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Arkema amplia portfólio de fluidos refrigerantes

A Arkema segue firme no desenvolvimento de novas soluções para a área de fluidos refrigerantes. Com quatro pontos de distribuição no Brasil, além de uma filling station em Rio Claro (SP) e uma blending station na Argentina, a companhia se destaca nos mercados nacional e regional pela excelência e diversificação de seus produtos.

“Somos líderes em diversos segmentos, como peróxidos orgânicos, polímeros técnicos, odorizantes de gás, resinas acrílicas para tintas etc.”, salienta o presidente da subsidiária brasileira, Eric Schmitt.

Na divisão de negócios de fluorquímicos, a Arkema é considerada um dos principais players do setor, sendo representada pela marca Forane.

Um dos produtos mais conhecidos deste portfólio é o Forane 427A (R-427A), uma mistura à base de hidrofluorcarbono (HFC) desenvolvida para substituir o hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 em instalações de refrigeração e ar condicionado existentes.

Sede da Arkema

Multinacional investe 2,5% do seu faturamento em P&D

Segundo o executivo, a indústria química francesa também já está preparada para trabalhar com a quarta geração de fluidos refrigerantes.

“Em breve, teremos novidades no mercado brasileiro. Já iniciamos as vendas do R-1233zd, uma hidrofluorolefina (HFO) que substitui o R-141b como agente de expansão”, revela.

“O mercado brasileiro é de alta importância para o grupo e estamos focados em desenvolver o setor e apresentar produtos inovadores, pensando em performance e proteção ambiental”, acrescenta Schmitt, que começou sua carreira na multinacional há mais de 20 anos.

Atualmente, o grupo francês investe 2,5% do seu faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento.

“Contamos com 1,7 mil pesquisadores e 13 centros de pesquisa espalhados pelo mundo”, enfatiza o gerente de fluorquímicos da filial brasileira, Alexandre Lopes.

“Por isso, estamos no ranking Thomson Reuters Top 100 de inovadores globais”, arremata o gestor.

Sólida experiência

Eric Schmitt - Arkema

Experiência internacional de Eric Schmitt fortalece operação brasileira da Arkema

Durante mais de duas décadas na Arkema, Eric Schmitt superou diversos desafios e aprendeu muitas lições sobre o mundo dos negócios envolvendo a química, o que lhe rendeu uma sólida experiência no segmento.

“Iniciei [minha carreira] como gerente de projetos internacionais, o que me proporcionou a absorção de conhecimentos específicos em países com as mais diversas características culturais, políticas e econômicas”, relata.

O executivo também liderou equipes de vendas como diretor comercial no Brasil nos anos 1990. “Após esta caminhada, fui gerente de linhas de produtos globais e também presidente da Arkema na Argentina e no México”, informa.

Honeywell inicia produção de R-1234yf nos EUA

A Honeywell iniciou esta semana a produção comercial do refrigerante R-1234yf em sua nova fábrica em Geismar, Louisiana. Esta é maior planta mundial de produção da hidrofluorolefina (HFO), segundo informa a empresa.

A companhia destaca que local foi projetado para ajudar a atender à crescente demanda global para este fluido foi desenvolvido para substituir o HFC-134a em sistemas de ar condicionado de automóveis.

Comercializado como Solstice yf, o novo refrigerante também está sendo usado como um componente em muitas misturas de refrigerante transitórias e de longo prazo com baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês).

“O Solstice yf é uma inovação que está ajudando a transição na indústria automobilística para tecnologias ambientalmente amigáveis sem sacrificar o desempenho”, disse Ken Gayer, vice-presidente e gerente geral divisão de produtos fluorados da Honeywell.

Investimentos no setor

Parte de um investimento de US$ 300 milhões no novo refrigerante anunciado em 2013, a nova fábrica estava originalmente prevista para operar totalmente no ano passado. Até agora, a única grande fonte de produção da Honeywell de R-1234yf foi de sua fábrica na China.

Construída em 1967 e localizada às margens do rio Mississipi, a 96 quilômetros a oeste de Nova Orleans, a fábrica de Geismar produz vários hidrofluorcarbonos (HFCs), incluindo R-125, R-134a e R-245fa.

No ano passado, a Chemours anunciou um investimento de US$ 230 milhões em sua própria instalação de R-1234yf, em Ingleside, no Texas. A inauguração da planta da concorrente está prevista para o terceiro trimestre do ano que vem, devendo triplicar sua capacidade de produção do refrigerante Opteon YF.

AHRI atualiza norma de fluidos refrigerantes

A edição de 2017 da AHRI 700 – Especificações para Refrigerantes – já está disponível para a download no site da instituição.

Agora, a norma lista mais quatro novas misturas não azeotrópicas – R-459A, da Arkema, e R-459B, R-460A e R-460B, da Mexichem. Todos esses refrigerantes são considerados de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês).

Os blends R-459A e R-459B são classificados como levemente inflamáveis e contêm quantidades diferentes do hidrofluorcarbono (HFC) R-32 e das hidrofluorolefinas (HFOs) R-1234yf e R-1234ze(E), assim como outros fluidos semelhantes que já foram desenvolvidos para substituir o R-410A.

De acordo com a Arkema, o Forane 459A é compatível com equipamentos existentes, tem GWP de 461 e é mais eficiente que o R-410A.

Segundo a Mexichem, o R-460A e o R-460B são substâncias não inflamáveis, e ambas contêm misturas diferentes de R-32, R-125, R-134a e R-1234ze(E).

A norma da AHRI revista pode ser baixada aqui.

Chemours apresenta HFOs na Apas Show

Em sua primeira participação na Apas Show, a Chemours promoverá a palestra “Novas Tecnologias em Fluidos Refrigerantes para Supermercados”, que será realizada na próxima quarta-feira (3/5), na Arena do Conhecimento, um espaço dentro da feira destinado a cursos e palestras gratuitas com temas que visam melhorar o dia a dia das equipes operacionais no varejo.

Durante a maior mostra supermercadista do mundo, os visitantes também poderão conversar com representantes da indústria química e conhecer mais sobre as novas tendências e regulações envolvendo os sistemas de refrigeração comercial.

opteon-xp40-baixa

Fluido refrigerante à base de HFO atende requisitos do Protocolo de Montreal e do Acordo de Kigali

Segundo o comunicado distribuído à imprensa, a Chemours irá mostrar no evento sua linha Opteon, categoria de produtos que atende aos requisitos do Protocolo de Montreal e do Acordo de Kigali, com zero potencial de degradação da camada de ozônio e baixo potencial de aquecimento global (GWP).

“Os fluidos Opteon XP40, XP44 e XP10 são ideais para quem precisa instalar novos equipamentos ou deseja realizar retrofit, uma vez que contribuem para melhorar a eficiência energética do sistema de refrigeração”, diz o presidente da subsidiária brasiliera, Maurício Xavier.

De acordo com o executivo, supermercados na Europa e EUA já realizaram a substituição dos fluidos R-507, R-404A e R-22 por Opteon XP40. “Também há casos de sucesso no Brasil”, informa.

“Na mudança dos fluidos hidrofluorocarbonos (HFCs) para hidrofluorolefinas (HFOs), a redução do consumo energético foi da ordem 3% a 12%, com necessidade mínima de ajustes no sistema”, salienta.


:: SERVIÇO ::

Apas Show 2017

De 2 a 5 de maio de 2017, no Expo Center Norte, em São Paulo

Arena do Conhecimento

Palestra: “Novas Tecnologias em Fluidos Refrigerantes para Supermercados”

Palestrante: Elisângela Almeida, coordenadora técnica de fluidos refrigerantes da Chemours.

Data e horário: 3/5 (quarta-feira), às 18h

Preços dos HFCs disparam na Europa

Os fornecedores de compostos refrigerantes insistem que não estão exagerando nos alertas urgentes quanto à disponibilidade futura de substâncias com alto potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês), como o hidrofluorcarbono (HFC) R-404A.

Embora seu preço tenha dobrado no ano passado, as empresas avisam que, em breve, a questão será menos sobre a capacidade dos usuários finais de arcarem com fluidos de alto GWP e mais sobre se poderão realmente obter alguns deles.

Esta foi a mensagem predominante durante uma apresentação especial realizada pelo distribuidor IDS Climalife, com sede em Bristol, no Reino Unido, segundo reportagem publicada pelo Cooling Post.

O diretor executivo da empresa, Alan Harper, salientou que a “lua de mel” dos gases fluorados (f-gases) acabou. “Os preços vão continuar a subir neste ano e pode haver limitações na oferta”, explicou. “No ano que vem, a preocupação não será o preço, e sim a disponibilidade”.

Redução acelerada

No momento, a Europa está a apenas alguns meses da redução obrigatória dos f-gases em 2018, quando deverá fazer um corte de 37% no teto base de emissão. Em termos práticos, isso significa que a indústria europeia terá de se contentar com um máximo de 115 milhões de toneladas equivalentes de dióxido de carbono (MtCO2eq) – pouco mais de dois terços dos 168 MCo2eq consumidos em 2015.

Atingir ou não a meta inicial de 2018 depende de uma série de medidas. Reduzir a quantidade de vazamento é uma delas, mas ainda mais urgente é a necessidade de substituir os refrigerantes com alto GWP, como o R-404A.

Honeywell anunciou que não venderá R-404A e R507 no mercado europeu no ano que vem

Como os equipamentos que utilizam R-404A ainda sendo produzidos, há temores de que esses alertas similares aos feitos durante a eliminação do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 – e, antes disso, durante a substituição dos clorofluorcarbonos (CFCs) – sejam ignorados por parte dos usuários finais.

A Parceria Europeia para a Energia e o Meio Ambiente (EPEE) estimou que os supermercados europeus terão de converter ou substituir 50% de seus sistemas com R-404A, a fim de alcançarem a redução de 2018.

“Isso claramente não está acontecendo”, reiterou o diretor técnico da Climalife, Peter Dinnage. “Parte do problema são as pessoas colocando o R-404A em novos equipamentos”, acrescentou.

O R-404A, que possui um GWP de 3.922, ao lado de todos os outros refrigerantes com GWP acima de 2.500, será banido nos novos equipamentos estacionários de refrigeração a partir de 2020.

Crucialmente, para aqueles que ainda comprarem equipamentos com R-404A, em 2020 também haverá a imposição de uma proibição a todos sistemas que emitirem nível superior a 40 tCO2eq (cerca de 10kg). Os fluidos R-507 e R-422D também serão afetados por essa proibição.

Em recente comunicado distribuído à imprensa, a Honeywell anunciou que encerrará as vendas de R-404A e R-507 na União Europeia em 2018.

Os produtores argumentam que há diversas opções disponíveis. O CO2 está sendo adotado em muitos sistemas novos de refrigeração em supermercados. Também há uma série de novas alternativas de baixo GWP sendo disponibilizada para equipamentos novos e retrofits.

Entre esses gases mais ecológicos, estão o R-448A e o R-449A, compostos à base de hidrofluorolefina (HFO) que possuem índices de GWP de aproximadamente 1.300, uma redução de cerca de 65% em relação ao R-404A.

Em âmbito global, a indústria de compressores segue atualizando seus equipamentos, a fim de permitir o uso mais amplo de fluidos refrigerantes de baixo impacto climático, conforme noticiou a reportagem de capa da edição deste mês da Revista do Frio.

Danfoss qualifica 19 famílias de produtos para gases de baixo GWP

A Danfoss acaba de concluir um extenso programa de qualificação de 19 famílias de equipamentos para refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês), incluindo compressores, unidades condensadoras, válvulas, trocadores de calor e outros componentes.

A estratégia da empresa é atender aos novos regulamentos do setor, com destaque para a norma europeia F-gas, o Programas de Novas Políticas Alternativas (SNAP) dos EUA e o Protocolo de Montreal.

Por causa desse cenário regulatório, diferentes refrigerantes estão surgindo como substitutos viáveis para o R-404A, sujeito a proibições ou reduções em 2017, nos EUA, e a partir de 2020, na Europa.

Quando se trata de aplicações em refrigeração comercial e unidades condensadoras, uma mudança para o R-407A e R-407F já ocorreu em muitas áreas, reduzindo o impacto climático em cerca de 50%.

Agora, o catálogo de equipamentos da empresa para a área refrigeração comercial inclui opções que operam com R-448A, R-449A, R-452A, além do propano (R-290) e do dióxido de carbono (CO2), enquanto a área de ar-condicionado está mudando para R-1234ze(E), R-32, R-452B e R-454B.

“Fazendo um programa de qualificação deste calibre, esperamos garantir um caminho viável para nossos clientes em refrigeração comercial e ar condicionado”, diz Torben Funder-Kristensen, chefe de relações públicas da divisão de refrigeração e ar condicionado da multinacional dinamarquesa.

Indústria aposta em compressores para gases de baixo GWP

A indústria global de compressores segue atualizando suas linhas de equipamentos, a fim de permitir o uso mais irrestrito de fluidos frigoríficos alternativos de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) no mercado de refrigeração e ar condicionado.

Para amenizar os efeitos das mudanças climáticas, cerca de 200 países concordaram, em outubro do ano passado, com uma proposta de emenda ao Protocolo de Montreal visando diminuir gradualmente, até a metade deste século, o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs) em sistemas do gênero.

Há tempos, diversos fabricantes têm anunciado a ampliação da oferta de compressores homologados para operar com hidrofluorolefinas (HFOs), hidrocarbonetos (HCs) e dióxido de carbono (CO2), entre outros gases.

“Mas o caminho adiante vai envolver escolhas conflitantes”, analisa Mark McLinden, pesquisador do Instituto Nacional de Padrões Tecnológicos dos EUA (NIST).

“As diretrizes de segurança podem ser revisadas para permitir o uso de refrigerantes levemente inflamáveis. Misturas de dois ou mais fluidos podem gerar um refrigerante não inflamável, mas com alto GWP. O CO2 não é inflamável, mas demanda uma completa remodelação dos equipamentos”, exemplifica.

Indústria desenvolve equipamentos para refrigerantes à base de HCs

Para os grandes players do setor, essa é uma grande oportunidade. “Novos regulamentos exigem um forte investimento para resolver problemas complexos”,  sustenta Carlos Obella, vice-presidente de serviços de engenharia e gestão de produtos comerciais e residenciais da Emerson na América Latina.

Enquanto essa indústria está no meio de uma transição para refrigerantes mais sustentáveis, a verdade é que não existe uma única solução que atenda a todas as aplicações com o mínimo efeito sobre o meio ambiente.

“A melhor avaliação do refrigerante requer uma abordagem holística, envolvendo segurança, impacto ambiental, desempenho do sistema e economia”, diz.

Atualmente, a Emerson possui uma linha completa de compressores com diversas tecnologias, como scroll, pistão e de parafuso, utilizando refrigerantes sintéticos de baixo GWP, como misturas de R-32 e HFO, além de fluidos naturais, como amônia, CO2 e HCs.

Novos rumos

Segundo os fabricantes, o Brasil tem liderado a aplicação de refrigerantes naturais, como o CO2, na América Latina, particularmente nos supermercados. Mais recentemente, o propano (R-290) chegou com força ao mercado de refrigeração comercial leve e, há muitos anos, o isobutano (R-600a) está presente no segmento de refrigeração doméstica.

Dióxido de carbono é uma das tendências no setor

“Em 2016, 50% dos nossos lançamentos foram feitos com oferta de fluidos refrigerantes de baixo GWP”, informa o engenheiro mecânico Homero Cremm Busnello, diretor de marketing da Tecumseh na América Latina.

O R-290 continua sendo a opção preferida da companhia para equipamentos de refrigeração comercial autônomos com capacidade inferior a ½ cavalo de potência (hp).

No entanto, a empresa ressalta que, em função de sua alta inflamabilidade, as limitações de carga e os requisitos de segurança devem ser sempre levados em consideração. Aplicações típicas para o R-290 incluem refrigeradores de bebidas, máquinas de venda automática e freezers comerciais.

“A indústria tem se adaptado aos novos fluidos nos últimos anos e, agora, chegou a vez do mercado de reposição prestar seu tradicional suporte à substituição correta e segura de componentes por outros originais”, salienta.

Para o engenheiro Wilson José de Carvalho, gerente de engenharia de produto de refrigeração da Elgin, os novos desenvolvimentos demandam mão de obra mais qualificada.

“O uso do R-134a e do R-404A já está se difundido no mercado, mas, quanto aos fluidos naturais, tanto os usuários quanto os técnicos de refrigeração terão de se preparar melhor, por causa da periculosidade e de outras características dessas substâncias”, ressalta.

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“Empresas precisam investir em treinamentos dos operadores de novos equipamentos”, diz Silvio Guglielmoni, da Mayekawa

“As empresas precisam investir em treinamentos para os operadores desses novos equipamentos”, concorda o engenheiro Silvio Guglielmoni, gerente comercial da Mayekawa no Brasil.

Segundo o gestor, a indústria japonesa tem desenvolvido soluções de engenharia utilizando refrigerantes naturais para uma extensa faixa de temperaturas em sistemas de aquecimento e resfriamento.

“Chamamos essas soluções de Natural Five, pois englobam cinco refrigerantes desse tipo: amônia (NH3), CO2, água (H2O), HC e ar”, diz.

Tais substâncias são usadas em instalações de aquecimento, secagem, fornecimento de água quente, ar condicionado, resfriamento, refrigeração e congelamento em um range de temperaturas variando de 200 ºC a -100 ºC.

“A aplicação desses fluidos naturais e as soluções de engenharia em eficiência energética visam apoiar o desenvolvimento sustentável, não afetando a camada de ozônio e diminuindo drasticamente o aquecimento global”, reforça.

Nos últimos meses, a Danfoss tem trabalhado forte no desenvolvimento de equipamentos para gases de baixo GWP, incluindo unidades condensadoras. Uma das prioridades da empresa é validar o portfólio atual de compressores para os novos fluidos alternativos.

“Quando falamos de soluções ambientalmente amigáveis, o mercado brasileiro tem sido influenciado externamente, mas o que mais pesa na hora da escolha dessas tecnologias ainda é o custo da energia”, lembra o gerente de contas de compressores comerciais da companhia, Gustavo Asquino.

Mayekawa também aposta nos chamados fluidos naturais

Em busca do substituto ideal para os HFCs

Pesquisadores do Instituto Nacional de Padrões Tecnológicos dos EUA (NIST) finalizaram, em fevereiro, um estudo de vários anos para identificar os “melhores” candidatos entre os fluidos refrigerantes que, no futuro, terão o menor impacto sobre o clima.

Infelizmente, todos os 27 gases que o NIST identificou como os melhores a partir de uma análise de desempenho são, no mínimo, levemente inflamáveis, o que não é permitido pelas diretrizes de segurança dos EUA e de outros países para a maioria das aplicações. E diversas substâncias da lista são altamente inflamáveis, como o R-290.

Em outras palavras, o estudo não encontrou nenhum refrigerante ideal que combinasse baixo GWP  – uma medida da quantidade de calor que um gás retém quando liberado na atmosfera – com outras características desejáveis de performance e segurança, como não ser inflamável e nem tóxico.

“A conclusão é de que não há um substituto fácil e perfeito para os refrigerantes atuais”, diz Mark McLinden, engenheiro químico do NIST. “Durante o estudo, pensávamos que encontraríamos algo mais. Acontece que não há muita coisa. Então, o resultado foi um pouco inesperado, um pouco decepcionante.”

Órgãos reguladores norte-americanos já admitiram a dificuldade de escolher novos refrigerantes. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) ainda não estipulou limites específicos de GWP, mas tem, em vez disso, conduzido análises de risco comparativo para cada fluido e finalidade. Os critérios incluem efeitos atmosféricos e os impactos correlatos no meio ambiente e na saúde, riscos ao ecossistema, riscos ao consumidor, inflamabilidade, custo e disponibilidade.

Com o intuito de ajudar a indústria e os formuladores de políticas públicas dos EUA a compreenderem os limites e as escolhas intrincadas que envolvem a redução gradual dos HFCs, o NIST realizou, durante quatro anos, uma pesquisa abrangente para achar os melhores fluidos alternativos com baixo GWP e apenas um componente em sua fórmula.

O estudo do NIST focou em possíveis fluidos substitutos para os sistemas de ar condicionado pequenos, que são comuns em residências e pequenas empresas. Uma mescla de HFCs chamada R-410A é agora o refrigerante mais popular em tais sistemas.

Essas unidades são lacradas, o que significa que elas não devem liberar HFCs na atmosfera. Entretanto, os sistemas podem ter vazamentos, e quando eles recebem manutenção ou são descartados, o refrigerante tem o risco de escapar e não pode ser recuperado e reciclado, disse McLinden.

O estudo fez uma triagem em um banco de dados de mais de 60 milhões de substâncias químicas, estimando as propriedades unicamente com base na estrutura molecular. Isso foi feito com a ajuda de um método computacional desenvolvido anteriormente no NIST.

Visto que todos os refrigerantes atuais são pequenas moléculas, a pesquisa do NIST ficou limitada a moléculas com 18 ou menos átomos e a apenas oito elementos que formam compostos voláteis o suficiente para servirem como refrigerantes. Esta seleção inicial resultou em 184 mil moléculas que seriam melhor analisadas depois.

A triagem por propriedades energéticas que correspondem aos fluidos utilizados em pequenos sistemas de ar condicionado e a um GWP menor que 1.000 (entende-se por convenção que representa os efeitos por um período de 100 anos) rendeu 138 fluidos.

Os pesquisadores, então, simularam o desempenho destes 138 compostos em ares-condicionados. Um parceiro dentro da Universidade Católica dos Estados Unidos, em Washington, ajudou a desenvolver o modelo de simulação e a avaliar os resultados. Seleções adicionais para descartar compostos quimicamente instáveis ou muito tóxicos ou aqueles com baixa eficiência energética culminaram na lista final de 27 fluidos com baixo GWP.

Uma das prioridades da Danfoss é validar o portfólio atual de compressores para novos fluidos alternativos

O R-290, por exemplo, tem um GWP de 3, muito menor que o valor do R-410A, de 1.924. Entre os potenciais refrigerantes com os menores índices de GWP, encontra-se a amônia, geralmente utilizada em grandes sistemas de refrigeração industriais. Contudo, ela tóxica e levemente inflamável.

Além disso, há o dimetil éter, um propelente e potencial combustível que é um pouco menos inflamável do que o R-290. O CO2 possui um GWP de 1 e não é inflamável, porém necessitaria de um tipo diferente de ciclo de refrigeração para operar sob pressões muito altas. Outros compostos de baixo GWP são as HFOs, atual foco de pesquisa da indústria química global, mas elas são ligeiramente inflamáveis.

Embora não haja um limite específico de GWP nos EUA, datas de redução em fases foram estipuladas para os HFCs com maior GWP. (Na União Europeia, refrigerantes com GWP abaixo de 750 são permitidos em sistemas de pequeno porte.)

A lista do NIST pode oferecer novas ideias, porque inclui muitos refrigerantes que ainda não estão na lista da EPA de substitutos aceitáveis. “A indústria de refrigeração vem desenvolvendo ativamente novos fluidos levemente inflamáveis, e os resultados do atual estudo sustentam esse caminho”, afirma McLinden.

“Olhando adiante, as conclusões do estudo do NIST indicam a necessidade de reconhecer e lidar com escolhas conflitantes no planejamento para o futuro”, completa.

Mas como as diretrizes de segurança deveriam ser alteradas para garantir que os compostos inflamáveis sejam usados seguramente? “Misturas de diferentes refrigerantes podem oferecer um equilíbrio entre segurança e baixo impacto climático. Por exemplo, um fluido com baixo GWP, mas inflamável, mesclado com um fluido não inflamável, porém de alto GWP, pode resultar num fluido não inflamável com um valor moderado de GWP”, explica McLinden.

Bitzer apresenta novo parafuso compacto na China

A Bitzer apresentou esta semana, em Xangai, uma nova gama de compressores parafuso compactos que operam com o hidrofluorcarbono (HFC) R-134a, hidrofluorlefinas (HFOs) e blends de HFCs e HFOs.

A série CSW105 é a mais recente adição à gama existente de compressores parafuso compactos CSW da marca para uso em chillers.

A Bitzer está planejando lançar os novos compressores em quatro modelos diferentes, com deslocamentos de 1.120 m³/h a 2.000 m³/h (50 Hz).

O projeto do perfil do rotor no novo compressor foi otimizado para R-134a e refrigerantes alternativos à base de HFO, enquanto o módulo integrado CM-SW-01 permite sua integração com sistemas existentes.

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Bitzer homologou o uso de refrigerantes alternativos ao R-134a em novos equipamentos

As capacidades de refrigeração também foram aumentadas. Segundo a Bitzer, o maior modelo, com um deslocamento de 2.000 m³/h, pode atingir com R-134a (em um ponto de operação de 5°C/38°C e operação de 50 Hz) uma capacidade de resfriamento de 1,4 MW. Isso corresponde ao dobro da capacidade do seu maior modelo de compressor atualmente, o CSW95113.

Embora concebidos para funcionar com o R-134a, estes compressores também são adequados para operar com as HFOs puras R-1234ze(E) e R-1234yf, e os blends R-513A e R-450A.

Os novos compressores parafuso CSW105 são adequados para uso em chillers resfriados a água e equipamentos resfriados a ar em temperaturas moderadas. Eles podem ser usados em chillers aplicados em processos de refrigeração e aquecimento, assim como em bombas de calor de baixa temperatura.

Os novos compressores também podem ser integrados a sistemas de expansão direta, ou podem ser usados como separadores primários de óleo em sistemas com evaporadores inundados.Segundo a indústria alemã, o filtro de óleo acessível externamente facilita a manutenção.

Novo chiller da Trane adota o R-1234ze

A Ingersoll Rand acaba de acrescentar à linha EcoWise um chiller resfriado a água usando o R-1234ze, refrigerante de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) à base de hidrofluorolefina (HFO).

Com capacidades que variam de 290kW a 2600kW, o XStream eXcellent é adequado para ambientes críticos, como centros de dados, hospitais, grandes edifícios de escritórios ou aplicações em processos industriais.

Segundo a companhia, o novo resfriador de líquido emprega dois circuitos de refrigerante completamente separados e possui trocadores de calor de alta eficiência, evaporador de baixa carga e compressores centrífugos sem óleo de alta velocidade.

A Ingersoll Rand foi pioneira no desenvolvimento de chillers da marca Trane usando HFOs e foi a primeira empresa a introduzir um resfriador usando R1233zd(E), ao lançar seu chiller resfriado a água CenTraVac Série E, em 2014. No ano passado, a multinacional introduziu no mercado o Sintesis eXcellent, chiller que também utilizada o fluido refrigerante R1234ze.