Arquivo para Tag: Camada de Ozônio

Boas práticas reduzem desperdício de refrigerantes e danos ambientais

Nos últimos anos, o processo de substituição de fluidos refrigerantes nocivos ao meio ambiente por outros que não agridem a camada de ozônio tem sido intensa. As ações fazem parte da implementação do Protocolo de Montreal no Brasil, na qual os países se comprometeram a eliminar o uso de fluidos nocivos ao meio ambiente.

“É fundamental um cuidado à parte com os fluidos de R410, especialmente no manuseio e transporte. O trabalho adequado com os fluidos refrigerantes é fundamental para o meio ambiente”, explica o empresário, Adão Webber Lumertz, diretor da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação.

O Plano Nacional de Eliminação de CFCs (PNC), contempla um conjunto de ações para alcançar a eliminação do consumo de CFCs e o gerenciamento de seu passivo nos equipamentos existentes. O PNC é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA e implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.

O recolhimento, a reciclagem e a regeneração de fluidos refigerantes fazem parte do trabalho brasileiro para eliminação e gerenciamento de passivo de SDOs. Essas ações englobam iniciativas para recolher, armazenar, transportar, tratar e reutilizar fluidos refrigerantes de maneira ambientalmente correta e segura. Em Porto Alegre, opera um centro de regeneração de fluidos refrigerantes localizado na Avenida A. J. Renner, 595 (Regentech Regeneradora de Gases).

Os materiais são divididos por classes: entre os que destroem a camada de ozônio e provocam o efeito estufa estão os modelos de CFC-Clorofluorcarbono (R-11, R12 e R-502) e de HCFC-Hidroclorofluorcarbono (R-22, R141b e R401a). Os chamados HFC-Hidrofluorcarbono (R134a, R-407a e R410a) não destroem a camada de ozônio, mas causam efeito estufa e também estão sendo substituídos. Por fim, os HC-Hidrocarbonetos (R-290, R600a, R717 e R-744) são recomendados por não causarem danos ao meio ambiente.

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido na conhecida Conferência de Estocolmo e passou a ser comemorado todo dia 05 de junho.

Vídeo divulga para supermercadistas relatórios técnicos para contenção de HCFCs

O novo vídeo Resultados dos Projetos Demonstrativos de Melhor Contenção de HCFC-22 em Supermercados chama a atenção dos supermercadistas, e de varejistas em geral, sobre dois relatórios técnicos que demonstram como evitar vazamentos de fluidos frigoríficos pelos sistemas de refrigeração das lojas.

Lançado pelo Ministério do Meio Ambiente e a agência bilateral Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH por meio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, com criação da Agência i9, o vídeo conta com o importante apoio da Associação Brasileira de Supermercados, parceira também na execução dos Projetos Demonstrativos.

O vídeo apresenta, além dos resultados principais dos projetos, o depoimento de Marcio Milan, superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), que recomenda aos supermercadistas lerem os relatórios dos estudos de caso e estudarem a viabilidade de aplicação em suas próprias lojas.

Dois supermercadistas, que participaram com suas lojas dos Projetos Demonstrativos, também dão seus depoimentos no vídeo: Rafael Yamada, do grupo Y.Yamada de Belém (PA), e João de Oliveira, do Grupo Hortifruti do Campo de São Paulo (SP). Ambos falam das vantagens de se conseguir obter uma loja com sistemas de refrigeração trabalhando em condição “selada”, ou seja, sem vazamentos de HCFC-22 (ou outros fluidos frigoríficos halogenados, tais como o HFC-404A e HFC-134a).

Os relatórios dos Projetos Demonstrativos comprovam que vale a pena outros supermercados seguirem as boas práticas técnicas demonstradas:

1º Resultado: Ganhos sociais, com a qualificação técnica de pessoal.

2º Resultado: Ganho ambiental, com redução drástica dos vazamentos (sistema de refrigeração em condição selada).

3º Resultado: Ganhos econômicos, menor custo com reposição de fluidos frigoríficos e maior eficiência energética para a loja.

Confira o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=QZQ3B20sH20&feature=youtu.be

Baixem gratuitamente os dois relatórios técnicos para conferirem os detalhes dos projetos:

http://boaspraticasrefrigeracao.com.br/publicacoes.

Buraco na camada de ozônio é o menor desde 1982

Segundo a Nasa e a NOAA (agência norte-americana que monitora as condições dos oceanos e da atmosfera), o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica foi neste ano o menor já registrado desde 1982.

O ozônio é uma molécula composta por três átomos de oxigênio (O3). A cerca de 40 Km de altura estas moléculas formam uma camada que envolve nosso planeta e nos protege da radiação ultravioleta do sol, que em excesso pode causar queimaduras, câncer de pele ou cataratas.

O buraco se forma sobre a Antártica durante a primavera no hemisfério sul, entre os meses de setembro e o início de dezembro, e desaparece quase que completamente durante o inverno. É causado pela interação da luz solar e ar mais quente da atmosfera com partículas de CFCs (Clorofluorcarbonos), gases que eram largamente usados na produção de aerossóis e sistemas de refrigeração. Embora sua produção e uso tenha sido banida por um acordo internacional em 1989, estes gases tem longa duração na atmosfera, o que junto com um mercado negro explica sua contínua interação com a camada de ozônio desde então.

Neste ano o tamanho máximo do buraco foi de 16,4 milhões de quilômetros, enquanto o tamanho típico é de 20,7 milhões de quilômetros. É o menor buraco desde que foi descoberto, em 1982. Isso não significa que a camada de ozônio esteja se recuperando rapidamente: segundo a Nasa, o motivo foram padrões climáticos anormais na estratosfera, que levaram a temperaturas mais altas que o normal.

Estes padrões são incomuns, mas não inéditos: condições similares foram vistas em 1988 e 2002. Os cientistas não sabem pelo que são causadas, mas até o momento não há uma relação direta entre elas e as mudanças climáticas que ocorrem em nosso planeta.

 

Fonte: Nasa

Brasil é destaque em 32 anos de ações para proteção da camada de ozônio

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil tem contribuído para a eliminação das substâncias que destroem o ozônio. O consumo brasileiro dos Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), encontrados principalmente nos setores de espumas e de refrigeração e ar condicionado, caiu 38% em 2018, nível bem próximo à meta de redução de 39,3% para 2020.

O esforço mundial que tem permitido a recuperação gradativa da camada de ozônio completou 32 anos. Na segunda-feira (16), a comunidade internacional lembrou o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, em referência à data do acordo do Protocolo de Montreal, em 1987.

Com o lema “32 anos de recuperação”, a ONU Meio Ambiente tem liderado a campanha mundial para marcar o aniversário da assinatura do tratado que permite a eliminação gradativa de Substâncias que Destroem o Ozônio (SDOs), com o objetivo de preservar a saúde do planeta.

O Brasil tem contribuído efetivamente para a eliminação das SDOs. O consumo brasileiro dos Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), encontrados principalmente nos setores de espumas e de refrigeração e ar condicionado, caiu 37,75% em 2018 em comparação à linha de base, nível bem próximo da meta de redução de 39,3% para o ano de 2020.

A diminuição decorre das ações do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e implementado em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o PNUD, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e a Cooperação Técnica Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Em nível global, o ozônio já se recuperou a uma taxa de 1% a 3% desde o ano 2000 em decorrência da implementação do Protocolo de Montreal. Segundo as projeções do relatório Scientific Assessment of Ozone Depletion: 2018, as concentrações do gás devem se recuperar completamente até 2030 no Hemisfério Norte, até 2050 no Hemisfério Sul e até 2060 nas regiões polares.

Setor de espumas

No Brasil, 219 empresas do setor de espumas concluíram a conversão tecnológica para o uso de substâncias que não agridem o ozônio. Outras 400 deverão ser convertidas até o fim de 2020.

Todas elas estão deixando de usar os HCFCs, um dos principais responsáveis pelos danos à camada de ozônio, por meio das ações coordenadas pelo MMA no âmbito do Protocolo de Montreal em parceria com o PNUD, agência que executa ações para o setor de manufatura de espumas de poliuretano.

O apoio técnico-financeiro fornecido por meio do PBH auxilia nas mudanças necessárias para a conversão do processo industrial de empresas do setor com a substituição das substâncias que agridem o ozônio e que têm alto potencial de aquecimento global.

Isso inclui assistência de pessoal técnico nacional e internacional na orientação de questões operacionais, aquisição e melhorias de equipamentos, adequações de processos, segurança e outras atividades como a divulgação de informações e sensibilização para a importância de eliminação do consumo do HCFC pelo setor.

Destinação final

Também coordenado pelo MMA e executado pelo PNUD, o Projeto de Gerenciamento e Destinação Final de SDOs apoia centros de regeneração e armazenagem (CRAs) que recebem gases contaminados, retirados de expositores frigoríficos de supermercados, veículos automotivos e outros setores. A iniciativa tem contribuído para o estabelecimento dos laboratórios dos CRAs, que realizam ensaios e as análises de pureza das substâncias regeneradas.

O incinerador qualificado pelo projeto está passando pela fase de testes de queima para verificação da eficiência do processo na destruição das SDOs e, em breve, haverá uma opção para a destruição das substâncias ao final da vida útil, ou seja, quando estão muito contaminadas e já não é mais possível realizar a regeneração. Dessa maneira, o projeto estrutura e fortalece o sistema de gerenciamento.

Refrigeração e ar condicionado

Os setores de refrigeração e ar condicionado também têm reduzido o consumo de substâncias destruidoras do ozônio com o apoio do PBH. Parceira do MMA nas ações executadas dentro desse segmento, a UNIDO fornece assistência técnica para a implementação de tecnologias alternativas e para o desenvolvimento de tecnologias identificadas pelo mercado brasileiro e promove atividades de capacitação e conscientização.

A primeira linha de envase de fluido frigorífico em equipamentos de refrigeração da América do Sul, usando o propano como alternativa ao HCFC no setor de refrigeração industrial para supermercados, foi inaugurada neste ano por meio do projeto. Uma segunda linha deverá ser inaugurada até o final do 2020.

Só em 2019, sete pequenas e médias empresas do setor de manufatura de equipamentos para refrigeração comercial, incluindo manufatura de resfriadores de bebidas, iniciaram processo de implementação de linhas de produção convertida para uso de fluidos alternativos, substituindo substâncias que agridem o ozônio e que têm alto potencial de aquecimento global. Além de promover a substituição dos HCFCs, as novas tecnologias possuem potencial para promover redução do consumo de energia nos setores envolvidos.

As atividades desenvolvidas para implementação dessas atividades têm promovido a melhoria da competitividade da indústria brasileira, gerando oportunidades de negócio e emprego para as empresas. Durante o último ano, foram realizadas diversas atividades de treinamentos para pequenos e médios empresários do setor, viabilizando, assim, a criação de uma base que permita ao setor produtivo adotar e desenvolver, com segurança e conhecimento técnico, as tecnologias que eliminam o uso de HCFCs.

Serviços

No setor de serviços, que inclui comércio e distribuição, os projetos e ações do PBH, como o treinamento e conscientização dos profissionais do setor, ocorrem em parceira com a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ. A iniciativa engloba cursos de qualificação, publicações especializadas, projetos demonstrativos de redução de vazamentos em supermercados, entre outras ações para conscientizar empresas e profissionais do setor.

De 2012 a 2019, foram capacitados mais de 9 mil técnicos de refrigeração por meio de treinamentos com foco em boas práticas em sistemas de ar condicionado e também em sistemas de refrigeração comercial. O projeto para o setor de serviços prevê, no total, o treinamento de 7.238 mil técnicos de refrigeração até 2023. Além disso, também está prevista a capacitação de mil profissionais para uso seguro e eficiente de fluidos naturais (CO² e HC), com zero Potencial de Destruição do Ozônio (PDO), e a criação de dois centros de treinamento para uso desses fluidos naturais em sistemas de refrigeração comercial.

Fonte: Nações Unidas Brasil

Chemours promove palestra sobre fluidos refrigerantes em Porto Alegre

Especialista e líder no desenvolvimento de fluidos refrigerantes, a Chemours realizará no dia 23 de maio, às 19 horas, na Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado, Aquecimento e Ventilação (ASBRAV), em Porto Alegre (RS), a palestra gratuita sobre Tecnologia em Fluidos Refrigerantes.

O consultor técnico da Chemours, Amaral Gurgel, conduzirá as discussões que têm como público-alvo técnicos, projetistas e demais profissionais prestadores de serviços dos segmentos de climatização, refrigeração e manutenção, destaca o comunicado distribuído à imprensa.

Durante a palestra, o consultor explicará quais são as tendências e novas tecnologias em fluídos refrigerantes e como selecionar o produto adequado para cada caso. Também falará sobre manuseio seguro, dando dicas sobre boas práticas, e apresentará as novas ferramentas digitais aplicadas ao setor.

O mercado brasileiro de fluidos refrigerantes tem buscado soluções para se adaptar às medidas regulatórias determinadas pelo Protocolo de Montreal, que estabelece diretrizes para eliminar o uso de compostos que degradam a camada de ozônio e esse é um assunto que traz dúvidas aos profissionais e será discutido durante o evento.

Fluidos refrigerantes são produtos responsáveis por realizar a troca térmica em sistemas de refrigeração e ar condicionado. Exemplos destes produtos são os HCFCs ou hidroclorofluorcarbonos, como o R-22, que são amplamente utilizados no país pelos setores de climatização e refrigeração. Os HCFCs, por apresentarem potencial de degradação da camada de ozônio, terão importação reduzida gradativamente até a completa erradicação em 2040. Por isso, os profissionais do setor precisam estar atentos às substituições corretas e às novas tecnologias disponíveis.

Dentre as melhores opções para substituição, estão disponíveis hoje no mercado as hidrofluorolefinas (HFOs), que apresentam baixo potencial de aquecimento global e zero potencial de degradação da camada de ozônio. Além disso, trazem eficiência energética para operações em supermercados e câmaras frigoríficas, por exemplo.

Outro tema importante abordado na palestra diz respeito à questão da segurança envolvendo o uso de fluídos refrigerantes. No curso, o consultor falará sobre riscos e prejuízos financeiros às empresas e ainda à saúde de quem utiliza produtos sem garantia. O técnico também apresentará as vantagens da prática de retrofit, conversão de equipamentos que contêm fluidos refrigerantes CFCs ou HCFCs para operar com fluidos refrigerantes de baixo impacto ambiental.

As inscrições para o evento podem ser feitas pelo telefone 0800 110 728 ou por meio do seguinte link: http://pages.chemours.com/seminars_palestra-fluidos-refrigerantes.html.

::SERVIÇO::
Palestra “Tecnologia em Fluidos Refrigerantes”
Data: 23 de maio de 2019
Horário: 19h
Local: Asbrav – Rua Arabutan, 324 (esq. com Avenida Bahia)
Bairro Navegantes, Porto Alegre – RS

Carga de inflamáveis em sistemas de refrigeração deve subir para 500 g

Em resposta às regulamentações ambientais que visam proteger a camada de ozônio e reduzir o aquecimento global, o mercado de refrigeração e ar condicionado está mudando rapidamente em todo mundo.

Como resultado desse processo, os chamados refrigerantes naturais, a exemplo dos hidrocarbonetos (HCs), estão sendo introduzidos em uma ampla gama de sistemas do gênero, devido ao seu impacto climático baixíssimo.

No caso específico dos HCs, a norma 60335-2-89, da Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), limita a 150 gramas a carga de fluidos refrigerantes inflamáveis (A3) em sistemas frigoríficos hermeticamente selados com unidade de refrigeração incorporada ou remota, por questões de segurança.

Todavia, uma votação importante sobre o aumento desse limite começou em 1º de março na IEC, processo que deve ser finalizado no outono. Caso a revisão da norma seja aprovada, a carga permitida de HCs subirá para 500 g, e a regra será aplicada a fluidos como o propano (R-290) e o isobutano (R-600a) em equipamentos de refrigeração comercial, o que provavelmente deve ampliar o uso deles em todo o planeta.

A ECOS, uma organização não governamental (ONG) ambientalista global especializada em padronização e políticas técnicas de produtos, avalia que essa revisão “altera, positivamente, o padrão anterior, que impõe barreiras ao uso de refrigerantes inflamáveis, por meio de limites apertados de carga”.

Num artigo publicado na edição de fevereiro da revista Accelerate America, a diretora executiva do Conselho Norte-Americano de Refrigeração Sustentável (NASRC, em inglês), Danielle Wright, diz que, “para muitos varejistas, especialmente redes nacionais de supermercados, os sistemas de refrigeração independentes que usam R-290 são a solução ideal e o caminho mais rápido para a conformidade regulatória em lojas novas e existentes”.

Segundo ela, a lista de benefícios é longa: economia de energia, custos reduzidos de capital, índice praticamente zero de emissões de CO₂ e flexibilidade de comercialização, além de manutenção e serviços simplificados.

“Mas a carga máxima de 150 g impede que esses benefícios sejam plenamente alcançados, colocando os supermercados dos EUA em desvantagem diante das crescentes pressões regulatórias”, argumenta.

Desde 2014, o subcomitê SC61C trabalhou para atualizar o padrão global IEC 60335-2-89. Portanto, a votação do projeto final de revisão da norma, conhecido como Final Draft International Standard (FDIS), representa o último passo de um processo de longas fases.

Depois de várias revisões e um exame minucioso da pesquisa e dos dados de segurança, todos os sinais apontam que o voto a favor da mudança será maioritário, escreve Wright.

Embora o Senado do EUA ainda não tenha ratificado a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, prossegue a especialista, a indústria norte-americana de supermercados também deverá seguir as tendências tecnológicas globais e reduzir o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs) nos próximos anos.

“Estados como Califórnia e Nova York já estão adotando cronogramas rigorosos de redução de HFCs. Agora, mais do que nunca, os varejistas precisam de opções para lidar com as regulamentações pendentes”, diz.

Desde 1º de janeiro, os supermercados californianos não podem mais utilizar gases fluorados de alto potencial de aquecimento global (GWP), como o R-404A e o R-507A, em sistemas de refrigeração comercial novos e modernizados e unidades de condensação remotas; unidades independentes retrofitadas; novas unidades independentes de média temperatura dotadas de compressor com capacidade inferior a 2,2 mil BTU/h e sem evaporador inundado.

A partir de 2020, os refrigerantes de alto GWP serão banidos de outras aplicações. Segundo a legislação local, os fabricantes não podem vender equipamentos ou produtos que usam HFCs proibidos fabricados após suas respectivas datas de proibição.

Quem também parece disposto a restringir ainda mais o uso de HFCs em sistemas de refrigeração é o governo da Dinamarca. O Ministério do Meio Ambiente do país europeu considera proibir totalmente, a partir de 2020, novas plantas com esses gases, informa a Associação Dinamarquesa da Indústria de Refrigeração e Bombas de Calor (AKB, em dinamarquês).

Por sinal, a Dinamarca tem liderado iniciativas de redução de HFCs desde 2001, quando adotou sua primeira legislação nacional sobre o tema. Isso incluiu a proibição de seu uso para determinados fins, medidas tributárias e suporte para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias alternativas.

Em fevereiro, o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão anunciou que vai aumentar os subsídios para o desenvolvimento de substâncias de baixo GWP nos próximos anos.

O aumento vem depois que o Ministério do Meio Ambiente do país asiático confirmou em dezembro do ano passado um orçamento de € 58 milhões para instalações com refrigerantes naturais no ano fiscal de 2019.

A medida recém-anunciada ajudará o Japão a “cumprir sua obrigação de redução de HFCs a partir de 2029, fortalecendo nossos esforços para desenvolver e introduzir fluidos refrigerantes usando novas alternativas”, disse Hideyuki Naoi, vice-diretor do Ministério da Economia.

Em junho do ano passado, o Japão revisou sua Lei de Proteção da Camada de Ozônio para controlar a produção e importação de HFCs. A nova legislação entrou em vigor em 1º de janeiro de 2019, assim como a Emenda de Kigali, pacto ratificado pelos japoneses em dezembro.

Esse acordo, aprovado pelas partes do Protocolo de Montreal na capital Ruanda, em 2016, obriga os países desenvolvidos signatários a reduzir o uso de HFCs em 85% até 2036, com base no consumo entre 2011 e 2013.

A ação também deverá ajudar esses países a atingir as metas de redução de emissões de dióxido de carbono (CO2) do Acordo de Paris.

Fluidos refrigerantes propano (R-290) e isobutano (R-600a) em loja da Frigelar

Caso seja aprovada, revisão de norma da IEC será aplicada a fluidos como o propano (R-290) e o isobutano (R-600a) | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Oportunidades de negócios

A indústria global de refrigerantes de baixo GWP avança aproveitando oportunidades lucrativas em nações desenvolvidas, assim como nos países em desenvolvimento.

Para os especialistas, a crescente demanda por sistemas de refrigeração e condicionadores de ar, juntamente com a eliminação dos clorofluorcarbonos (CFCs) e hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) em todas as regiões do planeta, gerou um impacto positivo para o segmento, aumentando o consumo de substâncias mais ecológicas.

Um relatório recém-publicado pela Fact.MR, empresa global de pesquisa de inteligência de mercado, indica que o mercado de refrigerantes de baixo GWP vai registrar uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 8,1% entre 2019 e 2027.

Embora o cronograma de adoção de refrigerantes amigáveis ao clima possa variar por região ou país, em função de requisitos regulatórios individuais, as indústrias de compressores têm uma visão global focada na busca por refrigerantes de menor impacto climático.

“Em uma visão de curto a médio prazo, as regulamentações locais reduzirão ou banirão significativamente o uso de HFCs com alto GWP em aplicações de refrigeração”, reforça a Tecumseh, fabricante de compressores herméticos alternativos, rotativos e scroll, com capacidade de 1/15 a 30 cavalos de potência (hp), além de uma linha completa de unidades e sistemas de condensação para uso em aplicações residenciais e comerciais de refrigeração e ar condicionado.

Fundada em 1934, a companhia norte-americana – cujos equipamentos são fabricados em quatro continentes, incluindo a América Sul, onde a multinacional possui uma planta em São Carlos (SP) – acredita que os refrigerantes de baixo ou baixíssimo GWP serão a escolha principal dos fabricantes e usuários de sistemas de refrigeração comercial.

Num comunicado divulgado à imprensa no início do ano, a multinacional destaca que já dedicou recursos consideráveis na avaliação de refrigerantes de baixo GWP. Por isso, a empresa tem fornecido ao mercado compressores homologados para compostos desse tipo, assim como outras grandes indústrias do setor.

Christiane De Carvalho, a mineira que hoje faz a diferença na Acxiom

Uma das profissionais brasileiras mais bem-sucedidas e respeitadas no exterior, a mineira Christiane De Carvalho, atual diretora sênior na Acxiom Corporation, empresa de marketing e banco de dados sediada no estado do Arkansas (EUA), tem uma trajetória bastante peculiar.

Formada em publicidade na PUC-MG, ela iniciou sua carreira internacional no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), atuando entre 2005 e 2006 como estagiária em projetos relacionados a uma das maiores preocupações do HVAC-R mundial – a eliminação progressiva dos gases refrigerantes nocivos à camada de ozônio.

À época, Christiane atuou sob a supervisão da pesquisadora Suely Machado Carvalho, ex-diretora do Protocolo de Montreal e atual consultora científica do tratado internacional.

A relação da executiva com o mercado do frio começou com seu pai, José Roberto de Carvalho, que por 48 anos codirigiu a Friominas e hoje é CEO da Incoterminas, um dos mais fortes distribuidores de peças, equipamentos e insumos para refrigeração e ar-condicionado, incluindo fluidos refrigerantes, em Minas Gerais, estabelecido em Contagem.

A ascensão profissional de Christiane chama a atenção também pela coragem em empreender, mesmo antes do estágio na ONU, fundando em março de 2001 a agência de publicidade Cria Imagem, que foi vendida por ela em outubro de 2006, antes de se mudar para os EUA.

Naquele país, a executiva foi diretora, por um ano, na Wholly City, rede social voltada para aproximar pessoas moradoras da mesma vizinhança e interessadas em fazer negócios umas com as outras.

Mais adiante e por quase seis anos, Christiane atuou na Nielsen, multinacional da área de informação, dados e medição, com sede em Nova York. Começou na empresa como gerente de contas e chegando à diretoria de serviços ao cliente.

Fluido refrigerante ecológico ganha espaço no mercado de climatização

A preocupação com o meio ambiente é cada vez mais constante no segmento da climatização. Desde o Protocolo de Montreal, que exigiu a diminuição de emissão de cloro na atmosfera, as empresas estão trabalhando para desenvolver fluidos refrigerantes que possam manter o desempenho dos equipamentos, sem prejudicar a camada de ozônio.

Um dos exemplos foi apresentado durante palestra promovida pela Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav) na noite da última quinta-feira (21).

“O fluido refrigerante R-427A foi desenvolvido para ser uma opção ecológica para o R-22, que só poderá ser usado ate 2030. A partir do ano que vem, haverá redução de 35% na importação do R-22. Então, o preço deste produto vai elevar os custos da climatização. Cerca de 90% dos climatizadores ainda utilizam este fluido poluente, que é feito com cloro”, explicou o consultor técnico da Arkema, Paulo Napoli.

Uma das preocupações dos empresários é a troca dos fluidos refrigerantes. Entretanto, segundo Napoli, a opção de retrofit desenvolvida pela indústria química francesa realiza a mudança sem transtornos ou elevação de gastos. Ao contrário disso, consegue diminuir os valores da energia elétrica.

“O retrofit aproveita o equipamento sem modificar o projeto já realizado. Conseguimos modificar o fluido refrigerante sem modificar o produto. Algumas empresas já estão realizando o retrofit e perceberam redução de 6% na energia elétrica. Quando diminuir a importação do R-22, o valor deste produto vai elevar bastante. Assim, o R-427A, que hoje tem o mesmo preço do R-22, vai se tornar mais econômico”, salientou.

A palestra contou com a presença de engenheiros, projetistas, profissionais do setor de instalação e manutenção em climatização e refrigeração, e estudantes das áreas de refrigeração e climatização, segundo a assessoria de comunicação da Asbrav.

O consultor da área de fluidos refrigerantes da Arkema, Paulo Napoli, proferindo palestra na sede da Asbrav, em Porto Alegre

Paulo Napoli, consultor da área de fluidos refrigerantes da Arkema, durante palestra na Asbrav na última quinta-feira | Foto: Mariana da Rosa/Divulgação

Buraco na camada de ozônio regride 20%

Foi divulgado pela NASA os dados que revelam uma reversão de aproximadamente 20% na diminuição da camada de ozônio na Antártida durante o inverno, entre 2005 e 2016.

A reversão resulta, de acordo com os cientistas da NASA, da redução de cloro em consequência da interdição do uso de químicos que contêm cloro.

Os dados publicados, nesta quinta-feira (04/01), na revista científica Geophysical Research Letters, foram obtidos com o Aura, satélite em órbita da Terra que permite analisar a camada de ozônio, a qualidade do ar e o clima.

As alterações na espessura da camada de ozônio no inverno antártico, que acontece entre julho e meados de setembro, foram registradas diariamente entre 2005 e 2016.

Estudos anteriores basearam-se em análises estatísticas das variações no tamanho do buraco para defenderem que a diminuição da espessura da camada está retrocedendo.

O novo estudo traça a composição química da camada de ozônio durante 11 anos para concluir que houve uma regressão na diminuição da sua espessura, e que tal se justifica à proibição do uso de clorofluorcarbonetos, compostos químicos de longa duração que se elevam para a estratosfera, onde são ‘partidos’ pela radiação ultravioleta do Sol, libertando átomos de cloro que destroem as moléculas de ozônio.

Fonte: Mundo ao Minuto

Brasil celebra preservação da camada de ozônio

camada de ozônioO Ministério do Meio Ambiente e parceiros, entre eles o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), realizaram no dia 15 evento em Brasília (DF) para comemorar o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio.

A cerimônia também celebra os 30 anos do Protocolo de Montreal e os principais avanços rumo à sua implementação, com foco na eliminação dos HCFCs — substância destruidora da camada de ozônio — nos setores de espuma, refrigeração e ar-condicionado.