Arquivo para Tag: Eficiência Energética

Isover – Saint-Gobain lança lã de vidro Midfelt Agro voltada ao agronegócio

A Isover – Saint-Gobain apresentou a lã de vidro Midfelt Agro, desenvolvida para telhados de ambientes com grandes metragens, como aviários. Segundo Emerson Salum, gerente comercial de Isolamento da empresa, o uso de soluções voltadas ao agronegócio “demonstra resultados consistentes na redução do estresse térmico das aves e na otimização dos custos operacionais”.

O Midfelt Agro 100 mm é composto por vidro 80% reciclado, possui propriedades antifúngicas e antibacterianas, é incombustível e não goteja em caso de incêndio, o que contribui para um ambiente mais higiênico e seguro.

De acordo com a empresa, a aplicação da lã de vidro pode proporcionar economia de energia de até 30%. O material é leve, não sobrecarrega a estrutura e, embora exija mão de obra certificada, é de instalação simples.

Samsung lança linha WindFree AI com foco em eficiência e conectividade

A Samsung apresentou a nova linha de ar-condicionado WindFree AI, que combina inteligência artificial, eficiência energética e conectividade. O lançamento inclui o modelo POWERVolt AI, projetado para operar em 127V ou 220V e resistente a picos de energia.

De acordo com Gustavo Martins, gerente sênior da divisão de Ar-Condicionado da Samsung Brasil, o objetivo da marca é “transformar o conceito de conforto térmico com soluções que oferecem experiências personalizadas e sustentáveis”.

Os equipamentos contam com compressor Digital Inverter Ultra, utilizam gás R-32 e estão disponíveis em diversas capacidades, com versões adaptáveis a diferentes ambientes. A integração com o aplicativo SmartThings permite controle remoto, automação de rotinas e monitoramento de consumo de energia em tempo real.

Fortaleza inaugura maior data center do Nordeste

Centro de dados da Tecto, subsidiária da V.tal, adota sistema de refrigeração a ar, sem uso de água

O Ceará ampliou sua infraestrutura digital com a inauguração do Mega Lobster Data Center, empreendimento da Tecto, subsidiária da V.tal, localizado na Praia do Futuro, em Fortaleza. O projeto recebeu investimento superior a R$ 500 milhões e ocupa uma área de 13 mil metros quadrados, com dez salas de operação e capacidade de fornecimento de até 20 megawatts.

Apontado como o maior data center do Nordeste, o Mega Lobster foi projetado para atender empresas de nuvem e plataformas digitais. O projeto reforça a posição do Ceará como ponto estratégico na conexão internacional de dados, devido à rede de cabos submarinos instalada no litoral do estado.

Um dos principais diferenciais do empreendimento está no sistema de refrigeração sem uso de água, baseado exclusivamente em ar, característica que reduz o impacto ambiental e otimiza a eficiência energética — aspecto de destaque para o setor HVAC-R.

A operação também é alimentada majoritariamente por fontes renováveis de energia, como vento e sol, em linha com a política estadual de incentivo à geração limpa.

Segundo reportagem da TV Ceará, emissora integrante da Rede Nacional de Comunicação Pública, o novo centro fortalece a segurança digital e amplia a capacidade do estado de processar dados localmente, atraindo novas empresas e reduzindo custos para o mercado nacional.

Embraco lança unidade condensadora compacta para câmaras frias

Andes+, nova solução da Nidec Global Appliance, tem até 40% menos profundidade e carenagem opcional que pode ser instalada após o uso

A Embraco, marca da Nidec Global Appliance, anunciou o lançamento da unidade condensadora Andes+, desenvolvida para aplicações de refrigeração comercial em câmaras frias, resfriadores de leite e sistemas de conservação de produtos congelados e resfriados. O equipamento foi projetado para atender a demandas de restaurantes, padarias, mercados, indústrias de laticínios e estabelecimentos do setor médico no Brasil e na América Latina.

A Andes+ tem capacidade de refrigeração de até 6 HP e adota compressores do tipo scroll, tecnologia que permite maior eficiência energética e baixo nível de ruído. A unidade apresenta profundidade até 40% menor do que modelos tradicionais e foi desenvolvida para facilitar o acesso aos componentes internos durante a instalação e a manutenção.

Entre os diferenciais técnicos estão a operação em ampla faixa de temperatura, de −30°C a +5°C, e a resistência a condições ambientais de até 43°C. O sistema conta com condensador de cobre e aletas em alumínio. Outro destaque é a carenagem opcional, que pode ser instalada após a compra, permitindo ao usuário adaptar o produto conforme a necessidade.

Segundo Milton Augusto Lunardi, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento de Cooling Solutions da Nidec Global Appliance, a possibilidade de adicionar a carenagem posteriormente resulta de uma pesquisa voltada a diferentes perfis da cadeia de refrigeração. A solução, diz ele, favorece lojistas, técnicos e usuários finais ao simplificar a gestão de estoque, o processo de instalação e a adaptação do produto.

Sander Malutta, diretor de Refrigeração Comercial para a América Latina da Nidec Global Appliance, afirma que a Andes+ reflete a estratégia da empresa de desenvolver inovações voltadas à eficiência e à praticidade na refrigeração comercial.

O modelo é fabricado na planta da Nidec Global Appliance em Itaiópolis (SC) e opera com múltiplos refrigerantes — R404A, R448A e R449A.

AUSTRÁLIA – Inventor do Turbocor lidera desenvolvimento de novo ar-condicionado com menor consumo de energia

Ron Conry, da Conry Tech, trabalha na criação do BullAnt, sistema de HVAC descentralizado que promete reduzir custos e emissões

AUSTRÁLIA – O engenheiro australiano Ron Conry, inventor do compressor sem óleo Turbocor, está à frente de uma nova iniciativa para desenvolver um sistema de ar-condicionado de baixo consumo energético. A Conry Tech, empresa fundada por Conry, obteve recentemente AUD$ 13 milhões (cerca de US$ 8,4 milhões) em investimentos, após receber um aporte adicional de AUD$ 3 milhões (US$ 1,9 milhão) em rodada inicial. Uma nova captação Série A está prevista para 2026.

O capital será usado para a construção do BullAnt, sistema de climatização descrito pela empresa como capaz de reduzir pela metade os custos de energia em edifícios comerciais e eliminar até um bilhão de toneladas de emissões de CO₂. O projeto é liderado por Conry e pelo cofundador e CEO Sam Ringwaldt, que também é responsável pelo desenvolvimento técnico do equipamento.

O BullAnt é uma solução de HVAC descentralizada, projetada para transferir calor entre diferentes áreas de um edifício, evitando o uso intensivo de energia externa. De acordo com documentos de patente, o sistema utiliza micro resfriadores conectados a um circuito primário de água. Esses módulos atuam tanto no aquecimento quanto no resfriamento, controlados por um sistema de regulação térmica que ajusta a temperatura da água circulante.

Desenvolvido integralmente na Austrália, o BullAnt recebeu financiamento liderado pela empresa de investimentos em tecnologia climática Audacy. Segundo Ringwaldt, o projeto foi construído “do zero”, sem componentes prontos, após cinco anos de pesquisa e desenvolvimento.

Com experiência de seis décadas no setor, Conry afirmou que o mercado de ar-condicionado “praticamente não mudou” nesse período. Segundo ele, a busca por metas globais de emissões líquidas zero exige “inovação genuína” para reduzir o impacto ambiental do HVAC.

Conry, que transferiu sua operação Turbocor para a América do Norte em 1999 e participou da implantação de 30 fábricas no mundo, agora pretende fabricar o BullAnt em território australiano.

Eficiência energética ganha novo comitê no setor HVAC-R

Seminário em Brasília, promovido por MME, ABDI e Clasp, discutiu políticas para fortalecer a transição energética e a sustentabilidade na indústria de climatização e refrigeração

O Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a organização internacional Clasp realizaram, em 14 de outubro, em Brasília, o seminário “Brasil e a COP30: o papel da eficiência energética no setor HVAC-R”. O encontro reuniu representantes do governo, da indústria e especialistas nacionais e internacionais para discutir desafios e oportunidades da eficiência energética no setor de aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração (HVAC-R), com foco na transição energética e na sustentabilidade industrial.

Durante o evento, foi lançado o Comitê de Acompanhamento do Projeto de Eficiência Energética como Instrumento de Política Industrial, grupo que reunirá representantes públicos e privados para propor ações que ampliem a competitividade e a sustentabilidade do setor. O comitê também será responsável pela elaboração de uma carta de compromisso com a eficiência energética, prevista para ser apresentada durante a COP30, em Belém (PA), em novembro.

O diretor do Departamento de Informações, Estudos e Eficiência Energética do MME, Leandro Andrade, afirmou que o setor de HVAC-R representa cerca de 10% do consumo de energia elétrica do segmento residencial e tem potencial significativo de crescimento. Segundo ele, a eficiência energética é a alternativa mais econômica para o consumidor e pode reduzir a necessidade de novos investimentos em geração e transmissão de energia.

A coordenadora-geral de Eficiência Energética do MME, Samira Sana, ressaltou a importância de aprimorar continuamente as regulamentações do setor e destacou a matriz energética sustentável do país como um ativo para a neoindustrialização e a transição energética.

O seminário contou ainda com a participação de Perpétua Almeida, diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI; Júlia Cruz, secretária de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); e Colin Taylor, diretor executivo da Clasp para a América Latina. A programação incluiu painéis técnicos e debates sobre inovação tecnológica, gargalos produtivos e impactos sociais da climatização sustentável, culminando na assinatura da carta de intenções que institui o novo comitê.

Elgin amplia linha de climatização com ventiladores de teto Silence Air

Novos modelos da marca reúnem motor silencioso, baixo consumo e iluminação LED para uso residencial e comercial

A Elgin, empresa com mais de 70 anos de atuação no setor de tecnologia, ampliou sua linha de climatização com o lançamento dos ventiladores de teto Silence Air. A nova série chega ao mercado em duas versões — Silence Air 3 Pás e Silence Air Pro Retrátil — voltadas para ambientes residenciais e comerciais que buscam eficiência energética e conforto acústico.

Segundo Marcel Serafim, diretor executivo da linha de Bens de Consumo da Elgin, o objetivo da nova linha é oferecer produtos que combinem desempenho e estética. Os modelos apresentam motor de baixo consumo, controle remoto e seis velocidades de operação, além de iluminação LED integrada.

O Silence Air 3 Pás possui motor de 30 W, LED de 18 W e estrutura compacta. Já o Silence Air Pro Retrátil conta com quatro pás que se abrem automaticamente quando o aparelho é ligado, LED de 36 W e três opções de temperatura de cor.

Ambos os ventiladores incluem temporizador e controle remoto para ajuste de velocidade e iluminação. O motor de alta eficiência foi projetado para reduzir o consumo de energia e aumentar a durabilidade do equipamento.

Os modelos Silence Air 3 Pás e Silence Air Pro Retrátil estão disponíveis nas cores preta e branca, com preços sugeridos a partir de R$ 569 e R$ 759, respectivamente. A comercialização ocorre nas redes Kalunga, Leroy Merlin e Sodimac, além do e-commerce da Elgin e da Kalunga.

Ar-condicionado na cozinha exige cuidados específicos

Especialistas alertam para cuidados técnicos na instalação de ar-condicionado em cozinhas, onde o calor pode ultrapassar 45°C.

Instalar ar-condicionado na cozinha é uma opção possível, mas que requer precauções específicas. O calor gerado por fogões, fornos e eletrodomésticos pode elevar a temperatura do ambiente a mais de 45 °C, o que exige planejamento e dimensionamento adequados do sistema de climatização.

De acordo com o supervisor de P&D da Gree Electric Appliances, Romenig Bastos Magalhães, a climatização de cozinhas demanda uma abordagem diferente da usada em outros cômodos. O dimensionamento deve considerar não apenas a metragem, mas também a carga térmica adicional dos equipamentos e da iluminação. O cálculo tradicional, que estima cerca de 600 BTU/h por metro quadrado, precisa ser ajustado. Em uma cozinha de 10 m², a potência mínima recomendada varia entre 7.000 e 9.000 BTU/h, dependendo da ventilação e da incidência solar.

A localização do aparelho também é determinante para o bom desempenho. O evaporador (unidade interna) não deve ser instalado próximo a fontes diretas de calor ou gordura. Posicionar o equipamento acima do fogão, por exemplo, compromete o funcionamento e acelera o desgaste dos componentes. O ideal é buscar um ponto estratégico que favoreça a circulação do ar e evite o contato com vapores quentes.

Outro aspecto essencial é a manutenção. A presença de gordura e partículas suspensas no ar da cozinha torna necessária a limpeza mais frequente dos filtros — a cada 15 ou 30 dias — e a realização de manutenções profissionais pelo menos duas vezes ao ano. Essas medidas ajudam a preservar o rendimento do equipamento e a reduzir o consumo de energia.

Especialistas desaconselham o uso de modelos de janela ou portáteis, considerados menos eficientes em ambientes com carga térmica elevada. Também não se deve substituir a exaustão mecânica pelo ar-condicionado: coifas e exaustores continuam sendo indispensáveis para a remoção de odores e partículas.

Recomendações gerais:

  • Preferir aparelhos com potência superior à usada em dormitórios;
  • Instalar o split em local protegido de calor e de fácil acesso para manutenção;
  • Manter o sistema de exaustão ativo;
  • Realizar limpezas periódicas e manutenções preventivas.

Evitar:

  • Instalar o equipamento sobre o fogão;
  • Utilizar modelos portáteis ou de janela;
  • Negligenciar a limpeza do filtro;
  • Ignorar o calor gerado por eletrodomésticos e iluminação.

CHINA – Resfriamento no fundo do mar ganha espaço entre data centers

Estrutura submersa próxima a Xangai promete reduzir em até 90% o consumo de energia para resfriamento de servidores.

CHINA – A empresa chinesa Highlander iniciou neste mês os testes de um sistema de resfriamento de data centers no fundo do mar, em uma estrutura localizada no oceano próximo à cidade de Xangai, na China. A proposta busca reduzir o alto consumo de energia necessário para manter os servidores refrigerados.

Segundo a empresa, o novo método pode economizar até 90% da energia usada em sistemas convencionais. A água fria das profundezas é utilizada como meio natural de dissipação do calor gerado pelos equipamentos. A estrutura subaquática é conectada a uma base na superfície, com um elevador para deslocamento entre os dois níveis.

Os servidores são colocados em cápsulas de aço, protegidas por placas de vidro para impedir o contato direto com a água salgada e minimizar os efeitos da corrosão. O resfriamento é auxiliado pela temperatura naturalmente mais baixa do ambiente submarino, condição que ajuda a manter a estabilidade térmica dos sistemas.

O projeto envolve energia de fontes renováveis, com 95% da eletricidade proveniente de parques eólicos marinhos, segundo a Highlander. A empresa afirma que os testes realizados indicaram impacto ambiental dentro de limites aceitáveis, embora o calor emitido pelos servidores seja monitorado devido à possibilidade de afetar o ecossistema marinho.

A iniciativa é considerada o primeiro data center subaquático com operação comercial. Entre os primeiros clientes estão a China Telecom, uma das maiores companhias de telecomunicações do país, e uma empresa pública de computação baseada em inteligência artificial.

Projetos semelhantes já haviam sido conduzidos anteriormente. A Microsoft realizou testes na Escócia, e a própria China mantém outra experiência submersa. Contudo, o novo sistema da Highlander representa um avanço rumo à viabilidade comercial desse tipo de estrutura, unindo eficiência energética, redução da pegada de carbono e inovação tecnológica no setor de infraestrutura digital.

ABRAVA lança eBook sobre tratamento de águas em sistemas de climatização e refrigeração

Publicação reúne especialistas e aborda impacto da qualidade da água na eficiência e sustentabilidade do setor

A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), por meio do seu Departamento Nacional de Tratamento de Águas (DNTA), anunciou o lançamento do eBook “Os Impactos do Tratamento de Águas”, voltado a profissionais, empresas e estudantes do setor de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R).

O material reúne 16 artigos técnicos assinados por especialistas, com foco em corrosão, incrustação, proliferação microbiológica e controle da bactéria Legionella em sistemas de resfriamento. O eBook também aborda tecnologias como monitoramento em tempo real, Internet das Coisas (IoT) e radiação ultravioleta, destacando impactos na eficiência energética, sustentabilidade e segurança operacional.

Segundo Anderson Doms, ex-presidente do DNTA e coordenador do projeto, a gestão da água influencia a durabilidade dos equipamentos e a redução de impactos ambientais. Para Catarina Sandor, atual presidente do DNTA/ABRAVA, práticas modernas de tratamento podem otimizar custos e prolongar a vida útil de sistemas que respondem por até 50% do consumo energético em edifícios comerciais.

O trabalho conta com apoio do Sistema CFQ/CRQs (Conselho Federal e Regionais de Química). De acordo com José de Ribamar Oliveira Filho, presidente do CFQ, a atuação dos profissionais da química é fundamental para garantir a qualidade da água e prevenir riscos à saúde, como a Legionelose.

Na avaliação do professor Alberto Hernandez, da USP, idealizador do projeto, a publicação contribui para suprir a escassez de informações técnicas no setor. Já Charles Domingues, presidente do Comitê Nacional de Tratamento de Águas da ABRAVA, afirmou que a iniciativa está ligada à sustentabilidade e competitividade das empresas.