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Expositores frigoríficos mais eficientes conquistam espaço no varejo

Eficiência energética tem ditado rumos no mercado de expositores refrigerados, segundo fabricantes

Equipamentos compactos e menos ruidosos, com a capacidade de aguentar a instabilidade e os picos nas redes elétricas, ajudam a economizar na conta de luz pesado no desenvolvimento de equipamentos cada vez mais eficientes energeticamente.

Com a energia elétrica cada vez mais cara, é essencial que projetos e tecnologias possam ajudar os varejistas a reduzir o consumo, afinal as máquinas precisam ficar ligadas 24 horas por dia – e na faixa correta de temperatura – para impedir que bebidas e alimentos sofram alterações de qualidade e sabor, ou estraguem. Os lançamentos que periodicamente chegam ao mercado são resultado de muita pesquisa, pois a arquitetura por trás de cada conjunto de componentes leva em consideração não apenas motores e compressores mais compactos e eficientes, que demandem menos óleos lubrificantes e gases refrigerantes, mas também designs inteligentes.

Inovações mais recentes, como os vidros em curva e as portas deslizantes para balcões refrigerados, facilitam a operação de abre/fecha pelo consumidor, ao mesmo tempo em que agrega mobilidade para a montagem do leiaute no estabelecimento. Com isso, acabam ocupando menos espaço nos corredores, proporcionando aos varejistas a exposição de mais itens na loja.

Os vidros curvados atuam na retenção da temperatura do interior dos refrigeradores, reduzindo o consumo de energia em até 60%. A economia se torna ainda maior para o varejista, uma vez que o sistema ajuda a reduzir o desperdício de alimentos, a exemplo das carnes embaladas.

Com esta simples alteração no design, a estimativa é que o percentual de descarte de produtos seja até 50% menor do que o registrado em balcões refrigerados tradicionais. No Brasil, o lançamento do Sistema EcoFit –que conta com consultoria e representação do JPG Group – trouxe esta tendência para o mercado.

A economia de energia obtida com esses novos equipamentos também advém dos chamados vidros low-e. Desenvolvidos inicialmente para aplicação em edifícios de países de clima frio, que precisam manter o seu interior aquecido, esses componentes são de baixa emissividade e impedem a transferência térmica entre dois ambientes.

A eficiência é proporcionada por uma fina camada de óxido metálico aplicada em uma das faces do vidro. Essa película filtra os raios solares, intensificando o controle da transferência de temperaturas entre ambientes, sem impedir a transmissão luminosa. De acordo com JPG Group, a tecnologia oferece desempenho energético, ao refletir, principalmente para fora, as radiações no espectro do infravermelho próximo e distante. Sua refletividade externa fica entre 8% e 10%e sua transmissão luminosa, entre 70% e 80%. Além de curvo, o vidro também pode ser insulado, temperado e laminado.

Outra gigante do segmento de refrigeração comercial, a Eletrofrio investiu R$ 50 milhões no desenvolvimento da linha Vittrine, que chega a economizar, em média, 20% de energia elétrica em comparação com sua tradicional linha para sistemas com expansão direta.

“A eficiência energética desses equipamentos é possível graças a melhorias implantadas na iluminação, nas resistências de orvalho e degelo, nos evaporadores de alta eficiência e no fluxo de ar. A utilização de novos evaporadores mais eficientes gera uma economia direta no consumo dos compressores”, explica o presidente da empresa, José Antonio Paulatti.

O portfólio de produtos da companhia conta com expositores compactos, com profundidade de tanque de 740 mm e prateleiras de 400 mm, que privilegiam o espaço de corredores melhorando o tráfego nas lojas.

“As prateleiras slim, por exemplo, têm perfil frontal 40% mais fino, o que permite maior espaço útil entre elas. A frente mais baixa e maior abertura frontal possibilitam a inserção de mais um nível de prateleiras nos expositores verticais”, salienta o executivo.

Inovações como vidros em curva e portas deslizantes facilitam operação de abre/fecha pelo consumidor

Parceria

Ao longo dos anos, o setor também tem se movimentado por meio de parcerias para desenvolver equipamentos cada vez mais eficientes. Uma dessas junções comerciais, entre as fabricantes Embraco – pertencente à Nidec Global Appliance –, e Fricon –especializada em refrigeração de alimentos e bebidas – desaguou em uma nova linha de aplicações para refrigeração comercial desenvolvida por ambas.

A ideia focou-se em projetos que reduzem em até 55% o consumo energético quando comparados com sistemas similares. A Embraco forneceu à Fricon soluções com tecnologias Inverter (velocidade variável) e bivolt, a exemplo de um freezer horizontal, para produtos congelados, e um display vertical para refrigeração de cervejas e energéticos.

Eficiente e emissora de menos ruído, a tecnologia funciona a partir da combinação do compressor FMF com o refrigerante R-290 (propano). O compressor bivolt tem a capacidade de operar com uma maior amplitude de tensão, o dobro de um modelo convencional.

Esta característica é fundamental para prevenir a queima dos equipamentos, visto que consegue estabilidade mesmo enfrentando picos de tensão e linhas de energia instáveis, problemas que ocorrem em todo Brasil e geram milhões de reais em prejuízos anualmente aos varejistas.

Danfoss qualifica 19 famílias de produtos para gases de baixo GWP

A Danfoss acaba de concluir um extenso programa de qualificação de 19 famílias de equipamentos para refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês), incluindo compressores, unidades condensadoras, válvulas, trocadores de calor e outros componentes.

A estratégia da empresa é atender aos novos regulamentos do setor, com destaque para a norma europeia F-gas, o Programas de Novas Políticas Alternativas (SNAP) dos EUA e o Protocolo de Montreal.

Por causa desse cenário regulatório, diferentes refrigerantes estão surgindo como substitutos viáveis para o R-404A, sujeito a proibições ou reduções em 2017, nos EUA, e a partir de 2020, na Europa.

Quando se trata de aplicações em refrigeração comercial e unidades condensadoras, uma mudança para o R-407A e R-407F já ocorreu em muitas áreas, reduzindo o impacto climático em cerca de 50%.

Agora, o catálogo de equipamentos da empresa para a área refrigeração comercial inclui opções que operam com R-448A, R-449A, R-452A, além do propano (R-290) e do dióxido de carbono (CO2), enquanto a área de ar-condicionado está mudando para R-1234ze(E), R-32, R-452B e R-454B.

“Fazendo um programa de qualificação deste calibre, esperamos garantir um caminho viável para nossos clientes em refrigeração comercial e ar condicionado”, diz Torben Funder-Kristensen, chefe de relações públicas da divisão de refrigeração e ar condicionado da multinacional dinamarquesa.