Arquivo para Tag: Climatização

Crea-SP e ASSEAM promovem Semana de Engenharia em Mauá

Entre os dias 9 e 12 de dezembro, será realizada a primeira “Semana de Engenharia, Agronomia e Geociências de Mauá”. Ao todo, serão quatro dias de debates, discussões e palestras com temas como Acessibilidade – Legislação e Inclusão Social (9/12); Drones na Engenharia (10/12); Vegetação Urbana e Eficiência Energética para Sistema de Climatização (11/12); e Geração Fotovoltaica e Sustentabilidade (12/12). Todas as reuniões acontecerão após as 18h30, possibilitando a participação de profissionais registrados no Crea-SP e também de estudantes da área.

Os eventos são gratuitos em função da parceria entre a Associação dos Engenheiros e Agrônomos de Mauá – ASSEAM e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo – Crea-SP.

“Será a primeira vez que Mauá receberá um evento dessa dimensão, que possibilitará aos profissionais aprimorarem seus conhecimentos nas áreas, pois os palestrantes são renomados especialistas nos assuntos”, afirma o presidente da ASSEAM, o engenheiro Nelson Miguel Júnior.

Os interessados já podem se inscrever pelo e-mail semanaengenharia.asseam@gmail.com.

Sinais de retomada da economia aquecem mercado

Os bons ventos voltaram a soprar no mercado nacional de climatização e os primeiros sinais de retomada do crescimento econômico injetaram uma forte dose de otimismo na indústria nos últimos meses.

Segundo fabricantes ouvidos pela Revista do Frio, todas as categorias de produtos – desde os mini-splits até os sistemas VRF e chillers – têm vendido mais em comparação a 2018.

Particularmente, este ano tem sido muito forte para o mercado de splits, com o verão mais quente dos últimos 20 anos, e temperaturas que continuarão acima da média o resto do ano.

“O mercado deve fechar com um crescimento aproximado de 20% em relação ao ano anterior, além de um significativo aumento no percentual de aparelhos com inversores de frequência, que ganham cada vez mais relevância devido à economia de energia em relação a um produto de velocidade fixa”, diz a diretora de marketing da Midea Carrier, Simone Camargo.

Enfim, o comércio de sistemas de ar condicionado vem se comportando de forma positiva. Para o especialista em projetos de refrigeração da Fujitsu, Samir Hernandez, os fatores que justificam esse comportamento são o aumento da confiança do brasileiro e a melhora do quadro macroeconômico.

“É mais um ano em que observamos uma reação do mercado de splits, tanto residenciais como comerciais. Nota-se um crescimento em decorrência da estabilidade da economia e pelo fato de os consumidores não mais fazerem as compras desses produtos somente por impulso, mas sim com planejamento”, analisa o gerente de vendas da área de canais especializados da Elgin, Alexandre Faraco.

E a expansão do setor neste ano deve se refletir em seu desempenho no próximo. Na avaliação do diretor de produto da Trane, André Peixoto, “tudo indica que, em 2020, o mercado brasileiro vai crescer mais do que em 2014, até então o melhor ano da história” para o segmento.

Com a sua consolidação no mercado brasileiro há quase duas décadas, os aparelhos splits vêm passando por uma verdadeira mutação em tamanhos, cores e formas.  Somado ao novo design, a redução dos preços e a facilidade de instalação formam o tripé de benefícios que tem cativado, definitivamente, o consumidor brasileiro.

Tudo isso contribuiu para que um artigo antes de luxo passasse a ganhar espaço em escritórios e residências, ambientes nos quais eles são cada vez mais necessários.

Por proporcionar mais conforto, se adaptar facilmente a diversos ambientes e possuir um perfil versátil, é consenso que o produto agrega valor aos empreendimentos imobiliários.

 Tendências

Apenas 19% dos lares brasileiros têm um condicionador de ar. Entretanto, segundo um estudo realizado pelo Ministério de Minas e Energia, 35% das residências possuirão um aparelho do gênero até 2028.

Técnico fazendo manutenção em ar condicionado split, o mercado está aquecendo.

Fabricantes de sistemas de ar condicionado têm apostado, cada vez mais, na qualificação de mão de obra

Por esse motivo, os grandes players do setor priorizam o desenvolvimento de tecnologias que visem economia no consumo de energia e a redução de impactos ambientais.

Segundo a indústria, o consumidor brasileiro também está mais familiarizado com os produtos da categoria e, com isso, mais exigente. “Por isso, os usuários têm buscado eletrodomésticos com controle remoto via wi-fi, recursos para tratamento do ar e tecnologias que garantam alto nível de conforto sem o fluxo de ar direto”, exemplifica o gerente de produto da área de ar condicionado residencial da Samsung, Daniel Fraianeli.

“Tais recursos já são oferecidos por equipamentos da nossa marca, como é o caso do Samsung Wind-Free. Eles tornam o dia a dia dos consumidores finais muito mais prático e garantem economia de tempo, além de comodidade – é possível, por exemplo, programar a temperatura do ambiente antes mesmo de chegar em casa ou no escritório.”

“Todo o ecossistema Samsung facilita a vida dos consumidores e reforça o conceito de casa conectada. Cada eletrodoméstico tem a sua função, porém a marca acredita e desenvolve tecnologias para que os aparelhos se completem. E com o ar-condicionado não é diferente”, acrescenta.

Outra tendência forte no segmento é o uso de serpentina de cobre. “Ela é mais resistente do que a de alumínio e com condutibilidade térmica maior. Os tubos de cobre também são muito mais resistentes à oxidação e, por isso, os gastos com manutenção são bem menores”, revela.

 Capacitação de mão de obra

Segundo a Midea Carrier, o mercado de instalação de ar-condicionado conta com aproximadamente 150 mil instaladores autônomos – alguns altamente capacitados, e outros que ainda precisam se qualificar.

De forma geral, as indústrias reconhecem que o baixo índice de profissionalização da mão de obra afeta o desempenho desse mercado de maneira direta, pois instalações malfeitas resultam em pouco conforto, alto índice de quebras e falhas, menor vida útil do equipamento, baixa eficiência energética e, acima de tudo, insatisfação do consumidor.

Para tornar os atendimentos mais efetivos, boa parte dos fabricantes possui projetos que visam o constante apoio ao cliente e aperfeiçoamento de profissionais do setor de refrigeração, com treinamentos e visitas às fábricas para potencializar as habilidades de técnicos e especialistas das linhas de condicionadores de ar residenciais, por exemplo.

“Assim, com foco em soluções e experiências de alta qualidade para os consumidores e o atendimento assertivo e eficiente, reforçamos a importância do conhecimento e capacitação de profissionais do setor”, informa a diretora de marketing da Midea Carrier, Simone Camargo.

A qualificação profissional também contribui diretamente para a segurança das instalações e dos próprios instaladores. Incêndios, por exemplo, normalmente são causados por curtos-circuitos devido a erros na instalação elétrica ou no dimensionamento de cabos e demais componentes da infraestrutura elétrica.

Profissionais atuando no mercado de refrigeração, instalação de ar condicionado

Profissionais bem treinados ajudam a indústria a crescer

“Um profissional capacitado irá seguir a NBR 5410 e demais recomendações pertinentes, evitando problemas”, explica o gerente de climatização residencial da Samsung, Daniel Fraianelli.

Refrigeristas devidamente treinados também realizam serviços sem lançar fluidos refrigerantes na atmosfera, o que prejudica diretamente o meio ambiente.

“Os cuidados principais que os instaladores devem ter na hora de realizar a instalação são sempre seguir as instruções indicadas em nossos manuais de instalação, bem como, no mínimo, as diretrizes da NBR 16655 – Instalações de sistemas residenciais de ar condicionado – Split e compacto”, salienta o especialista em projetos de refrigeração da Fujitsu, Samir Hernandez.

Ele também destaca a relevância de se contratarem, instaladores credenciados e treinados pelos fabricantes para o processo de instalação. “Posteriormente, a manutenção dos aparelhos também deve ser realizada por profissionais que tenham conhecimento das informações indicadas em nossos manuais, além das boas práticas lecionadas em instituições de altíssimo gabarito como o Senai”, recomenda.

Para suprir essa carência do mercado, a Daikin inaugurou, recentemente, o maior centro de treinamento do País em São Paulo, na Barra Funda, “exatamente para mostrar que agimos diferente em relação à qualificação da mão de obra”, conforme destaca o gerente de marketing e produto da empresa no Brasil, Nilson Murayama.

“Se os fabricantes não tiverem a iniciativa que tivemos, todo ano estaremos questionando o desempenho do mercado com os mesmos argumentos. Com o novo Training Center Daikin, nossa intenção é trazer a melhor e mais adequada qualificação profissional aos instaladores, mantenedores e até mesmo usuários finais do nosso produto”, diz o gestor, ao ressaltar que a empresa investiu US$ 2 milhões no empreendimento.

Confira, a seguir, as últimas novidades dos fabricantes para o mercado de splits:

Daikin

O último lançamento da multinacional japonesa foi a linha de splits hi-wall Exclusive, que conta com o exclusivo painel Coanda. Segundo a Daikin, essa tecnologia proporciona resfriamento mais rápido com melhor distribuição de ar. 

Os produtos dessa linha possuem garantia total de dois anos – sendo 10 para o compressor –, dupla filtragem com filtro fotocatalítico de titânio/apatita e kit wi-fi promocional. “A Daikin dá o kit para controle via smartphone gratuitamente após cadastro no hotsite da promoção”, informa o gerente de marketing e produto da subsidiária brasileira, Nilson Murayama.

De acordo com ele, a linha Exclusive possui modelos quente/frio nas capacidades de 9 mil, 12 mil, 18 mil e 24 mil BTU/h. “Ainda somos o único fabricante a comercializar no mercado brasileiro split hi-wall com o fluido refrigerante R-32, uma tendência mundial que traz inúmeros benefícios já comprovados ao meio ambiente”, salienta.

Elgin

Os grandes lançamentos da indústria brasileira neste ano foram os novos hi-wall Inverter Eco Trend e o piso-teto Inverter de 36 mil BTU/h, sistema de ar condicionado 100% nacional desenvolvido pela equipe de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da própria Elgin no Polo Industrial de Manaus (PIM). Ar condicionado Piso Teto exposto em mercado de Refrigeração

“Trata-se de uma solução de climatização sustentável que atende ambientes com as mais variadas capacidades e pode gerar uma economia de energia elétrica de até 40%”, informa a companhia.

O produto tem três anos de garantia e proporciona uma significativa redução no consumo de energia elétrica comparada ao piso-teto convencional, além de maior conforto e menor ruído, segundo o gerente de vendas da área de canais especializados da Elgin, Alexandre Faraco.

“Outro produto de destaque da empresa é a condensadora compacta de 58 mil BTU/h com descarga de ar horizontal, dimensões e peso reduzidos”, ressalta o gestor.

Fujitsu

O último lançamento da indústria japonesa para o mercado de splits foi o kit wi-fi da marca. Trata-se de dispositivo para controle e comando dos equipamentos de ar condicionado via celular ou tablet. “Para o curto prazo, não prevemos o lançamento de nenhuma linha nova de split”, informa o especialista em projetos de refrigeração da Fujitsu, Samir Hernandez.

Segundo ele, as tecnologias de última geração embarcadas na grande maioria dos splits fabricados pela multinacional incluem compressor rotativo duplo, sensor de presença, superdifusor e baixo nível ruído.

“As unidades externas mais compactas e leves, menor consumo de energia, maior conforto térmico são algumas das vantagens proporcionadas por nossos equipamentos para instaladores e usuários”, diz.

LG

Além de menor consumo energético em relação aos aparelhos convencionais, a nova linha LG Dual Inverter Voice permite que o consumidor controle o equipamento a partir do celular, com comandos de voz, por meio do aplicativo LG ThinQ, o que, segundo o fabricante, torna o produto o primeiro condicionador de ar com comando de voz no Brasil.

“O Google Assistente ajuda as pessoas a fazerem cada vez mais coisas usando apenas a voz e, agora, os donos de aparelhos dessa linha poderão usar essa facilidade em ambientes de sua casa conectada”, diz Maia Mau, diretora de marketing de parcerias do Google Assistente no Brasil.

Fazendo uso de um rotor duplo em seus compressores, os condicionadores de ar da família LG Dual Inverter garantem uma economia energética de até 70%, podendo chegar a R$ 2.451,00 por ano, informa o comunicado distribuído à imprensa, destacando que o rotor duplo ainda faz com que a velocidade de rotação seja mais elevada, o que garante, além de uma economia no consumo de energia, uma refrigeração 40% mais rápida quando comparada a um condicionador de ar convencional.

Além da economia e da eficiência, os condicionadores de ar LG Dual Inverter trazem a função Comfort Sleep, que garante conforto térmico durante o sono, e um menor nível de ruído a partir de 19 decibéis, sendo tão silencioso que o consumidor até esquece que o aparelho está ligado.

“Nos últimos anos, percebemos que o condicionador de ar tem se tornado cada vez mais acessível para a população. Além disso, é evidente a desmistificação desse produto que era reconhecido como o inimigo da conta de luz. Com a crescente demanda de mercado, portanto, a LG tem identificado nichos que não eram explorados pela tecnologia Dual Inverter”, salienta Kati Dias, diretora de produtos de linha branca da empresa no Brasil.

Midea Carrier

A joint-venture lançou este ano equipamentos novos em suas três linhas – residencial, comercial leve e comercial. Entre os lançamentos de destaque está o split AirVolution Inverter, na linha residencial, que na função Eco Noite pode reduzir em até 74% o consumo de energia.

“O produto conta com serpentina em cobre, que oferece maior durabilidade e eficiência na troca de calor, menor nível de ruído em cargas parciais devido ao ventilador que opera em dois estágios. Todas essas características tornam o aparelho o melhor custo/benefício da categoria”, ressalta a diretora de marketing da Midea Carrier, Simone Camargo

No segmento comercial leve, a novidade é o split Underceiling Inverter, modelo dotado de design italiano, mais compacto, moderno e com linhas minimalistas. Com alta eficiência e baixo nível de ruído, proporciona maior economia de energia e conforto para os clientes.

Samsung

Lançando em 2017, o Wind-Free marcou época na categoria. Hoje, o recurso está presente em todas as linhas de produtos da Samsung (mini-split, multi-split e VRF comercial), e não somente nos aparelhos hi-wall. Essa tecnologia inovadora de distribuição do ar também pode ser encontrada nos cassetes de uma e quatro vias da marca.

Segundo a multinacional sul-coreana, produtos cada vez mais inteligentes e com sistemas intuitivos para garantir instalações e manutenções mais eficientes e ágeis do eletrodoméstico são suas grandes vantagens.

“A Samsung destaca-se por desenvolver quatro pilares tecnológicos em seus produtos de ar-condicionado: eficiência energética, tratamento do ar, conectividade e conforto”, diz o gerente da área de ar condicionado residencial da empresa, Daniel Fraianeli.

Segundo ele, a tecnologia Wind-Free permite manter a temperatura sem o fluxo de ar direto, evitando incômodo do vento direto, causa do desconforto térmico.

“Com compressores Digital Inverter de 8 polos, a operação do ar-condicionado é muito mais eficiente, entrega menor nível de ruído, menor atrito e, com isso, maior durabilidade. Por esta razão, oferecemos dez anos de garantia nos compressores”, afirma, ao lembrar que, “com a tecnologia exclusiva Vírus Doctor, é possível eliminar 99.9% dos vírus e bactérias dos ambientes climatizados”.

“Em termos de conectividade, contamos com uma enorme gama de produtos para casa, que por meio dos avanços tecnológicos, podem ser controlados por diversos dispositivos e de forma remota, inclusive o ar-condicionado. É o conceito de casa conectada. Com o SmartThings é possível utilizar todo o ecossistema da Samsung”, salienta.

Trane

O fabricante irlandês trouxe para o mercado mini-split hi-wall on/off para o resfriamento ou aquecimento, disponível com capacidades desde 9 mil BTU/h até 30 mil BTU/h, todos com Selo Procel. O modelo é indicado para aplicações residenciais, pequenos escritórios ou lojas. O aparelho possui filtro “Vitamina-C”, que garante um ar puro e auxilia o organismo na absorção de elementos ferrosos, melhorando a imunidade para prevenção de resfriados.

A empresa também introduziu no mercado brasileiro hi-wall Inverter que alia design, funcionalidade e precisão. Ele possui uma linha completa com capacidades desde 9 mil BTU/h até 24 mil BTU/h, todos com Selo Procel A. Segundo a Trane, o hi-wall Inverter é ideal para aplicações residenciais, pequenos escritórios ou lojas que priorizem qualidade e eficiência energética.

Outra inovação do fabricante é o cassete de quatro vias Inverter Trane, que, segundo a empresa, possui controles modernos e desempenho superior. “Ele está disponível com capacidades de até 20 BTU/W.h, oferece altos índices de eficiência energética com um SEER, coeficiente que reflete a eficiência energética sazonal de um equipamento de ar condicionado. Atualmente a Trane é o único fabricante que possui todas as capacidades da linha Cassete Inverter com selo Procel”, salienta a companhia.

Para grandes espaços residenciais, salas comerciais, restaurantes e escolas, o Piso Teto Inverter Trane é outro produto que oferece flexibilidade, eficiência e baixo nível de ruído. Também possui altos índices de eficiência energética com um SEER e está disponível com índices de até 20 BTU/W.h. Atualmente a Trane é o único fabricante que possui todas as capacidades da linha Piso Teto Inverter com selo Procel.

Por fim, o multi-split Inverter da marca, outra inovação introduzida recentemente no País, possui condensadores compactos que permitem a combinação de diversos tipos de unidades evaporadoras, o que garante flexibilidade e eficiência energética.

“A tecnologia do sistema Multi-split Inverter Trane permite, com apenas uma unidade externa, a climatização de até cinco ambientes. O sistema é compatível com diversas opções de controles centralizados”, informa a indústria.

 

Febrava renova expectativas do HVAC-R por dias melhores

Com a promessa de ser uma edição histórica, 21ª Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento, Tratamento do Ar e da Água (Febrava), maior mostra latino-americana do setor, foi aberta ao público nesta ontem (10), no São Paulo Expo.

A cerimônia de abertura reuniu representantes da Abrava, do Sindratar-SP, e da Reed Exhibitions Alcantara Machado, realizadora do evento, além das 30 associações dos setores alimentício, hospitalar, transporte, hospedagem, automotivo, distribuição, engenharia civil e mecânica que apoiam a feira.

De acordo com Paulo Octavio Pereira de Almeida, vice-presidente da Reed, essa edição da Febrava é a maior de todos os tempos. “Também trabalhamos para que, ao final dos quatro dias, seja a melhor, afinal, reunimos o mais completo mix de inovações do setor HVAC-R da América Latina”.

Em seu discurso, o executivo afirmou que as projeções para a feira deste ano é de que, na Rodada Internacional de Negócios, sejam movimentados R$ 50 milhões.

Nelson Baptista, presidente da Comissão Organizadora da feira, concorda que a edição atual é a de maior expressão. “Também é a de maior conteúdo de todos os tempos”, garantiu. “Isso prova, incontestavelmente, a confiança dos empresários do setor na economia do país”.

Já o presidente do Sindratar (Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo), Carlos Eduardo Marchesi Trombini, destacou a garra do empresário ao apostar no Brasil e lembrou que a Febrava é um instrumento importante no apoio para o setor. “Não podemos sair da crise econômica em que estamos da noite para o dia. Nos resta trabalhar para que isso aconteça e a feira possibilita a busca por soluções para os problemas comuns”.

O presidente executivo da ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento), Arnaldo Basile, por sua vez, lembrou que o setor emprega algo em torno  de 300 mil pessoas e movimenta mais de R$ 32 bilhões por ano.

“Somos o termômetro da economia. O setor oferece relevante impacto sócio/econômico no país e a Febrava tem importância enorme ao estimular o desenvolvimento tecnológico e possibilitar o debate dos problemas enfrentados pelo setor”.

Na mesma linha, Pedro Evangelinos, presidente do conselho de administração da Abrava, destacou a importância da feira por ser a forma mais rápida e econômica de se chegar ao cliente.

“Custaria muito ao empresário formar uma equipe para viajar pelo Brasil e pelos países da América Latina para conseguir os contatos que são feitos na Febrava. Isso sem contar com os eventos paralelos, como o Conbrava e o encontro de projetistas, que pensam o futuro de nosso setor”.

Pedro Evangelinos, presidente do conselho de administração da Abrava | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Pedro Evangelinos, presidente do conselho de administração da Abrava | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Família Poloar celebra 40 anos em grande estilo

A Poloar comemorou na noite de ontem (16) os 40 anos de sua fundação. A festa, promovida na requintada Casa Aragon, na zona oeste de São Paulo, reuniu familiares de seu fundador, Sidney Tunda, amigos, colaboradores, representantes de indústrias e parceiros da rede de lojas de sistemas de ar condicionado.

Num emocionante discurso feito aos 800 convidados, o empresário nascido em 1945 na pequena Pindorama, a 370 quilômetros da capital paulista, relembrou rapidamente os principais desafios enfrentados pelo comércio ao longo das últimas quatro décadas, entre os quais crises políticas e econômicas, além do complexo sistema tributário brasileiro.

“A superação de cada um desses obstáculos nos tornou quem somos hoje, ou seja, uma companhia sólida e, ao mesmo tempo, capaz de se adaptar rapidamente a qualquer demanda do nosso mercado, independentemente do cenário econômico”, declarou.

Resultado de um sonho de juventude do visionário empreendedor que chegou a São Paulo no início da década de 1970, a Poloar foi fundada em 1979 no tradicional bairro da Bela Vista por ele e sua esposa – dona Toninha (in memoriam), como era carinhosamente chamada pelos mais íntimos do casal.

Antes disso, sem muito estudo nem condições financeiras, “porém com muita vontade de vencer na cidade grande”, ele começou um negócio próprio no ramo de instalação de ar-condicionado, num estabelecimento muito humilde localizado também na Bela Vista.

Esse modesto empreendimento, iniciado com muito esforço e dedicação em 1972, foi o embrião da principal revenda de aparelhos de ar condicionado do País, sediada hoje num amplo e moderno edifício localizado na Vila Anastácio, na zona oeste da cidade, onde também funciona seu centro de treinamento para instaladores.

“Nunca duvidei, nem mesmo nos momentos mais difíceis, que teríamos êxito em nossa jornada”, disse o presidente da Poloar, ao afirmar, categoricamente, que “ninguém vence sozinho na vida” e lembrar que essa é a razão pela qual sua família está sempre ao seu lado, ressaltando que “a união fortalece aqueles que lutam com o mesmo propósito”.

Fase de expansão

Com 19 filiais no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País e cerca de 600 mil itens em estoque, a Poloar ainda possui três grandes centros de distribuição estrategicamente localizados para melhor atender seus clientes e parceiros. “Nosso objetivo é trazer o que há de mais inovador em soluções de climatização, sendo referência para o mercado”, afirmou.

“O que nos motiva é o trabalho bem-feito. Afinal, são quatro décadas no mercado mostrando nossa dedicação e compromisso com nossos clientes e parceiros. Fazemos mais do que vender ar-condicionado com qualidade, entregamos conforto e bem-estar para milhões de brasileiros.”

Cercado por familiares e funcionários mais próximos, o executivo reforçou que a atual fase de crescimento vivida pelo distribuidor é fruto da expansão de sua presença em outras praças e dos investimentos feitos em capacitação de técnicos em ar condicionado, com o objetivo de elevar o nível de qualidade dos serviços prestados no mercado nacional. “Assim, todo mundo sai ganhando: cliente, revendedor, instalador e fabricante”, argumentou.

Em sua avaliação, essa visão estratégica de longo prazo foi determinante para a companhia estruturar uma área de pós-vendas muito forte, departamento que a maioria das empresas brasileiras do segmento sequer possui. “Essa é uma forma inteligente de fidelizar o cliente”, resumiu.

De acordo com Tunda, a maior prioridade da Poloar, que hoje detém a expressiva participação de cerca de 40% no varejo brasileiro de condicionadores de ar, é fechar negócios com fabricantes que ofereçam condições favoráveis para o comércio enfrentar seus concorrentes em matéria de preço, realizando também serviços especiais, vendas técnicas e preferenciais. “Nós sempre saímos à frente da concorrência e vamos continuar na liderança”, assegurou.

O grupo, que conquistou milhões de clientes e milhares de parceiros em todo o território nacional ao longo de sua trajetória de sucesso, se diferencia no mercado pelo pronto atendimento prestado a arquitetos, projetistas, decoradores, empresas de engenharia e consumidores finais, conforme mencionou o experiente empresário, ao salientar que, “acima de tudo, determinação e perseverança consagram nosso nome”.

Veja o álbum de fotos. 

Um mercado cada vez mais próspero

Desenvolvidos para resfriar e/ou aquecer múltiplos ambientes simultaneamente e sem a necessidade de instalação de redes de dutos, os sistemas de ar condicionado com fluxo de refrigerante variável (VRF, na sigla em inglês) satisfazem plenamente aos anseios dos clientes mais exigentes.

Afinal de contas, essas máquinas usam algoritmos avançados para otimizar componentes já altamente eficientes, como compressores de velocidade variável e ventiladores controlados eletronicamente, além do sub-resfriamento interno e a modulação da válvula de expansão eletrônica.

Um ar-condicionado do gênero, por exemplo, funciona perfeitamente em cargas parciais e, portanto, cada ambiente climatizado pode ter sua temperatura controlada individualmente.

Muitos empreendimentos comerciais e residenciais de alto padrão têm priorizado sua instalação, devido à facilidade de operação e à economia de energia.

O design compacto e o layout flexível em termos de unidades externas e internas são grandes vantagens competitivas adicionais desses equipamentos, segundo empreiteiros do setor.

“Na era da Indústria 4.0 na construção civil, quem contrata quer soluções prontas”, diz o engenheiro Arnaldo Basile, diretor executivo da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“Para diminuir o custo final dos empreendimentos, só existe uma maneira: reduzir a mão de obra nas construções adotando soluções do tipo Lego. É aí que o VRF se encaixa”, uma vez que “as instalações de centrais de água gelada (CAGs) demandam mão de obra intensiva, e a indústria da construção civil quer exatamente o contrário”.

 A facilidade de instalação dos sistemas VRF, enfim, é altamente atrativa para os empreendedores. “As obras medianas de ar condicionado não serão mais de água gelada, serão de VRF. Isso é irreversível no mundo todo”, ressalta Basile.

De acordo com o gerente de marketing de produto da Midea Carrier, Nikolas Corbacho, o Brasil é um mercado aberto a oportunidades e está mais maduro em relação à aplicação da tecnologia. “Temos visto uma diversificação grande em projetos que antes eram concentrados em água gelada ou package e estão migrando para VRF”, afirma.

“O mercado brasileiro é uma das maiores vertentes deste segmento no mundo, com crescimentos expressivos ano sobre ano”, reforça o engenheiro.

Recentemente, a companhia lançou o Midea V6, “um dos produtos mais avançados e eficientes de sua categoria”, que sai de fábrica com três inovações exclusivas: o Sistema de Gestão de Energia (EMS), o compressor com injeção otimizada de vapor (EVI) e a carga automática de refrigerante (opcional).

“Levando em consideração que o custo da energia elétrica no Brasil está entre um dos mais caros do mundo, a economia em sistemas de climatização torna-se fundamental. Além disso, facilidade na operação e manutenção são outros pontos em destaque”, enfatiza o gerente nacional de VRF da Trane no Brasil, Felipe Oliveira.

Segundo a gerente de produtos da área de ar condicionado central da LG do Brasil, Graziela Yang, o cenário brasileiro apresenta um grande espaço para a expansão do setor comercial, além de um nível de urbanização e reorganização residencial nas cidades ainda em ascensão, que impulsiona a demanda por equipamentos de climatização.

“Os sistemas de ar condicionado também estão sendo integrados a diversas tecnologias de última geração, como sensores conectados à internet, sistemas de controle remoto e unidades de climatização híbridas, para fornecer o máximo conforto com consumo de energia reduzido”, destaca.

Junto com seu portfólio de VRF, a indústria sul-coreana oferece um line up amplo de evaporadoras, inclusive com design diferenciado, como a ArtCool Mirror. “Também possuímos soluções que funcionam com gás natural, como o GHP, que pode ser utilizado em locais com pouca oferta de energia elétrica”, lembra.

“Além dos nossos sistemas de ar condicionado, temos o Hydro Kit, que esquenta água através do calor rejeitado na condensadora. Ao utilizar essa tecnologia, pode-se economizar espaço de instalação (quando comparado com sistemas de placas solares, por exemplo) e energia elétrica ao fornecer água quente para piscinas, chuveiros, cozinhas etc.”, acrescenta.

VRF destaque nesta edição da Revista do Frio

Gargalos

Segundo os fabricantes ouvidos pela Revista do Frio, um dos principais riscos no mercado brasileiro é a falta de qualificação da mão de obra para instalação de máquinas VRF e manutenção desses sistemas, assim como a necessidade de uma melhor regulamentação para detecção de vazamento do gás refrigerante.

“Além da economia relativamente estagnada, a concorrência acirrada entre os mais de dez players do segmento dificulta o desenvolvimento dos negócios no Brasil”, diz Felipe Oliveira, da Trane.

“Isso, de certa forma, gera oportunidade para que os fabricantes se diferenciem no suporte e fornecimento de novas tecnologias ao cliente, o que de fato é uma tendência no mercado brasileiro de sistemas VRF”, afirma.

“Uma das dificuldades de se desenvolver em negócios neste segmento no Brasil é a volatilidade da situação cambial e econômica, que são fatores importantes quando tratamos de produtos importados”, lembra Nikolas Corbacho, da Midea Carrier.

“Além de não termos uma regulação clara em relação aos padrões de eficiência a serem adotados para o nosso mercado, como temos diversas normas internacionais, esse acaba sendo um dos pontos de divergência para aplicações que exigem diferentes níveis de eficiência energética”, revela.

Apesar desses gargalos, o gerente de produto da área de ar condicionado da Samsung, Tiago Dias, considera o mercado brasileiro de VRF muito maduro e com grandes oportunidades. Para superar os desafios, a multinacional investe em produtos de alta tecnologia, com alto nível de eficiência energética e uma enorme gama de unidades internas e externas.

“Além disso, a Samsung conta com profissionais do mais alto nível que auxiliam a elaboração de projetos, suporte de pré e pós venda, e treinamento das empresas de instalação”, diz o gestor, ressaltando que treinamento e suporte aos instaladores são o principal foco do fabricante no segmento de VRF.

Trane lança linha de equipamento split system

A Trane, marca do grupo Ingersoll Rand®, desenvolveu o Trane Oasis, projetado para atender com eficiência as diferentes aplicações comerciais que necessitam de uma solução HVAC Split System.

O modelo possui dimensões otimizadas e por isso demanda menos espaço físico para a instalação. Além disso, o equipamento possui suporte técnico por meio de rede credenciada espalhada por todo o Brasil e oferece garantia de um ano para peças e partes, dois para os compressores e três para o gabinete.

“Nosso diferencial é que temos unidades em estoque e isso permite a entrega em menos de 48 horas. Entre os destaques do lançamento estão a versatilidade de instalação, o alto valor agregado a um preço acessível, a facilidade de manutenção e a qualidade reconhecida dos equipamentos da Trane”, afirma Arturo Del Rio, gerente de produtos unitários da Trane para a América Latina.

O equipamento utiliza o R-410A, gás refrigerante ecológico de menor impacto ambiental. Isso reforça o compromisso climático assinado pela Ingersoll Rand de reduzir significativamente a emissão de gases que agridem a camada de ozônio, tanto no desempenho dos produtos quanto nas operações industriais e comerciais da companhia.

“O Trane Oasis foi desenvolvido para atender uma demanda específica dos nossos clientes no Brasil. A engenharia aplicada no novo splitão concilia a reconhecida qualidade da marca Trane em um formato versátil e acessível, entregando o conforto térmico que nosso cliente necessita.” Juliana Reinhardt – gerente de Marketing para América Latina.

Chemours vence prêmio Sindirepa na categoria gás refrigerante

A Chemours, indústria química global líder em produtos fluorados, tecnologia de titânio e soluções químicas, foi reconhecida como a melhor no setor de gás refrigerante pelo prêmio Sindirepa – Os Melhores do Ano. A empresa foi vencedora da categoria, destacando-se em vários quesitos, como qualidade, disponibilidade e atendimento.

Referência para o mercado, a premiação elege as melhores marcas do setor de reparação de veículos, reconhecendo a atuação dos parceiros que contribuem para o desenvolvimento em cada segmento, destaca o comunicado distribuído à imprensa.

“Este reconhecimento é uma honra para a Chemours, pois atesta que estamos no caminho certo, com produtos adequados que geram impactos positivos na performance dos sistemas de refrigeração e ar condicionado, proporcionando melhor desempenho tanto para empresas, quanto para o meio ambiente”, Carlos Ribeiro, líder vendas da área de fluorquímicos da empresa no País.

A pesquisa do Sindirepa foi feita com 335 reparadores do estado de São Paulo em 19 categorias de produtos e serviços (entre autopeças, equipamentos, óleos lubrificantes, tintas e seguradoras). Após ampla análise, foram identificados os itens que causam maior impacto no atendimento de suas associadas a seus clientes.

Segundo o Sindirepa, o setor de reparação é responsável por 80% da frota circulante de veículos do País, estimada em 44 milhões de unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus; somando motos, chega a quase 60 milhões. No ranking mundial, o Brasil é o 6° maior mercado, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos, Japão, Rússia e Alemanha.

A revelação das marcas vencedoras ocorreu no dia 28 de maio, no Teatro Sesi, na sede da Fiespe, em São Paulo. O evento reuniu representantes da indústria, entidades do setor de reposição e da diretoria do Sindirepa-SP.

Leveros inaugura loja conceito inédita no País

A Leveros promete inovar o varejo de ar-condicionado com a inauguração de uma primeira loja conceito no País, na qual o cliente poderá de fato testar a sensação de bem-estar, circulando em ambientes decorados, iluminados, automatizados, climatizados e abastecidos com energia solar.

Com projeto liderado pelo arquiteto Júlio Takano, o showroom, que abre na próxima segunda-feira (8), já pode ser considerado um marco arquitetônico na Avenida Marquês de São Vicente, na zona oeste da capital paulista. A fachada imponente com as cores da marca Leveros durante o dia e o jogo de luzes durante a noite são elementos de destaque na paisagem.

Empresa investiu R$ 5 milhões em nova loja

Mais do que isso, a implantação do modelo de loja moderna, sofisticada e replicável, que demandou investimento de R$ 5 milhões, sinaliza dois grandes planos de expansão da Leveros a partir de 2020: o crescimento da rede com a implantação de novas lojas próprias nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, nos próximos três anos; e o lançamento de uma inédita franquia de serviços, voltada exclusivamente à instalação e venda dos equipamentos que compõem o portfólio Leveros.

Para a Leveros, empresa nascida em 1978 na cidade de Assis (SP), e focada na venda de ar-condicionado, o novo ciclo de expansão e de ampliação do mix é um caminho natural. “A aquisição de um ar-condicionado significa aumento na conta de luz, por isso decidimos oferecer aos clientes uma solução mais completa e mostrar que um projeto de energia solar fotovoltaica é hoje um dos melhores investimentos”, afirma o CEO da Leveros, Tiziano Filho.

Nova unidade será inaugurada na próxima segunda-feira (8)

Daikin concede acesso gratuito a patentes do R-32

A Daikin está procurando facilitar ainda mais a adoção do hidrofluorcarbono (HFC) R-32, concedendo acesso gratuito a todas as suas patentes depositadas desde 2011.

O acesso às patentes do fluido refrigerante levemente inflamável (A2L) não exigirá a pré-aprovação da empresa, nenhum contrato e nenhuma taxa. Isso elimina processos complicados e fornece acesso rápido e fácil às patentes depositadas.

A Daikin lançou o primeiro equipamento residencial no Japão usando o R-32 em 2012, e desde então, a maioria dos fabricantes de ar condicionado adotaram a substância em pequenos splits como uma alternativa de menor potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) ao HFC R-410A.

Embora as patentes sobre a produção de R-32 tenham expirado há muito tempo, a Daikin detém um grande número de patentes que regem o uso dele em sistemas de ar condicionado.

Para facilitar a sua adoção por outros fabricantes, a Daikin ofereceu acesso gratuito aos países emergentes em 2011 para as 93 patentes depositadas até aquela data. O livre acesso a essas patentes foi expandido ao mundo todo em 2015.

Agora, o compromisso garantindo que qualquer empresa possa utilizar a tecnologia da Daikin sem sofrer nenhum tipo de processo judicial abrange cerca de 180 patentes, principalmente relacionadas a medidas de segurança.

A lista das patentes requeridas e os detalhes específicos sobre o acesso gratuito a elas estão disponíveis aqui.

Resolução do CFT autoriza técnico em refrigeração a elaborar PMOC

Medida leva em conta preocupação com a saúde, segurança, bem-estar e conforto dos ocupantes de ambientes climatizados, diz autarquia.

Uma resolução do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT) definindo quais profissionais de sua base estão habilitados a elaborar e executar o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) de sistemas de ar condicionado deverá ser publicada, em breve, no Diário Oficial da União (DOU).

Assinada em 24 de maio pelo presidente da autarquia, o técnico em edificações Wilson Wanderlei Vieira, a Resolução 68 leva em conta “as competências privativas dos profissionais especializados estabelecidas” na legislação brasileira, “afastando risco ou dano material ao meio ambiente ou à segurança e saúde do usuário do serviço”.

Segundo o CFT, a medida também é baseada na Portaria 3.523, do Ministério da Saúde, e na Lei 13.589, que obriga todos os edifícios de uso público e coletivo que possuem sistemas de climatização com mais de 60 mil BTU/h de capacidade a dispor de um PMOC, observando os parâmetros normativos e de qualidade regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Em seu primeiro artigo, a resolução do CFT explicita que “o profissional técnico industrial habilitado para planejar, elaborar, executar, coordenar, controlar, inspecionar e avaliar a execução de manutenção de sistema de refrigeração e climatização […] é o técnico em refrigeração e ar condicionado, o técnico em mecânica e o técnico em eletromecânica”.

O PMOC deverá ser registrado pelos profissionais do setor por meio do Termo de Responsabilidade Técnica (TRT), conforme estabelece seu segundo artigo.

Polêmica sem fim

Longe de pôr fim a uma discussão que se arrasta desde a sanção da Lei 13.589 em 4 de janeiro do ano passado, a resolução do CFT tende a fomentar mais disputas entre técnicos e engenheiros.

Considerada uma grande conquista do setor, a famosa Lei do PMOC parece ter se tornado um pesadelo para ambas as classes profissionais. Ao sancionar a tão aguardada legislação, o então presidente Michel Temer decidiu vetar seu segundo artigo, o qual deixava claro que o “PMOC deve[ria] estar sob responsabilidade técnica do engenheiro mecânico”.

À época, a Presidência da República justificou que o dispositivo criaria “reserva de mercado desarrazoada, ao prever exclusividade de atuação de um profissional para a responsabilidade técnica do plano instituído pelo projeto [de lei], contrariando dispositivo constitucional atinente à matéria, em violação ao inciso XIII do artigo 5º da Constituição, que garante o direito ao livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão”.

O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) destaca, entretanto, que o PMOC é uma atividade dividida em duas partes: a manutenção mecânica do sistema de ar condicionado e a avaliação da qualidade do ar.

Por isso, a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) esclarece que “a parte relativa à manutenção mecânica é privativa de todos os profissionais de engenharia mecânica (engenheiros, tecnólogos ou técnicos), e a avaliação da qualidade do ar deverá ser realizada por profissionais de engenharia química, engenharia de segurança do trabalho ou de engenharia sanitária”.

Engenheiro Carlos Trombini, presidente do Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento do Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP) | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica
Diálogo é o melhor caminho para solução de conflito entre profissionais de nível técnico e engenheiros, defende Carlos Trombini, presidente do Sindratar-SP | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

“O mercado brasileiro cresceu, as oportunidades cresceram e as profissões têm de encontrar seus caminhos, buscando o desenvolvimento e a criação de oportunidades futuras também”, diz o presidente do Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento do Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP), Carlos Trombini.

“No entanto, no caso do PMOC, a lei que foi para nós um motivo de alegria resultou numa divisão do setor. Está havendo uma falta de harmonização e uma falta de caminhos para se tratar o assunto como ele deveria ser tratado”, avalia.

“Para mim, independente de a responsabilidade técnica pela elaboração e execução do PMOC ser do engenheiro, do técnico ou do arquiteto, o que precisamos, dentro das nossas qualificações, é termos alguns critérios e estarmos juntos na busca desses critérios”, afirma.

O engenheiro classifica como “um incômodo essa discussão sobre quem é responsável, quem executa, o que é necessário fazer para se ter um documento de responsabilidade técnica, se deve emitir TRT, se emite ART, ou seja, criou-se mais uma vez um conflito que deve ser dirimido” entre os conselhos de classe envolvidos e autoridades, a fim de se “encontrar um caminho, não digo perfeito, mas um caminho bom de convivência”.

“Não é através de resolução, de imposições e de falta de diálogo que a gente faz com que o mercado seja organizado e possa crescer”, ressalta.

“Nada contra a criação de conselhos, nada contra a criação de oportunidades, porém eu sinto que a gente precisa trabalhar na construção de um diálogo para que não se tenha mais conflito”, conclui.