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Trane Technologies e Thermo King ampliam ações de valorização feminina na América Latina

Iniciativas do WEN-LATAM incluem workshops, palestras e painéis sobre saúde, liderança e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

As empresas Trane e Thermo King, do grupo Trane Technologies, ampliaram neste mês as iniciativas voltadas ao desenvolvimento e à valorização feminina na América Latina. As ações, realizadas no contexto da campanha Outubro Rosa, são conduzidas pelo Women’s Employee Network Latin America (WEN-LATAM) e têm foco no fortalecimento do protagonismo das colaboradoras.

A programação inclui uma edição especial da série Empowering Women Workshop Series, com o tema Protagonismo Feminino. O conjunto de atividades reúne workshops, palestras e rodas de conversa sobre equilíbrio entre vida pessoal e profissional, saúde mental, bem-estar, educação financeira e liderança.

Entre as principais iniciativas estão a sessão inaugural com palestra de especialista em saúde e depoimentos de colaboradoras, workshops semanais sobre autocuidado, painéis de discussão sobre desafios da rotina profissional e seminários sobre valorização econômica feminina.

Segundo Patrícia Corrêa, gerente de Marketing e Comunicação para a América Latina e líder do WEN-LATAM, “promover o protagonismo das mulheres e criar espaços de reflexão é essencial para o crescimento sustentável da organização e para o avanço da sociedade”.

O WEN-LATAM faz parte dos Business Resource Groups (BRGs) da Trane Technologies — grupos formados por colaboradores que incentivam diversidade, pertencimento e apoio mútuo. Além do ambiente interno, os BRGs atuam no fortalecimento comunitário e na geração de insights estratégicos para os negócios.

Com iniciativas contínuas, a Trane Technologies e a Thermo King associam o Outubro Rosa à promoção de igualdade e à ampliação das oportunidades para mulheres no setor de climatização e refrigeração na região.

Demanda global de cobre deve continuar elevada

Flutuações no preço do cobre impactam diretamente custos e estratégias de empresas de HVAC-R no Brasil, exigindo atenção de instaladores e mantenedores na gestão de projetos

 O cobre é um insumo essencial em sistemas de HVAC-R, presente em tubos, serpentinas, cabos e conexões. Com a volatilidade dos mercados internacionais e a crescente demanda por cobre, fabricantes e distribuidores enfrentam pressões de custo que podem se refletir na cadeia de instalação e manutenção. Entender esse cenário é fundamental para profissionais que precisam planejar projetos, orçamentos e manutenção preventiva de forma estratégica e eficiente.

Segundo dados da Associação Brasileira do Cobre (ABCobre), o mercado de HVAC-R no país faturou R$ 41,3 bilhões em 2024, um aumento de 12% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é impulsionado pela demanda em diferentes segmentos, desde residências até indústrias, motivada por variações climáticas, expansão de centros de distribuição e aumento do consumo em e-commerces.

No entanto, fabricantes enfrentam pressões significativas sobre os custos. As oscilações internacionais do preço do cobre afetam diretamente a produção de equipamentos, tornando a gestão financeira e o planejamento estratégico ainda mais desafiadores. Além disso, a dependência de fornecedores internacionais expõe o setor a riscos como atrasos, variação cambial e restrições comerciais, que podem comprometer a entrega de produtos.

Para enfrentar esses desafios, empresas brasileiras adotam estratégias diversificadas de logística e estoque. Grandes fabricantes mantêm contratos estratégicos com fornecedores, ampliam estoques de segurança e monitoram preços de mercado para reduzir impactos financeiros. O investimento em tecnologia de gestão de inventário e sistemas ERP/WMS tem sido fundamental para otimizar o controle de peças e componentes de cobre.

“A principal estratégia tem sido gestão de estoque e aumento no abastecimento para suportar a produção e distribuição, principalmente no período atual em que o verão se aproxima e há uma tendência de aumento na demanda geral do setor HVAC-R”, informa Felipe Guerini, Gerente Comercial da Termomecanica.

Algumas empresas também exploram alternativas, como materiais substitutos e ligas metálicas, buscando reduzir a dependência do cobre sem comprometer a eficiência térmica e a durabilidade dos equipamentos. Contudo, especialistas afirmam que essas soluções ainda não substituem totalmente o metal em aplicações críticas, especialmente em equipamentos comerciais e industriais.

O impacto da escassez de cobre no setor se reflete não apenas nos custos de produção, mas também na disponibilidade de produtos para o mercado final. Distribuidores e varejistas relatam atrasos na entrega de equipamentos, aumento nos prazos de reposição e necessidade de comunicação constante com clientes para gerenciar expectativas. A situação exige coordenação eficiente entre fabricantes, distribuidores e integradores, especialmente para atender projetos de grande escala e operações de e-commerce.

O preço do cobre é fortemente influenciado por fatores globais, incluindo a produção em grandes mineradoras, políticas comerciais internacionais e a demanda crescente por infraestrutura elétrica e energética, especialmente em países que investem em energias renováveis e veículos elétricos. Recentemente, projeções indicam que a demanda global de cobre deverá continuar elevada, impulsionada pela transição energética, construção civil e modernização de sistemas industriais e residenciais.

“No Brasil, o cenário se mostra particularmente sensível. Apesar do país possuir reservas de cobre exploráveis, a produção local ainda depende de logística complexa e de importações para atender à demanda industrial. O impacto direto é percebido em flutuações de preço, que podem ser rápidas e significativas, afetando fabricantes, distribuidores e, finalmente, instaladores e técnicos de manutenção” revela Maria Antonieta Cervetto, diretora presidente do Grupo CECIL, e presidente da Associação Brasileira do Cobre.

“O aumento do preço do cobre tem efeitos imediatos sobre os custos de fabricação de componentes essenciais. Tubulações, serpentinas de evaporadores e condensadores, cabos e conexões, por exemplo, podem ter seu valor reajustado rapidamente em função da matéria-prima”, acrescenta.

Fabricantes como a Cecil, Eluma, do grupo Paranapanema, Cobresul e Termomecanica, têm se destacado como fornecedores estratégicos para o setor de HVAC-R. Ambos atuam na produção de cobre eletrolítico e produtos semiacabados, atendendo a fabricantes de tubos, serpentinas e conexões. Esses players buscam oferecer previsibilidade de fornecimento e suporte técnico, auxiliando instaladores e distribuidores a planejarem projetos mesmo em períodos de alta volatilidade.

Cobre é um insumo essencial em sistemas de HVAC-R

“O cobre é um dos principais insumos para os fabricantes de equipamentos no setor, pela sua importância para o bom funcionamento do sistema e pelo seu alto valor agregado. O seu preço varia diariamente conforme a LME (London Metal Exchange) que é a maior bolsa de negociações de commodities e metais base, como cobre, alumínio, zinco, níquel, entre outros, por isso, seu preço também é negociado em dólar. Nos últimos meses, desde meados de abril/25 até setembro/25 apesar do preço do cobre ter apresentado aumento de US$ 9.190 (dólares/tonelada) para aproximadamente US$ 9.950 (dólares/tonelada), a variação do dólar em relação ao real compensou esse aumento com sua redução de aproximadamente R$ 6,00 no começo do ano para R$ 5,37 no último mês, com isso, o preço do cobre dentro do mercado nacional manteve determinada estabilidade desde o começo do ano. Há vários fatores para o impacto na variação do preço, principalmente pelo desbalanceamento entre a oferta e a demanda não só atual, como também a expectativa futura. Pelo lado da oferta houve problemas operacionais nas mineradoras que prejudicaram a disponibilidade, enquanto os estoques de metal na bolsa de Londres em níveis mais baixos ocasionam pontos de atenção e tendem os preços para níveis maiores. Pelo lado da demanda, há expectativa crescente na utilização do cobre, principalmente pelo desenvolvimento dos outros setores, como eletrificação e energia para atendimento das demandas de veículos elétricos, construção de data centers, entre outros”, revela Guerini.

Comportamento do mercado

Para profissionais de HVAC-R, compreender o comportamento do mercado de cobre é fundamental. Projetos que envolvam substituição de tubulação, retrofit de sistemas antigos ou manutenção de equipamentos com necessidade de reposição de serpentinas devem considerar margens de segurança nos custos de material, evitando surpresas durante a execução.

Além disso, o planejamento de compras de peças e insumos deve ser antecipado sempre que possível. A estocagem estratégica, a negociação com fornecedores e a avaliação de alternativas técnicas — como o uso de cobre de bitola diferente dentro de normas e especificações — podem ajudar a mitigar impactos financeiros sem comprometer a eficiência ou a durabilidade dos sistemas.

Alguns fabricantes de HVAC-R já sinalizam a busca por maior previsibilidade nos contratos de fornecimento de cobre, seja por meio de acordos de longo prazo com fornecedores, seja pela adoção de instrumentos de hedge financeiro para insumos. Para o mercado de instalação e manutenção, o conhecimento sobre essas estratégias pode ser um diferencial competitivo, permitindo orçamentos mais precisos e confiáveis e soluções que garantam maior previsibilidade de fornecimento, incluindo contratos de fornecimento programados e assessoria técnica para instalação, permitindo que os profissionais de HVAC-R adaptem seus projetos e orçamentos mesmo diante da volatilidade de preços.

Outra tendência observada é o incentivo à utilização de materiais alternativos ou técnicas que reduzam o consumo de cobre sem comprometer a performance. Embora a substituição total seja limitada devido às propriedades únicas do cobre, ajustes em projetos e a adoção de tecnologias mais eficientes podem reduzir a exposição à volatilidade do preço da matéria-prima.

“A volatilidade do cobre é um desafio real para todo o setor de HVAC-R, desde fabricantes até técnicos de campo. Entender o impacto desse cenário no planejamento de projetos, aquisição de materiais e manutenção preventiva é crucial para garantir eficiência, competitividade e sustentabilidade financeira. Profissionais capacitados e bem informados sobre o mercado de cobre estarão mais preparados para tomar decisões estratégicas, protegendo seus clientes e seus negócios de aumentos inesperados de custos. No horizonte, a tendência é de que a demanda por cobre continue forte, impulsionada por fatores globais e locais, o que reforça a necessidade de planejamento e adaptação contínua. Para o setor de HVAC-R, a palavra de ordem é antecipação: antecipar compras, planejar projetos e atualizar-se sobre estratégias de mercado, garantindo que a volatilidade do cobre não se transforme em um obstáculo intransponível para eficiência e lucratividade”, diz Maria Antonieta.

O aumento do preço do cobre tem efeitos imediatos sobre os custos de fabricação de componentes

Guerini acrescenta que “Há testes com outros materiais de menor custo, entretanto as características não são as mesmas, até então não há um material alternativo que garanta a mesma eficiência e segurança que o cobre. É importante destacar que a ausência de cobre na instalação dos equipamentos acarreta a perda imediata da garantia, conforme previsto nos manuais dos fabricantes. O cobre é muito utilizado no setor por ser altamente resistente as variações de temperatura e pressão, que são elevadas em diversos equipamentos e exigem materiais que às suportem para tornar o sistema seguro, o cobre é um excelente condutor térmico, permitindo a transferência de calor de forma eficiente, possui tenacidade e ductilidade que favorecem o seu manuseio e apresenta elevada resistência à corrosão, contribuindo para maior vida útil dos equipamentos. Todas essas características combinadas são fundamentais para o bom funcionamento dos sistemas em que é aplicado, desde seu manuseio durante uma instalação até a eficiência energética de um equipamento, o cobre é um metal muito compatível com o setor e que entrega a melhor relação custo x benefício”.

Dicas para Refrigeristas sobre Gestão de Cobre

– Planeje compras com antecedência para reduzir riscos de aumento de custo.
– Estude contratos de fornecimento com fabricantes que ofereçam previsibilidade.
– Avalie alternativas técnicas dentro das normas, como bitolas diferentes ou otimização de serpentina, sem comprometer desempenho.
– Estoque estratégico pode ser aliado, mas deve ser equilibrado para evitar excesso de capital parado.

Samsung lança linha WindFree AI com foco em eficiência e conectividade

A Samsung apresentou a nova linha de ar-condicionado WindFree AI, que combina inteligência artificial, eficiência energética e conectividade. O lançamento inclui o modelo POWERVolt AI, projetado para operar em 127V ou 220V e resistente a picos de energia.

De acordo com Gustavo Martins, gerente sênior da divisão de Ar-Condicionado da Samsung Brasil, o objetivo da marca é “transformar o conceito de conforto térmico com soluções que oferecem experiências personalizadas e sustentáveis”.

Os equipamentos contam com compressor Digital Inverter Ultra, utilizam gás R-32 e estão disponíveis em diversas capacidades, com versões adaptáveis a diferentes ambientes. A integração com o aplicativo SmartThings permite controle remoto, automação de rotinas e monitoramento de consumo de energia em tempo real.

Fortaleza inaugura maior data center do Nordeste

Centro de dados da Tecto, subsidiária da V.tal, adota sistema de refrigeração a ar, sem uso de água

O Ceará ampliou sua infraestrutura digital com a inauguração do Mega Lobster Data Center, empreendimento da Tecto, subsidiária da V.tal, localizado na Praia do Futuro, em Fortaleza. O projeto recebeu investimento superior a R$ 500 milhões e ocupa uma área de 13 mil metros quadrados, com dez salas de operação e capacidade de fornecimento de até 20 megawatts.

Apontado como o maior data center do Nordeste, o Mega Lobster foi projetado para atender empresas de nuvem e plataformas digitais. O projeto reforça a posição do Ceará como ponto estratégico na conexão internacional de dados, devido à rede de cabos submarinos instalada no litoral do estado.

Um dos principais diferenciais do empreendimento está no sistema de refrigeração sem uso de água, baseado exclusivamente em ar, característica que reduz o impacto ambiental e otimiza a eficiência energética — aspecto de destaque para o setor HVAC-R.

A operação também é alimentada majoritariamente por fontes renováveis de energia, como vento e sol, em linha com a política estadual de incentivo à geração limpa.

Segundo reportagem da TV Ceará, emissora integrante da Rede Nacional de Comunicação Pública, o novo centro fortalece a segurança digital e amplia a capacidade do estado de processar dados localmente, atraindo novas empresas e reduzindo custos para o mercado nacional.

EDITORIAL – Ventos de otimismo

Outubro chega com um sopro de confiança. O clima pós-Febrava ainda reverbera no setor, impulsionado por um comércio mais ativo e pela expectativa de um verão aquecido. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), da CNI, subiu um ponto em outubro, alcançando 47,2 — avanço discreto, mas significativo, após dez meses de pessimismo.

A recuperação da confiança vem acompanhada de sinais positivos vindos do exterior. O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2,4% em 2025, enquanto a perspectiva de melhora nas relações com os Estados Unidos reforça o ambiente de negócios. Soma-se a isso o protagonismo do Brasil nas discussões sobre sustentabilidade, impulsionado pela aproximação da COP 30.

O HVAC-R ocupa posição central nesse novo contexto. Em um mundo que busca eficiência energética e redução de emissões, a refrigeração e a climatização consolidam-se como vetores técnicos da descarbonização — um campo em que a engenharia e a responsabilidade ambiental caminham lado a lado.

Nesta edição, a Revista do Frio analisa dois pilares desse movimento. A matéria de capa aborda os desafios da cadeia de abastecimento dos Centros de Distribuição, mostrando como as deficiências de infraestrutura e a baixa automação comprometem a eficiência logística. Já a reportagem sobre peças de reposição discute os efeitos da dependência de importações e as diferenças entre produtos originais e paralelos, temas que impactam diretamente o atendimento técnico e a confiabilidade dos sistemas em todo o país.

Entre a confiança que começa a se reconstruir e os desafios que persistem, o setor HVAC-R segue avançando. Cada sinal de retomada reforça a importância de manter o foco na eficiência, na inovação e na sustentabilidade — princípios que continuam a guiar o nosso trabalho.

Justiça absolve técnico por incêndio no Ninho do Urubu

Decisão judicial reconhece ausência de provas contra responsável pela manutenção dos aparelhos de ar-condicionado

A Justiça do Estado do Rio de Janeiro absolveu os sete réus processados pelo incêndio de 2019 no alojamento das categorias de base do Flamengo, o Ninho do Urubu. A sentença, assinada pelo juiz Tiago Fernandes Barros, da 36ª Vara Criminal, considerou improcedente a ação movida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).

Entre os absolvidos está Edson Colman, sócio da Colman Refrigeração, empresa contratada para a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado instalados nos contêineres que serviam de dormitório aos atletas. O processo havia sido instaurado após o incêndio ocorrido em 8 de fevereiro de 2019, que provocou a morte de dez jovens e deixou três feridos.

A decisão destaca que não há provas suficientes para estabelecer nexo causal entre as ações dos réus e o início do fogo. Segundo o magistrado, não foi demonstrado vínculo técnico entre os serviços de manutenção e o incidente.

O MPRJ havia pedido a condenação de todos os acusados, entre eles gestores do clube e engenheiros da NHJ Contêineres, responsável pela estrutura dos módulos habitacionais. O Ministério alegava falhas de gestão, infraestrutura e climatização.

O episódio, que resultou em mudanças nas normas internas de segurança do Flamengo e em 11 acordos de indenização com famílias das vítimas, também expôs a necessidade de procedimentos documentados de instalação, inspeção e manutenção de sistemas de climatização, conforme preveem normas técnicas e regulamentos do setor HVAC-R, como a Lei do PMOC (13.589/2018).

O caso reforça a importância de que empresas prestadoras de serviços de refrigeração e climatização mantenham registros de operação, certificados de responsabilidade técnica e planos de manutenção em conformidade com as exigências de segurança e desempenho.

Fujitsu amplia rede de assistências técnicas e reforça expansão nacional

Marca japonesa de ar-condicionado registra aumento de 20% em sua rede de postos autorizados e inaugura novo centro de treinamento na Clima Rio, no Rio de Janeiro

A Fujitsu General do Brasil, subsidiária da multinacional japonesa de ar-condicionado Fujitsu, registrou crescimento de 20% em sua rede de assistências técnicas autorizadas entre 2024 e 2025. A expansão faz parte de uma estratégia nacional que busca ampliar a presença da marca e garantir atendimento técnico qualificado em todas as regiões do país.

Com mais de 900 postos autorizados, a Fujitsu consolida uma rede de parceiros que executam serviços de instalação e manutenção, tanto em equipamentos dentro da garantia quanto fora dela. O processo de credenciamento considera critérios como estrutura técnica, certificações, ferramental e padrões de atendimento.

Os parceiros credenciados participam de treinamentos de aperfeiçoamento técnico promovidos pela Fujitsu, com foco em atualização tecnológica, boas práticas de instalação e suporte especializado. Entre as ações recentes, destaca-se a inauguração de um novo Centro de Treinamento na Clima Rio, no Rio de Janeiro.

Segundo Leandro Silva, coordenador de assistência técnica da Fujitsu General do Brasil, a ampliação da rede busca fortalecer a confiança dos consumidores e acompanhar o crescimento da empresa. “Ter uma rede sólida e capacitada é fundamental para garantir a satisfação do consumidor e fortalecer a confiança na marca”, afirmou.

A expansão faz parte do plano de crescimento sustentável da Fujitsu no Brasil, alinhado ao propósito global da empresa de “viver juntos pelo nosso futuro”. A marca mantém investimentos em estrutura, capacitação e relacionamento com o objetivo de aprimorar a experiência dos consumidores e o desempenho do setor de climatização no país.

Limitações estruturais e tecnológicas afetam Centros de Distribuição

Responsáveis por sustentar o fluxo de produtos em todo o país, os CDs enfrentam desafios que vão de estradas em más condições à ausência de tecnologias modernas

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O abastecimento dos Centros de Distribuição (CDs) no Brasil é um dos pontos mais críticos da cadeia logística, especialmente em um país de dimensões continentais e com infraestrutura desigual. Esses espaços são responsáveis por receber, organizar e expedir produtos para varejistas, indústrias e consumidores finais, desempenhando um papel estratégico na fluidez do mercado.

Montar um CD no setor de HVAC-R vai muito além de encontrar um galpão e instalar prateleiras. A decisão envolve um planejamento logístico preciso, que considera desde o volume de vendas até a capilaridade necessária para alcançar pequenas cidades com eficiência e custos controlados. Com o avanço do e-commerce e o crescimento de distribuidores regionais, os CDs se tornaram peças-chave para garantir disponibilidade de produtos e agilidade no atendimento.

A localização é um dos principais fatores estratégicos. Estar próximo de grandes centros consumidores reduz o tempo de entrega, mas também é preciso planejar rotas que atendam cidades menores — onde a demanda é menor, porém constante. Para muitas empresas do setor, o desafio está em equilibrar o custo de transporte com a necessidade de manter prazos competitivos, especialmente em regiões distantes dos polos industriais.

Outro ponto crítico é o investimento em estrutura. Além do aluguel ou construção do espaço, pesam na conta os custos com estoque, equipamentos de movimentação, sistemas de gestão e pessoal qualificado. A organização do CD influencia diretamente a produtividade: quanto mais eficiente o controle de inventário e a expedição, menor o risco de perdas e atrasos.

No entanto, operadores logísticos, fornecedores e clientes têm registrado reclamações frequentes que vão desde as dificuldades de acesso até a carência de equipamentos modernos que assegurem a agilidade da pronta entrega.

Vinilton Souza, líder de serviços e do centro de treinamento na América Latina da Thermo King

Um dos gargalos mais recorrentes está relacionado à infraestrutura rodoviária. A CNT – Confederação Nacional do Transporte de Rodovias, publicou uma pesquisa em 2024 inspecionando mais de 110 mil km de rodovias, revelando que mais de 60% da malha apresenta condições apenas regulares, ruins ou péssimas, o que reflete diretamente nos custos logísticos e na segurança do transporte de cargas. Esse cenário impacta diretamente a logística de abastecimento, já que o transporte rodoviário responde por mais de 60% da movimentação de cargas no país. Bloqueios em estradas, trechos mal conservados, falta de pavimentação e longas distâncias elevam os custos operacionais, atrasam entregas e comprometem o planejamento dos CDs. Em situações de crise, como greves ou interdições, o efeito é ainda mais devastador: pequenos varejistas, por exemplo, relatam dificuldade para receber perecíveis em tempo hábil, gerando perdas financeiras e desabastecimento.

“A questão de infraestrutura em determinadas regiões do Brasil é um desafio. Muitas estradas têm péssima conservação, a qualidade do combustível varia muito de região para região e encontrar empresas com mão de obra qualificada em determinadas regiões para prestar serviços de manutenção e reparo nas nossas unidades é um grande desafio”, revela Vinilton Souza, Líder de Serviços e do Centro de Treinamento na América Latina da Thermo King.

 Disparidade tecnológica

Outro ponto central das reclamações é a falta de modernização em muitos CDs. Enquanto gigantes do varejo e do e-commerce já investem em esteiras automatizadas, sistemas de triagem inteligentes e monitoramento em tempo real, boa parte das operações nacionais ainda depende de processos manuais ou de equipamentos insuficientes. A ausência de esteiras de movimentação, empilhadeiras modernas, docas padronizadas e softwares de gestão integrados resulta em atrasos na separação de pedidos e na expedição. Não raro, mercadorias ficam paradas dias em armazéns, sem previsão clara de saída, causando frustração a clientes e gargalos em toda a cadeia de abastecimento.

A Amazon é referência em eficiência operacional, e parte desse sucesso está na tecnologia aplicada em seus CDs. A empresa utiliza sistemas automatizados para otimizar processos de separação e embalagem de produtos, e as esteiras desempenham papel fundamental. Conhecidas por sua durabilidade e resistência ao desgaste, essas soluções garantem a continuidade das operações, reduzindo paradas e custos com manutenção, fatores críticos em um ambiente logístico de alta demanda.

Marcos Jesus, gerente especialista de modulares e linha de transportadores da Ammeraal Beltech

“Com o avanço acelerado do e-commerce, a flexibilidade também se tornou indispensável. As esteiras modulares e escaláveis permitem que os CDs se adaptem rapidamente às flutuações de demanda, como em períodos de alta sazonalidade, sem comprometer a eficiência do fluxo de materiais. Desenvolvidas com materiais de alta durabilidade e resistência ao desgaste, elas reduzem paradas não programadas e custos com manutenção, assegurando a operação ininterrupta. Além disso, são projetadas para integrar-se facilmente a sistemas automatizados de triagem, picking e embalagem, o que permite maior velocidade e precisão no manuseio de mercadorias, diminuindo o esforço manual e otimizando o tempo de processamento de pedidos. Outro diferencial é o design modular e customizável, que possibilita adaptações rápidas em layouts e linhas de transporte conforme a necessidade do CD, atendendo com flexibilidade as variações de demanda. Em um setor onde cada segundo conta, essas soluções são verdadeiras aliadas na busca por produtividade e competitividade”, informa Marcos Jesus, gerente especialista de modulares e linha de transportadores da Ammeraal Beltech.

Já a Thermo King disponibilizou no Brasil e na América Latina o seu sistema de monitoramento, chamado tracking. “Com o tracking é possível ter todas as informações operativas do equipamento, como pressões e temperaturas, além de poder interagir com o equipamento, como por exemplo, liga ou desliga a unidade ou mudar o ponto de ajuste (set-point). É possível programar alertas que são enviados ao celular e e-mail dos gestores em caso de a temperatura do baú ficar fora da temperatura programada ou quando algum alarme, por exemplo, de baixo nível de combustível seja gerado. Com isso é possível tomar ações rápidas em caso de alguma anomalia, mantendo a qualidade e integridade das cargas em todo o trajeto”, comenta Souza.

A disparidade tecnológica reflete não apenas na agilidade, mas também na competitividade das empresas. CDs sem automação têm dificuldade em acompanhar a crescente demanda do e-commerce e o padrão de consumo cada vez mais exigente, marcado por entregas rápidas e rastreamento em tempo real. Para os operadores, isso se traduz em custos extras com mão de obra, manutenção corretiva e falhas na operação. Para os clientes, significa atrasos, produtos indisponíveis e perda de confiança na marca.

Além da infraestrutura viária precária e da carência de equipamentos, pesa também o fator regional. Enquanto o Sudeste concentra a maior parte dos investimentos em CDs modernos, regiões como o Norte e o Nordeste enfrentam maior dificuldade de acesso, menor capilaridade e menos recursos para modernização. Isso gera desigualdade logística, com prazos mais longos e custos maiores para abastecer determinadas localidades.

Especialistas destacam que a solução passa por três frentes: investimentos contínuos em infraestrutura de transporte, modernização dos centros de distribuição e maior integração entre modais. O incentivo à automação, por meio de esteiras inteligentes e correias industriais de alta performance, é um passo essencial para reduzir gargalos e aumentar a capacidade de pronta entrega. Do lado público, é necessário reforçar os investimentos em rodovias, ferrovias e hidrovias, ampliando a conectividade do país. Já as empresas precisam enxergar o CD como um diferencial estratégico e não apenas como um espaço de armazenamento.

Na distribuição, a escolha entre Correios e operadores logísticos terceirizados também impacta o desempenho. Os Correios oferecem cobertura nacional e tarifas competitivas para volumes menores, ideais para peças e componentes de reposição. Já operadores especializados garantem maior previsibilidade, rastreabilidade e flexibilidade em entregas volumosas ou refrigeradas, requisitos comuns no HVAC-R.

Em um cenário de transformação do consumo e de crescimento acelerado do comércio eletrônico, os desafios logísticos para abastecimento dos Centros de Distribuição no Brasil estão no centro do debate. Superá-los não é apenas uma questão de eficiência operacional, mas também de competitividade econômica e de atendimento às expectativas cada vez mais imediatistas dos consumidores.

SMACNA Brasil anuncia vencedores do Prêmio Destaques 2025

Em sua 31ª edição, a premiação destacou seis obras que refletem as tendências atuais do setor de climatização no Brasil

A SMACNA Brasil realizou em 15 de outubro de 2025 a cerimônia de entrega do Prêmio Destaques do Ano SMACNA Brasil 2025, reunindo profissionais e empresas do setor HVAC-R (Aquecimento, Ventilação, Ar-Condicionado e Refrigeração) em reconhecimento às obras de climatização que marcaram 2024. O evento foi aberto pelo presidente da entidade, Edson Alves, que ressaltou a importância da premiação para a valorização da excelência técnica e da inovação em engenharia de climatização.

O presidente da ABRAVA, Leonardo Cozac, também participou da solenidade e destacou a parceria entre as entidades e o papel do prêmio no fortalecimento do setor.

A Comissão Julgadora foi formada por Antonio Luis de Campos Mariani (POLI USP/SMACNA Brasil), Oswaldo de Siqueira Bueno (SMACNA Brasil/ABRAVA), Rosangela Mitie (Pro Rac Projetos), Liriane Ferreirós (Garneira Engenharia) e Sandra Botrel (Protherm Engenharia). O processo de avaliação contou com o acompanhamento dos fabricantes patrocinadores, garantindo transparência e imparcialidade.

Aos 31 anos de existência, o Prêmio Destaques do Ano SMACNA Brasil acumula 209 instalações reconhecidas em diferentes categorias. A edição de 2025 destacou seis obras, sendo três com sistemas de expansão direta (VRF) e três com sistemas de água gelada, incluindo um retrofit e uma modernização com substituição de selfs por chillers modulares.

Entre os premiados, estão:

  • W Residences, em São Paulo (SP), reconhecida como Obra Destaque do Ano, com Toledo Ferrari (empreendedor), Teknika Projetos e Consultoria (projetista), LG Electronics (fabricante) e Star Center Soluções em Climatização (instaladora);

  • Empresarial Gran Tower Shopping, em Recife (PE), com LMA Empreendimentos, COMERC Eficiência, Midea Carrier e SET – Sociedade de Engenharia Térmica;

  • Unidade Administrativa e de Engenharia da TROX do Brasil, em Curitiba (PR), com TROX do Brasil, ENCOMEL Consultoria e Projetos, OPJ Construções e Empreendimentos e TROX;

  • Arquipéo, em São Paulo (SP), com Brookfield Properties, Rocontec, Teknika Projetos e Consultoria, Outsource, CTE, Efipe, LG Electronics e Best Clima;

  • Aeroporto Internacional de Manaus – Eduardo Gomes, em Manaus (AM), com Vinci Airports, MSA Projetos e Consultoria, Midea Carrier e ARTEMP Engenharia;

  • Roxy Dinner Show, no Rio de Janeiro (RJ), com Roxy Dinner Show, Vetor Consultoria e Projetos de Engenharia, Paulo Bodas, RMS Group e A. Salles Engenharia.

As obras premiadas refletem o panorama atual do mercado de climatização no Brasil. De um lado, a expansão dos sistemas VRF; de outro, a predominância dos edifícios corporativos e empresariais como foco dos investimentos. As seis instalações contempladas mostram a diversidade regional e tecnológica do setor.

De Manaus, o retrofit do Aeroporto Eduardo Gomes, executado pela baiana ARTEMP Engenharia, representa o avanço da climatização no Norte. Do Nordeste, o Empresarial Gran Tower Shopping, conduzido pela pernambucana SET HVAC, optou por uma solução energeticamente eficiente. Em São Paulo, as instaladoras Best Clima e Star Center assinaram duas obras em áreas de transformação urbana — o Arquipéo, na Vila Leopoldina, e o W Residences, na Rua Funchal, antigo polo fabril. No Rio de Janeiro, a A. Salles Engenharia executou o projeto do Roxy Dinner Show, que adaptou o antigo Cine Roxy para um novo espaço de entretenimento. Por fim, em Curitiba, a OPJ Engenharia modernizou os escritórios da TROX do Brasil, instalando tecnologias alinhadas à tradição da empresa alemã.

A SMACNA Brasil também reconheceu as instaladoras associadas Star Center Soluções em Climatização, SET – Sociedade de Engenharia Térmica, OPJ Construções e Empreendimentos, Best Clima, ARTEMP Engenharia e A. Salles Engenharia pela contribuição técnica nas obras premiadas.

Durante a cerimônia, Edson Alves entregou placas de reconhecimento às empresas fornecedoras: Tropical – Indústrias Tosi, WEG, Tork Tecnologia em Sistemas e Aerotérmica, Traydus Climatização Indústria e Comércio, ProjElmec Ventilação Industrial, Sicflux, Multivac, Duct Air Instalações Especiais, Belimo Brasil, Mercato Automação, Berliner Luft do Brasil, Armacell Brasil, Armstrong Fluid Technology, Midea Carrier, TROX do Brasil LTDA e LG Electronics.

Mulher se apoia em suporte de ar-condicionado para salvar a família em incêndio

Temperatura ultrapassou 800 °C em apartamento de Cascavel; mãe e criança também ficaram feridas

Um incêndio atingiu um apartamento no 13.º andar de um edifício em Cascavel (PR) na quarta-feira (15). Segundo o Corpo de Bombeiros, a temperatura dentro do imóvel chegou a 800 °C, suficiente para fundir metais leves e destruir revestimentos.

Durante o fogo, Juliane Vieira, 28, se apoiou no suporte de um aparelho de ar-condicionado instalado na fachada para tentar salvar a mãe, 51, e o primo, 4. O equipamento funcionou como ponto de apoio temporário enquanto as chamas avançavam pelo interior do apartamento.

Juliane teve queimaduras em cerca de 70% do corpo e está internada em estado grave na UTI. A mãe e a criança também foram intubadas e apresentam queimaduras em diferentes regiões do corpo, conforme informações dos bombeiros.

Dois militares ficaram feridos durante o combate às chamas, mesmo com o uso de roupas de proteção feitas de meta-aramida, material resistente a temperaturas de até 700 °C. O fogo destruiu a sala e a cozinha e deixou o restante do imóvel coberto de fuligem.

As causas do incêndio ainda não foram determinadas pelas autoridades.