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TCL lança condicionador de ar Multi Split Inverter no Brasil

A TCL anunciou o lançamento do condicionador de ar Multi Split Inverter no mercado brasileiro. A linha dispõe de condensadoras nas capacidades de 18.000, 27.000 e 36.000 BTU/h, e evaporadoras de 9.000, 12.000, 18.000 e 24.000 BTU/h. O modelo inclui modo ECO, sistema 100% DC Inverter, conexão Wi-Fi e controle por aplicativo.

A garantia de fábrica é de 10 anos no compressor e 2 anos no conjunto de evaporadoras e condensadora, desde que a instalação seja feita por equipe credenciada pela marca.

O gabinete da unidade externa é feito de aço galvanizado com proteção anticorrosão, e a serpentina é de cobre. A instalação permite distâncias de até 20 metros entre unidades internas e a condensadora, com desnível máximo de 15 metros.

O Multi Split Inverter já está disponível nas principais redes varejistas do Brasil.

Clima local determina estratégias nos projetos de HVAC-R

Análises de chuvas, ventos, temperaturas, umidade e incidência solar desempenham papéis importantes na determinação dos requisitos de carga térmica de edificações.

A climatização eficiente de ambientes é uma questão importante no Brasil, dado o seu vasto território e      diversidade climática. As estratégias de climatização variam conforme a região, pois cada uma possui características climáticas distintas que influenciam não apenas o conforto térmico dos habitantes, mas também a eficiência energética das edificações. A concepção de projetos de HVAC-R que sejam eficientes e eficazes exige uma análise cuidadosa das condições climáticas locais. Fatores como clima local, chuvas, ventos e a incidência solar influenciam o projeto de sistemas de climatização e nas estratégias regionais. Abordar estas variáveis conforme a região é fundamental para otimizar o conforto térmico, a qualidade do ar interior e a eficiência energética dos sistemas de HVAC-R.

“Desde a concepção da edificação, cada vez mais os projetistas de HVAC-R se envolvem com arquitetos e áreas de utilidades para ajudar na simulação energética do empreendimento, usando toda tecnologia para definir materiais, face solar, face do vento dominante e índices pluviométricos. As variações climáticas no Brasil têm provocado uma enorme demanda por instalação de sistemas de climatização do tipo split para proporcionar maior conforto térmico, seja em residências ou escritórios, com isso a matriz energética fica cada vez mais sobrecarregada. Hoje, independente da região, em todos os projetos é mandatório o conforto térmico, a qualidade do ar interior e a eficiência energética, não dá para fazer projetos sem essa espinha dorsal”, informa o projetista Roberto Montemor, diretor da Fundament-Ar .

Segundo ele, as análises climáticas regionais incluem a variação de temperatura e umidade ao longo do ano, definindo as necessidades básicas de aquecimento e refrigeração de um edifício. Em regiões com alta umidade e temperaturas elevadas, como o litoral brasileiro, os sistemas devem ser projetados para desumidificar eficientemente o ar, além de resfriá-lo. Em contraste, áreas com climas secos e frios exigem sistemas eficientes de aquecimento e umidificação.

Roberto Montemor, diretor da Fundament-Ar

Também a quantidade e a frequência das chuvas influenciam no projeto de sistemas HVAC-R, principalmente em relação à captação e drenagem de água, bem como à umidade externa. Em áreas com alta pluviosidade, é importante considerar sistemas de ventilação que possam lidar com a umidade externa, prevenindo problemas de condensação e crescimento de mofo.

Outro ponto destacado é a análise da direção e a velocidade dos ventos promovendo a ventilação natural e a dissipação de calor dos edifícios. Projetos que tiram proveito dos ventos dominantes podem reduzir a necessidade de refrigeração mecânica, aproveitando a ventilação cruzada para o resfriamento passivo. Além disso, barreiras naturais ou construídas podem ser utilizadas para proteger os edifícios dos ventos frios, reduzindo a demanda de aquecimento.

telhas sobrepostas

Materiais isolantes como telhas sanduíches são muito utilizadas no Sul e Nordeste

“Na minha trajetória profissional, consegui por duas oportunidades usar o vento dominante com a utilização de sistemas automatizados, onde dependendo da velocidade do vento e da temperatura externa, desligávamos os sistemas e abríamos as janelas automaticamente voltadas para o vento dominante. Esses dois projetos receberam a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedida pelo Green Building Council Brasil (GBC Brasil)”, informa Montemor.

Já para regiões com alta incidência solar, é crucial integrar proteções solares, como brises e coberturas para minimizar o ganho de calor. Sistemas de HVAC-R em tais regiões podem também se beneficiar do uso de energia solar térmica ou fotovoltaica para aquecimento de água e geração de eletricidade, respectivamente. A quantidade de radiação solar que um edifício recebe influencia significativamente suas necessidades de climatização.

“Usar bons materiais isolantes como telhas sanduíches e vidros com nanotecnologia e sombreamento com painéis fotovoltaicos precisam ser incluídos em projetos nessas regiões, proporcionado menor carga térmica no dimensionamento do sistema. Hoje, por exemplo, muitos resorts do Norte, Nordeste e Centro-Oeste optam por instalar os painéis solares fotovoltaicos sobre a edificação. Além de gerar energia limpa, eles diminuem a carga térmica de insolação, e isso é uma sinergia maravilhosa”, aponta o projetista.

Estrutura com indicação das direções de vento

Análise da direção e velocidade do vento promove ventilação natural e dissipa o calor

Estratégias conforme a região

Implementar estratégias de acordo com as condições locais pode resultar em uma melhoria significativa do conforto térmico e da eficiência energética em edificações pelo Brasil, promovendo um ambiente mais sustentável. De acordo com as características específicas de cada região, é possível desenvolver estratégias de climatização que garantam o conforto, a saúde dos ocupantes e a eficiência energética dos edifícios.

Por exemplo, a Região Norte do Brasil é caracterizada por um clima equatorial, quente e úmido durante quase todo o ano. Estratégias eficazes de climatização nesta área incluem ventilação natural aproveitando a ventilação cruzada para promover a circulação de ar e reduzir a sensação de abafamento; utilização de jardins no telhado para ajudar a reduzir a temperatura interna das casas; e implementação de varandas e uso de árvores para prover sombra, reduzindo assim a carga térmica direta sobre as edificações

Já para a Região Nordeste, que possui clima predominantemente semiárido em seu interior, com altas temperaturas e baixa umidade, e áreas costeiras com clima tropical, algumas estratégias incluem construção com materiais isolantes que refletem a radiação solar e isolam o calor, como telhas claras e paredes com bom isolamento térmico; sistemas de sombreamento e resfriamento evaporativo – técnica que pode ser eficaz em áreas mais secas, aproveitando a baixa umidade para resfriar os ambientes.

Na Região Centro-Oeste, que possui um clima tropical com duas estações bem definidas, uma seca e uma chuvosa, e altas temperaturas na maior parte do ano, recomenda-se assegurar que as edificações sejam bem isoladas para manter o calor fora durante o período seco; promover a instalação de ventiladores de teto e outros sistemas de ventilação para os períodos mais quentes, e utilização de painéis solares para aproveitar a alta incidência solar para geração de energia.

O Sudeste apresenta um clima mais variado, com verões quentes e úmidos e invernos frios em algumas partes. Estratégias podem incluir sistemas de ar condicionado com tecnologia inverter, que são mais econômicos e eficientes; reduzir a entrada de calor através das janelas com o uso de películas refletivas e cortinas de cores claras, além de utilizar plantas para criar barreiras naturais contra o vento e o sol.

protetores de sol que reduzem a temperatura

Proteções solares, como brises, ajudam a diminuir a carga térmica ambiente

Por fim, o Sul do Brasil tem um clima subtropical, com invernos frios e verões amenos. A climatização pode se concentrar no aquecimento durante o inverno instalando sistemas de aquecimento central ou localizados, como lareiras ou aquecedores; isolamento térmico eficiente para assegurar que paredes, tetos e pisos tenham bom isolamento para manter o calor interno e garantir que janelas e portas estejam bem vedadas para evitar perdas de calor.

Ao calcular as cargas térmicas de acordo com as estratégias regionais, Montemor orienta que se deve “calcular pela média das máximas e média das mínimas, não podemos calcular pelo pico, pois oneramos o custo inicial e o custo de energia na vida útil do empreendimento. Precisamos nos acostumar que uma instalação projetada com média de 33ºC externo e 23ºC interno, podemos no pico de uma onda de calor conviver com 26ºC ou 27ºC quando tiver 43ºC no ambiente externo”, conclui.

 

Gabriel Pardo no Clube Cast do Frio

CLUBE CAST DO FRIO – Gabriel Pardo fala sobre refrigeração, carreira e Jiu-Jitsu. Confira!

 

Emerson vende participação na Copeland para Blackstone

EUA – A Emerson confirmou a venda de sua participação remanescente de 40% na joint venture Copeland (anteriormente Emerson Climate Technologies) para a Blackstone, em uma transação avaliada em cerca de US$ 3,5 bilhões.

Conforme anunciado, uma subsidiária integral da Autoridade de Investimentos de Abu Dhabi (ADIA) e da GIC acompanhará a Blackstone como parte desse acordo.

As deliberações foram ratificadas pelo conselho de administração da Emerson e devem ser finalizadas ao longo do segundo semestre deste ano.

Lal Karsanbhai, presidente e CEO da Emerson, destacou: “Esta transação é um passo fundamental para simplificar nosso portfólio e aprimorar o foco da Emerson como líder global em automação. Acreditamos que agora é o momento certo para executar nossos planos de saída total do negócio da Copeland.”

Por sua vez, Joe Baratta, chefe global da Blackstone Private Equity, expressou entusiasmo em apoiar o crescimento contínuo da Copeland, elogiando sua equipe de excelência e seu compromisso com soluções de aquecimento e resfriamento mais eficientes em termos energéticos.

A Emerson já havia anunciado sua intenção de vender uma participação majoritária em seu negócio de Tecnologias Climáticas em outubro de 2022, incluindo o negócio de compressores Copeland, válvulas Alco e todo o portfólio de produtos e serviços relacionados a HVAC e refrigeração em diversos mercados finais.

Gases destruidores da camada de ozônio caem pela 1ª vez

Um novo estudo revela que o Protocolo de Montreal, assinado em 1987, conseguiu reduzir significativamente os níveis atmosféricos de hidroclorofluorocarbonos (HCFCs), gases nocivos que destroem a camada de ozônio. A pesquisa, liderada pela Universidade de Bristol e publicada nesta terça-feira (11) na revista Nature Climate Change, demonstra pela primeira vez uma diminuição notável dessas substâncias.

O Protocolo de Montreal, cujo objetivo era eliminar progressivamente as substâncias destruidoras do ozônio, foi implementado principalmente para controlar o uso de gases presentes em refrigeradores, aparelhos de ar-condicionado e aerossóis. Desde a sua assinatura, o protocolo sofreu diversas alterações que fortaleceram as medidas de controle e eliminaram a produção de clorofluorocarbonetos (CFCs) até 2010. Este marco foi importante para a recuperação da camada de ozônio, especialmente sobre a Antártida, onde se espera que os níveis de 1980 sejam retomados após meados deste século.

Os CFCs, substituídos inicialmente pelos HCFCs, ainda representam um risco significativo apesar de seu potencial de destruição ser menor. O HCFC-22, o mais abundante, possui um potencial de aquecimento global 1.910 vezes maior que o dióxido de carbono em um período de 100 anos. No entanto, as alternativas mais seguras, como os hidrofluorocarbonetos (HFCs), começaram a substituir os HCFCs após as emendas de Copenhague (1992) e Pequim (1999), com a eliminação completa prevista para 2040.

O estudo destacou que o forçamento radiativo e o cloro efetivo equivalente dos HCFCs diminuíram de 61,75 mW/m² e 321,69 ppt desde 2021, respectivamente. Estes números, segundo os pesquisadores, são 5 anos adiantados em relação às projeções mais recentes, evidenciando a eficácia do Protocolo de Montreal tanto na mitigação das mudanças climáticas quanto na preservação da camada de ozônio.

Apesar do sucesso, os pesquisadores alertam que ainda há desafios. As emissões de HCFCs durante a produção de outros produtos químicos continuam não sendo diretamente controladas pelo Protocolo, e o uso destes compostos como matéria-prima ainda representa uma fonte de emissão significativa. Além disso, mesmo com a redução das emissões de HCFCs, a abundância de HFCs, que substituíram os HCFCs, continua a crescer, impactando o forçamento radiativo global.

Os cientistas afirmam que a adesão à Emenda de Kigali, ao Acordo de Paris e ao Global Cooling Pledge será crucial para garantir que o impacto radiativo dos HFCs siga a mesma tendência de declínio observada nos HCFCs. O estudo conclui que os benefícios do Protocolo de Montreal vão além da recuperação da camada de ozônio, contribuindo significativamente para a mitigação do aquecimento global.

a , O forçamento radiativo global direto total dos HCFCs até 2023 e o forçamento radiativo projetado até 2100. b , O EECl dos HCFCs até 2023 e o EECl projetado até 2100. A projeção é para HCFC-22, HCFC-141b e HCFC-142b apenas ( Métodos ), que são mostrados à direita da linha pontilhada branca. A categoria «outros HCFC» contém HCFC-124, HCFC-132b, HCFC-31 e HCFC-133a. Assumimos que todos os outros HCFCs têm uma contribuição insignificante para o forçamento radiativo e o EECl. Linhas pretas finas indicam o retorno aos níveis de 1980.

Técnicas de engenharia melhoram QAI

Estudos indicam que pessoas passam cerca de 90% da vida em ambientes fechados. A falta de renovação adequada do ar nesses espaços aumenta o risco de propagação de doenças respiratórias, como rinite, bronquite e covid-19.

Para combater esse problema, engenheiros do Sistema Confea/Crea estão desenvolvendo uma cartilha e um vídeo com orientações sobre a qualidade do ar em locais fechados. “Queremos capacitar os profissionais de engenharia para que façam projetos que garantam conforto e saúde”, afirma Osny do Amaral Filho, da Comissão Temática de Qualidade do Ar Interior (CTQAI) do Confea.

A atuação dos engenheiros mecânicos é crucial para a instalação de sistemas de climatização e ar condicionado. Eles definem a troca de filtros e a limpeza dos aparelhos, conforme normas da Anvisa, como a Resolução 9, que estabelece prazos para inspeções. Essas práticas são registradas no Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC). “Vamos incentivar os engenheiros a focarem na qualidade do ar ao elaborar o PMOC”, diz Aysson Rosas Filho, coordenador da comissão.

A aplicação correta do PMOC impacta diretamente a saúde pública, reduzindo a sobrecarga no sistema de saúde. Estudos mostram que a qualidade do ar interior influencia a produtividade e capacidade cognitiva. “Nas escolas, isso melhora a aprendizagem; nas empresas, aumenta a produtividade”, acrescenta Alexandre Kotoyanis, integrante da comissão.

Além de benefícios à saúde, o PMOC contribui para a conservação dos equipamentos, economizando custos com energia elétrica. “Um aparelho de ar condicionado limpo é mais eficiente e consome menos energia”, explica Osny.

A CTQAI também trabalha para padronizar ações de fiscalização em ambientes com sistemas de climatização. “No Crea Maranhão, a operação Ar Puro, em parceria com a Vigilância Sanitária, vai fiscalizar grandes empreendimentos, como hospitais e shoppings, e depois os menores”, adianta Wesley Assis, presidente do Crea-MA.

A participação da comunidade é essencial. “A sociedade deve fiscalizar a qualidade do ar em estabelecimentos públicos e privados. É importante informar as pessoas sobre o tema”, conclui Lucas Carneiro, coordenador adjunto da comissão.

Inovações HVAC-R com Rogerinho

CLUBE CAST DO FRIO – Confira o 1º episódio com Rogerinho, Instrutor da LG. Inovações e histórias inspiradoras!

 

Revista do Frio abre votação on-line para o 26º Troféu Oswaldo Moreira

Foi aberta hoje (06/6) ao público em geral a votação on-line para o 26º Troféu Oswaldo Moreira (TOM) 2024, prêmio anual que homenageia as principais empresas e personalidades da indústria brasileira de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R).

Os interessados em votar devem acessar o hotsite. O prêmio será entregue em cerimônia no dia 20 de junho, na Casa Bisutti, em São Paulo.

O TOM reflete a diversidade e força do setor de HVAC-R, com indicados em seis categorias. Entre os indicados deste ano estão empresas e personalidades que se destacaram pelo trabalho de excelência, inovação e contribuição significativa para o avanço do setor.

Na categoria Comércio Distribuidor de Ar Condicionado, os finalistas são DufrioFriopeças e Poloar/STR.

Já a categoria Comércio Distribuidor de Refrigeração tem como indicadas DisparconRefricril e Refrigeração Basso.

Os indicados para Personalidade da Indústria são Anderson Bruno (Elgin), Júlio Passos (Daikin) e Fábio Bitencourt (Hitachi).

Em Personalidade do Comércio, os indicados são Graciele Davince (Eletrofrigor), Marli Garcia (Grupo Pantanal) e Rafael e Bruno Dias (A.Dias).

Na categoria Indústria de Refrigeração, CarelCopeland e Full Gauge e  na categoria Indústria de Ar Condicionado, Daikin, LG e TCL .

Parabenizamos as empresas e personalidades indicadas e agradecemos a todos por fazerem parte desta incrível jornada na indústria brasileira.

Superfrio lança Superpack

A Superfrio apresentou na Apas Show 2024 a Superpack, uma máquina de refrigeração que utiliza propano (R-290) como fluido primário.

Com capacidade para gerar quase 100 mil kilocalorias por hora, superando em muito os 20 mil kilocalorias dos sistemas convencionais, a Superpack foi projetada com componentes certificados contra explosões, visando mitigar os riscos associados à flamabilidade do propano, garantindo assim a segurança operacional.

A empresa destaca a simplicidade de instalação, que emprega um único conjunto de circuitos de refrigeração e glicol, proporcionando uma solução completa para os clientes. Além disso, são oferecidos serviços abrangentes, incluindo projeto elétrico, automação e segurança necessários para a operação eficiente do equipamento.

A Superpack também se destaca pelo seu consumo de energia otimizado, com um único setpoint e alto nível de automação para monitoramento da temperatura do fluido secundário, segundo a empresa. Sua concepção visa manter o funcionamento do sistema de forma linear, mesmo em caso de falha de um componente.

Para a Superfrio, essa combinação de benefícios oferecidos pela Superpack representa uma oportunidade atrativa para os clientes recuperarem seu investimento em um período relativamente curto, estimado em cerca de 27 meses.

Inovação em tecnologias para bombas de vácuo e motores elétricos

No cenário atual, usuários de bombas de vácuo e motores elétricos estão buscando equipamentos mais eficientes energeticamente. Novos designs e tecnologias estão sendo desenvolvidos pelos fabricantes para reduzir o consumo de energia sem comprometer o desempenho, operar com os novos fluidos refrigerantes, além da integração de sensores e sistemas de monitoramento remoto, permitindo o acompanhamento em tempo real do desempenho das bombas e motores, otimizando a manutenção e minimizando o tempo de inatividade, incluindo-se ainda a análise de dados e algoritmos avançados aplicados para prever falhas antes que ocorram, permitindo programar manutenções preventivas e preditivas, reduzindo custos e aumentando a confiabilidade operacional.

Outra tendência são os novos materiais e revestimentos desenvolvidos para aumentar a resistência ao desgaste e à corrosão em bombas e motores, prolongando a vida útil dos equipamentos.

Com a evolução do segmento, hoje é possível encontrar nas lojas de refrigeração bombas de vácuo e motores elétricos nos mais variados designs, e com a facilidade para efetuar a substituição do óleo de lubrificação e selamento de forma rápida e eficiente, inclusive dotados de sistemas de arrefecimento e dissipação de calor, o que assegura eficiência e integridade do óleo, gerando economia entre as trocas de lubrificante.

Bombas de vácuo

De acordo com André Oliveira, diretor da Mastercool do Brasil e presidente do Departamento Nacional Automotivo da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), as bombas de vácuo mais atuais estão sendo equipadas com dispositivos ante faiscamento (Spark Free) para que estejam adequadas a trabalhar com novos fluidos refrigerantes, que possuem certos graus de inflamabilidade, sejam eles A2L e A3.

André Oliveira, diretor da Mastercool

“Além dos dispositivos implementados, uma tendência é a redução de tamanho e utilização de novos materiais, como por exemplo, o alumínio para que sejam mais leves e utilizem menos óleo no processo de vácuo. As bombas atuais também conseguem atingir um menor nível de vácuo final, o que contribui bastante para a eficiência dos equipamentos de HVAC-R, como também níveis de ruídos cada vez menores que tem maior influência no conforto sonoro ao técnico instalador durante o processo de instalação ou manutenção de sistemas de refrigeração”, informa Oliveira.

A utilização de inversores de frequência, segundo Oliveira, ainda não é comum devido ao valor agregado a bomba. Já para os motores elétricos em geral, o ganho é significativo em relação à economia de energia elétrica.

“Como a maioria dos dispositivos elétricos, a bomba pode estar sendo monitorada pela IoT (Internet das Coisas), principalmente quanto ao controle do seu funcionamento, tempo de operação e parâmetros de nível de vácuo atingido”, diz Oliveira.

Ele acrescenta que pesquisas têm sido realizadas para o desenvolvimento de bombas em lugares de difícil acesso a rede elétrica e bombas mais automatizadas, principalmente a seleção automática da tensão de trabalho.

A Mastercool oferece os modelos Spark Free sem faísca, testadas para resistir às condições mais exigentes e potência e a mobilidade necessárias para uma ampla variedade de aplicações.

Bombas de vácuo mais atuais possuem dispositivos ante faiscamento para trabalhar com novos fluidos refrigerantes

No portfólio de produtos da Suryha, o destaque são as bombas de vácuo com vacuômetro digital 5 e 10 CFM Inteligente e duplo estágio.

“A bomba de vácuo é uma das principais ferramentas para um técnico, uma vez que ela combate a umidade e os fabricantes têm estudado o comportamento dos técnicos para aprimorar suas ferramentas. Aliando design sofisticado, praticidade e uma incrível integração do passado com o futuro, desenvolvemos a bomba de vácuo de duplo estágio com vacuômetro digital de 5 e 10 CFM Inteligente. Entendemos que se empresas de ar condicionado estão em constante evolução, investindo em novas tecnologias nos equipamentos, e se os consumidores desses produtos aceitam e optam por ter essa sofisticação, os fabricantes de ferramentas devem acompanhar essa evolução, aplicando toda a tecnologia disponível em suas ferramentas”, comenta Luiz Felipe Lopes, gerente de produtos da Suryha.

Bombas de vácuo com vacuômetro digital integram sensores e sistemas de monitoramento remoto

Outra importante fabricante, a Symbol oferece uma linha completa de bombas de vácuo. Para Jorge Lameira, diretor comercial da Symbol, equipamentos com interfaces mais intuitivas e capacidades de controle remoto que facilitam a operação e a manutenção das bombas está na ponta das tendências e novidades, além do aumento da oferta de bombas modulares e personalizáveis que podem ser adaptadas para atender às necessidades específicas de diferentes aplicações e indústrias.

Motores elétricos

O desenvolvimento em controle de velocidade variável (Variable Speed Drive, VSD) para motores elétricos, impulsionado pela necessidade de maior eficiência energética e operacional em diversas indústrias está no topo das tendências para esses equipamentos. Os VSDs modernos são projetados para otimizar a eficiência energética dos motores elétricos ajustando a velocidade do motor às demandas de carga exatas, reduzindo o consumo de energia e minimizando o desgaste do motor, prolongando sua vida útil. Dentre as novidades estão o desenvolvimento de integração de VSDs com sistemas baseados em IoT permitindo monitoramento e controle remotos. Isso inclui a capacidade de ajustar configurações, realizar diagnósticos remotos e coletar dados para análise preditiva, tudo via conexões à internet; algoritmos de controle e software que permitem ajustes automáticos de maneira mais dinâmica e precisa às condições de operação; compatibilidade com uma variedade de tipos de motores, incluindo motores de indução, motores síncronos e motores de imã permanente; inversores de frequência modernos para reduzir harmônicos gerados durante o controle de velocidade; características de segurança, como detecção de falhas, proteção contra sobrecorrente e sobretensão, e mecanismos de parada de emergência; e designs mais compactos e robustos, permitindo sua instalação em espaços limitados e em ambientes com condições adversas, sem comprometer o desempenho.

Rodrigo Fumo, diretor superintendente de motores industriais da WEG

A WEG, por exemplo, contém no seu portfólio de produtos, motores elétricos com recursos de controle avançados com integração de IoT e conectividade para monitoramento remoto, diagnóstico de falhas e manutenção preditiva. A empresa disponibiliza motores elétricos com foco em sustentabilidade e ecoeficiência, utilizando materiais mais sustentáveis, processos de fabricação mais limpos e tecnologias que ajudem os clientes a reduzir seu impacto ambiental.

“A WEG é integrante do Industrial Liaison Program (ILP), programa desenvolvido para grandes organizações interessadas em relacionamentos estratégicos tecnológicos de longo prazo com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. É uma excelente oportunidade de buscar novas tecnologias e validar nossas estratégias em um dos maiores centros de inovação do mundo. Precisamos estar à frente das tendências de mercado, trazendo mais inovação para as nossas soluções”, informa Rodrigo Fumo, diretor superintendente de motores industriais.

Em 2022, a companhia investiu R$ 646,9 milhões em Pesquisa & Desenvolvimento, representando 2,2% da receita operacional líquida. Os produtos lançados nos últimos cinco anos representaram 59,3% da receita, reforçando o desenvolvimento de soluções tecnológicas que atendem às últimas tendências de mercado.

O desenvolvimento de controle de velocidade variável para motores elétricos está no topo das tendências