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Fabricante de chillers adota rival do R-32

A Kaltra agora está oferecendo em uma de suas linhas de chillers condensados a água modelos compatíveis com o R-452B, um fluido refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO) desenvolvido para substituir o hidrofluorcarbono (HFC) R-410A em novos equipamentos.

Tal como o R-410A – uma mistura de R-32 (50%) e R-125 (50%) –, ele usa os mesmos dois componentes, mas com adição de 26% de R-1234yf , 67% de R-32 e apenas 7% de R-125.

Segundo a indústria alemã de sistemas de refrigeração e ar condicionado, a nova mistura oferece um ótimo equilíbrio entre desempenho, segurança e compatibilidade para substituir o R-410A, superando outras alternativas disponíveis no mercado.

“Os novos resfriadores de líquido demonstram taxas de eficiência similares ou de 2% a 5% mais altas que as dos modelos com R-410A”, revela a Kaltra, destacando que essas máquinas são “capazes de operar com uma faixa mais ampla de temperaturas de evaporação”.

“Seu design modular e novo software de controle ainda permitem o uso de vários chillers virtualmente como um único sistema, otimizando, dessa forma, a eficiência em cargas parciais”, acrescenta.

De acordo com o Quinto Relatório de Avaliação (AR5) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) do R-452B é de 676, cerca de 65% menor que o do R-410A.

Inofensiva à camada de ozônio, a substância é comercializada tanto pela Chemours quanto pela Honeywell, sob as marcas Opteon XL55 e Solstice L41y, respectivamente.

O composto foi desenvolvido para concorrer com o R-32, substituindo o R-410A, particularmente, em bombas de calor, rooftops, sistemas VRF e chillers de média pressão condensados a ar e a água.

Assim como o R-32, o R-452B é classificado como levemente inflamável (A2L) pela Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae), embora a Chemours sustente que ele seja o menos inflamável de todos os principais substitutos existentes para o R-410A.

De acordo com a Honeywell, o R-452B possibilita uma carga até 10% menor em comparação com o equipamentos existentes que utilizam o R-410A.

A indústria química também afirma que seu envelope de operação mais amplo permite que o equipamento alcance temperaturas de evaporação baixas, superando o R-32 no modo de aquecimento e atingindo temperaturas mais altas em bombas de calor e chillers.

Agência holandesa apreende estoque ilegal de R-134a

Uma blitz realizada no início deste mês num depósito de autopeças em Roterdã, na Holanda, resultou na apreensão de mais de 1,6 tonelada do fluido refrigerante R-134a, uma das substâncias controladas pela legislação europeia pertinente aos gases de efeito estufa fluorados (f-gases, em inglês).

A Inspetoria de Meio Ambiente e Transporte dos Países Baixos, trabalhando em uma denúncia das autoridades alfandegárias holandesas, descobriu 123 cilindros – descartáveis e ilegais – de 13,6 quilos que haviam sido importados fora do sistema de cotas da União Europeia.

Desde o ano passado, o site britânico Cooling Post tem relatado uma série de violações no segmento. Aumento de preços e problemas no fornecimento de hidrofluorcarbonos (HFCs) de alto potencial de aquecimento global (GWP) incentivaram o contrabando e as importações ilegais de gases em cilindros descartáveis, revela a publicação.

No início do ano, o Coolektiv exigiu ações poder público depois de ter revelado que a quantidade de refrigerantes ilegais vendidos no bloco econômico no ano passado foi equivalente a 20% da cota legal de comercialização de f-gases.

O grupo alemão de especialistas em refrigeração também expressou temores de que os produtos ilegais estejam contaminados e possam colocar os usuários em risco.

Referindo-se às explosões e mortes causadas por R-134a contaminado em 2011, o Coolektiv disse que “os riscos de acidentes seguidos por ferimentos e danos materiais não podem ser rejeitados na situação atual”.

O grupo também aponta que o uso de refrigerantes fora dos padrões definidos pela Ashrae gera um efeito negativo na eficiência dos sistemas de refrigeração e ar condicionado.

Arkema destaca substituto do R-22 na Febrava

A Arkema apresentou na última edição da Febrava, realizada de 12 a 15 de setembro no São Paulo Expo, toda sua linha de produtos para o setor, com destaque para o fluido refrigerante Forane 427A, um substituto do HCFC-22 desenvolvido para sistemas de refrigeração e ar condicionado existentes.

Com quatro pontos de distribuição no Brasil, além de uma filling station em Rio Claro (SP) e uma blending station na Argentina, o grupo francês tem aumentado sua participação nos mercados nacional e regional, em função da excelência e diversificação de seus produtos.

Segundo o gerente de vendas da subsidiária brasileira, Alexandre Lopes, a empresa aproveitou o evento para ampliar a visibilidade da consagrada marca Forane, além de ajudar a prevenir e a esclarecer o setor sobre a futura escassez de R-22 no mercado de reposição.

“Mostramos as vantagens de se trabalhar com produtos que possuem certificados de qualidade e origem, responsabilidade social e ambiental”, diz.

A edição deste ano da maior mostra do HVAC-R na América Latina também gerou bons resultados para os negócios da Arkema na área de fluidos refrigerantes.

“Recebemos o dobro de visitantes em nosso estande, em relação à edição anterior”, informa o gestor.

Hoje, o mercado reconhece a marca Forane como um fluido refrigerante de excelente qualidade, valoriza nosso atendimento e destaca o real sentido da nossa parceria”, ressalta.

Forane 427A no estande da Arkema na Febrava 2017

Fluido refrigerante Forane 427A em destaque no estande da Arkema na Febrava 2017

Daikin lança substituto do R-22 e R-404A nos EUA

A subsidiária norte-americana da Daikin anunciou a disponibilidade de amostras de testes do fluido refrigerante R-407H – uma mistura de R-32, R-125 e R-134a – para o mercado local.

A empresa revela que estas amostras serão destinadas a empreiteiros e distribuidores que trabalham com sistemas de refrigeração comercial.

Segundo a Daikin, sua aplicação exige poucas modificações nos sistemas frigoríficos, e o novo fluido refrigerante não a degrada camada de ozônio e tem um potencial de aquecimento global (GWP) de 1.495 – 62% inferior ao do R-404A.

A companhia destaca que o R-407H foi submetido à aprovação da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) como substituto do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 e dos hidrofluorcarbonos (HFCs) R-404A e R-507A, que são amplamente utilizados em equipamentos de refrigeração de supermercados, armazéns e embarcações marítimas.

Em testes comparativos realizados por vários fabricantes de equipamentos e universidades, o R-407H demonstrou eficiência equivalente à do R-404A em baixa temperatura de evaporação, e melhorias de eficiência em temperatura média.

Compatível com lubrificantes à base de poliol éster (POE) e óleos comuns, o novo fluido refrigerante também apresenta pressão de trabalho semelhante à do R-404A.

“O R-407H foi desenvolvido para cumprir os regulamentos globais e possibilitar retrofits simples e econômicos. Além disso, seu histórico e sua eficiência comprovada qualificam o produto para cumprir os objetivos de redução de GWP estabelecidos pela EPA”, afirmou Jim McAliney, vice-presidente de vendas e marketing da Daikin America.

Mundialmente, a Daikin é reconhecida por fabricar equipamentos de ar condicionado, mas a empresa também é um dos principais fabricantes de fluorquímicos do mercado. Em 2015, ela comprou a área de refrigerantes da Solvay, um acordo que deu à indústria japonesa sua primeira base de fabricação dessas substâncias na Europa.

Forane 427A simplifica retrofit do R-22

A atualização tecnológica dos sistemas frigoríficos que operam com R-22 é um dos serviços mais realizados pelos técnicos do setor, uma vez que a produção de hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) está sendo reduzida gradualmente.

Um dos substitutos mais utilizados globalmente é Forane 427A (R-427A), mistura à base de hidrofluorcarbono (HFC) desenvolvida pela Arkema para equipamentos refrigeração, ar condicionado e bombas de calor existentes.

“O R-427A substitui o R-22 com o menor impacto ambiental, em relação aos fluidos refrigerantes concorrentes”, afirma o presidente da empresa no País, Eric Schmitt.

O refrigerante também apresenta desempenho, pressões de operação e propriedades termodinâmicas bem próximas às do R-22.

A aplicação do Forane 427A em retrofits não requer grandes modificações nas obras. A empresa recomenda apenas a troca do óleo mineral para o de poliol éster (POE) e a substituição do filtro secador e selos.

Não é necessário mudar as válvulas de expansão, linhas de líquido, unidades condensadoras ou qualquer outra parte do sistema”, informa a Arkema.

Arkema amplia portfólio de fluidos refrigerantes

A Arkema segue firme no desenvolvimento de novas soluções para a área de fluidos refrigerantes. Com quatro pontos de distribuição no Brasil, além de uma filling station em Rio Claro (SP) e uma blending station na Argentina, a companhia se destaca nos mercados nacional e regional pela excelência e diversificação de seus produtos.

“Somos líderes em diversos segmentos, como peróxidos orgânicos, polímeros técnicos, odorizantes de gás, resinas acrílicas para tintas etc.”, salienta o presidente da subsidiária brasileira, Eric Schmitt.

Na divisão de negócios de fluorquímicos, a Arkema é considerada um dos principais players do setor, sendo representada pela marca Forane.

Um dos produtos mais conhecidos deste portfólio é o Forane 427A (R-427A), uma mistura à base de hidrofluorcarbono (HFC) desenvolvida para substituir o hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 em instalações de refrigeração e ar condicionado existentes.

Sede da Arkema

Multinacional investe 2,5% do seu faturamento em P&D

Segundo o executivo, a indústria química francesa também já está preparada para trabalhar com a quarta geração de fluidos refrigerantes.

“Em breve, teremos novidades no mercado brasileiro. Já iniciamos as vendas do R-1233zd, uma hidrofluorolefina (HFO) que substitui o R-141b como agente de expansão”, revela.

“O mercado brasileiro é de alta importância para o grupo e estamos focados em desenvolver o setor e apresentar produtos inovadores, pensando em performance e proteção ambiental”, acrescenta Schmitt, que começou sua carreira na multinacional há mais de 20 anos.

Atualmente, o grupo francês investe 2,5% do seu faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento.

“Contamos com 1,7 mil pesquisadores e 13 centros de pesquisa espalhados pelo mundo”, enfatiza o gerente de fluorquímicos da filial brasileira, Alexandre Lopes.

“Por isso, estamos no ranking Thomson Reuters Top 100 de inovadores globais”, arremata o gestor.

Sólida experiência

Eric Schmitt - Arkema

Experiência internacional de Eric Schmitt fortalece operação brasileira da Arkema

Durante mais de duas décadas na Arkema, Eric Schmitt superou diversos desafios e aprendeu muitas lições sobre o mundo dos negócios envolvendo a química, o que lhe rendeu uma sólida experiência no segmento.

“Iniciei [minha carreira] como gerente de projetos internacionais, o que me proporcionou a absorção de conhecimentos específicos em países com as mais diversas características culturais, políticas e econômicas”, relata.

O executivo também liderou equipes de vendas como diretor comercial no Brasil nos anos 1990. “Após esta caminhada, fui gerente de linhas de produtos globais e também presidente da Arkema na Argentina e no México”, informa.

Leonardo DiCaprio apoia adoção de novo fluido refrigerante

O ator e ativista ambiental Leonardo DiCaprio tornou-se investidor e conselheiro da Bluon Energy, empresa que desenvolveu o R-458A, um refrigerante de menor impacto climático comercializado como Bluon TdX20.

A nova substância é uma mistura dos hidrofluorcarbonos (HFCs) R-32, R-125, R-134a, R-227ea e R-236fa projetada para substituir o hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 e os HFCs R-404A e R-507A em equipamentos existentes

Listado no ano passado pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, em inglês) como alternativa para uso no país, o Bluon TdX20 é um fluido atóxico e não inflamável.

Além disso, o novo fluido não destrói a camada de ozônio e tem um potencial de aquecimento global (GWP) de 1.650, valor ligeiramente mais baixo que o do R-22.

Além de DiCaprio, que também servirá como um consultor estratégico no conselho de administração da Bluon, outros investidores recém-anunciados incluem o desenvolvedor de tecnologia Bionatus LLC e Greg Ellis, da empreiteira Control Air Conditioning Corporation.

“Ter investidores e consultores de alto nível se juntando a nós em nosso crescimento é extremamente empolgante”, disse Peter Capuciati, fundador e presidente da Bluon Energy, no comunicado distribuído à imprensa.

Fluido Refrigerante Bluon TdX 20

Novo fluido reduz em até 25% o consumo de energia dos sistemas de climatização e refrigeração

“Temos também o prazer de dar as boas-vindas ao Leo à nossa equipe, pois os seus esforços para fazer a diferença na luta contra as mudanças climáticas e sensibilizar as potenciais soluções estão em sintonia com a nossa missão”, salientou.

Para o executivo, parcerias desse porte são fundamentais para ajudar empresas, proprietários de instalações e, finalmente, usuários domésticos a entender a enorme economia e os benefícios ambientais que podem alcançar com o novo fluido refrigerante.

Segundo a companhia, o Bluon TdX 20 reduz em até 25% o consumo de energia dos sistemas de climatização e refrigeração.

Vanguarda tecnológica

“A geração de eletricidade é um dos principais causadores das emissões de carbono e está contribuindo muito para a crescente crise climática do nosso planeta”, destacou Leonardo DiCaprio.

“Precisamos trabalhar em todos os setores para garantir o desenvolvimento de produtos energeticamente eficientes, que ajudam a reduzir as emissões. A Bluon está na vanguarda de abordar a eficiência energética na nossa infraestrutura existente de climatização, o que torna a sua abordagem uma parte imediata da solução”, avaliou.

Leonardo DiCaprio - Novo investidor da Bluon

Leonardo DiCaprio está investindo no ramo de fluidos refrigerantes

“Se pudermos aumentar a eficiência dos nossos sistemas de aquecimento, refrigeração e ar condicionado existentes, então vamos reduzir drasticamente o nível de emissões globais. Esta é uma tarefa fundamental, se quisermos enfrentar a causa subjacente da mudança climática”, continuou DiCaprio.

Além dos novos investidores, a indústria norte-americana anunciou que está se juntando à Rede de Oportunidades de Energia Nova (NEO), uma plataforma on-line colaborativa gerenciada pela Schneider Electric que conectará a Bluon com empresas comerciais e industriais que procuram soluções em eficiência energética e sustentabilidade.

AHRI atualiza norma de fluidos refrigerantes

A edição de 2017 da AHRI 700 – Especificações para Refrigerantes – já está disponível para a download no site da instituição.

Agora, a norma lista mais quatro novas misturas não azeotrópicas – R-459A, da Arkema, e R-459B, R-460A e R-460B, da Mexichem. Todos esses refrigerantes são considerados de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês).

Os blends R-459A e R-459B são classificados como levemente inflamáveis e contêm quantidades diferentes do hidrofluorcarbono (HFC) R-32 e das hidrofluorolefinas (HFOs) R-1234yf e R-1234ze(E), assim como outros fluidos semelhantes que já foram desenvolvidos para substituir o R-410A.

De acordo com a Arkema, o Forane 459A é compatível com equipamentos existentes, tem GWP de 461 e é mais eficiente que o R-410A.

Segundo a Mexichem, o R-460A e o R-460B são substâncias não inflamáveis, e ambas contêm misturas diferentes de R-32, R-125, R-134a e R-1234ze(E).

A norma da AHRI revista pode ser baixada aqui.

Preços dos HFCs disparam na Europa

Os fornecedores de compostos refrigerantes insistem que não estão exagerando nos alertas urgentes quanto à disponibilidade futura de substâncias com alto potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês), como o hidrofluorcarbono (HFC) R-404A.

Embora seu preço tenha dobrado no ano passado, as empresas avisam que, em breve, a questão será menos sobre a capacidade dos usuários finais de arcarem com fluidos de alto GWP e mais sobre se poderão realmente obter alguns deles.

Esta foi a mensagem predominante durante uma apresentação especial realizada pelo distribuidor IDS Climalife, com sede em Bristol, no Reino Unido, segundo reportagem publicada pelo Cooling Post.

O diretor executivo da empresa, Alan Harper, salientou que a “lua de mel” dos gases fluorados (f-gases) acabou. “Os preços vão continuar a subir neste ano e pode haver limitações na oferta”, explicou. “No ano que vem, a preocupação não será o preço, e sim a disponibilidade”.

Redução acelerada

No momento, a Europa está a apenas alguns meses da redução obrigatória dos f-gases em 2018, quando deverá fazer um corte de 37% no teto base de emissão. Em termos práticos, isso significa que a indústria europeia terá de se contentar com um máximo de 115 milhões de toneladas equivalentes de dióxido de carbono (MtCO2eq) – pouco mais de dois terços dos 168 MCo2eq consumidos em 2015.

Atingir ou não a meta inicial de 2018 depende de uma série de medidas. Reduzir a quantidade de vazamento é uma delas, mas ainda mais urgente é a necessidade de substituir os refrigerantes com alto GWP, como o R-404A.

Honeywell anunciou que não venderá R-404A e R507 no mercado europeu no ano que vem

Como os equipamentos que utilizam R-404A ainda sendo produzidos, há temores de que esses alertas similares aos feitos durante a eliminação do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 – e, antes disso, durante a substituição dos clorofluorcarbonos (CFCs) – sejam ignorados por parte dos usuários finais.

A Parceria Europeia para a Energia e o Meio Ambiente (EPEE) estimou que os supermercados europeus terão de converter ou substituir 50% de seus sistemas com R-404A, a fim de alcançarem a redução de 2018.

“Isso claramente não está acontecendo”, reiterou o diretor técnico da Climalife, Peter Dinnage. “Parte do problema são as pessoas colocando o R-404A em novos equipamentos”, acrescentou.

O R-404A, que possui um GWP de 3.922, ao lado de todos os outros refrigerantes com GWP acima de 2.500, será banido nos novos equipamentos estacionários de refrigeração a partir de 2020.

Crucialmente, para aqueles que ainda comprarem equipamentos com R-404A, em 2020 também haverá a imposição de uma proibição a todos sistemas que emitirem nível superior a 40 tCO2eq (cerca de 10kg). Os fluidos R-507 e R-422D também serão afetados por essa proibição.

Em recente comunicado distribuído à imprensa, a Honeywell anunciou que encerrará as vendas de R-404A e R-507 na União Europeia em 2018.

Os produtores argumentam que há diversas opções disponíveis. O CO2 está sendo adotado em muitos sistemas novos de refrigeração em supermercados. Também há uma série de novas alternativas de baixo GWP sendo disponibilizada para equipamentos novos e retrofits.

Entre esses gases mais ecológicos, estão o R-448A e o R-449A, compostos à base de hidrofluorolefina (HFO) que possuem índices de GWP de aproximadamente 1.300, uma redução de cerca de 65% em relação ao R-404A.

Em âmbito global, a indústria de compressores segue atualizando seus equipamentos, a fim de permitir o uso mais amplo de fluidos refrigerantes de baixo impacto climático, conforme noticiou a reportagem de capa da edição deste mês da Revista do Frio.

Danfoss qualifica 19 famílias de produtos para gases de baixo GWP

A Danfoss acaba de concluir um extenso programa de qualificação de 19 famílias de equipamentos para refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês), incluindo compressores, unidades condensadoras, válvulas, trocadores de calor e outros componentes.

A estratégia da empresa é atender aos novos regulamentos do setor, com destaque para a norma europeia F-gas, o Programas de Novas Políticas Alternativas (SNAP) dos EUA e o Protocolo de Montreal.

Por causa desse cenário regulatório, diferentes refrigerantes estão surgindo como substitutos viáveis para o R-404A, sujeito a proibições ou reduções em 2017, nos EUA, e a partir de 2020, na Europa.

Quando se trata de aplicações em refrigeração comercial e unidades condensadoras, uma mudança para o R-407A e R-407F já ocorreu em muitas áreas, reduzindo o impacto climático em cerca de 50%.

Agora, o catálogo de equipamentos da empresa para a área refrigeração comercial inclui opções que operam com R-448A, R-449A, R-452A, além do propano (R-290) e do dióxido de carbono (CO2), enquanto a área de ar-condicionado está mudando para R-1234ze(E), R-32, R-452B e R-454B.

“Fazendo um programa de qualificação deste calibre, esperamos garantir um caminho viável para nossos clientes em refrigeração comercial e ar condicionado”, diz Torben Funder-Kristensen, chefe de relações públicas da divisão de refrigeração e ar condicionado da multinacional dinamarquesa.