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FRANÇA – Refrigeração busca reconhecimento como infraestrutura essencial

No Dia Mundial da Refrigeração, IIR propõe comitês nacionais e defende integração global do setor


FRANÇA – O Instituto Internacional de Refrigeração (IIR) defendeu nesta quinta-feira (26) o reconhecimento da refrigeração como infraestrutura crítica para a saúde, segurança alimentar, eficiência energética e sustentabilidade climática. A manifestação ocorre no contexto do Dia Mundial da Refrigeração, celebrado anualmente em 26 de junho.

Como parte das ações, o IIR propôs a criação de comitês nacionais de refrigeração. Esses grupos intersetoriais teriam a função de coordenar estratégias e políticas voltadas ao uso sustentável da refrigeração em diferentes frentes — da criogenia e aplicações em temperaturas ultrabaixas às cadeias de frio para alimentos e medicamentos, passando por sistemas de ar condicionado e bombas de calor.

Segundo a entidade, os comitês devem incluir representantes dos setores público e privado, além de técnicos e formuladores de políticas, com o objetivo de ampliar a participação social e promover uma abordagem integrada. O instituto afirma que essa estrutura contribuiria para o fortalecimento dos sistemas alimentares, da saúde pública, da indústria e da resposta às mudanças climáticas.

A posição do IIR foi reforçada durante o evento internacional realizado em 18 de junho em Paris, que antecedeu a data comemorativa. Com a presença de mais de 170 participantes de 60 países — entre representantes governamentais, industriais, pesquisadores e membros de organizações internacionais — o encontro teve como tema a refrigeração como infraestrutura essencial.

Para a entidade, que atua como organismo científico intergovernamental, a inclusão da refrigeração nas agendas nacionais e internacionais é necessária para garantir o desenvolvimento sustentável e a resiliência climática. “Esta é a década em que a refrigeração sustentável moldará nossas sociedades”, disse Yosr Allouche, diretor-geral do IIR, durante o evento.

A instituição também convocou mais países a se juntarem formalmente à sua missão e a apoiarem os esforços multilaterais para consolidar o papel da refrigeração nas políticas públicas globais. A proposta do IIR é que o setor atue como um vetor estratégico nas áreas de saúde, alimentação, energia e meio ambiente.

Técnicos ganham protagonismo em plataformas digitais de ensino

Ao transformar conhecimento prático em plataformas digitais, profissionais de climatização e refrigeração conectam experiência de campo com inovação no ensino.

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O setor de climatização e refrigeração, historicamente pautado pelo aprendizado prático e presencial, está passando por uma revolução silenciosa e digital. Nos últimos anos, a popularização do ensino online, impulsionada pelas redes sociais e plataformas de conteúdo, deu origem a uma nova geração de profissionais e educadores: influenciadores técnicos que, além de atuarem diretamente na área, fundaram suas próprias escolas virtuais para capacitar milhares de instaladores, técnicos e iniciantes em todo o Brasil.

Hoje, esses profissionais se destacam não apenas por sua atuação técnica, mas pela maneira como transformaram sua autoridade em projetos educacionais robustos. Juntos, eles reescrevem o modelo tradicional de formação no HVAC-R e provam que o ensino remoto não apenas veio para ficar, como também molda o futuro da mão de obra no setor.

Influência que ensina

Ricardo Viana, fundador e diretor da escola Viana Refrigeração Treinamentos e Marketing, é um dos pioneiros nesse movimento. Com uma forte presença nas redes sociais, ele conseguiu converter seguidores em alunos ao perceber uma demanda reprimida por ensino técnico acessível e didático. “Os cursos online permitem levar conhecimento especializado a pessoas e regiões não atendidas por conhecimentos específicos, nivelando as oportunidades em diversas áreas de atuação. Os criadores destes cursos têm o papel de incentivar os alunos na busca de qualificação continuada através das diversas formas de ensino”, afirma Viana, que já capacitou milhares de alunos em cursos como Instalação de Split, PMOC, Refrigeração e Manutenção.

“Os cursos online permitem levar conhecimento especializado a pessoas e regiões não atendidas” – Ricardo Viana

Viana acrescenta que o ensino a distância proporcionado flexibilidade de horário, permitindo que técnicos mantenham sua rotina de atendimentos enquanto estudam e mostram uma didática mais próxima a realidade do aluno e conhecimentos muitas vezes não mostradas na grade de conteúdo dos cursos das instituições tradicionais. “Meus cursos, por exemplo, estão mais focados no resultado dos alunos que no conteúdo programático. E por isso, sempre está sendo atualizado e melhorado”.

Outro nome é Gabriel Pardo, conhecido como “Pardo Mestre”, diretor da Magister Digital. Com uma linguagem direta e uma abordagem prática, Gabriel lançou sua própria plataforma com cursos voltados a iniciantes e profissionais em busca de aperfeiçoamento. “As escolas de profissionais do segmento estão ajudando muitos instaladores, técnicos e engenheiros a terem acesso a conhecimentos, mas devemos tomar cuidado com a base didática e os conhecimentos compartilhados. É preciso considerar a qualificação dos professores e instrutores para que o conteúdo seja seguro, técnico e siga as normas e legislações vigentes na parte técnica e na parte de segurança das atividades”, revela. “A qualificação on-line é uma ferramenta altamente rentável, uma vez que apresenta um custo reduzido em relação às estruturas físicas de imóveis e à mão de obra, mas os gestores devem levar em conta a experiência dos alunos, normas técnicas e normas de segurança”, explica.

Já na opinião de Carmosinda Santos, atualmente dedicada aos cursos programados do CRT-SP (Conselho Regional dos Técnicos Industriais), “o curso online permite que o aluno aprenda no seu tempo, com apoio constante. Isso empodera o técnico, especialmente em regiões onde o ensino técnico presencial é escasso ou caro”. Carmosinda também criou cursos online com enfoque didático e sensível às dificuldades que muitas mulheres enfrentam nesse ambiente majoritariamente masculino.

Outro nome conhecido do setor é Rafael Ferreira, que une teoria e prática em módulos que vão do básico à automação avançada. Seu diferencial está na metodologia que simula situações reais de campo em vídeo, algo que os alunos valorizam. “A internet é a nova sala de aula. O que muda é a forma, mas o compromisso com a qualidade permanece”, resume Rafael.

Na Academia Gaivota, o foco é na refrigeração com forte ênfase em práticas sustentáveis. “Queremos técnicos com consciência técnica e ambiental. Isso é essencial para o futuro do setor”, reforça Luiz Fernando Gaivota.

O que impressiona nessas iniciativas é a estrutura envolvida. Ao contrário da ideia de “aulas gravadas em casa”, essas escolas virtuais contam com estúdios profissionais de gravação, plataformas exclusivas, certificação válida em todo o país e suporte técnico contínuo. Muitas oferecem ainda comunidades fechadas, fóruns, mentorias ao vivo e conteúdos extras atualizados conforme as normas e exigências do mercado.

Mercado em transformação

O avanço dessas plataformas reflete uma tendência global. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), a modalidade EAD cresceu mais de 400% no segmento técnico nos últimos cinco anos. No HVAC-R, o movimento é ainda mais visível pela falta de mão de obra qualificada — um gargalo que o ensino remoto ajuda a aliviar.

Outro ponto é o dinamismo do setor: com constantes atualizações tecnológicas, novas regulamentações e a transição para gases refrigerantes ecológicos, o técnico precisa se manter atualizado.

Para muitos alunos, esses cursos são o primeiro passo para uma carreira sólida. E, mais do que isso, esses influenciadores se tornam referências, mentores e fontes permanentes de aprendizado. “Em meus cursos são ministradas aulas teóricas e práticas demonstrativas em equipamentos reais no laboratório e no campo (atendimentos) com uma estrutura separadas por módulos. Os alunos têm como avaliar as aulas (avaliação utilizada para atualização) e o curso como um todo, tem acesso a grupos de alunos. Administro através de aplicativo e estrutura fornecida pela plataforma Hotmart onde tenho acesso ao desempenho do aluno, assiduidade nas aulas, exercícios, forneço materiais complementares e recebo as dúvidas. O certificado de curso livre somente é fornecido aos que concluem 100% no período contratado. Caso não tenham concluído, podem fazer a renovação pelo mesmo período com desconto para alunos”, diz Viana.

O modelo híbrido, que combina vídeos gravados, fóruns e encontros online ao vivo, mostra que o ensino digital pode ser completo, eficaz e acessível. E quando bem conduzido, molda não apenas profissionais, mas um setor inteiro em constante evolução.

“Atualmente temos uma grade imensa de cursos dentro e fora do segmento da refrigeração, tanto on-line como ‘incompany’. Mas uma coisa é fato, o online veio para facilitar muito a vida corrida dos técnicos, mas não veio substituir o presencial, pois cada um tem uma forma de aprender e sempre haverá demanda para o presencial”, enfatiza Gabriel.

“A qualificação on-line é uma ferramenta altamente rentável, uma vez que apresenta um custo reduzido” – Gabriel Pardo

Acompanhando essa transformação, também o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) tem expandido significativamente sua oferta de cursos na modalidade de Educação a Distância (EAD), incluindo programas voltados para o setor de Refrigeração e Climatização (HVAC-R). O curso técnico de Refrigeração e Climatização EAD tem por objetivo habilitar profissionais na elaboração de projetos de instalação de sistemas de refrigeração e climatização sob supervisão e na coordenação da execução da manutenção e da instalação de sistemas de refrigeração e climatização, seguindo legislação e normas técnicas, ambientais, de saúde e segurança no trabalho e utilizando as boas práticas. Essa iniciativa visa democratizar o acesso à formação técnica de qualidade, permitindo que profissionais de diversas regiões do Brasil se capacitem de forma flexível e acessível.

A plataforma Futuro.Digital, vinculada ao SENAI, oferece cursos técnicos e profissionalizantes em diversas áreas industriais, incluindo Refrigeração e Climatização. Os cursos são 100% online, com aulas disponíveis 24 horas por dia, permitindo que os alunos estudem no seu próprio ritmo. Além disso, os cursos contam com certificação nacional emitida pelo SENAI, o que agrega valor ao currículo dos profissionais formados.

Benefícios diretos para os técnicos

Os cursos online oferecidos por esses profissionais geram uma série de benefícios práticos e estratégicos para os técnicos, como:

Acesso à formação técnica de qualidade em qualquer lugar do Brasil, com apenas um celular e conexão à internet;

Flexibilidade de horário, permitindo que o aluno estude enquanto trabalha;

Atualizações constantes, alinhadas às inovações do mercado, como novas normas, gases refrigerantes e eficiência energética;

Certificação, que ajuda na valorização profissional e na conquista de novas oportunidades;

– Comunidade de apoio, com fóruns, mentorias e contato direto com os instrutores;

– Redução de custos com deslocamentos, hospedagem e material didático.

Além disso, os cursos muitas vezes incluem conteúdos extras, suporte pós-curso, oportunidades de networking e parcerias com empresas do setor, o que amplia ainda mais o alcance e as possibilidades de crescimento dos profissionais.

O que une os influenciadores técnicos e seus cursos online é mais do que a atuação no digital. É o propósito de transformar vidas por meio do conhecimento. Com estruturas sólidas, linguagem acessível e compromisso com a excelência, esses profissionais estão não apenas ensinando, estão ajudando a construir um novo futuro para o HVAC-R no Brasil.

Para muitos alunos, cursos online são o primeiro passo para uma carreira sólida

Febrava 2025 abre credenciamento gratuito para visitantes

Feira será realizada entre 9 e 12 de setembro, no São Paulo Expo, com novas áreas temáticas e congresso técnico

Está aberto o credenciamento online e gratuito para a 23ª edição da Febrava – Feira Internacional de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar e de Águas. O evento ocorrerá entre os dias 9 e 12 de setembro de 2025, no São Paulo Expo, com participação de mais de 600 marcas nacionais e internacionais.

Com o tema “No Clima da Inovação”, a feira deste ano se organiza a partir de quatro eixos: eficiência energética, descarbonização, qualificação técnica e inovação. A expectativa é receber mais de 25 mil profissionais da cadeia HVAC-R, entre engenheiros, técnicos, projetistas, distribuidores e compradores corporativos.

A área de exposição cresceu 20% em relação à edição anterior. Entre as novidades, estão dois pavilhões inéditos: o WTE – Water Treatment Expo, voltado ao setor de tratamento de águas industriais, e o Smart Heat Expo, com foco em soluções para aquecimento.

A programação inclui também a Mostra Selo Inovação, organizada com curadoria da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), que destacará produtos selecionados por critérios técnicos.

Serão mantidas as ilhas temáticas sobre Cadeia do Frio, Ar-Condicionado Automotivo, Auditório FATEC e a tradicional Ilha do SENAI, com demonstrações práticas e atividades de formação profissional.

Paralelamente à feira, ocorre o CONBRAVA, que chega à sua 19ª edição. Com o tema “AVACR e os Desafios das Mudanças Climáticas”, o congresso abordará tópicos como qualidade do ar, eficiência energética, inteligência artificial e práticas ESG.

O credenciamento está disponível no site oficial da Febrava. A liberação para imprensa e assessorias será anunciada posteriormente.

SENAI-SP leva programação técnica à Fispal Sorvetes 2025

Palestras abordam manutenção, automação e eficiência energética na indústria de sorvetes

O SENAI-SP participa da FISPAL Sorvetes 2025 com uma programação voltada à eficiência energética, digitalização e manutenção na indústria de sorvetes. A feira ocorre de 27 a 30 de maio, no Distrito Anhembi, em São Paulo, e reúne fabricantes, técnicos e especialistas da cadeia produtiva.

Durante o evento, o público poderá visitar o Espaço SENAI-SP (rua L 155) e acompanhar uma série de palestras sobre manutenção preventiva de máquinas, automação em equipamentos de refrigeração, rotulagem nutricional, transformação enxuta e digitalização industrial. Também serão apresentados programas voltados ao ganho de produtividade e à transição energética na indústria, como a Jornada de Transformação Digital, a Jornada de Descarbonização e o PotencializEE – Programa Investimentos Transformadores de Eficiência Energética na Indústria.

A instituição ainda participa da mesa-redonda “Você vende sorvete de verdade?”, promovida em parceria com a Associação Brasileira do Sorvete (Abrasorvete), que discute os critérios de qualidade exigidos pelo consumidor e os desafios da rotulagem e da composição nutricional.

Programação das palestras no Espaço SENAI-SP

Terça-feira – 27/5

15h20 – Jornada de Descarbonização: menos impacto ambiental, mais competitividade na indústria – Ellen Marcom e Mariana Sayuri

17h00 – Benefícios da manutenção preventiva em máquinas de sorvete – Marcelo Evangelista

Quarta-feira – 28/5

14h30 – Automação em equipamentos de refrigeração para sorvetes – José Inaldo

15h20 – Você vende sorvete de verdade? – Mesa-redonda com Abrasorvete

16h10 – Eficiência energética como diferencial competitivo – Josiel Godinho e William Romualdo

17h00 – Rotulagem nutricional de sorvetes – Jéssica Tavares

Quinta-feira – 29/5

14h30 – Transformação enxuta na indústria – Fernando Beija

15h20 – Impactos da digitalização na produtividade – Rodrigo César

16h10 – Jornada de Descarbonização – Ellen Marcom e Mariana Sayuri

Sexta-feira – 30/5

14h30 – Manutenção preventiva em máquinas de sorvete – Marcelo Evangelista

15h20 – Eficiência energética como diferencial competitivo – Luiz Gustavo e Júlio Paschoal

16h10 – Soluções tecnológicas para a indústria de sorvetes – Viviane Cremaschi

17h00 – Eficiência energética como diferencial competitivo – Paulo Victor e Carlos Sanches

FEBRAVA 2025 terá mais de 600 marcas e foco técnico

Maior edição da história do evento reunirá público especializado, lançamentos e conteúdo técnico de HVAC-R em setembro, no São Paulo Expo


Com mais de 600 marcas expositoras confirmadas, a 23ª edição da FEBRAVA — Feira Internacional de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar e da Água — será realizada entre os dias 9 e 12 de setembro de 2025, no São Paulo Expo.

Reconhecida como o principal evento da cadeia HVAC-R na América Latina, a FEBRAVA volta ao pavilhão com ampliação de quase 20% na área de exposição e expectativa de atrair mais de 25 mil visitantes. Segundo a ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento), o setor deve movimentar cerca de R$ 54 bilhões no país no próximo ano.

O evento contará com público altamente qualificado, formado por engenheiros, técnicos, instaladores, projetistas, distribuidores, gestores industriais e usuários corporativos. A programação técnica exclusiva terá ativações práticas e demonstrações voltadas à capacitação e atualização profissional.

Dois novos pavilhões temáticos integram a edição: o Water Treatment Expo (WTE), com foco no tratamento de águas industriais, e o Smart Heat Expo, voltado ao setor de aquecimento. Ambos terão exposição de equipamentos, rodadas de negócios e painéis segmentados.

O tema desta edição será “No Clima da Inovação”, com quatro eixos de discussão: eficiência energética, descarbonização, qualificação técnica e inovação.

Além dos lançamentos, a feira terá ilhas temáticas interativas, como o espaço da Cadeia do Frio, área de ar-condicionado automotivo, auditório da FATEC e a tradicional ilha do SENAI, que promove conteúdos de formação técnica.

A FEBRAVA ocorrerá simultaneamente à FIEE – Feira Internacional da Indústria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade, o que permitirá circulação entre os dois eventos e ampliará as possibilidades de negócios.

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FEBRAVA 2025
Data: 09 a 12 de setembro de 2025
Local: São Paulo Expo (Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km – São Paulo/SP)

Diel Trends 2025 reúne setor de facilities em São Paulo

Evento será aberto ao público pela primeira vez e abordará temas como eficiência energética, manutenção e inovação tecnológica

O Diel Trends 2025 será realizado no dia 15 de maio, no Cubo Itaú, em São Paulo. Em sua quarta edição, o evento voltado ao setor de facilities será aberto ao público pela primeira vez. Nas edições anteriores, a participação era restrita a convidados.

Com o tema “Facilities 360°: Conectando Todo o Setor”, a programação inclui palestras, painéis e atividades de networking. São esperados cerca de 350 participantes, entre líderes e especialistas em gestão de facilities, manutenção, energia e utilities.

Entre os destaques da programação está a palestra de Amyr Klink, que abordará a gestão de desafios em cenários de incerteza. Representantes de empresas como Carrier, Tools/Santander, Leroy Merlin, Assaí Atacadista e Cinemark também participarão das discussões.

O evento contará ainda com painéis interativos, como o “Manutenção 360º”, nos quais o público poderá interagir em tempo real com os debatedores. Estão previstas também ações de relacionamento, como sorteios, premiações e happy hour.

Além da atualização sobre tendências do setor, o encontro busca fomentar debates sobre eficiência energética, inovação tecnológica, sustentabilidade e desenvolvimento profissional.

Mercado de AC de precisão para data centers deve chegar a US$ 3,8 bi até 2030

Com crescimento previsto de 7,4% ao ano, mercado global busca tecnologias inovadoras e sustentáveis para resfriamento eficiente de data centers.

O mercado global de sistemas de ar condicionado de precisão para data centers projeta uma expansão significativa até 2030. Segundo o “Relatório de Pesquisa Estratégica de Ar Condicionado de Precisão de Data Center 2023-2024 e 2030”, divulgado nesta terça-feira (28), o segmento deve crescer de US$ 2,3 bilhões em 2023 para US$ 3,8 bilhões no fim da década, impulsionado por uma taxa composta anual de 7,4%. Esse crescimento reflete a demanda crescente por soluções de resfriamento eficientes em estruturas que hospedam servidores compartilhados por várias empresas (colocation) e em data centers de grande porte, conhecidos como hiperescala.

A expansão do setor está diretamente ligada à intensificação do uso de tecnologias como computação em nuvem, inteligência artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT). Esses aplicativos exigem ambientes de alta densidade computacional, que, por sua vez, necessitam de sistemas avançados para garantir temperaturas e níveis de umidade ideais.

Paralelamente, a busca por tecnologias de resfriamento com eficiência energética tem se intensificado, impulsionada por metas globais de sustentabilidade e redução de custos operacionais. Soluções inovadoras, como sistemas de resfriamento líquido e resfriamento gratuito, estão ganhando espaço no mercado devido à sua capacidade de otimizar o consumo energético e atender às normas ambientais.

O estudo aponta ainda para avanços significativos em tecnologias emergentes, como sensores de IoT e ferramentas de gestão de resfriamento baseadas em IA. Esses recursos possibilitam o monitoramento em tempo real das condições ambientais dos data centers, ajustando automaticamente o desempenho de resfriamento às cargas de trabalho variáveis.

Regionalmente, os Estados Unidos lideram o mercado, com um valor de US$ 625,2 milhões em 2023, enquanto a China desponta como um dos países com maior crescimento projetado, registrando uma taxa anual de 11,8% e estimativa de alcançar US$ 842,1 milhões até 2030. Outras regiões em destaque incluem Japão, Canadá, Europa e os mercados emergentes da Ásia-Pacífico.

No que diz respeito à segmentação, o resfriamento em linha, que mantém racks de servidores em temperatura controlada, deve atingir US$ 1,9 bilhão até 2030, com uma taxa de crescimento anual de 8,1%. Já os sistemas de resfriamento in-rack, posicionados dentro dos próprios racks, apresentam previsão de expansão de 6,7% ao ano no mesmo período.

Indústria de HVAC-R se reúne na AHR Expo 2025 em Orlando

Evento promete inovações tecnológicas e soluções sustentáveis para o setor

EUA – De 10 a 12 de fevereiro, o Orange County Convention Center, em Orlando, na Flórida, será palco da AHR Expo 2025, um dos maiores eventos da indústria de HVAC-R (aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração) no mundo. O encontro reunirá mais de 1.800 expositores e milhares de profissionais do setor, oferecendo uma vitrine de tecnologias avançadas, soluções inovadoras e produtos voltados para eficiência energética e sustentabilidade.

Entre os destaques da exposição estão tecnologias baseadas em inteligência artificial, novos refrigerantes de baixo GWP (Potencial de Aquecimento Global), sistemas de automação predial e equipamentos voltados para otimizar operações industriais e comerciais. Empresas como Copeland, Johnson Controls, Baltimore Aircoil Company (BAC), ebm-papst, Danfoss, Siemens, Opteon, Hitachi Air Conditioning e JUMO apresentarão soluções que refletem as tendências globais de sustentabilidade e digitalização do setor.

Inovações que prometem transformar o mercado

Copeland

Em seu estande na AHR Expo, a Copeland apresentará uma gama de soluções para sistemas HVACR, com foco na melhoria da eficiência do sistema e controle operacional. Uma das principais exibições incluirá seu novo recurso “Scout AI” orientado por IA, integrado ao seu aplicativo móvel. Esta ferramenta visa fornecer diagnósticos de sistema em tempo real e insights personalizados para contratantes, oferecendo orientação sobre manutenção e solução de problemas. A Copeland também apresentará compressores projetados para refrigerantes de baixo GWP, destacando sua compatibilidade com aplicações de resfriamento sustentáveis.

Controles Johnson

A Johnson Controls apresentará seus sistemas integrados de automação predial no evento. Esses sistemas são projetados para otimizar o desempenho de edifícios comerciais coordenando tecnologias de HVAC, iluminação e gerenciamento de energia. A exposição também incluirá chillers modulares e sistemas de bomba de calor destinados ao uso em reformas e novos projetos de construção, enfatizando a flexibilidade para atender às variadas necessidades de design de edifícios. Além disso, a Johnson Controls fornecerá demonstrações de ferramentas de monitoramento de energia que se integram com suas plataformas mais amplas de gerenciamento de edifícios.

Baltimore Aircoil Company (BAC)

A BAC planeja revelar várias soluções de resfriamento projetadas para lidar com desafios de eficiência em data centers e instalações industriais. Os produtos em destaque incluem seu novo tanque de resfriamento por imersão, feito sob medida para aplicações de data center de alta densidade. Este produto visa reduzir significativamente o consumo de energia, ao mesmo tempo em que melhora a confiabilidade do sistema. A BAC também apresentará seu resfriador adiabático TrilliumSeries e uma plataforma de resfriamento modular projetada para suportar operações de alta carga com uso reduzido de água e energia.

ebm-papst

A ebm-papst  apresentará uma gama de ventiladores e motores projetados para sistemas HVAC-R, incluindo sua tecnologia de ventilador EC de eficiência energética. Essa tecnologia incorpora motores comutados eletronicamente para consumo de energia reduzido e operação mais silenciosa. Eles também exibirão ventiladores e sopradores compactos personalizados para unidades de ventilação e tratamento de ar, bem como produtos projetados especificamente para aplicações de refrigeração. Uma característica notável de seu estande serão as capacidades de fabricação localizadas, garantindo que seus produtos estejam alinhados com os padrões do mercado norte-americano.

Danfoss

A Danfoss exibirá soluções voltadas para melhorar o desempenho e a sustentabilidade do sistema. Os produtos em destaque incluem componentes de eficiência energética para sistemas de refrigeração de supermercados e aplicações de resfriamento industrial. Os participantes podem explorar as tecnologias de bomba de calor da Danfoss projetadas para aplicações comerciais e residenciais, bem como acionamentos de velocidade variável que aumentam a eficiência energética em sistemas HVAC. Destaques adicionais incluirão soluções de resfriamento de data center e insights sobre como minimizar o tempo de inatividade do sistema e os custos operacionais.

Siemens

A Siemens apresentará seus últimos avanços em tecnologias de construção, com ênfase em sistemas inteligentes de automação de edifícios. Seu estande apresentará sistemas projetados para otimizar o uso de energia em sistemas de HVAC, iluminação e segurança em edifícios comerciais e industriais. Os visitantes também podem explorar a tecnologia digital twin da Siemens, que simula o desempenho do edifício para planejamento aprimorado do sistema e eficiência operacional. A empresa também destacará termostatos e controladores inteligentes que se integram perfeitamente em infraestruturas baseadas em IoT.

Opteon

A Opteon apresentará seu portfólio de refrigerantes de baixo GWP para aplicações de ar condicionado e refrigeração. Esses refrigerantes têm como objetivo ajudar as empresas a atender às regulamentações ambientais, mantendo o desempenho do sistema. Na exposição, a Opteon apresentará produtos formulados especificamente para refrigeração comercial, resfriamento de processos industriais e sistemas de ar condicionado automotivo. Os participantes também aprenderão sobre opções de retrofit para a transição de refrigerantes mais antigos e de alto GWP para suas alternativas mais novas.

 Hitachi

A Hitachi Air Conditioning apresentará sua mais recente linha de sistemas VRF na exposição. Esses sistemas são projetados para aplicações comerciais e residenciais, fornecendo soluções flexíveis de resfriamento e aquecimento. Um destaque particular serão seus mini sistemas VRF de eficiência energética, adequados para espaços menores, e sua tecnologia de controle inteligente, que se integra com plataformas de IoT para gerenciamento aprimorado do sistema. A Hitachi também apresentará seus sistemas de recuperação de calor voltados para otimizar o uso de energia em edifícios de grande porte.

JUMO

A JUMO destacará suas tecnologias avançadas de sensores e automação na AHR Expo. As principais exibições incluirão seus sensores de pressão e temperatura projetados para uso em sistemas HVAC-R, bem como controladores que otimizam as operações do sistema. A JUMO também apresentará uma nova linha de dispositivos de medição digital que fornecem alta precisão e monitoramento de dados em tempo real para ambientes críticos. Esses produtos visam melhorar a confiabilidade do sistema e aumentar a eficiência energética em aplicações industriais e comerciais.

Splits tem alta demanda e se consolida como a principal escolha do mercado

Soluções eficientes e tecnológicas ganham destaque diante do aumento das temperaturas e da exigência de sustentabilidade.

O aumento das temperaturas médias no Brasil tem impulsionado a demanda por aparelhos de ar condicionado, especialmente os modelos do tipo split. Com sua combinação de eficiência energética, design moderno e funcionalidades avançadas, o equipamento tem se tornado uma escolha popular entre consumidores que buscam maior conforto térmico em casa ou no trabalho.

Dados da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) mostram que as vendas cresceram 12% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período de 2023. Esse aumento está diretamente relacionado ao aumento das temperaturas médias no país, com ondas de calor registrando picos de até 40°C em algumas regiões, especialmente no Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste.

Já a Agência Internacional de Energia (AIE) projeta que o número de unidades de ar condicionado no Brasil pode saltar de 36 milhões para 160 milhões até 2050, um aumento de 350%.

O impacto dessas temperaturas elevadas tem intensificado a busca por soluções de climatização mais eficientes e acessíveis. Equipamentos do tipo split ganharam destaque e tornaram-se os preferidos dos consumidores.

É conhecido pelo baixo nível de ruído, um diferencial importante para ambientes residenciais e corporativos. Além disso, a tecnologia inverter, presente na maioria dos modelos, permite maior eficiência energética ao ajustar o consumo conforme a necessidade, reduzindo custos e impactos ambientais.

Muitos modelos oferecem tanto resfriamento quanto aquecimento, o que amplia sua utilidade, inclusive nas regiões mais frias do Brasil. A conectividade com dispositivos móveis e a integração com sistemas de Internet das Coisas (IoT) também confere ao equipamento um apelo moderno e tecnológico.

Os fabricantes têm apostado na inovação para atender à demanda crescente, enquanto incentivos governamentais e o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) reforçam a oferta de produtos sustentáveis.

O cenário é positivo, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde o calor é constante somado a isso o acesso ao crédito e um consumidor mais exigente sinaliza que 2024 finalizará como um bom ano para a climatização residencial e comercial no Brasil, com o split consolidando-se como a principal escolha do mercado. Parte inferior do formulário

Walter Miyagi Corrêa, Fujitsu General do Brasil

“Neste ano, a economia mais estável e a retomada gradativa do mercado imobiliário, incentivou ainda mais o crescimento e o investimento no segmento de condicionadores de ar, tanto residencial quanto comercial. Os modelos com tecnologia inverter se destacaram por seu desempenho superior em economia de energia, característica essa regulamentada e incentivada por métricas como o IDRS (Índice de Desempenho de Resfriamento Sazonal). Esse índice do Inmetro contempla uma visão mais completa de eficiência energética, o que torna os aparelhos classificados como “A” muito atraentes para consumidores que buscam minimizar custos com energia elétrica. Outro fator relevante foi o aumento na oferta de modelos com fluidos refrigerantes de menor impacto ambiental, como o R-32, em combinação com sistemas Inverter que reduzem o consumo energético e contribuem para a sustentabilidade. Isso também impulsionou a aceitação desses aparelhos entre consumidores mais conscientes do impacto ambiental”, informa Walter Miyagi Corrêa, Gerente Nacional de Vendas da Fujitsu General do Brasil.

A substituição gradual de fluidos refrigerantes mais poluentes pelo R32 representa outro avanço significativo. Este fluido, amplamente utilizado em aparelhos split, tem menor impacto ambiental em comparação com o R410A, contribuindo para a redução do potencial de aquecimento global. Além disso, o R32 exige menor quantidade de fluido por quilowatt, melhorando o desempenho energético dos sistemas.

Anderson Bruno, Elgin

Anderson Bruno, Diretor Comercial de Eletroportáteis e Climatização da Elgin, também aponta a época propicia para alta demanda: “Tratando-se do grande crescimento nas vendas em 2024, inclusive no inverno, sendo este considerado o ano mais quente da história por muitos especialistas. O Brasil tem um grande potencial de crescimento em ar-condicionado residencial, já que a presença de aparelhos nas residências ainda é muito baixa, especialmente se tratando de um país tropical. A Elgin foi uma das empresas pioneiras a atender as exigências do protocolo de Kyoto no mercado de ar-condicionado brasileiro, utilizando o gás refrigerante R-32, com baixo GWP. Além disso, também direcionamos 100% de nossa produção para unidades com tecnologia Inverter com selo classificação A no Inmetro, sistema de filtragem com ionizador e filtro de íons de prata para combater microrganismos, assim como a conectividade Wi-Fi, que já é uma exigência dos nossos consumidores”, destaca Bruno.

Eficiência e acessibilidade

Considerando o quarto trimestre mais quente da história, ficando atrás apenas do ano anterior, o avanço da tecnologia e a inovação em aparelhos inverter e silenciosos impulsionaram o crescimento do mercado, levando os consumidores a buscarem cada vez mais esse tipo de produto, que oferece um conforto superior. O crescente interesse por imóveis sustentáveis, confortáveis e tecnologicamente avançados, também tem sido um fator adicional que fortalece essa tendência.

Emerson Wojcik, Philco

“Tais características levam os consumidores a trocarem e instalar novos aparelhos em suas residências, proporcionando mais conforto, refrescância, mais tecnologia e economia. Os ares-condicionados possuem uma classificação energética AAA+, opção de instalação do Kit Home Smart Wi-Fi, o qual permite o controle remoto do aparelho, entre outras vantagens. Esses modelos mantêm um funcionamento estável e contínuo, evitando picos de energia e garantindo economia significativa. Além disso, possuem classificação energética A e utilizam o gás refrigerante R-32, que tem menor impacto ambiental. Dentre os avanços, estão os revestimentos anticorrosivos e serpentina em cobre, o que torna os aparelhos ideais para qualquer região, incluindo áreas litorâneas com alta incidência de maresia”, comenta Emerson Wojcik, Diretor Comercial da Linha Branca da Philco.

Leonardo Fogaça, LG do Brasil

De acordo com Leonardo Fogaça, gerente de produtos de Ar-Condicionado Residencial da LG do Brasil, a combinação de fatores elevou a produção nacional de equipamentos do tipo split, registrando um crescimento de 75,8% no primeiro semestre, conforme dados da SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de Manaus), refletindo um aumento nas vendas. A resposta do mercado a essas condições desafiadoras destaca a resiliência do setor em se adaptar e prosperar: “Com a crescente conscientização sobre a sustentabilidade e a necessidade de redução de custos, a LG tem adotado uma abordagem proativa para lidar com essas questões, investindo em inovação e tecnologia para oferecer soluções eficientes e adaptáveis às necessidades do consumidor. Além disso, estamos focados em desenvolver produtos com maior eficiência energética e que ofereçam conforto térmico de forma sustentável, alinhando-nos às expectativas dos consumidores com soluções que respeitem o meio ambiente. Esse é um fator importante que auxilia o consumidor na hora da tomada de decisão de compra e reflete na economia doméstica, além de colaborar com o meio ambiente”, diz Fogaça.

Carlos Murano, Gree

A Gree, por exemplo, em 2024, atualizou 100% do portfólio de produtos para a tecnologia inverter, com o objetivo de oferecer maior eficiência energética, alcançar rapidamente uma temperatura de conforto de forma homogênea, reduzir o nível de ruído e introduzir conectividade aos ambientes residenciais. “O mercado vem passando por uma transição de produto, migrando dos modelos convencionais de ar-condicionado split on-off para o split inverter. O modelo inverter oferece maior eficiência energética e gera economia significativa de energia em comparação ao split convencional.  Muitos consumidores aproveitaram esse momento para reavaliar os aparelhos que já tinham em casa e optaram por trocar por modelos com tecnologia superior. A Gree registrou um crescimento de 16% de 2023 para 2024, alcançando a posição de Top 3 no mercado brasileiro, promovendo constantemente a qualificação profissional no setor”, revela Carlos Murano, gerente executivo da Gree.

A Fujitsu General do Brasil também teve um desempenho sólido em 2024, destacando-se por investimentos estratégicos e iniciativas que visaram fortalecer a sua presença no mercado brasileiro com equipamentos mais eficientes e acessíveis aos consumidores através de vendas online.

“Neste ano tivemos o lançamento do primeiro e-commerce da Fujitsu no Brasil. A plataforma visa fortalecer e consolidar ainda mais a marca no Brasil, mas também oferecer uma nova experiência para os consumidores, onde esses podem adquirir produtos da marca com o suporte de distribuidores certificados e assistência especializada para instalação, garantindo assim uma experiência mais completa e transparente ao consumidor. O ano de 2024 foi de avanços tecnológicos significativos importantes para a marca, consolidando sua estratégia de inovação e sustentabilidade, ao mesmo tempo em que expandiu sua presença digital para atender melhor o mercado”, conclui Corrêa.

Design e inovação

O split não é apenas funcional; sua estética moderna tem atraído a atenção de arquitetos e designers de interiores. Os modelos premiados já marcaram presença em eventos como a CASACOR, a maior mostra de design de interiores das Américas, destacando-se como elementos de decoração que aliam tecnologia e sofisticação.

Inovações como o “ar parado”, que distribui o fluxo de maneira uniforme sem incidir diretamente sobre as pessoas, e o uso de inteligência artificial para personalizar o funcionamento do equipamento são exemplos de como os fabricantes investem em diferenciação. Algumas unidades contam ainda com sistemas autolimpantes que eliminam resíduos contaminantes, mesmo quando desligadas.

Impactos e desafios

O aumento no consumo de aparelhos de ar condicionado, embora atendendo à necessidade de conforto térmico, levanta preocupações ambientais. Os especialistas apontam a importância de políticas que incentivem o uso de tecnologias mais limpas e a eficiência energética para minimizar os impactos do setor.

No entanto, para os consumidores, os splits representam uma solução eficaz e acessível para enfrentar os extremos climáticos, consolidando-se como uma escolha que une funcionalidade, economia e preocupação ambiental.

O mercado mundial oferece oportunidades de exportação para o setor de HVAC-R

Análises de mercado mapeiam possibilidades e auxiliam no processo de internacionalização das empresas para comércio exterior.

Recentemente, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e Jorge Viana, presidente da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), anunciaram investimentos de mais de R$ 18,3 milhões para preparar empresas para exportação através do novo Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), oferecendo grandes vantagens para o setor de HVAC-R no Brasil. De acordo com especialistas, o PEIEX capacita as empresas a compreenderem e atenderem às exigências internacionais, expandindo seus horizontes para mercados além das fronteiras nacionais, o que aumenta a competitividade do setor.

“Ao qualificar empresas para exportação, o programa incentiva a busca por padrões globais de qualidade e eficiência. Isso estimula a inovação, tanto no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, como no uso de fluidos refrigerantes naturais e equipamentos mais eficientes, alinhando-se às demandas globais. A Apex-Brasil auxilia empresas, oferecendo serviços como capacitação em comércio exterior, missões comerciais, participação em feiras internacionais e acesso a rodadas de negócios. A Agência também fornece análises de mercado, mapeia oportunidades em mercados estrangeiros e auxilia no processo de internacionalização das empresas. Outro benefício importante é a defesa de interesses e apoio em questões regulatórias”, informa Paulo Roberto da Silva, Coordenador de Indústria e Serviços da Apex-Brasil.

Ele acrescenta que no setor de HVAC-R, os principais parceiros comerciais do Brasil incluem China, Estados Unidos, e União Europeia (com destaque para Alemanha e Itália). A China é um grande exportador de componentes e produtos acabados para o Brasil, enquanto os EUA e países da Europa, são tanto fornecedores quanto compradores de produtos mais especializados e com alta demanda em eficiência energética.

Paulo Roberto da Silva, Coordenador de Indústria e Serviços da Apex-Brasil

“O Brasil exporta principalmente produtos de refrigeração comercial, como unidades condensadoras, evaporadores e chillers, que são usados em ambientes como supermercados e grandes empreendimentos industriais. Além disso, o país se destaca na exportação de sistemas de ar condicionado split, que são populares devido à sua eficiência energética. Outro item relevante são os compressores fabricados no Brasil, conhecidos pela durabilidade e aplicados em sistemas de refrigeração e climatização. Os componentes como motores e ventiladores também compõem uma parte significativa das exportações, especialmente em mercados que buscam alta performance em eficiência energética e sustentabilidade”, revela Silva.

Segundo ele, as projeções indicam um crescimento moderado nas exportações de equipamentos HVAC-R, impulsionado pela demanda crescente por eficiência energética e sustentabilidade. No entanto, esse crescimento está condicionado à capacidade de inovação das empresas brasileiras e ao desenvolvimento de produtos competitivos em termos de tecnologia e preço. O fortalecimento de acordos comerciais e a entrada em novos mercados, como nações em desenvolvimento, também são fatores que podem acelerar o crescimento.

Competitividade global

Moldado por diversos fatores que inclui mudanças nas demandas de mercado, inovações tecnológicas, regulamentações ambientais e a recuperação econômica pós-pandemia, o setor de HVAC-R brasileiro enfrenta desafios significativos com importações e exportações, impactando a sua competitividade de toda cadeia de valor. Esses desafios se concentram em fatores econômicos, logísticos, regulatórios e tecnológicos.

Um dos principais desafios é a volatilidade cambial que afeta grande parte dos componentes e insumos importados para a fabricação de equipamentos de ar condicionado e refrigeração. Com a constante oscilação do real em relação ao dólar, os custos desses materiais variam consideravelmente, afetando diretamente a formação do preço final dos produtos e a margem de lucro das empresas importadoras, das distribuidoras e das revendedoras”, comenta Arnaldo Basile, Presidente Executivo da ABRAVA.

Fator importante para Basile são as deficiências na infraestrutura de transporte e os altos custos logísticos no Brasil, tanto para a importação, quanto para a exportação, começando pela burocracia dos processos alfandegários e a falta de integração digital nos sistemas de importação e exportação aumentam o tempo e os custos envolvidos na movimentação de mercadorias. As longas distâncias, a precariedade das estradas, os altos custos portuários fazem com que os custos e despesas com processos de exportações sejam mais caros e demorados, prejudicando a competitividade internacional. Outro ponto são as barreiras tarifárias e não tarifárias, tanto no Brasil quanto em outros países, fazem com que o comércio internacional para o setor seja mais complexo quando comparado com outros países. O Brasil impõe tarifas sobre muitos insumos importados, o que encarece a produção nacional. Os importadores dos produtos brasileiros aplicam regulamentações e padrões técnicos cada vez mais rigorosos, especialmente em relação à eficiência energética e ao impacto ambiental. Isso demanda que os fabricantes brasileiros adaptem seus produtos a normas específicas para cada país importador, o que pode encarecer os ciclos de produção e transporte.

Arnaldo Basile, Presidente Executivo da Abrava

”A competição com outros países, especialmente a China, é outro desafio importante. A China é um grande exportador de produtos de ar condicionado e refrigeração, e suas empresas conseguem operar com custos mais baixos devido à escala de produção e à menor carga tributária. Isso pressiona os fabricantes brasileiros a buscarem soluções para reduzir custos e aumentar a eficiência. A ausência de acordos comerciais estratégicos que favoreçam as exportações brasileiras para mercados chave, como Estados Unidos e Europa, é uma barreira relevante. Sem esses acordos, os produtos brasileiros enfrentam tarifas mais elevadas em comparação com os concorrentes de países com melhores tratados comerciais. Isso limita o alcance do setor no mercado internacional, mesmo quando há demanda pelos produtos. Embora Brasil mantenha intensas transações comerciais de importação e exportação com a China e outros mercados internacionais estratégicos, ainda faltam estabelecimentos de acordos comerciais mais robustos que não limitem a competitividade dos produtos brasileiros no exterior, especialmente em relação às tarifas aplicadas a produtos brasileiros. Tive a oportunidade de conversar com Li Jiang, presidente da China Refrigeration and Air-Conditioning Association (CHAA), sobre a necessidade de mantermos relações mais próximas para facilitar nossas relações associativas e comerciais, apesar das questões burocráticas diplomáticas e governamentais”, enfatiza Basile.

Ele diz que para superar esses desafios, é fundamental que as empresas do setor continuem investindo em eficiências operacionais, no desenvolvimento de novas tecnologias e em estratégias de exportação para mercados emergentes. Ao mesmo tempo, políticas públicas que promovam a simplificação de processos alfandegários, a redução de tarifas de insumos e a celebração de acordos comerciais estratégicos são essenciais para fortalecer a competitividade do Brasil nesse setor.

Tarifas e insumos

A variação cambial e as demandas por maior eficiência energética e sustentabilidade em mercados internacionais podem aumentar os custos para adequação.

“As tarifas de importação aumentam os custos de equipamentos e componentes de HVAC-R vindos de fora, impactando a competitividade das empresas brasileiras para aquelas empresas que não fazem uso do benefício fiscal do drawback (incentivo fiscal à exportação). Por outro lado, tarifas de importação em alguns mercados externos também limitam a capacidade de competição das empresas nacionais no exterior. No entanto, em alguns casos, acordos comerciais bilaterais podem reduzir essas tarifas, facilitando o comércio. Empresas têm enfrentado dificuldades em balancear esses custos, especialmente quando dependem de matérias-primas ou tecnologia importada. As políticas governamentais que estão facilitando as exportações no setor de HVAC-R incluem medidas como os incentivos à inovação tecnológica, eficiência energética e a promoção de sustentabilidade”, observa o Coordenador de Indústria e Serviços da Apex-Brasil.

Ele comenta sobre a iniciativa Nova Industrialização do Brasil, lançada pelo Governo Federal, que busca modernizar e aumentar a competitividade da indústria nacional, com um foco especial em tecnologias verdes e de baixa emissão de carbono, o que beneficia diretamente empresas de HVAC-R que investem em soluções eficientes e sustentáveis. Essa política oferece incentivos fiscais e linhas de crédito para empresas que desejam expandir suas operações internacionais e modernizar suas tecnologias. Além disso, o governo pretende reforçar acordos comerciais bilaterais que favorecem a exportação de produtos industriais, eliminando barreiras e facilitando o acesso a mercados internacionais. A simplificação de processos alfandegários e a maior integração com plataformas de comércio exterior também têm sido facilitadores importantes para as exportações brasileiras no setor. Esse foco em desenvolvimento tecnológico e sustentabilidade está alinhado com as demandas globais por produtos de HVAC-R mais eficientes e ecologicamente corretos, aumentando as oportunidades para o Brasil competir em mercados internacionais.

Basile aponta a dependência de insumos e componentes importados, tornando a indústria vulnerável a disrupção nas cadeias globais de suprimentos, como observado durante a pandemia de COVID-19: “A escassez de peças e insumos, combinada com o aumento dos custos de transporte internacional, criou gargalos nos ciclos produtivos de inúmeras empresas, atrasando a entrega de produtos e elevando os preços. Além disso, o aumento do protecionismo em alguns mercados internacionais também pode afetar a disponibilidade de componentes importados, gerando incerteza nas operações industriais, impactando diretamente os preços finais dos produtos no mercado Brasileiro”.

Oportunidades e programas de incentivo

Oportunidades emergentes incluem o crescimento da demanda por soluções de HVAC-R sustentáveis e de alta eficiência energética, especialmente em países que adotam metas rígidas de sustentabilidade ambiental. A América Latina e alguns mercados da Ásia e África também oferecem grande potencial devido à crescente urbanização e industrialização. Além disso, a exportação de tecnologia de refrigeração comercial para grandes redes varejistas internacionais em expansão no Brasil e no exterior é uma área promissora. Atividades associativas também fazem parte do contexto que busca soluções para o setor, como o Programa ABRAVA Exporta, que mantém acordo celebrado entre a Apex e a ABRAVA que tem auxiliado empresas do setor de HVAC-R a entenderem esses desafios e se capacitarem para exportarem seus produtos fabricados no Brasil. Esse programa ampliou recentemente o seu escopo de atuação para as empresas prestadoras de serviços, como por exemplo, instalações, projetos de sistemas, e consultorias.

Leila Vasconcellos, Gestora Técnica do Programa Abrava Exporta

“O Programa ABRAVA Exporta tem como objetivo promover as exportações do setor HVAC-R nos mercados internacionais, através de ações de promoção comercial, como feiras, rodadas de negócios, missões comerciais, prospectivas a mercados, informações de inteligência competitiva, como os estudos de mercado. Todas estas ações facilitam as relações comerciais com potenciais compradores de outros países e inserem as empresas em novos mercados internacionais. As empresas exportadoras brasileiras enfrentam muita concorrência nos mercados internacionais, principalmente em função de preços. Os produtos brasileiros nem sempre possuem preços competitivos com outros players internacionais, pois o Custo Brasil impacta diretamente na produção industrial e, consequentemente, no preço final do produto. É importante ressaltar que quando o mercado é regulado por preço, é sempre mais difícil para as empresas efetuarem suas exportações, pois as negociações nem sempre têm sucesso. Quando regulado por tecnologia e qualidade, as empresas brasileiras têm maior nível de competitividade e reconhecimento internacional. Outro desafio também importante é a certificação internacional, pois hoje mercados como Europa e Estados Unidos possuem este requisito e muitas pequenas e médias empresas exportadoras do setor não possuem tais certificações, atuando, portanto, em mercados latino-americanos nos quais a certificação não é condição essencial de compra”, diz Leila Vasconcellos, Gestora Técnica do Programa ABRAVA Exporta.

Segundo Leila, até agosto de 2024, o setor de HVAC-R contabiliza como principais parceiros comerciais países como Estados Unidos, México, Argentina, Colômbia, França, Chile, Paraguai e Peru. As empresas também exportaram para outros 57 destinos internacionais, demonstrando que as exportadoras estão buscando novos mercados considerados não tradicionais como Emirados Árabes, China, Itália, Espanha, Alemanha, Austrália, Índia, Coreia do Sul, Argélia, entre outros. Isto demonstra que a qualidade e tecnologia nacionais têm permitido a introdução destes produtos em mercados mais exigentes.