quatro filhos de seu primeiro casamento: Kim de 29 anos; Abgail de 23; Arthur com 18; e Ana Maria, com 15 anos. Há quatro anos, Marcos mantém um relacionamento com Sheyla Ferreira, sua fonoaudióloga preferida e parceira de vida.

Marcos deixa uma mensagem a todos os profissionais do mercado de HVAC-R: “Sejam humildades! Vamos olhar para aquele que está iniciando sua carreira e ajudar no que for preciso, vamos lutar para que tenha mais escolas profissionalizantes e gratuitas em todos as regiões do país, principalmente no Centro-Oeste, Norte e Nordeste”, conclui Marcos.

Em família, Marcos gosta de jogar basquete, sinuca e ouvir um bom rock and roll

Compartilhando histórias

CLUBE CAST DO FRIO – Carlos Djones e Roberto Utida, membros do Esquadrão LG, partilham as suas experiências no setor.

Uma prosa sobre o setor com Jeferson e Tiago

CLUBE CAST DO FRIO – O empresário Jeferson Aquino e o influenciador Tiago Oliveira partilham experiências valiosas sobre o setor.

Philco lança campanha de ar-condicionado

A Philco, fabricante de eletrodomésticos, lançou uma nova campanha publicitária para promover a sua linha de ar-condicionado. A ação visa consolidar a marca como referência em conforto e bem-estar, destacando aspectos como economia de energia, tecnologia avançada e design.

A campanha, com o lema “Conforto que você sente. Bem-estar que você vive”, foi desenvolvida para atender ao aumento na demanda, impulsionado pelas previsões de temperaturas globais mais altas. Segundo dados do Instituto Goddard da NASA, estima-se que a temperatura global média aumente 1,46°C em 2024. Além disso, a Organização Meteorológica Mundial informou que 2023 foi o ano mais quente já registrado, com uma média de 24,92°C no Brasil, 0,69°C acima da média histórica.

A empresa também firmou uma parceria com a CASACOR 2024 e anunciou inserções publicitárias durante a Fórmula 1, reforçando sua imagem de inovação e qualidade.

A campanha inclui divulgação nas redes sociais, pontos de venda e mídia tradicional, além de uma websérie no YouTube com dicas para os consumidores. A Philco também desenvolveu uma ferramenta online que ajuda os clientes a escolherem o modelo ideal de ar-condicionado, com base nas características do ambiente onde será instalado.

“Nossa estratégia é oferecer aos consumidores produtos que proporcionem conforto e bem-estar, combinados com alta tecnologia, economia e eficiência. A campanha é justamente um reforço dessa mensagem. A nova calculadora de BTUs exemplifica nosso compromisso em proporcionar a melhor experiência para nossos clientes, ajudando-os a realizar compras assertivas e satisfatórias”, afirma Emanuelle Henche, gerente de marketing da Philco.

ABNT redefine padrões para qualidade do ar em ambientes climatizados

Entrou em vigor a NBR 17037, uma norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelece novos padrões para a qualidade do ar interior em ambientes não residenciais climatizados artificialmente. A nova norma substitui a Resolução 09, de 2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que até então regulava os parâmetros para a qualidade do ar em espaços públicos e coletivos.

A mudança está em conformidade com o disposto na Lei Federal 13.589/2018, que determina que os padrões de qualidade do ar interior, incluindo temperatura, umidade, velocidade do ar, taxa de renovação e grau de pureza, sejam regulados tanto pela resolução da ANVISA quanto pelas normas técnicas da ABNT.

Entre as principais alterações introduzidas pela NBR 17037, destacam-se:

O limite de concentração de dióxido de carbono (CO2) deixa de ser fixo em 1.000 ppm e passa a ser de 700 ppm acima do valor medido no ambiente externo.

A avaliação de partículas em suspensão PM10 e PM2,5 substitui a antiga análise de aerodispersóides, com limites de concentração de 50 μg/m³ e 25 μg/m³, respectivamente.

O valor máximo aceitável para a velocidade do ar foi reduzido de 0,25 m/s para 0,20 m/s.

A temperatura e a umidade relativa do ar agora têm limites definidos entre 21 a 26°C e 35 a 65%, independentemente da estação do ano.

A norma também exige a realização de pelo menos uma amostra de ar externo no mesmo período da avaliação interna para considerar as variações climáticas ao longo do dia.

As análises de qualidade do ar devem ser realizadas por laboratórios acreditados conforme a ABNT NBR ISO/IEC 17025, que assegurem a existência de um sistema de gestão da qualidade.

Além das análises semestrais, é necessário implementar um programa de gestão da qualidade do ar interno conforme a ISO 16000-40.

Excesso de gelo nas asas pode comprometer segurança de voo em aeronaves

O acidente com o ATR-72 da Voepass, ocorrido na sexta-feira (9) em Vinhedo, São Paulo, levantou discussões sobre os riscos associados ao acúmulo de gelo nas asas de aeronaves, especialmente em modelos que operam em altitudes mais baixas. Embora as investigações sobre a causa do acidente ainda estejam em fase inicial, especialistas apontam que as condições climáticas da região, que incluíam relatos de formação de “gelo severo”, podem ter contribuído para o incidente.

Os sistemas antigelo, presentes em aviões comerciais, são projetados para inflar e quebrar as camadas de gelo que se acumulam na frente das asas, garantindo a manutenção da aerodinâmica e da sustentação da aeronave. No entanto, o manual do ATR-72 alerta que, em condições de “gelo severo”, a taxa de acúmulo pode ser tão rápida que o sistema pode não conseguir removê-lo completamente, comprometendo a performance e o controle do avião.

O professor James Waterhouse, da Universidade de São Paulo (USP), destacou em entrevista que o acúmulo de gelo pode degradar o fluxo aerodinâmico das asas, aumentando o risco de perda de sustentação. “Quando a gotícula de água super-resfriada bate no bordo de ataque da asa, ela congela instantaneamente, criando uma crosta de gelo que degrada a eficiência da asa”, explicou.

Embora ainda não haja confirmação oficial sobre o papel do gelo no acidente da Voepass, o caso chama a atenção para a importância dos sistemas antigelo e a necessidade de aprimoramento contínuo dessas tecnologias para garantir a segurança em todas as condições climáticas. O Cenipa, órgão responsável pela investigação, está analisando os dados das caixas-pretas da aeronave, e um relatório preliminar deve ser divulgado em breve.