Arquivo para Tag: Climatização

Samsung Climatiza visitará mais quatro cidades

No mês de agosto, as cidades de Curitiba, Florianópolis, Maceió e Belo Horizonte receberão a visita do projeto “Samsung Climatiza”. A ação, que foi lançada no mês de abril deste ano, tem percorrido diversas cidades do País com o objetivo de oferecer treinamentos exclusivos, no maior número de localidades, e contribuir com a capacitação de profissionais do setor de instalação e manutenção de ar-condicionado.

O projeto proporciona a experiência real com os equipamentos de refrigeração Samsung, para que todos tenham a oportunidade de tirar dúvidas sobre as principais funcionalidades dos aparelhos, obter dicas de instalação e aplicar os aprendizados sobre os produtos na prática.

No dia 21/08, Curitiba receberá a visita do projeto e oferecerá treinamentos gratuitos aos profissionais locais interessados no assunto na Rua Comendador Araújo, 499 – Batel, às 18h.

Em 23/08, às 18h, será a vez da cidade de Florianópolis sediar a iniciativa, com cursos e a unidade móvel. As ações acontecem no Majestic Palace Hotel – Av. Jornalista Rubens de Arruda Ramos, 2.746, Centro.

Já nos dias 27/08 e 29/08, Maceió e Belo Horizonte serão os destinos do projeto. No dia 27, às 18h, os treinamentos acontecem na capital alagoana no Maceió Atlantic – Avenida Álvaro Otacílio, 4.065. Belo Horizonte receberá a visita da ação com a unidade móvel e os treinamentos para encerrar o mês. Em BH, o caminhão estará estacionado, no dia 29, na Av. Cristiano Machado, 4.001 – Ipiranga.

Os interessados em participar dos cursos nas localidades devem se inscrever diretamente pelo portal Samsung Climatiza, no endereço www.samsungclimatiza.com.br, ou confirmar presença pelo e-mail agenda@ssgclimatiza.com.br

“O Samsung Climatiza é uma grande oportunidade de ampliar a especialização dos instaladores pelos quatro cantos do País. Na unidade móvel e nos treinamentos, todos podem conhecer de perto as funcionalidades e exclusividades dos produtos Samsung no setor de refrigeração, tirar dúvidas e reunir dicas para melhorar ainda mais a utilização dos equipamentos, sua instalação e manutenção”, reforça Jefferson Porto, Diretor Associado de Produtos da Divisão de Digital Appliance da Samsung Brasil.

Lei do PMOC passa a valer para edifícios existentes

Desde o dia 3 de julho, as vigilâncias sanitárias já podem multar os responsáveis por edifícios comerciais e industriais que não estiverem adequados à Lei 13.589/2018, mais conhecida como Lei do PMOC.

A nova legislação, que estava em vigor para novas edificações desde janeiro, exige a execução de um Plano de Manutenção, Operação e Controle de sistemas e aparelhos de ar condicionado em edificações de uso público e coletivo, com o objetivo de eliminar ou minimizar riscos potenciais à saúde dos ocupantes.

Os engenheiros mecânico e industrial são os únicos profissionais que podem planejar e assinar o PMOC, segundo o diretor institucional da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav), Sérgio Helfensteller.

lei do PMOC entra em vigor

“A lei abrange praticamente todos os ambientes comerciais e industriais e entrou em vigor em janeiro, dando prazo de 180 dias para os edifícios existentes se adequarem”, ressalta.

“A multa para quem descumprir a Lei do PMOC pode variar de R$ 2 mil até R$ 1,5 milhão”, informa o engenheiro mecânico Gilsomar Gabriel da Silva, que ministrou, recentemente, curso sobre o tema na sede da Asbrav, em Porto Alegre.

“É importante destacar que a lei é válida para quem tem mais de 60 mil BTU/h instalados, o que é bem simples de encontrar, como empresas com quatro equipamentos de 12 mil BTU/h em suas dependências, por exemplo”, lembra.

Os sistemas de climatização e os respectivos planos de manutenção previstos na lei devem obedecer aos parâmetros de qualidade regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

“Estas legislações estabelecem os parâmetros de qualidade do ar, como temperatura ambiente, de conforto e umidade do ar, por exemplo”, diz o especialista.

“Imaginem uma sala pequena com quarenta pessoas e um sistema de climatização sem manutenção. Estas pessoas correriam o risco de contrair vírus e bactérias que circulam. A troca de ar com o ambiente externo é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar da população. Lembrando que passamos cerca de 80% do nosso tempo em ambientes fechados. Então, o PMOC acaba sendo uma questão de saúde pública”, explicou.

Segundo o engenheiro Arnaldo Lopes Parra, vice-presidente de comunicação e marketing da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), são inúmeras as doenças comprovadamente causadas pela má qualidade do ar, que podem estar associadas a sistemas com deficiência de manutenção, tais como pneumonia, dores de cabeça, gripes, rinites, asmas e bronquite.

“O SUS informa gastar cerca de R$ 1,4 bilhão por ano com o tratamento de pacientes com doenças respiratórias”, ressalta.

“Entendo que a aplicação desta Lei do PMOC é cultural e provocará uma mudança no comportamento dos usuários, que, com o tempo, perceberão os benefícios que um sistema de ar condicionado com boa manutenção pode proporcionar”, avalia.

Segundo ele, a Abrava recomenda a contratação de empresas que atendam aos requisitos necessários para efetivação do trabalho com profissionais qualificados e sob supervisão de um responsável técnico devidamente habilitado, conforme determinam o Confea e seus respectivos Creas.

“Existem diversos profissionais no mercado aptos a prestar o melhor serviço de consultoria sobre como se beneficiar com esta regulamentação. A ação positiva gera resultados imediatos”, salienta. 

 

Lei polêmica

Embora o presidente Michel Temer tenha vetado o artigo que atribuía a engenheiro mecânico a responsabilidade pelo PMOC, os técnicos de nível médio não estão autorizados a assiná-lo, conforme ressalta o canal da Abrava que tira dúvidas sobre a Lei do PMOC.

De acordo com a associação, os responsáveis pelos serviços de limpeza e manutenção dos equipamentos são os engenheiros mecânicos ou engenheiros industriais (modalidade mecânica), ou tecnólogos da área de engenharia mecânica.

Já os serviços de avaliação biológica, química e física das condições do ar interior dos ambientes climatizados são de responsabilidade de engenheiros químicos ou engenheiros industriais (modalidade química), ou engenheiros de segurança do trabalho ou tecnólogos da área de engenharia química.

“Os refrigeristas podem prestar assistência técnica e assessoria no estudo, pesquisa e coleta de dados, execução de ensaios, aplicação de normas técnicas e regulagem de aparelhos e instrumentos concernentes aos serviços de fiscalização de qualidade do ar nos ambientes climatizados”, esclarece a entidade.

Apesar do embasamento legal que atribui a engenheiros a responsabilidade pelo PMOC, o recém-criado Conselho Federal dos Técnicos Industriais deve lutar para regulamentar essa atividade para seus representados.

 

Instituição oferece cursos de refrigeração para mulheres em Manaus

O Centro de Ensino Técnico (Centec) está oferecendo curso de climatização e refrigeração para mulheres em Manaus. Desta vez, a capacitação é voltada para a refrigeração automotiva e com aulas totalmente presenciais, o que a torna pioneira no segmento na capital. Homens também podem participar.

Para o professor e instrutor do curso, Ricardo Mota, hoje o mercado de trabalho está mais democrático em todos os setores, o que permite a inclusão do público feminino em funções que antes eram exercidas somente por homens. “Após algumas portarias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e das fiscalizações que exigem mais segurança no exercício da profissão, algumas mulheres enxergaram oportunidades nesse ramo. Temos uma aluna que vai representar muito bem o público feminino nesse universo que era 99% dominado por homens”, enfatizou.

Segundo Mota, como as novas tecnologias permitem o mínimo de esforço para o serviço, isso dá às mulheres chances para competir com os homens de igual para igual. “Elas estão dominando o mercado de trabalho em todos os setores e não seria diferente na área de refrigeração e climatização. O Centec terá o orgulho de formar a primeira mulher técnica nesta área”, frisou.

 

Diferencial

De acordo com o professor, o novo programa de refrigeração automotiva da Centec reforça, inclusive, a grade curricular do curso, sendo mais um diferencial para quem busca qualificação de alto nível. “A capacitação de profissionais da área de refrigeração automotiva só era feita em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Agora, Manaus entrou neste cenário por meio do Centec”, disse.

“Além de professores muito bem capacitados, outro diferencial da nossa instituição são os equipamentos do laboratório, altamente estruturado”, destacou o professor, referindo-se ao laboratório de estudos práticos, específicos para as áreas industrial, comercial e residencial. O espaço, segundo a Centec, está equipado com máquina recolhedora e recicladora de última geração, atendendo rigorosamente à legislação ambiental.

 

Curso

Ainda segundo o instrutor, a máquina recolhedora e recicladora é fundamental nas aulas, pois os alunos têm mais chances de ampliarem o conhecimento sobre o manuseio e instalação do aparelho. Conforme ele, os alunos participam de testes com instalações de máquinas de pequeno, médio e grande portes para refrigeradores automotivos e ainda de simulações de manutenção preventiva.

Os alunos participantes do curso terão aulas teóricas com 16 disciplinas específicas para o curso técnico em refrigeração e climatização e mais as aulas práticas em laboratórios que serão definidos ao longo das aulas. O curso dura um ano e oito meses, sendo que o novo programa de refrigeração automotiva tem carga horária de 140 horas, divididas entre aulas práticas e teóricas.

 

Novas turmas

O curso de refrigeração automotiva também pode ser feito separadamente. As novas turmas específicas para a modalidade estão previstas para iniciarem a partir do mês de setembro e a carga horária é de 100 horas.

A grade também oferece aulas práticas de comandos elétricos e eletrotécnicos, funções primordiais para o exercício da profissão de técnico de refrigeração e climatização. “O aluno do Centec recebe os termos técnicos desde as primeiras disciplinas, o que faz todo o diferencial no serviço que será prestado futuramente. Trabalhamos muito a questão da atuação do profissional no mercado, a parte de segurança no trabalho e a qualidade do serviço. Nós buscamos a soma disso, qualificar e capacitar o profissional para que ele seja o diferencial”, ressalta o professor.

 

O Centec

O Centec é uma instituição especializada na educação profissional e está localizado na avenida Djalma Batista, 646, São Geraldo, Zona Sul de Manaus. Os interessados em outras informações podem ligar para os números: 3249-6078 ou 99223-1580.

Samsung Climatiza visita Natal para apresentar portfólio de ar-condicionado

A unidade móvel “Samsung Climatiza” estará amanhã (5) em Natal (RN), estacionada no no Praiamar Natal Hotel Convention, localizado na rua Francisco Gurgel, 33. A ação tem como foco os instaladores de ar-condicionado e serve como uma vitrine e oportunidade para manuseio de produtos, complementando o treinamento oferecido a esses profissionais.

Os instaladores terão à disposição vídeos explicativos e informações sobre cada um dos produtos expostos no caminhão da Samsung, garantindo uma imersão ainda mais completa durante a visita.

Entre os produtos disponíveis na vitrine sobre rodas estão o Wind-Free, mais novo lançamento da Samsung no setor de ar-condicionado, equipado com o revolucionário sistema de refrigeração sem vento*; o Cassette de 1 via; o Split Digital Inverter e o Multi Split Inverter, display com diferenciais dos compressores de 4 e 8 polos.

A ação “Samsung Climatiza” pretende também tornar os produtos da marca mais conhecidos entre os consumidores, visto que a unidade móvel é aberta à visitação do público, servindo como exposição interativa do portfólio da marca no setor de refrigeração.

“Essa ação tem como foco os instaladores de ar-condicionado que receberão treinamentos exclusivos realizados pela Samsung e serve como oportunidade para que os profissionais experimentem na prática os equipamentos da marca e possam obter dicas de instalação, além de tirar dúvidas sobre os produtos”, explica Jefferson Porto, Diretor Associado de Produtos da Divisão de Digital Appliance da Samsung Brasil.

Climatização de edifícios comerciais puxa expansão do mercado de VRF

O mercado global de sistemas de climatização com fluxo de refrigerante variável (VRF, em inglês) movimentou US$ 11,26 bilhões no ano passado. Até 2023, a receita do setor deverá atingir US$ 22,81 bilhões, segundo relatório da Market.Biz.

A pesquisa revela que o rápido crescimento desta indústria pode ser atribuído a vários fatores, como tecnologia de ponta, alta eficiência energética, fácil instalação e menor impacto ambiental.

Os equipamentos VRF usam algoritmos avançados para otimizar componentes já altamente eficientes, como compressores de velocidade variável e motores de ventiladores, além do sub-resfriamento interno e modulação da válvula de expansão eletrônica.

Segundo o estudo, as máquinas que funcionam como bomba de calor (heat pump) devem liderar o mercado de VRF durante o período de previsão.

É provável que as aplicações comerciais detenham a maior parte da demanda nos próximos cinco anos, devido à expansão da indústria de construção e à facilidade de instalação destes equipamentos.

Os principais players globais do setor, de acordo com o relatório, são Daikin (Japão), Mitsubishi Electric (Japão), Hitachi (Japão), Midea (China), Carrier (EUA), Samsung Electronics (Coreia do Sul), Panasonic (Japão), Lennox International (EUA), Ingersoll Rand (Irlanda), Fujitsu (Japão) e LG Electronics (Coreia do Sul).

 

Equipamento de VRF

Vantagens da tecnologia

O sistema VRF pode ser considerado a mais avançada tecnologia do mercado de climatização. Com ele, uma única unidade externa é capaz de suprir diversas unidades internas sem a necessidade de instalação de redes de dutos.

Um ar-condicionado do gênero funciona perfeitamente em cargas parciais e, portanto, cada ambiente climatizado pode ter sua temperatura controlada individualmente.

Aliás, os sistemas de controle deles têm evoluído significativamente, com muitas opções de integração com outras modalidades de ar condicionado, se estendendo, inclusive, ao controle via aplicativos em smartphones.

Também há no mercado máquinas que recuperam calor, ou seja, elas podem ser usadas tanto para aquecer quanto resfriar, simultaneamente, diversos ambientes.

Neste caso, o sistema reaproveita o calor de retorno de uma sala para aquecer outra, o que aumenta a eficiência energética e resulta em economia e conforto para os ocupantes dos edifícios.

Embora os sistemas VRF existam há mais de 30 anos, sua popularidade está crescendo mais do que nunca em todo o mundo, segundo os principais fabricantes do setor.

De acordo com a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), o mercado de VRF foi um dos únicos, dentre os sistemas centrais de ar condicionado, que mantiveram o volume de vendas sem grandes perdas nos últimos três anos, após pico histórico em 2014, com pequena recuperação – na faixa de 8% – em 2017.

No País, muitos edifícios comerciais e alguns residenciais de alto padrão têm priorizado a aquisição deste sofisticado sistema de ar condicionado de operação fácil e econômica.

Seu design compacto e layout flexível em termos de unidades externas e internas são as vantagens adicionais que levam à adoção cada vez mais maior de sistemas VRF em prédios corporativos e residenciais.

Devido à sua capacidade de expansão modular, eles são ideais para aplicação em grandes empreendimentos. “Estamos vendo seu uso integrado com sistemas de tratamento dedicado de ar externo (DOAS), seja de expansão direta (DX) ou indireta (água gelada), introdução de unidades de tratamento de ar (AHU) de maior capacidade e com melhor filtragem para atender a grandes projetos e aplicações não cobertas pelas linhas tradicionais”, salienta o engenheiro Luciano Marcato, presidente do Departamento Nacional de Ar Condicionado Industrial da Abrava.

“O uso de sistemas com recuperação de calor também deve crescer nos próximos anos, assim como a busca por novas famílias de fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP), em função da pressão por parte de alguns clientes em banir o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs) como o R-410A, substância muito aplicada hoje nos VRFs”, informa.

Segundo o diretor comercial da FR Climatização, Rodrigo Men, a utilização de VRF vem crescendo exponencialmente em segmentos como o hospitalar e o educacional.

“O VRF tem muito a crescer no Brasil. Acredito que após as eleições presidenciais, o mercado de construção civil retomará seu crescimento e levará o setor junto”, prevê.

Climatização - Refrigerista na manutenção do VRF
Desafios e oportunidades

De acordo com Rodrigo Men, o maior risco atual no mercado de VRF no Brasil é a falta de conhecimento de como se trabalha e aplica este produto.

Esse cenário obriga os fabricantes a investirem muito tempo em treinamentos básicos, incluindo a parte de fundamentos que necessitaria ser obtida em escolas e cursos técnicos.

Também falta estruturação mais forte nas universidades focando os sistemas de climatização e refrigeração, apontam fabricantes, empreiteiros e vendedores.

“O VRF não é como um ar-condicionado de janela ou um ‘split pé de boi’, que, às vezes, mesmo que instalados incorretamente, apresentam um certo rendimento e funcionam por um tempo. O VRF não pode ser vendido de qualquer maneira esperando que o ‘instalador’ resolva como configurar e instalar. O cliente final, quando adquire um equipamento desse tipo, espera ter a melhor solução em climatização disponível no mercado, uma máquina com tecnologia de ponta e cheia de benefícios”, diz.

Para fabricantes como a Daikin, a sinergia entre projetistas, instaladores e fabricantes é primordial para trazer a melhor solução em sistemas VRF, patenteados pela japonesa como VRV, sigla em inglês para volume de refrigerante variável.

Para suprir a demanda local, a indústria asiática tem trazido constantemente ao Brasil novidades que diferenciam seus produtos no mercado. Uma delas é a linha VRV Inova, que tem como grande inovação a função VRT (Variable Refrigerant Temperature, ou Temperatura de Refrigerante Variável), que realiza o ajuste automático na temperatura de evaporação do refrigerante, permitindo um maior número de opções de operação do sistema, variando desde uma maior economia de energia (em média 30% mais econômico do que o próprio VRV Inova) até atuar de forma a combater a carga térmica o mais rapidamente possível.

Segundo o engenheiro de aplicação da Midea Carrier, Gustavo Hoffmann, as indústrias do setor enfrentam no Brasil dificuldades como altas taxas de impostos, classificação fiscal nem sempre de fácil interpretação e falta de clareza em normas técnicas.

Por isso, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vem trabalhado para revisar o conceito de alguns produtos diferenciando tecnologia, aplicações etc.

Recentemente, a entidade revisitou o conceito de VRF, iniciativa cujos frutos devem ser colhidos em breve. Acredita-se que o próximo passo será dado pelo Inmetro, normatizando a classe de eficiências dos equipamentos, pois sem esse processo compulsório, cada fábrica utiliza um órgão certificador diferente, prejudicando o entendimento dos profissionais de climatização e, principalmente, o cliente final.

“Os sistemas VRF já são bastante diversificados e estão consolidados no mercado interno. Temos projetos pensados para VRF, instaladores com treinamento e experiência e uma grande concorrência de fabricantes, com mais de dez players com produtos desta categoria”, destaca, lembrando que a joint venture possui duas linhas para o segmento.

A primeira, prossegue, conta com equipamentos de alta capacidade, com tecnologia 100% inverter de alta eficiência e maior proteção anticorrosiva para áreas litorâneas, em relação às linhas convencionais do mercado. “Temos diversas obras com esta proteção especial, que garante um tempo de vida maior, com um custo inicial relativamente baixo”, afirma.

O segundo equipamento é uma máquina com condensação a água e exclusiva tecnologia de trocador tubo em tubo, possibilitando a utilização em edifícios com torre de água de condensação aberta. “Com isto, é possível reduzir o custo inicial da instalação e trabalhar com sistemas mistos e retrofits de edifícios que possuam água gelada”, diz.

Para a Samsung, o mercado brasileiro de VRF apresenta grande potencial de expansão graças à demanda crescente por soluções cada vez mais avançadas no ramo de climatização.

“Um país extenso e com variações de clima durante todo o ano está repleto de oportunidades para trabalharmos o segmento de ar condicionado, tanto em residências amplas como edifícios comerciais de médio e grande porte. Este é um mercado promissor, que apresenta ao usuário diversas inovações tecnológicas, mas que conta com o desafio de que o produto seja bem instalado para proporcionar alto desempenho”, reforça o gerente de produto da área de climatização da empresa, Tiago Dias.

Para o segmento, a Samsung dispõe do DVM S Eco 14HP, que é uma unidade VRF de ar condicionado com descarga lateral projetada para oferecer uma solução única externa para edifícios de apartamentos e escritórios, atendendo à crescente demanda por uma unidade externa que reduza os custos relacionados com a instalação de dutos secundários e cargas em edifícios com várias salas.

O design inovador da DVM S Eco 14HP possui um robusto Inverter Scroll Compressor e trocador de calor ondulado que melhoram o desempenho térmico em 20% e aumentam o fluxo de ar em 10% em comparação com unidades VRF padrão.

“Uma única unidade externa atende o sistema de ar condicionado em um prédio de apartamentos ou escritórios, em vez de várias unidades custosas. Toda a área do edifício é coberta, já que a nova unidade também fornece uma tubulação estendida com até 160 metros de comprimento e altura de instalação de até 50 metros. A largura da nova DVM S Eco 14HP é de menos de um metro (940 milímetros), permitindo melhor uso do espaço. Além disso, a tubulação de quatro vias facilita a instalação”, explica.

Outro fabricante que vê boas oportunidades no mercado nacional é a Trane.  “Hoje, investimos muito para crescer nesse segmento e o que a gente vê é justamente uma série de fabricantes se preocupando com esse avanço do VRF por causa da redução brusca dos mercados de aparelhos unitários e todos, principalmente aqueles que têm uma operação local, sentem isso de uma maneira mais forte”, ressalta o diretor de soluções ductless da subsidiária brasileira, Matheus Lemes.

Inclusive, a empresa deve anunciar, em breve, diversos lançamentos. “Teremos condensadoras com capacidade igual ou maior à de todos os players do mercado, horizontais que vão até 16 hp; condensadoras verticais com o dobro dessa capacidade e 4 módulos. Elas possuem novas plataformas touch screen, para fazer o gerenciamento e controle de todas as unidades em uma única central, tudo isso com a possibilidade de integração via protocolos abertos e comunicação com o sistema de automação predial”, revela.

“Estamos avançando demais na área de automação e controle dos nossos sistemas, assim como em uma plataforma de serviço de controle de energia. Tudo isso são novidades que a gente tem para o mercado este ano e que, principalmente, ajudam a reforçar a nossa posição”, completa.

Segundo o gerente de produto da área de ar condicionado da LG, Daniel Fraianelli, a necessidade de reaquecimento do mercado imobiliário tem levado prédios antigos a buscar novos inquilinos, o que, certamente, eleva a demanda por sistemas de climatização que oferecem maior conforto e, principalmente, menores custos de operação.

“Nossa proposta é continuar quebrando as barreiras e educando cada vez mais o consumidor com seminários técnicos e intensificado a atuação junto a formadores de opinião. Dessa forma, será possível divulgar cada vez mais as novas tecnologias de VRF e como este sistema tem contribuído para o crescimento do mercado de ar condicionado”, afirma.

A principal novidade da companhia sul-coreana para o setor é a tecnologia Dual Sensing Control. “Enquanto sistemas de VRF tradicionais ignoram a umidade do ar durante a sua operação, o Multi V 5 mede tanto a umidade como a temperatura, gerando ao mesmo tempo economia, ao aliviar a operação do compressor em situações de baixa carga térmica, e conforto, evitando o ressecamento excessivo do ar, bastante comum em uso prolongado de ar condicionado”, explica.

O empreendimento West Corp, localizado em Barueri (SP), conta com 2.048 hp instalados e foi o primeiro a utilizar essa tecnologia no País, segundo o fabricante.

“Além disso, o hotel Tauá, em Atibaia (SP), conta com mais de 1.300 hp e dispõe dessa tecnologia, junto com um sistema de reaproveitamento de calor para aquecer a água dos chuveiros, pias e piscinas”, revela.

 

Como lidar com um compressor ineficiente

Alta pressão de sucção e baixa pressão na linha de líquido podem colocar a qualidade e a segurança do produto em risco.

Ao atender um chamado de manutenção, é comum o refrigerista encontrar um compressor com pressão de sucção acima do normal junto com uma pressão na linha de líquido abaixo da desejável.

Muitas vezes, o equipamento de refrigeração ainda está funcionando, mas a temperatura do produto é muito quente, o que causa deterioração na qualidade e na segurança do produto.

Esse tipo de chamado é difícil de resolver porque o compressor ainda está resfriando, mas não o bastante para atingir sua capacidade máxima. Em casos assim, os produtos de média temperatura irão se desgastar mais rapidamente, ao passo que os de baixa não irão  congelar de maneira tão sólida quanto deveriam.

Há três razões principais para um compressor apresentar pressão de sucção acima do normal e pressão na linha de líquido abaixo da ideal. São elas:

  • Válvulas do compressor ruins (com vazamento)
  • Anéis do compressor desgastados
  • Separador de óleo com vazamento

Válvulas com vazamento

As válvulas do compressor podem se tornar ineficientes ao serem superaquecidas e distorcidas, ou por causa de depósitos de carbono e/ou borra, o que as impede de serem vedadas corretamente. Isso pode ser causado por:refrigerista arrumando compressor de uma geladeira

  • Problemas de migração do refrigerante
  • Problemas de transbordamento do refrigerante
  • Ácidos e/ou borra no sistema
  • Uma válvula de expansão termostática mal instalada, o que resulta em ausência de superaquecimento ou superaquecimento muito elevado
  • Uma carga de refrigerante abaixo do recomendado (alto superaquecimento)
  • Superaquecimento do compressor
  • Escoamentos do tipo slug (golfada) do refrigerante e/ou do óleo
  • Umidade e calor causando acúmulo de borra

Imagine uma situação de manutenção em que as válvulas de um compressor do sistema de refrigeração não estão fechando de modo apropriado. O técnico mede as temperaturas e pressões do sistema e então calcula o split (diferença entre a temperatura ambiente e a do condensador) e o sub-resfriamento do condensador, além dos valores de superaquecimento do compressor e do evaporador. Ambos os valores medidos e calculados seguem abaixo:

Valores medidos

  • Temperatura de descarga do compressor: 280 ºF (138 ºC)
  • Temperatura de saída do condensador: 75 °F (24 ºC)
  • Temperatura de saída do evaporador: 25 °F (-4 ºC)
  • Temperatura de entrada do compressor: 55 °F (13 ºC)
  • Temperatura do espaço refrigerado: 25 ºF (-4 ºC)
  • Amperagem do compressor: baixa
  • Pressão de baixa: 11.6 psig/10 °F
  • Pressão de alta: 95.0 psig/85 °F
  • Temperatura ambiente: 80 ºF (26,5 ºC)

Valores calculados

  • Temperatura split do condensador: 5 ºF (-15 ºC)
  • Sub-resfriamento do condensador: 10 ºF (-12 ºC)
  • Superaquecimento do evaporador: 15 ºF (-9,5 ºC)
  • Superaquecimento no compressor (total): 45 ºF (7 ºC)

Sintomas

  • Temperaturas de descarga acima do normal
  • Baixas temperaturas e pressões de condensação (cabeçote)
  • Sub-resfriamento normal ou elevado
  • Superaquecimentos normais ou elevados
  • Pressões do evaporador elevadas (sucção)
  • Baixa amperagem

Ao analisarmos o sistema no exemplo dado, é importante entender como as temperaturas de descarga superiores ao normal afetam os lubrificantes. A temperatura de descarga é medida a 2 polegadas (5 cm) de distância do compressor. Isso significaria que a temperatura real da válvula de descarga seria de aproximadamente 162 °C (138 °C + 24 °C), visto que a adição de 24 ºC à leitura da temperatura da linha de descarga proporcionará ao técnico uma temperatura aproximada da válvula de descarga.

Os lubrificantes de óleo mineral começam a se decompor a 350 ºF (176 °C) e lubrificantes de poliol éster (POE), a 400 °F (204 ºC). Qualquer aumento de temperatura acima destes pontos provoca uma polimerização de óleo. É na polimerização que as moléculas do lubrificante começam a se combinar em moléculas maiores. O produto final é o óleo grosso e escuro; depois, a borra; e, finalmente, um pó sólido.

Esse processo é conhecido como degradação do lubrificante. A borra de óleo e outros subprodutos de sua decomposição também podem se prender a superfícies internas, inclusive válvulas de sucção e descarga, além de placas de válvulas.

Uma válvula de descarga que não esteja posicionada adequadamente porque foi danificada ou acumulou borra fará com que a pressão na linha de líquido seja baixa. A razão é que o vapor de refrigerante será forçado a sair do cilindro para dentro da linha de descarga durante o movimento ascendente do compressor. No movimento descendente, este mesmo refrigerante que está comprimido na linha de descarga será sugado de volta para o cilindro porque a válvula de descarga não está encaixada corretamente.

Este ciclo curto de refrigerante causará o aquecimento dos gases de descarga repetidamente e causará temperaturas de descarga superiores às normais. Porém, se o problema da válvula progrediu para o ponto onde quase não há fluxo de refrigerante através do sistema, haverá uma temperatura de descarga mais baixa a partir da taxa de fluxo extremamente reduzida.

Pressões de condensação baixas (cabeçote)

Uma vez que as válvulas do compressor começam a vazar e alguns gases de descarga estão sendo encaminhados para dentro e para fora do cilindro do compressor, haverá um baixo fluxo de refrigerante através do condensador. Isso vai resultar em uma redução na carga de rejeição de calor no condensador e nas pressões e temperaturas de condensação (cabeçote).

Sub-resfriamento de condensador normal ou alto

Haverá um fluxo de refrigerante reduzido através do condensador e, portanto, através de todo o sistema, devido ao fato de componentes do sistema estarem em série. A maior parte do refrigerante estará no condensador e no receptor. Isso pode dar ao condensador um sub-resfriamento um pouco maior.

Superaquecimento entre o nível normal ou elevado

Devido ao fluxo reduzido de refrigerante através do sistema, a válvula de expansão termostática (TXV) pode não receber a taxa de fluxo de refrigerante que necessita. O resultado pode ser superaquecimentos elevados; no entanto, os superaquecimentos podem ser normais se o problema da válvula não for severo.

Pressão de evaporação elevada (sucção)

O vapor de refrigerante será retirado da linha de sucção para dentro do cilindro do compressor durante o movimento descendente do compressor. No entanto, durante o movimento ascendente, este mesmo refrigerante pode voltar a entrar na linha de sucção porque a válvula de sucção não está corretamente instalada devido à borra de óleo ou outros subprodutos da degradação de óleo que aderem à sua superfície. Os resultados são altas pressões de sucção. As válvulas de sucção ou de descarga também podem ficar entortadas por causa de um problema de superaquecimento do compressor.

Baixa carga de amperagem

É causada pelo fluxo reduzido de refrigerante através do compressor. Durante o ciclo de compressão, parte do refrigerante irá escorrer através da válvula de sucção e voltar para a linha de sucção, o que reduz o fluxo de fluído refrigerante. Durante o ciclo de sucção, parte do refrigerante irá escorrer através da válvula de descarga por não estar encaixado adequadamente e voltará ao cilindro do compressor. Em ambas as situações, há uma taxa de fluxo de refrigerante reduzida, o que diminui a carga de amperagem.

Anéis do compressor desgastados

Quando os anéis do compressor estão gastos, os gases de descarga do lado superior irão passar por eles durante o ciclo de compressão e darão ao sistema uma pressão mais baixa na linha de líquido. Como os gases de descarga vazaram através dos anéis e entraram no cárter, a pressão de sucção também será maior do que o normal. O sintoma resultante será uma pressão na linha de líquido mais baixa com uma maior pressão de sucção. Os sintomas apresentados em anéis gastos são muito semelhantes às válvulas com vazamento.

Separador de óleo com vazamento

Quando o nível de óleo no separador é alto o suficiente para levantar a boia, uma agulha de retorno de óleo é aberta, e o óleo retorna ao cárter do compressor através de uma pequena linha de retorno.

A diferença de pressão entre as partes alta e baixa do sistema de refrigeração é a força motriz para fazer o óleo viajar do separador de óleo para o cárter do compressor. O separador de óleo está no lado alto do sistema e o cárter do compressor no lado baixo. A válvula de agulha de retorno de óleo operada por boia está localizada em uma altura elevada o suficiente no reservatório de óleo para permitir que o óleo limpo retorne automaticamente ao cárter do compressor. É necessária apenas uma pequena quantidade de óleo para acionar o mecanismo flutuante, o que garante que apenas uma pequena quantidade de óleo esteja sempre ausente do cárter do compressor em qualquer momento.

Quando o nível de óleo no cárter do separador de óleo cai para um certo nível, a boia força a válvula da agulha a fechar. Quando o mecanismo flutuador de um separador de óleo fica ruim, pode acabar desviando o gás de descarga quente diretamente no cárter do compressor. A válvula de agulha também pode ficar presa parcialmente por causa de sujeira no óleo. Isso causará entrada direta de alta pressão no cárter do compressor.

Fabricantes buscam a máxima eficiência

O compressor é a parte mais básica e crucial de um sistema de refrigeração. Sua principal função é succionar o fluido refrigerante a baixa pressão e comprimi-lo em direção ao condensador a alta pressão e temperatura na fase gasosa. É por isso que a performance de um sistema de refrigeração depende do desempenho do compressor.

Estes equipamentos são utilizados numa grande quantidade de aplicações, como refrigeração doméstica, refrigeração comercial e em sistemas frigoríficos utilizados na indústria de transporte.

O principal uso dos compressores está no processo de preservação de alimentos, mas eles também são largamente utilizados em sistemas de conforto térmico, na indústria química, entre outros setores.

Com a evolução da tecnologia, os refrigeradores domésticos estão ficando mais baratos. Este é um dos motivos que levarão o mercado global de compressores a registrar uma taxa de crescimento anual composta de 5% entre 2017 e 2021.

Com o aumento do consumo de alimentos processados e congelados em todo o mundo, espera-se que a indústria de compressores cresça a um ritmo acelerado.

Nos últimos anos, o varejo global vem crescendo rapidamente. Muitos grandes players do setor varejista estão se expandindo em vários países, especialmente nas economias emergentes.

Enfim, o que se vê é um aumento do número de supermercados e hipermercados que requerem grandes sistemas de refrigeração. Esta tendência também é responsável pelo crescimento do mercado global de compressores.

Com a demanda por alimentos congelados, embalados etc. aumentando rapidamente, o mercado de compressores aplicados em sistemas de transporte está experimentando um rápido crescimento.

A indústria farmacêutica também precisa de sistemas de refrigeração altamente avançados para o processo de resfriamento de certas matérias-primas, produtos acabados e semiacabados. Isso, obviamente, alavanca o setor.

Atualmente, um grande número de fabricantes de compressores se concentra em pesquisar e desenvolver novas tecnologias com níveis cada vez mais aprimorados de eficiência.

“Todas as redes de supermercados, das grandes às pequenas, têm dado uma atenção especial ao consumo de energia elétrica”, lembra Rodolfo Cereghino, diretor de pesquisa e inovação da Embraco.

Sediada em Joinville, a indústria de compressores investe de 3% a 4% de sua receita líquida em pesquisa e desenvolvimento, independentemente do cenário econômico.

Além de ser pioneira na utilização de fluidos refrigerantes naturais, a empresa detém 1,7 mil patentes. Por isso, ela está entre as empresas privadas com maior número de patentes depositadas vigentes no Brasil e nos Estados Unidos.

Segundo o gerente de desenvolvimento de negócios da Danfoss, Gustavo Asquino, a busca e a necessidade por equipamentos mais eficientes tornam os compressores com tecnologia inverter e válvula intermediária de descarga (IDV) uma tendência.

“Quando falamos de equipamentos inverter, o mercado de ar condicionado está um passo à frente. Agora é o mercado de refrigeração que vem avançando fortemente neste caminho à procura de soluções de eficiência energética para as lojas”, analisa.

“Ainda que timidamente, as legislações internacionais com relação à eficiência energética e ao aquecimento global vêm influenciando o Brasil. Por isso, cada vez mais teremos equipamentos aprovados para novos fluidos refrigerantes”, acrescenta.

Quem também investe fortemente em novas tecnologias é a Elgin. “O objetivo é atender as necessidades do mercado, visando o melhor desempenho com a qualidade e melhor eficiência enérgica”, enfatiza o supervisor de engenharia de aplicação da empresa, Alexandre Rosa da Costa.

Temperaturas acima dos 28 ºC afetam raciocínio

Temperaturas acima dos 28 graus centígrados nas salas de aula podem dificultar o raciocínio, a lógica e a aprendizagem dos alunos, indicam os resultados preliminares de um estudo que envolve pesquisadores portugueses e brasileiros.

“A temperatura mais elevada do ar pode provocar o aumento da frequência cardíaca dos estudantes acima de 100 batimentos por minuto”, passando estes a consumir “mais calorias” e a diminuir o “desempenho cognitivo”, explicou Paulo Oliveira, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), do Politécnico do Porto, uma das entidades portuguesas que participam no projeto.

Esta situação, contou o professor, verificou-se em algumas regiões do norte e nordeste do Brasil, como Manaus e Teresina.

sala de aula com temperaturas adequadasEstes são alguns dos resultados preliminares do estudo “Condições Térmicas e Desempenho em Ambientes de Ensino – Norte de Portugal e Nordeste do Brasil”, no qual pesquisadores da ESTG e da Universidade Federal da Paraíba, analisam a influência das mudanças de temperatura no desempenho cognitivo dos alunos.

Relativamente a temperaturas temperadas, que se encontram entre os 22 e 24 graus centígrados, a interferência encontrada não era significativa, indicou o pesquisador.

De acordo com Paulo Oliveira, é fundamental que as salas de aula reúnam as condições para os alunos aprenderem de forma confortável, passando, a este nível, pela regulação da temperatura e pelo conforto térmico.

Para o trabalho luso-brasileiro foram recolhidos dados ao nível de parâmetros cardiovasculares, consumo de energia e de conforto ambiental, em contexto de sala de aula.

O estudo abrangeu uma amostra de estudantes de várias turmas das licenciaturas em Engenharia Informática e em Ciências Empresariais, tendo sido efetuadas medições quando da utilização de equipamentos tecnológicos, como computadores portáteis.

No decorrer das medições em contexto de aula, os estudantes tinham que responder, em simultâneo, a testes de sequência lógica para avaliação do seu desempenho cognitivo, com registro do tempo e das calorias consumidas pelo organismo, enquanto eram expostos aos parâmetros de conforto ambiental do meio envolvente.

O trabalho de cooperação começou em 2016, com o projeto “Mudanças Climáticas e Elevação da Temperatura do Ar: Implicações na Saúde e no Desempenho de Alunos em Ambientes Climatizados”, co-financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Brasil.

Fonte: Postal – Portugal

Prefeitura do Recife lança programa que prevê climatização para escolas da rede municipal

A Prefeitura do Recife vai lançou o Programa Novo Clima, que prevê climatização completa das 309 unidades de ensino do município até 2019.

No total, serão investidos R$ 15 Milhões em aquisição, instalação e manutenção dos equipamentos de ar-condicionado e, ao final do programa, todos os 90 mil alunos, 6.925 professores e demais profissionais de educação serão contemplados com o projeto.
Fonte: Diário de Pernambuco

Mecalor investe em pós-venda tecnológico e conectado

Embora relegado a segundo plano por parte considerável dos players do mercado do frio, os serviços de pós-venda começam a subverter esta realidade, apostando em um atendimento mais profissional e próximo do cliente, a ponto de as estratégias adotadas focarem-se na resolução de problemas em uma única visita técnica.

A paulistana Mecalor, por exemplo, saiu da Febrava 2017, realizada de 12 a 15 de setembro, com a certeza de que está no caminho certo, esperando elevar as vendas em 10% até o fim deste ano.

Às indústrias, ao varejo e aos profissionais que por lá passaram, demonstrou que é possível se destacar no setor promovendo um pós-atendimento diferenciado, que dê prioridade à qualidade total. Afinal, basta um mau atendimento para acabar com uma reputação construída ao longo do tempo.

Durante o evento, a empresa exibiu em seu estande uma oficina móvel hi-tech, totalmente customizada, desenvolvida em veículos utilizados pelos técnicos de campo. Cada unidade é munida de todo o ferramental necessário para resolver de imediato qualquer problema do equipamento do cliente.

“O conceito de atendimento em uma única visita objetiva também minimizar os prejuízos para o cliente com tempo de máquina parada”, afirma o engenheiro János Szegö, diretor-presidente da Mecalor, fabricante de chillers compactos, industriais e hospitalares, drycoolers, câmaras climáticas e climatizadores de precisão, entre outros equipamentos.

Para implementar o seu pós-venda de excelência, a empresa criou um sistema de conectividade baseado no emprego de inteligência artificial, pelo qual os softwares dos equipamentos têm a capacidade de automanutenção, identificação de possíveis falhas, eventuais consertos e alertas de problemas.

Unidade móvel Mecalor

Unidade de atendimento móvel da Mecalor em exposição na última Febrava

“A inteligência artificial implantada nos softwares minimiza o tempo de hora parada da máquina”, explica Marcelo Zimmaro, gerente de vendas da Mecalor.

“O equipamento tem capacidade de ele mesmo fazer correções de alguns defeitos e de diagnosticar erros que podem levar a interrupção”, completa.

Se o equipamento estiver conectado à internet, a máquina avisa o setor de pós-venda da Mecalor, e um técnico é enviado até o cliente já com toda a radiografia do que está acontecendo.

Os softwares embarcados nos equipamentos da empresa estabelecem uma conectividade entre a máquina, o cliente e os técnicos, permitindo manutenção remota e verificação de parâmetros de funcionamento, como temperatura, por meio da internet ou com o uso de aplicativos por celular.

Segundo a empresa, esta tecnologia própria garante o funcionamento ininterrupto de chillers de alta precisão.

János Szegö, presidente da Mecalor

János Szegö, presidente da Mecalor

Programa de Climatização chega em escolas do Acre

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), entregou a Escola 15 de Junho diversos equipamentos, entre eles 20 aparelhos de ares-condicionados e um fogão industrial.

O total de investimentos na escola chega a mais de R$ 436 mil, incluindo a instalação de uma subestação de energia, uma reforma completa na estrutura física.

Os aparelhos foram adquiridos por meio do Programa de Climatização, que irá chegar a 207 escolas de todo o Estado e beneficiar, diretamente, mais de 140 mil alunos nos 22 municípios acreanos.

Da solenidade de entrega dos equipamentos participaram também o prefeito de Senador Guiomard, André Maia e o deputado estadual Jairo Carvalho, cuja emenda parlamentar ajudou na aquisição dos materiais.

A aluna Tainá Nobre, em nome de todos os alunos, fez questão de agradecer ao governo do Estado pelos investimentos. “Esses aparelhos de ares-condicionados são importantes porque torna o clima mais agradável para a gente estudar e ao professor ensinar o que ele sabe, principalmente nesse período, que é muito seco”, disse.

O gestor da Escola 15 de Junho, professor José Carlos Rodrigues, também comemorou  a entrega dos equipamentos. “Foram muitos anos torcendo para que esse sonho se tornasse realidade. Nossa comunidade tem mais de 1,4 mil alunos e por isso só temos a agradecer ao governo do Estado”, afirmou.

 

Fonte: Notícias do Acre