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Dia da Refrigeração celebra a importância do HVAC-R

Hoje, 20 de junho, comemora-se o Dia da Refrigeração, uma data que celebra a importância da refrigeração e climatização. Idealizada em 1990 por um grupo de profissionais, incluindo o jornalista Oswaldo Moreira, fundador da Revista do Frio, a data foi instituída no calendário comemorativo de São Paulo em 1995, por iniciativa do deputado estadual Mantelli Neto (Lei nº 9.151, de 24/03/1995).

Houve tentativas de estabelecer um Dia Nacional da Refrigeração, com projetos de lei apresentados desde 1992, mas todos foram arquivados, deixando a indústria do frio sem o reconhecimento nacional merecido. Em 1997, o deputado federal Arnaldo Faria de Sá reapresentou à mesa diretora da Câmara dos Deputados o projeto de lei do colega, alegando que “é realmente inegável a importância da refrigeração na vida do cidadão e da sociedade” e que o segmento “tem prestado relevantes serviços à causa pública”. No entanto, o projeto foi arquivado novamente em janeiro de 2020.

O objetivo da efeméride é também mostrar que a refrigeração vai além de geladeiras domésticas e expositores em supermercados. Presente em inúmeros setores, é crucial para saúde, energia e meio ambiente. Sua importância econômica cresce, gerando empregos em todas as partes do mundo. A refrigeração é essencial para reduzir perdas pós-colheita e pós-abate, preservando alimentos e mantendo a segurança alimentar e suas qualidades nutricionais.

Ar-condicionado, vital para o conforto térmico, impulsiona o desenvolvimento econômico e social. No setor de saúde, a refrigeração conserva medicamentos e vacinas, e viabiliza tratamentos como criocirurgia e crioterapia. Indústrias de alimentos, bebidas, química, plásticos e engenharia mecânica utilizam a refrigeração em diversos processos de fabricação.

Tecnologias de refrigeração também sustentam bombas de calor, economizando energia e reduzindo emissões de carbono em aplicações industriais e de construção. A refrigeração é central em grandes projetos científicos estratégicos, destacando seu papel crescente na economia global, com impactos significativos nos domínios alimentar, saúde, energia e meio ambiente, que precisam ser compreendidos e considerados por formuladores de políticas.

A celebração também inclui a entrega do Troféu Oswaldo Moreira, que já está em sua 26ª edição, premiando empresas e personalidades do setor. Este dia é um lembrete de que inovação e sustentabilidade caminham juntas para um futuro melhor.

ASHRAE Annual Conference 2024

EUA – A Conferência Anual da ASHRAE de 2024 será realizada de 22 a 26 de junho no Marriott Indy Place, em Indianápolis. O evento reunirá membros da sociedade, dirigentes e profissionais do setor para discutir as principais demandas e inovações na área de HVAC-R.

O presidente da conferência técnica, Brian Fronk, destacou a importância do evento: “Iniciativas legislativas, eletrificação, inteligência artificial e outras forças tecnológicas e sociais estão impactando os membros da ASHRAE em todos os aspectos do ambiente construído. Os programas da Conferência Anual da ASHRAE de 2024 em Indianápolis buscam explorar os desafios e oportunidades na resposta a essas mudanças, ao mesmo tempo em que continuam a se concentrar nos fundamentos básicos de HVAC-R, equipamentos e pesquisa e desenvolvimento.”

A conferência terá uma agenda diversificada, com sessões técnicas, painéis de discussão e workshops. Além disso, os participantes terão a oportunidade de se conectar em eventos sociais e de networking, facilitando a troca de experiências e conhecimentos entre profissionais do setor.

A ASHRAE, conhecida por sua liderança em padrões de engenharia e tecnologia, busca, com esta conferência, preparar seus membros para as transformações do mercado e promover o desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios enfrentados pelo setor.

Serviço:

  • Evento: Conferência Anual da ASHRAE 2024
  • Datas: 22 a 26 de junho de 2024
  • Local: Marriott Indy Place, Indianápolis

Para mais informações e inscrições, os interessados podem acessar o site oficial da ASHRAE.

Thermo King discute práticas no transporte refrigerado em congresso da GCCA

Nos dias 19 e 20 de junho, a Thermo King participará do Congresso Brasileiro da Cadeia do Frio de 2024, promovido pela Global Cold Chain Alliance (GCCA) em São Paulo. O evento reunirá executivos de armazenamento, logística e transporte com temperatura controlada, além de fornecedores do setor, para debater desafios e oportunidades na cadeia do frio.

Marcelo Nicioli, líder de Produto LATAM da Thermo King, moderará o painel “Melhores práticas de transporte frigorificado na última milha (Last mile)”. O painel discutirá as melhores práticas para o transporte refrigerado de produtos. Participarão da sessão Cledson Gomes dos Santos, coordenador de Logística na Minerva Foods; Carlos Fernando Ulian, gerente Operacional na Taipastur Transportes Turísticos; e Anderson Cardoso, head de Desenvolvimento de Negócios e Transporte na Comfrio.

Nicioli ressalta a importância de discutir as melhores práticas para o transporte refrigerado: “Os produtos congelados ou perecíveis demandam condições específicas para preservar suas propriedades e tempo de vida útil. É crucial discutir as soluções disponíveis, pois cada tipo de produto exige temperatura, ventilação, manuseio e acondicionamento adequados”.

Isabela Perazza, diretora Regional da GCCA Brasil, destacou a importância do congresso: “Estamos felizes com a programação intensa e expectativa de público recorde. Ter a Thermo King em nossa grade demonstra a união e amadurecimento do setor”.

Informações do evento

Congresso Brasileiro da Cadeia do Frio – Global Cold Chain Alliance (GCCA)
Datas: 19 e 20 de junho de 2024
Horários: a partir das 13h30 (19/6) e das 8h30 às 18h (20/6)
Local: Gran Estanplaza Berrini – Rua Arizona, 1517, Cidade Monções, São Paulo (SP)

Thermomatic promove treinamento para projetistas e instaladores

A Thermomatic do Brasil abriu inscrições para o treinamento gratuito “Controle de Umidade e Temperatura: Treinamento Técnico para Projetistas e Instaladores”. O evento ocorrerá no dia 26 de junho na sede da CIESP Sul, em Santo Amaro.

O treinamento será ministrado por Thiago Martinelli, especialista em HVAC da Thermomatic com mais de 10 anos de experiência no setor. O objetivo é capacitar profissionais na área de desumidificação, com foco na aplicação industrial.

Martinelli destaca a importância do treinamento: “Em um ambiente industrial, há necessidades específicas de climatização para que a produção seja mais eficiente. O treinamento técnico capacitará projetistas e instaladores no desenvolvimento de projetos de desumidificação, buscando uma melhor eficiência em processos para seus clientes”.

As vagas são limitadas. Para se inscrever, é necessário acessar o site da Thermomatic. Ao final do curso, os participantes receberão um certificado.

O conteúdo do treinamento inclui:

  • Psicrometria
  • Métodos de desumidificação
  • Aplicações
  • Cálculos de carga úmida
  • Performance do desumidificador
  • Desenho de sistemas
  • Otimização de sistemas
  • Instalação

TCL lança condicionador de ar Multi Split Inverter no Brasil

A TCL anunciou o lançamento do condicionador de ar Multi Split Inverter no mercado brasileiro. A linha dispõe de condensadoras nas capacidades de 18.000, 27.000 e 36.000 BTU/h, e evaporadoras de 9.000, 12.000, 18.000 e 24.000 BTU/h. O modelo inclui modo ECO, sistema 100% DC Inverter, conexão Wi-Fi e controle por aplicativo.

A garantia de fábrica é de 10 anos no compressor e 2 anos no conjunto de evaporadoras e condensadora, desde que a instalação seja feita por equipe credenciada pela marca.

O gabinete da unidade externa é feito de aço galvanizado com proteção anticorrosão, e a serpentina é de cobre. A instalação permite distâncias de até 20 metros entre unidades internas e a condensadora, com desnível máximo de 15 metros.

O Multi Split Inverter já está disponível nas principais redes varejistas do Brasil.

Clima local determina estratégias nos projetos de HVAC-R

Análises de chuvas, ventos, temperaturas, umidade e incidência solar desempenham papéis importantes na determinação dos requisitos de carga térmica de edificações.

A climatização eficiente de ambientes é uma questão importante no Brasil, dado o seu vasto território e      diversidade climática. As estratégias de climatização variam conforme a região, pois cada uma possui características climáticas distintas que influenciam não apenas o conforto térmico dos habitantes, mas também a eficiência energética das edificações. A concepção de projetos de HVAC-R que sejam eficientes e eficazes exige uma análise cuidadosa das condições climáticas locais. Fatores como clima local, chuvas, ventos e a incidência solar influenciam o projeto de sistemas de climatização e nas estratégias regionais. Abordar estas variáveis conforme a região é fundamental para otimizar o conforto térmico, a qualidade do ar interior e a eficiência energética dos sistemas de HVAC-R.

“Desde a concepção da edificação, cada vez mais os projetistas de HVAC-R se envolvem com arquitetos e áreas de utilidades para ajudar na simulação energética do empreendimento, usando toda tecnologia para definir materiais, face solar, face do vento dominante e índices pluviométricos. As variações climáticas no Brasil têm provocado uma enorme demanda por instalação de sistemas de climatização do tipo split para proporcionar maior conforto térmico, seja em residências ou escritórios, com isso a matriz energética fica cada vez mais sobrecarregada. Hoje, independente da região, em todos os projetos é mandatório o conforto térmico, a qualidade do ar interior e a eficiência energética, não dá para fazer projetos sem essa espinha dorsal”, informa o projetista Roberto Montemor, diretor da Fundament-Ar .

Segundo ele, as análises climáticas regionais incluem a variação de temperatura e umidade ao longo do ano, definindo as necessidades básicas de aquecimento e refrigeração de um edifício. Em regiões com alta umidade e temperaturas elevadas, como o litoral brasileiro, os sistemas devem ser projetados para desumidificar eficientemente o ar, além de resfriá-lo. Em contraste, áreas com climas secos e frios exigem sistemas eficientes de aquecimento e umidificação.

Roberto Montemor, diretor da Fundament-Ar

Também a quantidade e a frequência das chuvas influenciam no projeto de sistemas HVAC-R, principalmente em relação à captação e drenagem de água, bem como à umidade externa. Em áreas com alta pluviosidade, é importante considerar sistemas de ventilação que possam lidar com a umidade externa, prevenindo problemas de condensação e crescimento de mofo.

Outro ponto destacado é a análise da direção e a velocidade dos ventos promovendo a ventilação natural e a dissipação de calor dos edifícios. Projetos que tiram proveito dos ventos dominantes podem reduzir a necessidade de refrigeração mecânica, aproveitando a ventilação cruzada para o resfriamento passivo. Além disso, barreiras naturais ou construídas podem ser utilizadas para proteger os edifícios dos ventos frios, reduzindo a demanda de aquecimento.

telhas sobrepostas

Materiais isolantes como telhas sanduíches são muito utilizadas no Sul e Nordeste

“Na minha trajetória profissional, consegui por duas oportunidades usar o vento dominante com a utilização de sistemas automatizados, onde dependendo da velocidade do vento e da temperatura externa, desligávamos os sistemas e abríamos as janelas automaticamente voltadas para o vento dominante. Esses dois projetos receberam a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedida pelo Green Building Council Brasil (GBC Brasil)”, informa Montemor.

Já para regiões com alta incidência solar, é crucial integrar proteções solares, como brises e coberturas para minimizar o ganho de calor. Sistemas de HVAC-R em tais regiões podem também se beneficiar do uso de energia solar térmica ou fotovoltaica para aquecimento de água e geração de eletricidade, respectivamente. A quantidade de radiação solar que um edifício recebe influencia significativamente suas necessidades de climatização.

“Usar bons materiais isolantes como telhas sanduíches e vidros com nanotecnologia e sombreamento com painéis fotovoltaicos precisam ser incluídos em projetos nessas regiões, proporcionado menor carga térmica no dimensionamento do sistema. Hoje, por exemplo, muitos resorts do Norte, Nordeste e Centro-Oeste optam por instalar os painéis solares fotovoltaicos sobre a edificação. Além de gerar energia limpa, eles diminuem a carga térmica de insolação, e isso é uma sinergia maravilhosa”, aponta o projetista.

Estrutura com indicação das direções de vento

Análise da direção e velocidade do vento promove ventilação natural e dissipa o calor

Estratégias conforme a região

Implementar estratégias de acordo com as condições locais pode resultar em uma melhoria significativa do conforto térmico e da eficiência energética em edificações pelo Brasil, promovendo um ambiente mais sustentável. De acordo com as características específicas de cada região, é possível desenvolver estratégias de climatização que garantam o conforto, a saúde dos ocupantes e a eficiência energética dos edifícios.

Por exemplo, a Região Norte do Brasil é caracterizada por um clima equatorial, quente e úmido durante quase todo o ano. Estratégias eficazes de climatização nesta área incluem ventilação natural aproveitando a ventilação cruzada para promover a circulação de ar e reduzir a sensação de abafamento; utilização de jardins no telhado para ajudar a reduzir a temperatura interna das casas; e implementação de varandas e uso de árvores para prover sombra, reduzindo assim a carga térmica direta sobre as edificações

Já para a Região Nordeste, que possui clima predominantemente semiárido em seu interior, com altas temperaturas e baixa umidade, e áreas costeiras com clima tropical, algumas estratégias incluem construção com materiais isolantes que refletem a radiação solar e isolam o calor, como telhas claras e paredes com bom isolamento térmico; sistemas de sombreamento e resfriamento evaporativo – técnica que pode ser eficaz em áreas mais secas, aproveitando a baixa umidade para resfriar os ambientes.

Na Região Centro-Oeste, que possui um clima tropical com duas estações bem definidas, uma seca e uma chuvosa, e altas temperaturas na maior parte do ano, recomenda-se assegurar que as edificações sejam bem isoladas para manter o calor fora durante o período seco; promover a instalação de ventiladores de teto e outros sistemas de ventilação para os períodos mais quentes, e utilização de painéis solares para aproveitar a alta incidência solar para geração de energia.

O Sudeste apresenta um clima mais variado, com verões quentes e úmidos e invernos frios em algumas partes. Estratégias podem incluir sistemas de ar condicionado com tecnologia inverter, que são mais econômicos e eficientes; reduzir a entrada de calor através das janelas com o uso de películas refletivas e cortinas de cores claras, além de utilizar plantas para criar barreiras naturais contra o vento e o sol.

protetores de sol que reduzem a temperatura

Proteções solares, como brises, ajudam a diminuir a carga térmica ambiente

Por fim, o Sul do Brasil tem um clima subtropical, com invernos frios e verões amenos. A climatização pode se concentrar no aquecimento durante o inverno instalando sistemas de aquecimento central ou localizados, como lareiras ou aquecedores; isolamento térmico eficiente para assegurar que paredes, tetos e pisos tenham bom isolamento para manter o calor interno e garantir que janelas e portas estejam bem vedadas para evitar perdas de calor.

Ao calcular as cargas térmicas de acordo com as estratégias regionais, Montemor orienta que se deve “calcular pela média das máximas e média das mínimas, não podemos calcular pelo pico, pois oneramos o custo inicial e o custo de energia na vida útil do empreendimento. Precisamos nos acostumar que uma instalação projetada com média de 33ºC externo e 23ºC interno, podemos no pico de uma onda de calor conviver com 26ºC ou 27ºC quando tiver 43ºC no ambiente externo”, conclui.

 

Gabriel Pardo no Clube Cast do Frio

CLUBE CAST DO FRIO – Gabriel Pardo fala sobre refrigeração, carreira e Jiu-Jitsu. Confira!

 

Emerson vende participação na Copeland para Blackstone

EUA – A Emerson confirmou a venda de sua participação remanescente de 40% na joint venture Copeland (anteriormente Emerson Climate Technologies) para a Blackstone, em uma transação avaliada em cerca de US$ 3,5 bilhões.

Conforme anunciado, uma subsidiária integral da Autoridade de Investimentos de Abu Dhabi (ADIA) e da GIC acompanhará a Blackstone como parte desse acordo.

As deliberações foram ratificadas pelo conselho de administração da Emerson e devem ser finalizadas ao longo do segundo semestre deste ano.

Lal Karsanbhai, presidente e CEO da Emerson, destacou: “Esta transação é um passo fundamental para simplificar nosso portfólio e aprimorar o foco da Emerson como líder global em automação. Acreditamos que agora é o momento certo para executar nossos planos de saída total do negócio da Copeland.”

Por sua vez, Joe Baratta, chefe global da Blackstone Private Equity, expressou entusiasmo em apoiar o crescimento contínuo da Copeland, elogiando sua equipe de excelência e seu compromisso com soluções de aquecimento e resfriamento mais eficientes em termos energéticos.

A Emerson já havia anunciado sua intenção de vender uma participação majoritária em seu negócio de Tecnologias Climáticas em outubro de 2022, incluindo o negócio de compressores Copeland, válvulas Alco e todo o portfólio de produtos e serviços relacionados a HVAC e refrigeração em diversos mercados finais.

Gases destruidores da camada de ozônio caem pela 1ª vez

Um novo estudo revela que o Protocolo de Montreal, assinado em 1987, conseguiu reduzir significativamente os níveis atmosféricos de hidroclorofluorocarbonos (HCFCs), gases nocivos que destroem a camada de ozônio. A pesquisa, liderada pela Universidade de Bristol e publicada nesta terça-feira (11) na revista Nature Climate Change, demonstra pela primeira vez uma diminuição notável dessas substâncias.

O Protocolo de Montreal, cujo objetivo era eliminar progressivamente as substâncias destruidoras do ozônio, foi implementado principalmente para controlar o uso de gases presentes em refrigeradores, aparelhos de ar-condicionado e aerossóis. Desde a sua assinatura, o protocolo sofreu diversas alterações que fortaleceram as medidas de controle e eliminaram a produção de clorofluorocarbonetos (CFCs) até 2010. Este marco foi importante para a recuperação da camada de ozônio, especialmente sobre a Antártida, onde se espera que os níveis de 1980 sejam retomados após meados deste século.

Os CFCs, substituídos inicialmente pelos HCFCs, ainda representam um risco significativo apesar de seu potencial de destruição ser menor. O HCFC-22, o mais abundante, possui um potencial de aquecimento global 1.910 vezes maior que o dióxido de carbono em um período de 100 anos. No entanto, as alternativas mais seguras, como os hidrofluorocarbonetos (HFCs), começaram a substituir os HCFCs após as emendas de Copenhague (1992) e Pequim (1999), com a eliminação completa prevista para 2040.

O estudo destacou que o forçamento radiativo e o cloro efetivo equivalente dos HCFCs diminuíram de 61,75 mW/m² e 321,69 ppt desde 2021, respectivamente. Estes números, segundo os pesquisadores, são 5 anos adiantados em relação às projeções mais recentes, evidenciando a eficácia do Protocolo de Montreal tanto na mitigação das mudanças climáticas quanto na preservação da camada de ozônio.

Apesar do sucesso, os pesquisadores alertam que ainda há desafios. As emissões de HCFCs durante a produção de outros produtos químicos continuam não sendo diretamente controladas pelo Protocolo, e o uso destes compostos como matéria-prima ainda representa uma fonte de emissão significativa. Além disso, mesmo com a redução das emissões de HCFCs, a abundância de HFCs, que substituíram os HCFCs, continua a crescer, impactando o forçamento radiativo global.

Os cientistas afirmam que a adesão à Emenda de Kigali, ao Acordo de Paris e ao Global Cooling Pledge será crucial para garantir que o impacto radiativo dos HFCs siga a mesma tendência de declínio observada nos HCFCs. O estudo conclui que os benefícios do Protocolo de Montreal vão além da recuperação da camada de ozônio, contribuindo significativamente para a mitigação do aquecimento global.

a , O forçamento radiativo global direto total dos HCFCs até 2023 e o forçamento radiativo projetado até 2100. b , O EECl dos HCFCs até 2023 e o EECl projetado até 2100. A projeção é para HCFC-22, HCFC-141b e HCFC-142b apenas ( Métodos ), que são mostrados à direita da linha pontilhada branca. A categoria «outros HCFC» contém HCFC-124, HCFC-132b, HCFC-31 e HCFC-133a. Assumimos que todos os outros HCFCs têm uma contribuição insignificante para o forçamento radiativo e o EECl. Linhas pretas finas indicam o retorno aos níveis de 1980.

Técnicas de engenharia melhoram QAI

Estudos indicam que pessoas passam cerca de 90% da vida em ambientes fechados. A falta de renovação adequada do ar nesses espaços aumenta o risco de propagação de doenças respiratórias, como rinite, bronquite e covid-19.

Para combater esse problema, engenheiros do Sistema Confea/Crea estão desenvolvendo uma cartilha e um vídeo com orientações sobre a qualidade do ar em locais fechados. “Queremos capacitar os profissionais de engenharia para que façam projetos que garantam conforto e saúde”, afirma Osny do Amaral Filho, da Comissão Temática de Qualidade do Ar Interior (CTQAI) do Confea.

A atuação dos engenheiros mecânicos é crucial para a instalação de sistemas de climatização e ar condicionado. Eles definem a troca de filtros e a limpeza dos aparelhos, conforme normas da Anvisa, como a Resolução 9, que estabelece prazos para inspeções. Essas práticas são registradas no Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC). “Vamos incentivar os engenheiros a focarem na qualidade do ar ao elaborar o PMOC”, diz Aysson Rosas Filho, coordenador da comissão.

A aplicação correta do PMOC impacta diretamente a saúde pública, reduzindo a sobrecarga no sistema de saúde. Estudos mostram que a qualidade do ar interior influencia a produtividade e capacidade cognitiva. “Nas escolas, isso melhora a aprendizagem; nas empresas, aumenta a produtividade”, acrescenta Alexandre Kotoyanis, integrante da comissão.

Além de benefícios à saúde, o PMOC contribui para a conservação dos equipamentos, economizando custos com energia elétrica. “Um aparelho de ar condicionado limpo é mais eficiente e consome menos energia”, explica Osny.

A CTQAI também trabalha para padronizar ações de fiscalização em ambientes com sistemas de climatização. “No Crea Maranhão, a operação Ar Puro, em parceria com a Vigilância Sanitária, vai fiscalizar grandes empreendimentos, como hospitais e shoppings, e depois os menores”, adianta Wesley Assis, presidente do Crea-MA.

A participação da comunidade é essencial. “A sociedade deve fiscalizar a qualidade do ar em estabelecimentos públicos e privados. É importante informar as pessoas sobre o tema”, conclui Lucas Carneiro, coordenador adjunto da comissão.