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Gree fornecerá sistemas HVAC para 2ª fase de Belo Monte

A Gree do Brasil venceu o projeto para fornecer os equipamentos de ar condicionado, aquecimento e ventilação para a 2ª fase da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A empresa fornecerá uma solução completa de HVAC (Heating, Ventilation and Air Conditioner) para todas as estações de conversão de energia do projeto, utilizando condicionadores de ar centrais especiais desenvolvidos especialmente pela empresa, com tecnologia própria.

O projeto de transmissão de energia de tensão extra-alta terá capacidade de transmissão de 4 milhões de quilowatts em uma extensão total de 2.518 km.

“Não importa o quão duro seja o ambiente de uso e a capacidade exigida em um projeto, a Gree pode fornecer sua autossuficiência. Para isso, desenvolvemos tecnologias e produtos para atender às demandas exigidas”, afirma Wang Weizhen, Vice-Diretor da Gree do Brasil.

No Brasil, não é a primeira vez que a Gree Commercial Air Conditioner vence uma licitação para um projeto industrial de ar condicionado. Entre as licitações vencidas estão projetos como o Centro de Emergência do Estado de Espírito Santo, projetos da XCMG Brasil, a Escola Aristocrática do Rio Grande do Sul e a usina termolétrica Pampa Sul. A fábrica da Gree em Manaus começou a produzir condicionadores de ar em 2001. É a primeira fábrica de aparelhos de ar-condicionado de uma empresa chinesa construída no exterior.

Depois de mais de 15 anos de luta, Lei do PMOC vira realidade

Sancionada em 4 de janeiro, a Lei Federal 13.589 tornou obrigatória a execução de um Plano de Manutenção, Operação e Controle ( PMOC ) em sistemas de ar-condicionado instalados em edificações de uso público e coletivo. 

A nova legislação tem como objetivo garantir a boa qualidade do ar interior de estabelecimentos, levando em conta padrões de temperatura, umidade, velocidade, taxa de renovação e grau de pureza, visando a eliminação ou minimização de riscos potenciais à saúde dos ocupantes destes edifícios.

“Os sistemas de climatização e seus PMOC devem obedecer a parâmetros de qualidade do ar em ambientes climatizados artificialmente, em especial no que diz respeito a poluentes de natureza física, química e biológica, suas tolerâncias e métodos de controle, assim como obedecer aos requisitos estabelecidos nos projetos de sua instalação”, diz o terceiro artigo da lei.

Conforme determinam a Portaria 3.523/1998, do Ministério da Saúde, e a Resolução 9/2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o PMOC deve ser posto em prática em instalações com capacidade superior a 5 TR (60 mil BTU/h).

De acordo com a Abrava, são inúmeras as doenças comprovadamente causadas pela má qualidade do ar, devido à manutenção inadequada dos sistemas de climatização.

“Os proprietários e usuários de imóveis devem ter em mente que a boa manutenção planejada traz diversos benefícios para os empreendimentos, como redução de custos, substituição de equipamentos obsoletos no momento adequado, redução dos riscos de incêndios e acidentes pessoais e, fundamentalmente, melhor qualidade de vida”, diz o presidente da entidade, Arnaldo Basile.

Segundo ele, a introdução da nova lei no País “foi uma longa luta, de mais de 15 anos, apoiada pela sociedade civil, que clamava por sua aprovação”.

Embora o presidente Michel Temer tenha vetado o artigo que atribuía a engenheiro mecânico a responsabilidade pelo PMOC, a Abrava ressalta que os técnicos de nível médio não estão autorizados a assiná-lo.

“Os refrigeristas podem prestar assistência técnica e assessoria no estudo, pesquisa e coleta de dados, execução de ensaios, aplicação de normas técnicas e regulagem de aparelhos e instrumentos concernentes aos serviços de fiscalização de qualidade do ar nos ambientes climatizados”, informa a entidade.

A Abrava destaca que os responsáveis pelos serviços de limpeza e manutenção dos equipamentos são os engenheiros mecânicos ou engenheiros industriais (modalidade mecânica), ou tecnólogos da área de engenharia mecânica.

Já os serviços de avaliação biológica, química e física das condições do ar interior dos ambientes climatizados são de responsabilidade de engenheiros químicos ou engenheiros industriais (modalidade química), ou engenheiros de segurança do trabalho ou tecnólogos da área de engenharia química.

As multas para quem infringir a Lei do PMOC podem variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, dependendo do risco, da recorrência e do tamanho do estabelecimento. A nova lei também se aplica aos ambientes climatizados de uso restrito, como fábricas, laboratórios, hospitais e outros, que deverão obedecer a regulamentos específicos.

 

Indústria e técnicos comemoram

Após a sanção da nova lei, a Trane divulgou um comunicado ressaltando que ela irá beneficiar os usuários e os administradores de edifícios.

Apesar de a nova legislação parecer ocasionar, num primeiro momento, um custo extra para as empresas, a indústria aposta que todos ganharão com o PMOC.

“O funcionamento adequado dos equipamentos e sistemas de ar condicionado reduz o consumo energético das edificações, o usuário ganha ao ter uma qualidade de ar melhor e o fabricante ganha quando o equipamento funciona de forma eficaz”, enfatiza o diretor de serviços da empresa no País, Alexandre Cruz.

Segundo o executivo, a Trane já aplica o PMOC nos contratos com seus clientes e está preparada para atender à demanda que irá surgir, tanto para os novos empreendimentos quanto para os prédios existentes.

“Essa nova lei confirma o amadurecimento do HVAC-R brasileiro no que diz respeito à manutenção preventiva dos sistemas de climatização. Por isso, investimos fortemente na capacitação de profissionais especializados para garantir que todas as normas e regulamentações sejam cumpridas”, acrescenta o diretor geral da empresa no Brasil, Luiz Moura.

Os técnicos da área também estão empolgados, pois a Lei do PMOC tende a impulsionar a procura por serviços de manutenção preventiva. “Já tem muito cliente preocupado, inclusive os pequenos, querendo fazer a higienização de suas máquinas e ter toda a documentação exigida”, afirma o instalador Marcos Alberto Ferreira, da Mais Ar Brasil, de Guarulhos (SP).

 

LG firma parceria com SINDUSCON-SP

A LG Electronics firmou, em 2018, uma parceria anual com o SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) na categoria ar-condicionado para promover uma série de workshops, seminários e palestras de capacitação para a indústria.

O propósito da parceria é fortalecer o relacionamento da empresa sul-coreana com construtoras, incorporadoras e investidores, demonstrando os diferenciais de seus produtos e ajudando a valorizar os seus empreendimentos.

O primeiro evento, fruto da parceria, será um Lab Técnico sobre tecnologias prediais, que acontece já no dia 15 de março em São Paulo. Outras iniciativas de destaque incluem o LG Innovation Day, que acontecerá no começo de junho, para apresentar soluções inovadoras, criadas pela empresa, para impulsionar o crescimento do setor. A agenda de eventos, em São Paulo, tem duração prevista até dezembro.

CentralAr.com comercializa nova marca de ar-condicionado

A CentralAr.com está comercializando, com exclusividade, uma nova marca de ar-condicionado. Trata-se da Rinetto, uma linha fabricada na Zona Franca de Manaus e idealizada com o objetivo de oferecer uma nova experiência de consumo aos clientes. A expectativa da CentralAr.com é de que, até o fim de 2018, as vendas dos equipamentos da marca Rinetto representem até 20% do faturamento total da empresa.

Alguns diferenciais da marca Rinetto está na eficiência energética dos aparelhos e serpentina de cobre, que garante maior durabilidade e resistência contra umidade e maresia. O equipamento também possui secagem automática, tecnologia capaz de evitar a proliferação de fungos e bactérias no ambiente.

Gree fornece ar condicionado para termoelétrica brasileira

A Gree do Brasil participa do projeto da termoelétrica Pampa Sul, da Tractebel Energia. A usina, que terá capacidade instalada de 340 MW, está em construção em Candiota (RS).

A usina contará com um sistema de refrigeração central composto por condicionadores de ar da Gree da série GMV5, que utilizam o sistema VRF (fluxo de refrigerante variável), que permite o ajuste da operação de acordo com a exata demanda de calor. Uma unidade central com essa tecnologia pode atender até 80 unidades internas. O sistema também opera com controle de capacidade por variação de frequência (DC inverter), que permite o ajuste da operação de acordo com a demanda das unidades internas instantaneamente. Os equipamentos entrarão em funcionamento oficialmente no segundo semestre de 2018.

Para se adequar aos padrões e requisitos rigorosos da construção da usina, que resultam em detalhes técnicos complexos e difíceis condições de construção, além do curto prazo de construção, a Gree estruturou um plano de implantação personalizado. Nele, as unidades do sistema se comunicam por meio da tecnologia CAN, desenvolvida pela própria Gree e utilizada apenas em condicionadores de ar produzidos pela empresa. Trata-se de um protocolo com taxa de transferência de dados de 20 Kbps e raio de 1500 m. Além disso, o sistema conta com dois modos de operação de conservação de energia, voltados para situações de racionamento de energia ou de picos de consumo urbanos.

“O mercado brasileiro de equipamentos de ar-condicionado é bastante competitivo e a Gree do Brasil sempre investiu na integridade, na alta qualidade e na tecnologia de seus produtos. Por este motivo, conquistamos uma sólida reputação, reconhecida por grandes empresas que são hoje nossos clientes. A escolha da Gree para equipar o sistema de ar-condicionado central da termoelétrica Pampa Sul é um reconhecimento de nosso status no mercado”, comenta André Jia, Gerente Comercial da Gree do Brasil.

Robô da LG revoluciona uso do ar-condicionado

A LG Electronics do Brasil apresentou na Consumer Electronics Show (CES) de 2018 novas adições à sua linha de robôs, que começou a ser desenvolvida já em 2017. Com o nome de CLOi (pronunciada Clôi), os produtos servem os mais diversos propósitos, sempre com o objetivo de tornar a vida das pessoas mais simples, por meio da tecnologia e inovação.

Desenvolvido para atender especificamente às necessidades de casa, o LG Hub Robot foi pensado para conectar os eletrodomésticos, utilizando a inteligência artificial para ajudar no dia a dia dos consumidores com os mais diversos produtos – inclusive, o ar condicionado.

Trata-se de um assistente digital, que irá conectar-se aos aparelhos com a tecnologia smart ThinQ – desenvolvida exclusivamente pela empresa sul-coreana – e poderá aprender os hábitos das pessoas, personalizando o funcionamento dos condicionadores de ar.

Uma funcionalidade, por exemplo, seria memorizar as temperaturas preferidas dos usuários, sem que eles precisem altera-la constantemente pelo controle remoto. Adaptar-se automaticamente às temperaturas sazonais – no verão ou inverno – e ao período do dia – de manhã, hora do almoço ou de noite – também são opções que o robô com inteligência artificial poderá oferecer.

Tudo isso com o objetivo de facilitar a rotina dos consumidores, criando um ecossistema inteligente, para tornar o ambiente da casa ainda mais confortável, tudo com um sistema muito user-friendly.

Vale lembrar que os condicionadores de ar da LG já contam com a inovadora tecnologia Inverter, que garante produtos mais silenciosos e eficientes, oferecendo mais conforto aos consumidores.

Além disso, os itens proporcionam fluxo de ar e baixas temperaturas e umidade, o que inibe a ação de mosquitos – preocupação constante dos brasileiros no verão.

O CLOi vem, dessa forma, para reforçar a preocupação da empresa em compor um ambiente acolhedor e agradável, utilizando ao máximo as funcionalidades dos aparelhos de ar condicionado para garantir mais conveniência às residências.

A marca deixou claro que aposta na tendência da inteligência artificial e aparelhos conectados, utilizando o CLOi como interface para montar uma casa inteligente.

Apresentados em uma das maiores feiras do setor, os robôs da LG ainda não têm data de lançamento no Brasil, mas a empresa estuda trazê-los ao País.

Fujitsu lança condensadora multiflexível de 45 mil BTU/h

A Fujitsu acaba de lançar no Brasil uma unidade condensadora de 45 mil BTU/h com compressor DC inverter 40% mais econômico que o dos aparelhos de ar condicionado convencionais da marca.

Segundo a companhia japonesa, o equipamento pode climatizar de dois a seis ambientes sem usar caixa de distribuição e tubo separador.

Este sistema multiflexível ainda possibilita 148 combinações com evaporadoras distintas para atender aos requisitos dos mais diversos tipos projetos de climatização residencial ou comercial, revela o fabricante, ressaltando que todas as unidades internas do sistema podem ser controladas por meio de um único controle remoto central, opcional que traz bastante comodidade para seus usuários.

Além disso, a nova condensadora é adequada para espaços menores, devido às suas dimensões reduzidas – 99,8 cm de altura x 97 cm de largura x 37 cm de profundidade.

Para os técnicos, ela oferece mais uma vantagem: a evacuação do sistema pode ser feita a partir de uma válvula centralizada, o que poupa bastante tempo na hora da instalação.

A unidade condensadora possibilita climatizar de dois a seis ambientes sem usar caixa de distribuição.

Sistema multiflexível da Fujitsu possibilita 148 combinações com evaporadoras distintas

Internet das coisas deve movimentar US$ 8 bi no Brasil

O mercado de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) deve movimentar US$ 8 bilhões no Brasil neste ano, segundo a IDC.

A consultoria espera que os principais setores a investir na tecnologia sejam aqueles elencados no Plano Nacional de IoT, divulgado pelo governo: saúde, indústria, agricultura e infraestrutura urbana.

“Já temos no Brasil projetos de integração de IoT com blockchain e inteligência artificial”, aponta Pietro Delai, gerente de Pesquisa e Consultoria em Infraestrutura da IDC Brasil.

A projeção é de que o mercado doméstico de IoT atinja US$ 612 milhões no país. Cerca de 4% das residências possuem algum dispositivo conectado, como controles de câmeras, temperatura e ar condicionado.

Esse número não inclui televisores conectados.

 

Fonte: Inova.Jor – Renato Cruz

Elbrus inicia implantação de unidade no Maranhão

A marca Elbrus anunciou recentemente que está em fase de implantação de uma fábrica no Maranhão. O secretário de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo, visitou a área onde as obras de terraplanagem já estão em fase acelerada.Profissionais e diretores da Elbrus supervisionam novo terreno

A fábrica será instalada na área industrial de São Luís, com um investimento na ordem de R$ 17 milhões e com a previsão de mais de 300 empregos.

“A localização estratégica de lotes na área industrial de São Luís, a proximidade com o Porto e com rodovias e ferrovias, favorecem os empreendimentos instalados aqui, contribuindo para a geração de emprego e renda”, afirmou Simplício Araújo.

Além de equipamentos de ar condicionado, no local devem ser produzidos freezers e máquinas de lavar, sendo 51% da parte eletrônica dos produtos vindo de fora e o restante da linha produzidos no Maranhão.

O diretor da empresa, Domingos Genival, explica que a fábrica será inaugurada ainda este ano, e que inicialmente serão fabricados ares-condicionados e freezers. “Vamos inaugurar a fábrica em outubro desse ano, com a produção de freezers e ares-condicionados. Já em 2019, iniciaremos a produção de máquinas de lavar”, disse.

Com uma área de mais de 300 metros, a fábrica vai contar com um amplo estacionamento para carretas e terá capacidade de produção 3.700 ares-condicionados/mês.

Como lidar com um compressor ineficiente

Alta pressão de sucção e baixa pressão na linha de líquido podem colocar a qualidade e a segurança do produto em risco.

Ao atender um chamado de manutenção, é comum o refrigerista encontrar um compressor com pressão de sucção acima do normal junto com uma pressão na linha de líquido abaixo da desejável.

Muitas vezes, o equipamento de refrigeração ainda está funcionando, mas a temperatura do produto é muito quente, o que causa deterioração na qualidade e na segurança do produto.

Esse tipo de chamado é difícil de resolver porque o compressor ainda está resfriando, mas não o bastante para atingir sua capacidade máxima. Em casos assim, os produtos de média temperatura irão se desgastar mais rapidamente, ao passo que os de baixa não irão  congelar de maneira tão sólida quanto deveriam.

Há três razões principais para um compressor apresentar pressão de sucção acima do normal e pressão na linha de líquido abaixo da ideal. São elas:

  • Válvulas do compressor ruins (com vazamento)
  • Anéis do compressor desgastados
  • Separador de óleo com vazamento

Válvulas com vazamento

As válvulas do compressor podem se tornar ineficientes ao serem superaquecidas e distorcidas, ou por causa de depósitos de carbono e/ou borra, o que as impede de serem vedadas corretamente. Isso pode ser causado por:refrigerista arrumando compressor de uma geladeira

  • Problemas de migração do refrigerante
  • Problemas de transbordamento do refrigerante
  • Ácidos e/ou borra no sistema
  • Uma válvula de expansão termostática mal instalada, o que resulta em ausência de superaquecimento ou superaquecimento muito elevado
  • Uma carga de refrigerante abaixo do recomendado (alto superaquecimento)
  • Superaquecimento do compressor
  • Escoamentos do tipo slug (golfada) do refrigerante e/ou do óleo
  • Umidade e calor causando acúmulo de borra

Imagine uma situação de manutenção em que as válvulas de um compressor do sistema de refrigeração não estão fechando de modo apropriado. O técnico mede as temperaturas e pressões do sistema e então calcula o split (diferença entre a temperatura ambiente e a do condensador) e o sub-resfriamento do condensador, além dos valores de superaquecimento do compressor e do evaporador. Ambos os valores medidos e calculados seguem abaixo:

Valores medidos

  • Temperatura de descarga do compressor: 280 ºF (138 ºC)
  • Temperatura de saída do condensador: 75 °F (24 ºC)
  • Temperatura de saída do evaporador: 25 °F (-4 ºC)
  • Temperatura de entrada do compressor: 55 °F (13 ºC)
  • Temperatura do espaço refrigerado: 25 ºF (-4 ºC)
  • Amperagem do compressor: baixa
  • Pressão de baixa: 11.6 psig/10 °F
  • Pressão de alta: 95.0 psig/85 °F
  • Temperatura ambiente: 80 ºF (26,5 ºC)

Valores calculados

  • Temperatura split do condensador: 5 ºF (-15 ºC)
  • Sub-resfriamento do condensador: 10 ºF (-12 ºC)
  • Superaquecimento do evaporador: 15 ºF (-9,5 ºC)
  • Superaquecimento no compressor (total): 45 ºF (7 ºC)

Sintomas

  • Temperaturas de descarga acima do normal
  • Baixas temperaturas e pressões de condensação (cabeçote)
  • Sub-resfriamento normal ou elevado
  • Superaquecimentos normais ou elevados
  • Pressões do evaporador elevadas (sucção)
  • Baixa amperagem

Ao analisarmos o sistema no exemplo dado, é importante entender como as temperaturas de descarga superiores ao normal afetam os lubrificantes. A temperatura de descarga é medida a 2 polegadas (5 cm) de distância do compressor. Isso significaria que a temperatura real da válvula de descarga seria de aproximadamente 162 °C (138 °C + 24 °C), visto que a adição de 24 ºC à leitura da temperatura da linha de descarga proporcionará ao técnico uma temperatura aproximada da válvula de descarga.

Os lubrificantes de óleo mineral começam a se decompor a 350 ºF (176 °C) e lubrificantes de poliol éster (POE), a 400 °F (204 ºC). Qualquer aumento de temperatura acima destes pontos provoca uma polimerização de óleo. É na polimerização que as moléculas do lubrificante começam a se combinar em moléculas maiores. O produto final é o óleo grosso e escuro; depois, a borra; e, finalmente, um pó sólido.

Esse processo é conhecido como degradação do lubrificante. A borra de óleo e outros subprodutos de sua decomposição também podem se prender a superfícies internas, inclusive válvulas de sucção e descarga, além de placas de válvulas.

Uma válvula de descarga que não esteja posicionada adequadamente porque foi danificada ou acumulou borra fará com que a pressão na linha de líquido seja baixa. A razão é que o vapor de refrigerante será forçado a sair do cilindro para dentro da linha de descarga durante o movimento ascendente do compressor. No movimento descendente, este mesmo refrigerante que está comprimido na linha de descarga será sugado de volta para o cilindro porque a válvula de descarga não está encaixada corretamente.

Este ciclo curto de refrigerante causará o aquecimento dos gases de descarga repetidamente e causará temperaturas de descarga superiores às normais. Porém, se o problema da válvula progrediu para o ponto onde quase não há fluxo de refrigerante através do sistema, haverá uma temperatura de descarga mais baixa a partir da taxa de fluxo extremamente reduzida.

Pressões de condensação baixas (cabeçote)

Uma vez que as válvulas do compressor começam a vazar e alguns gases de descarga estão sendo encaminhados para dentro e para fora do cilindro do compressor, haverá um baixo fluxo de refrigerante através do condensador. Isso vai resultar em uma redução na carga de rejeição de calor no condensador e nas pressões e temperaturas de condensação (cabeçote).

Sub-resfriamento de condensador normal ou alto

Haverá um fluxo de refrigerante reduzido através do condensador e, portanto, através de todo o sistema, devido ao fato de componentes do sistema estarem em série. A maior parte do refrigerante estará no condensador e no receptor. Isso pode dar ao condensador um sub-resfriamento um pouco maior.

Superaquecimento entre o nível normal ou elevado

Devido ao fluxo reduzido de refrigerante através do sistema, a válvula de expansão termostática (TXV) pode não receber a taxa de fluxo de refrigerante que necessita. O resultado pode ser superaquecimentos elevados; no entanto, os superaquecimentos podem ser normais se o problema da válvula não for severo.

Pressão de evaporação elevada (sucção)

O vapor de refrigerante será retirado da linha de sucção para dentro do cilindro do compressor durante o movimento descendente do compressor. No entanto, durante o movimento ascendente, este mesmo refrigerante pode voltar a entrar na linha de sucção porque a válvula de sucção não está corretamente instalada devido à borra de óleo ou outros subprodutos da degradação de óleo que aderem à sua superfície. Os resultados são altas pressões de sucção. As válvulas de sucção ou de descarga também podem ficar entortadas por causa de um problema de superaquecimento do compressor.

Baixa carga de amperagem

É causada pelo fluxo reduzido de refrigerante através do compressor. Durante o ciclo de compressão, parte do refrigerante irá escorrer através da válvula de sucção e voltar para a linha de sucção, o que reduz o fluxo de fluído refrigerante. Durante o ciclo de sucção, parte do refrigerante irá escorrer através da válvula de descarga por não estar encaixado adequadamente e voltará ao cilindro do compressor. Em ambas as situações, há uma taxa de fluxo de refrigerante reduzida, o que diminui a carga de amperagem.

Anéis do compressor desgastados

Quando os anéis do compressor estão gastos, os gases de descarga do lado superior irão passar por eles durante o ciclo de compressão e darão ao sistema uma pressão mais baixa na linha de líquido. Como os gases de descarga vazaram através dos anéis e entraram no cárter, a pressão de sucção também será maior do que o normal. O sintoma resultante será uma pressão na linha de líquido mais baixa com uma maior pressão de sucção. Os sintomas apresentados em anéis gastos são muito semelhantes às válvulas com vazamento.

Separador de óleo com vazamento

Quando o nível de óleo no separador é alto o suficiente para levantar a boia, uma agulha de retorno de óleo é aberta, e o óleo retorna ao cárter do compressor através de uma pequena linha de retorno.

A diferença de pressão entre as partes alta e baixa do sistema de refrigeração é a força motriz para fazer o óleo viajar do separador de óleo para o cárter do compressor. O separador de óleo está no lado alto do sistema e o cárter do compressor no lado baixo. A válvula de agulha de retorno de óleo operada por boia está localizada em uma altura elevada o suficiente no reservatório de óleo para permitir que o óleo limpo retorne automaticamente ao cárter do compressor. É necessária apenas uma pequena quantidade de óleo para acionar o mecanismo flutuante, o que garante que apenas uma pequena quantidade de óleo esteja sempre ausente do cárter do compressor em qualquer momento.

Quando o nível de óleo no cárter do separador de óleo cai para um certo nível, a boia força a válvula da agulha a fechar. Quando o mecanismo flutuador de um separador de óleo fica ruim, pode acabar desviando o gás de descarga quente diretamente no cárter do compressor. A válvula de agulha também pode ficar presa parcialmente por causa de sujeira no óleo. Isso causará entrada direta de alta pressão no cárter do compressor.

Fabricantes buscam a máxima eficiência

O compressor é a parte mais básica e crucial de um sistema de refrigeração. Sua principal função é succionar o fluido refrigerante a baixa pressão e comprimi-lo em direção ao condensador a alta pressão e temperatura na fase gasosa. É por isso que a performance de um sistema de refrigeração depende do desempenho do compressor.

Estes equipamentos são utilizados numa grande quantidade de aplicações, como refrigeração doméstica, refrigeração comercial e em sistemas frigoríficos utilizados na indústria de transporte.

O principal uso dos compressores está no processo de preservação de alimentos, mas eles também são largamente utilizados em sistemas de conforto térmico, na indústria química, entre outros setores.

Com a evolução da tecnologia, os refrigeradores domésticos estão ficando mais baratos. Este é um dos motivos que levarão o mercado global de compressores a registrar uma taxa de crescimento anual composta de 5% entre 2017 e 2021.

Com o aumento do consumo de alimentos processados e congelados em todo o mundo, espera-se que a indústria de compressores cresça a um ritmo acelerado.

Nos últimos anos, o varejo global vem crescendo rapidamente. Muitos grandes players do setor varejista estão se expandindo em vários países, especialmente nas economias emergentes.

Enfim, o que se vê é um aumento do número de supermercados e hipermercados que requerem grandes sistemas de refrigeração. Esta tendência também é responsável pelo crescimento do mercado global de compressores.

Com a demanda por alimentos congelados, embalados etc. aumentando rapidamente, o mercado de compressores aplicados em sistemas de transporte está experimentando um rápido crescimento.

A indústria farmacêutica também precisa de sistemas de refrigeração altamente avançados para o processo de resfriamento de certas matérias-primas, produtos acabados e semiacabados. Isso, obviamente, alavanca o setor.

Atualmente, um grande número de fabricantes de compressores se concentra em pesquisar e desenvolver novas tecnologias com níveis cada vez mais aprimorados de eficiência.

“Todas as redes de supermercados, das grandes às pequenas, têm dado uma atenção especial ao consumo de energia elétrica”, lembra Rodolfo Cereghino, diretor de pesquisa e inovação da Embraco.

Sediada em Joinville, a indústria de compressores investe de 3% a 4% de sua receita líquida em pesquisa e desenvolvimento, independentemente do cenário econômico.

Além de ser pioneira na utilização de fluidos refrigerantes naturais, a empresa detém 1,7 mil patentes. Por isso, ela está entre as empresas privadas com maior número de patentes depositadas vigentes no Brasil e nos Estados Unidos.

Segundo o gerente de desenvolvimento de negócios da Danfoss, Gustavo Asquino, a busca e a necessidade por equipamentos mais eficientes tornam os compressores com tecnologia inverter e válvula intermediária de descarga (IDV) uma tendência.

“Quando falamos de equipamentos inverter, o mercado de ar condicionado está um passo à frente. Agora é o mercado de refrigeração que vem avançando fortemente neste caminho à procura de soluções de eficiência energética para as lojas”, analisa.

“Ainda que timidamente, as legislações internacionais com relação à eficiência energética e ao aquecimento global vêm influenciando o Brasil. Por isso, cada vez mais teremos equipamentos aprovados para novos fluidos refrigerantes”, acrescenta.

Quem também investe fortemente em novas tecnologias é a Elgin. “O objetivo é atender as necessidades do mercado, visando o melhor desempenho com a qualidade e melhor eficiência enérgica”, enfatiza o supervisor de engenharia de aplicação da empresa, Alexandre Rosa da Costa.