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Mayekawa lança sistema de refrigeração para barcos pesqueiros

A Mayekawa do Brasil acabou de lançar o Chiller RSW (Refrigerated Sea Water), um sistema de refrigeração para água do mar utilizado a bordo de barcos pesqueiros para preservar grandes capturas de peixes em alto mar, que, em um período mínimo, os peixes são resfriados próximo ao ponto de congelamento da água do mar, garantindo sua conservação e qualidade durante o transporte.

Para o diretor da Mayekawa do Brasil, Silvio Guglielmoni, “armazenar os peixes em um sistema de refrigeração de água do mar é um método eficaz de preservar a captura até o descarregamento em terra”, afirma.

Segundo a empresa, o novo chiller é um equipamento compacto com dimensões reduzidas para se adequar a barcos e navios e possui como destaque um evaporador spray com expansão seca, que permite alto coeficiente de transferência térmica. Além disso não necessita de bomba de amônia. Devido à sua aplicação, os tubos, conexões de água e as tampas dos trocadores são fabricadas em titânio, conferindo alta resistência à corrosão. A carga de amônia é de 5 a 10 vezes menor se comparada a um chiller convencional.

Barcos Frigoríficos

Na pesca comercial, os barcos frigoríficos são determinantes na conservação dos peixes recém pescados. Com porões equipados de maquinários de refrigeração, essas embarcações contam com uma grande estrutura para manter o peixe na temperatura ideal até chegar aos frigoríficos terrestres. “A questão é o logo após a pesca, o quão rápido o peixe é levado ao frigorífico do navio, pois assim que for abatido, ele deve ser congelado (dentro de 1h) numa temperatura mínima de – 40 ºC. Esse processo de congelamento, conhecido como ultrarrápido, determina a qualidade que o alimento terá depois de descongelado”, explica Guglielmoni.

Para se ter uma ideia, um barco de pesca tradicional conta apenas com um porão de gelo e chega a ficar um mês com a mercadoria, havendo muito desperdício, pois o peixe que é pescado no primeiro dia muitas vezes é descarregado estragado. Já a embarcação equipada com frigorífico possui um sistema de refrigeração, garantindo peixe fresco e saudável para consumo.

No Brasil

Em alguns lugares do mundo, como na Alemanha, todo o processo de captura, congelamento, classificação e embalagem do peixe é realizado dentro dos próprios barcos frigoríficos. Após descarregada, a mercadoria é encaminhada diretamente ao cliente. No Brasil, essa tecnologia ainda não acontece. O processo geral ainda é feito em frigoríficos terrestres. Já na América Latina, a pesca é fundamental para a economia e, para muitos dos que ali vivem, um modo de vida. De acordo com a FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a região produz 21,5 milhões de toneladas métricas de pescado por ano, um quarto da produção anual mundial. E, na América Latina, cerca de 2,3 milhões de pessoas participam da pesca.

Mecalor investe na triplicação da fábrica em São Paulo

A Mecalor anunciou um investimento de R$ 25 milhões na triplicação de sua fábrica na cidade de São Paulo, com a geração de 100 empregos diretos e mais 500 indiretos. O projeto de expansão contou com assessoria da InvestSP, a agência de promoção de investimentos do Governo do Estado, e a expectativa da empresa é que ele abra caminho para a produção de novas linhas de produtos desenvolvidas em 2022, além de ajudar a atender à crescente demanda de exportação, principalmente para a América Latina, e aos novos pedidos da filial do México.

A empresa desenvolve soluções para indústrias do Brasil e outros países das Américas, principalmente nos segmentos plástico, hospitalar, alimentício, farmacêutico e automotivo, além de possuir uma divisão de negócios exclusiva para o mercado de ar-condicionado, atendido pela marca Klimatix.

Com o investimento, a Mecalor avalia que, agora, está preparada para atender às metas estratégicas de crescimento e diversificação até 2030.

“A nova linha de produção que implementamos em nossa unidade do Parque Novo Mundo, em São Paulo, faz parte de um planejamento de longo prazo, estamos olhando para daqui 10 anos. Desta fábrica sairão novas famílias de produtos, projetadas para atender às necessidades atuais e futuras do mercado”, diz o CEO da Mecalor, János Szegö.

Helena Bento: de olhar doce, sorriso alegre e espírito humilde

Nascida no interior de Minas Gerais, a quarta filha de uma família de cinco irmãos, Helena Maria Bento é uma mulher cativante! Incansável na sua luta em fazer a diferença na vida das pessoas e no setor de HVAC-R, desde pequena era curiosa e gostava de aprender. Vinda de uma família humilde, começou a trabalhar ainda adolescente para ajudar nas despesas da casa, sem abandonar seus estudos, graças ao incentivo de sua mãe e irmãs.

“Como minha família era humilde, começamos a trabalhar na adolescência para ajudar nas despesas de casa, estudei até o ensino médio, fiz curso técnico em administração de empresas, entre outros. Naquela época, a faculdade era muito distante de onde morávamos, ficando inviável para nós. Porém, continuei fazendo cursos complementares profissionalizantes, proporcionando acesso para trabalhar em lugares melhores. Nesta caminhada profissional, trabalhei em fábricas de jeans, escritório de contabilidade, vendedora, secretária, e por aí vai. Carregava comigo um sonho de morar fora do Brasil, daí comecei a juntar algum dinheiro e com a ajuda de algumas pessoas importantes na minha vida, em 18 de março de 1990, embarquei para Lisboa/Portugal em busca da concretização desse sonho”, conta Helena.

Logo na primeira semana ela consegui um trabalho em Lisboa, próximo de onde estava morando, na Hipertécnica, loja do saudoso “Sr. Souza”, um português maravilhoso que lhe deu a oportunidade de aprender muito. A empresa realizava vendas e consertos de condicionadores de ar Mitsubishi, balcões frigoríficos, geladeiras, máquinas de lavar e secar, aquecimento de passagem, entre outros.

“Sempre fui curiosa no sentido de saber como solucionar os problemas, aprendi muito mesmo, daí foram passando os anos, me casei, fui mãe e um certo dia, devido a saudade da família e, também, por querer que nosso filho conhecesse os avós, primos e ter uma referência familiar, resolvemos voltar para o Brasil. Quando chegamos no Brasil, a realidade era totalmente diferente daquela que vivíamos em Portugal. Investi no ramo de cosméticos, porém, foi na climatização que realmente tivemos sucesso. Eu e meu marido tínhamos trabalhado alguns anos na Mitsubishi Electric em Portugal, porém sem experiência como empresários do ramo da climatização. Aos poucos fomos fazendo cursos e nos aperfeiçoando, comprando as ferramentas e, em 1999, abrimos a Instala-Ar. No início, a empresa era apenas prestadora de serviços, fomos crescendo e, em 2004, conseguimos oficialmente nosso CNPJ como prestação de serviços e comércio. Sempre focamos em estudar e estreitar o relacionamento com os fabricantes, aprendendo e crescendo como profissionais”.

Além de cuidar da parte administrativa, Helena também ia para trabalhos em campo aprender e ajudar nas obras, somando mais de 7 mil aparelhos instalados por todo o Brasil. Em 2019, ela encerrou a sociedade e abriu sua própria empresa com o mesmo nome.

“Como tínhamos muitos clientes, resolvi abrir uma MEI e continuar trabalhando com parcerias, que tem durado até hoje! Nossas obras são sempre acompanhadas por um técnico ou engenheiro habilitado, pois sabemos da importância de ter um profissional habilitado para fiscalizar e podermos exercer as funções de acordo com a lei”.

 

Encorajando mulheres

Foi em 2019, que Helena conheceu o grupo Elas no AVAC-R, transformando sua vida!

“Quando conheci o grupo Elas no AVAC-R através da Carmosinda Santos, me apaixonei vendo todas aquelas mulheres que faziam a mesma coisa que eu! A partir daquele momento, meu uniforme virou a camiseta rosa do Elas, desde então, venha participando e encorajando as mulheres. Neste ano, fui convidada pela Carmosinda para participar da diretoria do Elas no AVAC-R e estou muito honrada com o propósito do Elas em ajudar as mulheres pelo Brasil afora, para que consigam entrar nesta nossa profissão”.

À frente da Instala-Ar, Helena desenvolve alguns projetos junto com as meninas do Elas e com grupos de refrigeristas que conheceu ao longo da pandemia, integrando o site “Expertise Refrigeração”, com o intuito de ajudar e facilitar a divulgação de trabalhos, desenvolvimento de um sistema de gestão de refrigeristas, entre outros.

“Eu sempre pensei que minha passagem por esta vida precisava fazer sentido, por isso, sigo engajada em tudo que possa fazer a diferença na vida das pessoas, para que elas estudem, aprendam, pois somos muito capazes de fazer o nosso melhor, sempre com fé, foco, dedicação, comprometimento e responsabilidade. A toda equipe Revista do Frio, registro aqui meu carinho e gratidão! Vocês moram no meu coração. Amo vocês”.

“Sigo engajada em tudo que possa fazer a diferença na vida das pessoas”

 

 

Governo Lula pretende extinguir IPI, diz Alckmin

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse ontem (16) que a reforma tributária é uma questão central para o Brasil e deve ser realizada ainda no primeiro ano do novo governo.

“A reforma tributária é central. Ela pode fazer o PIB [Produto Interno Bruto] crescer, ela pode trazer eficiência econômica, simplificando a questão tributária e entendo o que é essencial, inclusive para a indústria”, disse ele, durante reunião com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Alckmin salientou que o governo pretende acabar com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), imposto federal que incide sobre produtos nacionais e importados que passaram por algum processo de industrialização (beneficiamento, transformação, montagem, acondicionamento ou restauração), o que deve beneficiar diretamente a indústria de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R, na sigla em inglês).

Desde julho do ano passado, um decreto garantiu a redução de 35% na alíquota do IPI sobre os itens fabricados no Brasil. O governo Lula decidiu manter essa redução por enquanto, mas a meta é acabar com o tributo.

“A próxima meta é acabar com o IPI, e para acabar com o IPI é a reforma tributária. Tudo o que é PEC [Proposta de Emenda à Constituição], que demanda mudança constitucional, três quintos [dos votos], duas votações, tem que ser rápido. Tem que fazer no primeiro ano, aproveitar o embalo, a legitimidade do processo eleitoral, e avançar o máximo”, salientou.

Durante a reunião, o vice-presidente também pediu apoio dos empresários para desburocratizar a economia. “Peço a vocês que nos mandem todas as propostas para desburocratizar”, falou ele.

Com informações da Agência Brasil

Tecumseh planeja investir R$ 75 milhões até 2025

Fábrica da Tecumseh em São Carlos | Foto: Divulgação

A Tecumseh do Brasil, uma das maiores fabricantes de compressores herméticos do mundo, completa 50 anos de atuação no país neste ano, com planos de investir mais de R$ 75 milhões até 2025.

Localizada em São Carlos, no interior de São Paulo, a empresa possui um moderno parque fabril com duas plantas integradas, e seus produtos estão dentro de refrigeradores, freezers, expositores comerciais, bebedouros, condicionadores de ar, no segmento automotivo, entre outros.

A Tecumseh é um enorme ativo para o estado de São Paulo e para o país, uma vez que já investiu cerca de US$ 330 milhões em suas operações no Brasil e tem capacidade de produção de 9 milhões de compressores por ano.

Os compressores e as unidades condensadoras fabricados nas instalações da Tecumseh em São Carlos não atendem apenas o mercado brasileiro de ar-condicionado e refrigeração, mas também são exportados para mais de 40 países em todo o mundo. A produção da Tecumseh é altamente integrada verticalmente, operando com duas plantas e uma unidade de P&D e testes na cidade de São Carlos.

A companhia também realiza investimentos significativos, cerca de 4% de seu faturamento anual, em P&D no Brasil, criando empregos de qualidade e gerando inovação e patentes locais de nível nacional e internacional. Nos últimos quatro anos, a Tecumseh investiu mais de R$ 40 milhões em desenvolvimento e testes de produtos, e sua equipe de P&D conta com cerca de 100 profissionais altamente qualificados, entre PhDs, mestres e engenheiros.

Este departamento tem um sucesso marcante, sendo responsável por dez das doze patentes totais geradas pela empresa. Um dos resultados destes investimentos foi o desenvolvimento do compressor inverter VR2, altamente eficiente energeticamente e pronto para atender aos padrões de eficiência do Inmetro que entrarão em vigor a partir de 31 de dezembro de 2022.

Nos próximos três anos, a Tecumseh também tem planos de investir mais R$ 75 milhões para aumentar a capacidade de produção destes produtos e desenvolver a próxima geração de compressores de alta eficiência para atender aos padrões de 2025 do Inmetro.

A empresa também tem um papel crucial na economia de toda a região. Compra produtos de aproximadamente 350 produtores locais (83% de seu total de suprimentos), apoiando indiretamente outros 10.000 empregos em toda a sua cadeia de fornecimento no Brasil. Além disso, a Tecumseh é a única fabricante de compressores rotativos de sua escala em todo o Hemisfério Ocidental.

A Tecumseh é hoje uma das maiores empregadoras da região, com 2.100 funcionários envolvidos no projeto, lançamento e fabricação de compressores e unidades condensadoras que reduzem o consumo de energia e as emissões de gases de efeito estufa.

A empresa tem sua história intimamente ligada à história da cidade de São Carlos, ocupando um lugar especial na vida de seus habitantes. É só perguntar: toda família de São Carlos pode contar uma história ou tem um ente querido que trabalha ou trabalhou na Tecumseh.

“Nosso pessoal na Tecumseh do Brasil é trabalhador por natureza e assume a cada dia a missão de sustentar suas famílias e ajudar nossa empresa a ser a melhor no que fazemos para nossos clientes. Eles vêm de diferentes origens educacionais e geográficas, mas compartilham uma verdadeira paixão pelos 50 anos de história da Tecumseh e um profundo compromisso com nosso futuro aqui no Brasil.  Liderar esta empresa significa abrir caminho para seu crescimento profissional e ajudá-los a construir suas vidas aqui mesmo nesta região. Eles são a cara e o coração do nosso negócio; temos imenso orgulho deles e mal podemos esperar para que o Brasil conheça suas histórias”, disse Ricardo Ferreira, diretor presidente da Tecumseh Brasil.

Para ajudar nas comemorações do 50º aniversário de operações bem-sucedidas no Brasil, a empresa anunciou o lançamento de uma série de vídeos com histórias em primeira pessoa contadas por funcionários reais, cujas vidas e carreiras foram impactadas positivamente pelo trabalho na moderna fábrica da empresa em São Carlos.

No primeiro vídeo são apresentadas Jucélia e Natália. Jucélia é uma operadora multifuncional, que trabalha na Tecumseh há 23 anos. Natália é sua filha, que cresceu participando de eventos na empresa com a mãe e hoje atua como analista de qualidade de produto. O vídeo pode ser encontrado aqui.

Os colaboradores da Tecumseh “são a cara e o coração do nosso negócio”, diz o presidente da empresa no Brasil, Ricardo Ferreira | Foto: Divulgação

Emerson participa da Refriamericas com resultados positivos

A Emerson participou da Refriamericas Expo & Congresso, com resultados positivos! Realizada entre os dias 20 e 21 de julho de 2022, em Miami – EUA, a feira foi oportunidade para a empresa reafirmar seu compromisso no desenvolvimento de produtos com baixo impacto ambiental e máxima eficiência.

Em seu estande, a Emerson destacou a Unidade Condensadora de Modulação Digital ZXD e a Unidade FFAP, entre outros produtos da marca Copeland.

Nos dois dia de evento, a empresa recebeu visitantes de diversos países latino-americanos como Venezuela, México, Guatemala, Colômbia, Honduras, Costa Rica, Ilhas Caribenhas e Brasil.

“Tivemos a oportunidade de compartilhar com muitos clientes importantes da região da América Latina nossa ‘expertise’ no desenvolvimento de produtos compatíveis com as demandas ambientais. Recebemos em nosso estande muitos revendedores, projetistas, empreiteiros e fabricantes. Outros visitantes também estiveram presentes, ávidos por informações sobre as vantagens de nossas unidades condensadoras, com um balanço muito positivo de nossa participação em divulgar a marca, com muito networking”, informa Carolina Africano, Gerente de Marketing Digital, América Latina.

Para Enrique Martin, Gerente Geral México e América Central, “foi a primeira vez que participo da Refriamericas e estou muito satisfeito pelos resultados obtidos. Tivemos a oportunidade de expor um pouco de nossa tecnologia e cumprimentar dezenas de clientes e amigos de diversos países. Espero vê-los novamente em Porto Rico 2023”.

Congresso

A Emerson também participou do Congresso no dia 20 de julho, trazendo o tema “Guia Completo de Refrigeração Comercial para Abordar a Emenda Kigali na América Latina, apresentado por Misael Gonzales, Engenheiro de Aplicações para Refrigeração – México.

“Apresentamos aos participantes do Congresso um estudo de emissões totais equivalentes de CO2 para diferentes arquiteturas de refrigeração usando tipos de refrigerantes e tecnologias de modulação para três tamanhos de aplicação e em 3 perfis climáticos específicos. Abordei também alguns pontos essenciais sobre as alterações da Emenda Kigali, mitigação de risco de refrigerantes A2L e alguns detalhes sobre o uso de refrigerantes naturais. Por fim, a apresentação concentrou-se em destacar as qualidades das arquiteturas distribuídas usando unidades condensadoras de ponta e o uso de refrigerantes de baixo GWP para reduzir a pegada de carbono das instalações de refrigeração comercial na América Latina”, informa Gonzales.

Equipe Emerson na Refriamericas Expo & Congresso

Senado aprova adesão do Brasil à Emenda de Kigali

O Senado aprovou nesta quarta-feira (13) o projeto de decreto legislativo que ratifica acordo para redução da emissão de gases hidrofluorcarbonos (HFCs), que provocam aquecimento global. O gás é usado como fluido refrigerante no setor de refrigeração e climatização e também em alguns produtos aerossóis.

No Senado, o projeto tramitou na forma do PDL 179/2022. Antes, na Câmara, havia tramitado na forma do PDL 1100/2018. Agora a matéria segue para promulgação.

O texto ratifica a Emenda de Kigali, assinada em 2016 com o objetivo de alterar o Protocolo de Montreal. Seguido pelo Brasil desde 1990, esse protocolo é o único tratado multilateral sobre temas ambientais com ratificação universal.

De acordo com o Protocolo de Montreal, os países se comprometem a substituir as substâncias responsáveis pela destruição do ozônio, como os clorofluorcarbonos (CFCs) e os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs). No entanto, sua redação original não tratava dos hidrofluorcarbonos (HFCs), que são utilizados há décadas como alternativa aos CFCs e aos HCFCs. A Emenda de Kigali incluiu os HFCs no protocolo.

Apesar de não causarem danos à camada de ozônio, os hidrofluorcarbonos apresentam elevado impacto no sistema climático global — o HFC é milhares de vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono (CO2), o principal responsável pelo aquecimento global.

Atraso

O texto desse acordo, enviado pelo Executivo ao Congresso em 2018, já havia sido aprovado pela Câmara dos Deptutados em maio deste ano. Durante a votação do projeto no Senado, nesta quarta-feira, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), relatora da matéria, lembrou que dos 144 países em desenvolvimento somente Brasil e Iêmen ainda não tinham ratificado a Emenda de Kigali nem enviado carta-compromisso sobre o assunto à Organização das Nações Unidas (ONU).

Mara também observou que a adesão da China ao acordo, em 2021, aumentou a pressão para que o Brasil se posicionasse quanto à questão.

— Com a ratificação pela China, provavelmente haverá uma revolução em termos de tecnologia. E como a Emenda [de Kigali] está atrelada ao Protocolo [de Montreal], os países que a ratificam passam a ter acesso aos recursos do protocolo para adaptação dos processos industriais e capacitação técnica da mão de obra — ressaltou a senadora, que também afirmou que a estimativa é de recursos da ordem de US$ 100 milhões para o Brasil, para que as indústrias de capital possam adaptar seus processos produtivos.

Cronograma

A Emenda de Kigali define um cronograma de redução da produção e consumo dos hidrofluorcarbonos (os HFCs). Segundo o texto, países em desenvolvimento, como o Brasil, deverão “congelar” seu consumo do gás HFC até 2024; reduzir seu consumo em 10% até 2029; e reduzir em 85% até 2045.

Já os países desenvolvidos se comprometeram a reduzir seu consumo de HFCs em 10% em 2019 até alcançar menos de 85% em 2036.

As emissões dos HFCs vêm aumentando globalmente em torno de 8% ao ano, podendo responder por até 19% das emissões de gases de efeito estufa em 2053, de acordo com dados da ONU. Essa entidade estima que, sem a Emenda de Kigali, a contribuição do HFC para o aquecimento global poderia por si só provocar um aumento médio da temperatura de aproximadamente 0,5 °C.

Com informações da Agência Câmara

Fonte: Agência Senado

Indústria brasileira comemora ratificação da Emenda de Kigali

A Câmara dos Deputados aprovou, na última quinta-feira (26), o texto do decreto legislativo que ratifica a Emenda de Kigali, tratado climático cujo objetivo é reduzir a produção de hidrofluorcarbonos (HFCs) utilizados em sistemas de refrigeração, aerossóis e solventes. O projeto segue agora para votação no Senado.

A Abrava, o Sindratar-SP e a Rede Kigali mobilizaram-se entre os parlamentares para que aprovassem a ratificação do adendo ao Protocolo de Montreal. De acordo com o presidente da Abrava, Arnaldo Basile, a decisão dos deputados alinha o Brasil com os mais de 130 países que já aderiram ao acordo.

“Embora ela ainda tenha que ser aprovada pelo Senado, existe o entendimento que não haverá motivos para obstruções, haja vista que a sociedade já entendeu que a partir de agora, a cadeia de valor do setor AVAC-R caminhará mais rapidamente e assertivamente para atualizar as evoluções tecnológicas e as melhores práticas operacionais. A sociedade brasileira ganha com essas evoluções”, avaliou.

Segundo Basile, há consenso na indústria e na sociedade civil quanto à importância e urgência da ratificação da Emenda de Kigali pelo Brasil. Entidades empresariais como a Abrava, a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) e o Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP) apoiam a adesão do Brasil ao acordo.

Governo aprova novas metas de consumo de energia para aparelhos de ar condicionado

Ministério de Minas e Energia (MME) publicou a Resolução nº 1/2022, que aprova o novo Programa de Metas para Condicionadores de Ar. O programa tem o objetivo de estabelecer novos índices mínimos de eficiência energética para os aparelhos de ar condicionado do Brasil.

A regulamentação trata de aparelhos que incluem, além de refrigeração, a capacidade de aquecimento do ambiente. O documento também estabelece a data limite para fabricação, importação e comercialização dos equipamentos no Brasil.

A resolução adota nova metodologia para o cálculo do índice de eficiência energética. Essa nova metodologia, baseada na norma ISO 16358-1, permite um maior número de ensaios, em diferentes configurações de operação. A adoção dessa norma permite pela primeira vez a diferenciação dos equipamentos que utilizam a tecnologia de rotação variável – os equipamentos inverter – que chegam a consumir 30% menos que equipamentos de rotação fixa, que é a tecnologia mais comum no mercado.

Segundo estudo realizado pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE), com metodologia desenvolvida pela Universidade Federal do ABC, a adoção dos novos índices mínimos pode gerar uma economia de 67 TWh e uma economia de recursos de R$ 12 bilhões até 2040. Essa energia serviria para abastecer cerca de 1,9 milhão de residências por ano até 2040. Além disso, 40 milhões de toneladas de CO2 deixarão de ser emitidos na atmosfera.

De acordo com a resolução, os equipamentos são destinados à operação em corrente alternada de 60Hz e tensões nominais de 127V, 222V, 380V, e 440V, ou faixas de tensão mencionadas nos Sistemas Monofásico e Trifásico.

A resolução é fruto do trabalho realizado pela Coordenação de Eficiência Energética da Secretária de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE), que foi responsável por conduzir o processo de coleta de subsídios e sistematizar as informações do programa.

Essa é a primeira resolução emitida pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE), órgão coordenado pelo MME. Entre outubro de dezembro de 2021, a proposta de resolução passou por consulta pública com a sociedade. Em janeiro de 2022, o MME realizou audiência pública sobre o programa para colher contribuições das partes interessadas. A análise das contribuições foi realizada, posteriormente, pelo CGIEE.

Acesse aqui as diretrizes do CGIEE.

Acesse aqui a Resolução nº 1, de 29 de abril de 2022.

Whirlpool investe em energia limpa para neutralizar emissões de carbono

Dona das marcas Brastemp e Consul, a Whirlpool está caminhando para atingir suas metas de sustentabilidade. A empresa agora conta com mais uma certificação internacional, que atesta 100% do uso de energia renovável, como eólica, hidrelétrica e solar em duas de suas três unidades fabris no Brasil, reduzindo muito mais as emissões de CO2, quesito em que a mesma deseja ser neutra até a próxima década.

Dessa forma, a empresa evitará a emissão de 6,5 mil toneladas de CO2 apenas este ano, o que equivale a uma redução superior a 30% em relação ao último ano.

A iniciativa está dentro da meta global da empresa de atingir a neutralização das emissões de CO2 até 2030. A nova certificação após investimentos em energia renovável passou a valer no início do ano para as unidades de Rio Claro (SP) e Manaus (AM).

Já a unidade de Joinville (SC) tem expectativa de alcançar a marca de 100% de energia renovável em 2024. Atualmente, o índice é de 85% no escritório da dona da Brastemp e da Consul em São Paulo, que já havia sido certificado em novembro do último ano.

De acordo com Cristiano Félix, gerente sênior de Meio Ambiente, Segurança do Trabalho e Saúde para a América Latina, em Joinville a empresa já conta com acordos firmados para o uso de energia renovável.

Já o vice-presidente de Assuntos Jurídicos de Compreensão e Corporativos da Whirlpool para América Latina, Bernardo Gallina, afirma que a decisão de comprar energia apenas de fontes renováveis é mais uma questão de valor para empresa do que apenas redução de custos e economia, tanto que a empresa passou a gastar 10% a mais com a mudança.

A ideia é consumir menos eletricidade e reutilizar os recursos dentro da empresa para que seja mais sustentável. A redução de 31% das emissões de CO2 é o equivalente a plantar cerca de 43 mil árvores, informa a companhia.