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Vídeo divulga para supermercadistas relatórios técnicos para contenção de HCFCs

O novo vídeo Resultados dos Projetos Demonstrativos de Melhor Contenção de HCFC-22 em Supermercados chama a atenção dos supermercadistas, e de varejistas em geral, sobre dois relatórios técnicos que demonstram como evitar vazamentos de fluidos frigoríficos pelos sistemas de refrigeração das lojas.

Lançado pelo Ministério do Meio Ambiente e a agência bilateral Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH por meio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, com criação da Agência i9, o vídeo conta com o importante apoio da Associação Brasileira de Supermercados, parceira também na execução dos Projetos Demonstrativos.

O vídeo apresenta, além dos resultados principais dos projetos, o depoimento de Marcio Milan, superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), que recomenda aos supermercadistas lerem os relatórios dos estudos de caso e estudarem a viabilidade de aplicação em suas próprias lojas.

Dois supermercadistas, que participaram com suas lojas dos Projetos Demonstrativos, também dão seus depoimentos no vídeo: Rafael Yamada, do grupo Y.Yamada de Belém (PA), e João de Oliveira, do Grupo Hortifruti do Campo de São Paulo (SP). Ambos falam das vantagens de se conseguir obter uma loja com sistemas de refrigeração trabalhando em condição “selada”, ou seja, sem vazamentos de HCFC-22 (ou outros fluidos frigoríficos halogenados, tais como o HFC-404A e HFC-134a).

Os relatórios dos Projetos Demonstrativos comprovam que vale a pena outros supermercados seguirem as boas práticas técnicas demonstradas:

1º Resultado: Ganhos sociais, com a qualificação técnica de pessoal.

2º Resultado: Ganho ambiental, com redução drástica dos vazamentos (sistema de refrigeração em condição selada).

3º Resultado: Ganhos econômicos, menor custo com reposição de fluidos frigoríficos e maior eficiência energética para a loja.

Confira o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=QZQ3B20sH20&feature=youtu.be

Baixem gratuitamente os dois relatórios técnicos para conferirem os detalhes dos projetos:

http://boaspraticasrefrigeracao.com.br/publicacoes.

Full Gauge é única no hemisfério sul

Tudo começou em 1984, em uma pequena garagem de 14 metros quadrados, nos fundos de casa. Naquela época, o custo de uma linha telefônica era para poucos e, para ligar para os primeiros clientes, Antônio Gobbi, hoje com 62 anos, ia para as filas dos orelhões. “Muitas vezes eu ficava esperando o pessoal na minha frente, pendurado na linha para pedir músicas nas rádios”, recorda bem-humorado. Junto com o sócio Flávio Berguer, Gobbi construiu o que hoje é a única empresa do hemisfério sul do planeta a produzir instrumentos digitais para sistemas de automação industrial, comercial e residencial, como controladores de temperatura para equipamentos de refrigeração. Já são mais de 5 mil clientes em 62 países. Em 2018, o faturamento foi de R$ 100 milhões.

A Full Gauge conta com 300 funcionários espalhados por cinco andares de 750 metros quadrados cada e uma obra em andamento para levantar outros três andares de 900 metros quadrados cada. A ampliação física acompanha um avanço que Gobbi prefere não estimar pois, segundo ele, a tendência é “crescer indefinidamente”.

Mesmo com a economia do país estagnada, a empresa cresceu 22% nos últimos sete meses em relação ao mesmo período do ano passado. Somente em julho, registrou um aumento de 43% em vendas, isso só no mercado interno. No mercado externo o crescimento foi de 15%.

Subindo até o último andar – de acesso restrito – pelo elevador acionado por digitais, Gobbi revela uma surpresa. Do lado de fora do terraço reservado para reuniões e confraternizações está o hangar onde ele “estaciona” seu helicóptero. “Esse é o meu brinquedo”, diverte-se. Piloto há 12 anos, ele diz que usa a aeronave para passear, levar os amigos para voar e ir à praia. Para o trabalho ele vai à pé, pois mora a 300 metros da empresa. Apesar de ter ganhado o mundo, suas raízes permanecem bem firmes onde tudo começou: no bairro Niterói.

Fonte: Diário de Canoas

Um refrigerista na Presidência da República

Logo após receber a faixa presidencial de Michel Temer nesta tarde, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro propôs a criação de um “movimento para restabelecer padrões éticos e morais que transformarão” o País.

Ele defendeu ainda que “a corrupção, os privilégios, as vantagens, os favores politizados, partidarizados” acabem e fiquem “no passado para que o governo e a economia sirvam de verdade para a nação”.

“Vamos tirar o peso do governo sobre quem trabalha e produz”, prometeu.

O discurso em praça pública seguiu a mesma linha de sua fala anterior no Congresso Nacional. No parlamento, Bolsonaro anunciou, sem mencionar detalhes, que fará reformas estruturantes e criará um círculo virtuoso de confiança na economia.

Remuneração polêmica

Desde o início da campanha à Presidência República, a maioria da classe refrigerista tem demostrado, nas redes sociais, grande entusiasmo em relação às propostas liberais de Jair Bolsonaro.

Em agosto, ele chegou a dizer que fez um curso de refrigeração doméstica em Madureira, no Rio de Janeiro, quando ainda servia o Exército, ao defender o ensino técnico e profissionalizante como o caminho mais curto para o mercado de trabalho.

Durante entrevista a um canal de TV a cabo, Bolsonaro garantiu que, se não fosse político e quisesse viver como refrigerista, faturaria alto no mercado.

“Há uma certa tara por parte da garotada em ter um diploma [de ensino superior]. Isso é importante? Sim. [Mas quando era tenente do Exército] eu fiz um curso de [manutenção de] máquina de lavar roupa e de geladeira. Te garanto: se hoje em dia eu quiser viver disso, vou ganhar, no mínimo, R$ 12 mil por mês, com um curso técnico”, afirmou.

À época, o assunto gerou calorosas discussões em grupos de profissionais do setor. Para alguns, essa remuneração não passa de um sonho. Para outros, é possível ganhar, inclusive, mais do que R$ 12 mil por mês trabalhando como técnico em refrigeração e ar condicionado, com a devida qualificação.

A recuperação econômica já começou

Fazendo o paralelo com um doente, a economia brasileira acabou de sair da UTI e foi para a unidade de terapia semi-intensiva. Ou seja, nós teremos uma recuperação econômica, mas não na mesma velocidade com que caímos. De março de 2014 a julho de 2017 a queda do PIB foi de 8% e nós vamos recuperar isto em três anos, no mínimo”.

Pedro Evangelinos discorre sobre a área econômica

Evangelinos, da RAC: recuperação lenta, em comparação à velocidade da queda

A constatação é do diretor da Fiesp e conhecido empresário do HVAC-R, Pedro Evangelinos, ao fazer um contraponto entre a situação real econômica e o estado de ânimo percebido por ele próprio nos corredores do São Paulo Expo, durante a Febrava.

“Aqui na feira estou vendo um clima de otimismo, tanto por parte de expositores quanto de visitantes, dizendo que o pior já passou, algo verdadeiro, embora não signifique que o melhor vá começar logo amanhã”, raciocina.

No seu entender, a ida do “paciente” para o quarto depende, antes de tudo, da queda dos juros, assim como ocorreu de uma forma fantástica com a inflação. “Nossa taxa é de fazer vergonha a agiota na Europa e nos Estados Unidos”, acentua.

O benefício a se obter com essa redução, de acordo com Evangelinos, será a percepção das pessoas de que é preferível aplicar num negócio, mesmo pequeno ou médio, em vez de deixar o dinheiro rendendo. Isto é, começa-se a premiar capital produtivo em detrimento do financeiro especulativo.

“Imagine o volume de recursos que viria para a economia se alguém pagasse apenas uma geladeira e meia, e não três, ao fazer uma compra a prazo, como ocorre com os juros praticados atualmente”, projeta o diretor da RAC Brasil.

Num segundo momento, ele defende que se resolva a questão da taxa de câmbio, “pois a que nós temos hoje é irreal”. “Não podemos continuar ouvindo visitantes da Europa e dos Estados Unidos perguntando: por que tudo é tão caro por aqui?”

 

Parou de piorar

Percepção semelhante quanto ao ritmo lento com que o País vai sair da crise econômica é a do presidente da Abrava, Arnaldo Basile.

Basile, da Abrava: retomada deve se entender pelos próximos quatro, cinco anos

“Nós sofremos uma retração fortíssima num período muito curto. Em dois anos tivemos alguns segmentos que caíram 50%, outros tiveram queda de até 60% em três anos. Recuperar isso tudo não é fácil, vai demorar algum tempo”, justifica.

A boa notícia, na sua opinião, é que a situação já parou de piorar, e após a chegada ao fundo do poço começamos a melhorar, com vários segmentos do mercado demonstrando o descolamento da economia da política.

“Nestes últimos dias, conversando com os colegas do setor aqui na Febrava, todos, sem exceção, deram testemunho de que a situação está melhorando, corroborando assim o que eu vinha falando no final do ano passado, ou seja, que no início do segundo semestre isso aconteceria, e de uma maneira sustentável”, afirma Basile.

“Estamos vivenciando uma realidade de recuperação bastante dura, mas ela vai acontecer”, acrescenta o líder setorial, aludindo às projeções dos economistas, baseadas nos ciclos históricos das nossas crises, segundo as quais haverá uma reação forte nos próximos quatro, cinco anos, variando de acordo com os diferentes segmentos.

Mesmo assim, ele alerta para a necessidade de cautela na análise dos números. “Sempre que a gente falava em evolução no Brasil pensava em percentuais robustos, de 8%, 10%. Falar em 1,5%, 2,0% era pouco para nós. Mas quando você pensa em mercados maduros como Europa e Estados Unidos essas cifras menores são plenamente aceitáveis”, observa.

O presidente do Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de

Presidente do Sindratar de São Paulo mostra seu parecer na área econômica

Trombini, do Sindratar-SP

São Paulo (Sindratar-SP), Calos Eduardo Trombini, compartilha a sensação generalizada de que estamos saindo da crise. A velocidade ele também considera pequena, pois ainda estamos em plena correção de rota.

O ano passado, em sua análise, foi difícil, com a perda de mercado em todos os setores  após três exercícios seguidos de queda no PIB. “A indústria de transformação, que é hoje a grande maioria dos nossos expositores nesta Febrava, sofreu demais”.

Na refrigeração, segundo ele, a queda de vendas situou-se entre 25% e 30%. No ar condicionado, por sua vez, houve produtos com um volume de comercialização até 40% menor.

“Nós dependemos muito da construção civil, primeiro setor a ser afetado pelas crises, mas ainda conseguimos andar mais aquecidos porque os projetos estão em andamento e a instalação dos produtos vem muito atrás”, observa Trombini.

“Mesmo assim, aquele setor ainda sofre demais e nós estamos aguardando sua retomada para que também possa haver um aumento de produção e vendas no nosso”, prevê.

A exemplo de Basile, ele acredita que a queda contínua parece ter se estancado, havendo uma certa estabilização no mercado, que no momento está se rearranjando.

Mas o presidente do Sindratar-SP também concorda que nada vai ocorrer da noite para o dia. “Pelo que diz o Ministério da Fazenda, a retomada será lenta, não deixando de haver um lado bom nessa história. Um crescimento contínuo, numa base mais sustentável, dará condições para as nossas empresas se prepararem e planejarem muito mais”.

A leitura que ele faz, com base nos números recebidos do departamento de economia da Fiesp e do próprio mercado, é que crescimento mesmo só a partir de 2019, quando haverá um quadro político diferente e uma nova gestão nacional estabelecida.