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Talentos da SPSkills 2025 avançam para a seleção nacional da WorldSkills

A estudante Keyla Carvalho Dias, do SENAI Oscar Rodrigues Alves, conquistou o primeiro lugar na modalidade Refrigeração e Ar Condicionado da SPSkills 2025, realizada entre os dias 10 e 14 de fevereiro. Com a vitória, Keyla garantiu vaga na Seletiva Nacional da WorldSkills Brasil, prevista para agosto deste ano. Murillo Henrique de Moraes Bueno Rosa e Juan Pablo Silva da Cruz ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

A WorldSkills, reconhecida como a maior competição de educação profissional do mundo, ocorre bienalmente desde 1950 e reúne jovens qualificados de diversos países. A próxima edição internacional está marcada para setembro de 2026, em Xangai, na China. O país asiático, que sediará o evento pela segunda vez, foi destaque na edição de 2024, realizada em Lyon, ao liderar o quadro de medalhas com 36 ouros em 59 categorias.

No Brasil, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) são responsáveis pela seleção dos competidores. O país tem um histórico expressivo na competição, acumulando 123 medalhas desde sua primeira conquista, uma prata na ocupação de Tornearia, em 1989. A melhor participação brasileira ocorreu em 2015, quando a delegação nacional ficou em primeiro lugar geral na disputa realizada em São Paulo.

Além de Refrigeração e Ar Condicionado, a competição abrange diversas ocupações técnicas, como Mecânica Industrial, Manufatura Integrada, Mecatrônica, Tecnologia da Moda, Indústria 4.0 e Segurança Cibernética.

A próxima fase para os competidores será a Seletiva Nacional, que definirá os representantes do Brasil na WorldSkills 2026.

Projeto de lei propõe climatização obrigatória em salas de aula de escolas públicas

Texto também prevê incentivos fiscais para a compra dos equipamentos; proposta tramita na Câmara dos Deputados.

Desde novembro de 2024, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4249/2024, que obriga a instalação de sistemas de ar condicionado em todas as salas de aula das escolas públicas do país. A medida visa garantir condições térmicas adequadas para os alunos e professores, considerando as particularidades climáticas de cada região.

A proposta, de autoria do deputado Allan Garcês, também estabelece a redução a zero, por cinco anos, das alíquotas da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de equipamentos de climatização para as escolas. “Pesquisas apontam que o desconforto térmico e a baixa qualidade do ar em um ambiente podem resultar em uma perda de 7% na capacidade de aprendizado dos alunos”, justificou o parlamentar.

Dados do CIEPP (Centro de Inovação para a Excelência das Políticas Públicas) indicam que apenas 33% das salas de aula das escolas públicas brasileiras possuem algum tipo de climatização, enquanto na rede particular o índice é de 47%.

O projeto ainda determina que todas as novas salas de aula construídas a partir da aprovação da lei já incluam sistemas de ar condicionado em seus projetos arquitetônicos e de engenharia. Além disso, os Planos Plurianuais de Investimentos (PPA) dos entes federativos deverão prever dotações orçamentárias específicas para a implementação da medida.

A tramitação do PL 4249/2024 ocorre em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Educação; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o projeto precisa ser aprovado tanto na Câmara quanto no Senado.

2º dia do Circuito dos Instaladores – São José dos Campos (SP)

1º dia do Circuito dos Instaladores – São José dos Campos (SP)

Segurança, eficiência e melhores práticas no uso do R-32

Especialistas esclarecem dúvidas sobre o uso seguro do R-32, desde o cumprimento de normas até o treinamento adequado, incentivando uma transição consciente para alternativas mais sustentáveis.

Com a transição para alternativas de baixo impacto ambiental, o fluido refrigerante R-32 vem ganhando espaço no setor de HVAC-R. No entanto, o aumento de sua utilização também levantou dúvidas em diversos fóruns de refrigeração quanto à segurança, eficiência e manuseio adequado.

Questões frequentes coletadas no grupo “Refrigeração” do Facebook indicam uma necessidade clara de orientação. Exemplos incluem: “O R-32 pode ser usado em sistemas que antes utilizavam R-410A?”; “Como prevenir riscos de inflamabilidade?”, “Quais EPIs são necessários durante o manuseio?”.

Para esclarecer tais dúvidas, desenvolvemos este material técnico com a participação de profissionais, esclarecendo os principais pontos sobre segurança, substituição e melhores práticas.

Dados de mercado: R-32 veio para ficar?

O R-32 representa cerca de 40% do mercado de novos equipamentos de climatização no Brasil, com crescimento projetado de 15% até 2030. Esse avanço é impulsionado por sua menor potência de aquecimento global em comparação com o R-410A, tornando-o uma escolha para fabricantes e técnicos preocupados com a sustentabilidade, segundo dados da ABRAVA.

R-32 em comparativo

R-32 vs. R-410A: O R-32 é mais eficiente em transferência de calor e apresenta menor impacto ambiental. Contudo, é classificado como A2L (ligeiramente inflamável), demandando medidas de segurança específicas.

Embora o R-32 seja uma alternativa eficiente ao R-410A, sua aplicação requer considerações específicas. Componentes como trocadores de calor e válvulas de expansão devem ser adequados às pressões operacionais do R-32.

Natanael Oliveira Lima, diretor técnico da RLX Fluidos Refrigerantes

“A substituição é tecnicamente viável, mas recomenda-se o uso de equipamentos projetados para o novo fluido, maximizando desempenho e segurança. O R-32 é um HFC puro, possui elevada eficiência em transferência de calor e baixo impacto ambiental e foi desenvolvido para fazer parte das misturas de hidrocarbonetos refrigerantes azeotrópicos, recomendado para substituição em equipamentos de média e alta temperatura de evaporação, projetados exclusivamente para se trabalhar com ele”, informa Natanael Oliveira Lima, diretor técnico da RLX Fluidos Refrigerantes.

Dependendo do projeto, o R-32 pode ser usado em condicionador de ar doméstico e comercial, bomba de calor, refrigeração comercial e chillers. Os procedimentos básicos para instalação e manejo do produto são os mesmos utilizados para quaisquer outros fluidos refrigerantes comumente utilizados em sistemas de refrigeração.

Especificamente, para a instalação de sistemas splits, os procedimentos são as mesmas boas práticas aplicadas para o R-410 A, porém alguns cuidados adicionais devem ser tomados na manipulação do cilindro de transporte, e no carregamento suplementar do gás R-32 na unidade condensadora.

“Recomendamos a utilização de uma bomba de vácuo para uma perfeita evacuação do produto, pois antes da liberação do gás refrigerante para o sistema, não deve haver de forma alguma a presença de ar em parte alguma do sistema de refrigeração”, esclarece Lima.

Ele alerta que para sistemas que utilizam R-134a, o R-32 não é intercambiável devido às diferenças nas propriedades químicas e aplicações.

Normas de segurança

Para garantir a segurança no uso do R-32, as normas internacionais como a Standart ASHRAE 34/ A2L, ISO 817:2014, ISO 5149 e IEC 60335-2-40 são referenciais e no Brasil, a ABNT NBR 16069.

A norma ISO 817:2014 classifica substâncias refrigerantes com base em critérios de inflamabilidade e toxicidade, estabelecendo diretrizes para o uso seguro do R-32 em diferentes aplicações. Já a ISO 5149, composta por quatro partes, define os requisitos gerais de segurança para sistemas de refrigeração e bombas de calor, abordando desde o projeto até a operação e manutenção.

A segurança elétrica dos equipamentos que operam com o R-32 é regulamentada pela IEC 60335-2-40, que especifica requisitos para a fabricação de aparelhos de ar condicionado e bombas de calor, incluindo aspectos como ventilação, controle de vazamentos e proteção contra ignição acidental.

No Brasil, a ABNT NBR 16069 estabelece diretrizes para a manipulação, transporte, armazenamento e descarte de fluidos refrigerantes, padronizando boas práticas para técnicos e empresas do setor.

O manuseio seguro do R-32 requer equipamentos específicos, como bombas de vácuo à prova de faíscas e recolhedoras compatíveis com fluidos A2L, além do uso de cilindros dotados de válvula de segurança para evitar aumento excessivo de pressão. A adoção desses procedimentos reduz o risco de acidentes e garante conformidade com as normas técnicas vigentes. Profissionais do setor devem buscar capacitação contínua e seguir rigorosamente as recomendações normativas para assegurar a segurança operacional e a eficiência dos sistemas de climatização

Melhores práticas de uso

– Manuseio: Use ferramentas certificadas para medição e transferência do fluido. Utilize ferramentas certificadas para manipulação do fluido refrigerante. Evite armazenar o R-32 próximo a fontes de calor ou superfícies inflamáveis. Assegure que as cargas de refrigerante estejam em conformidade com as especificações do equipamento. Os técnicos devem utilizar EPIs (Equipamento de Proteção Individual) adequados para prevenir riscos no manuseio do R-32, incluindo luvas resistentes a agentes químicos, óculos de proteção e vestimenta antichamas quando necessário.

– Instalação: Na instalação de sistemas que utilizam R-32, é essencial garantir a ventilação adequada nos ambientes, sistemas de detecção de vazamentos para prevenção de acumulação do fluido, componentes compatíveis com o R-32.

– Substituição: Nunca misture o R-32 com outros fluidos ou óleos inadequados ao sistema.

– Treinamento técnico: Assegure que os profissionais estejam capacitados para lidar com fluidos A2L. Os profissionais que manipulam o R-32 devem receber treinamentos adequados para compreender as propriedades físico-químicas do fluido, as normas de segurança como a ABNT NBR 16069 e o uso correto de equipamentos de medição e transferência. Além disso, capacitações regulares garantem a atualização em técnicas e legislação aplicáveis.

Manutenção preventiva: Verificação regular de vazamentos e inspeção de componentes elétricos para evitar ignição. Realizar inspeções periódicas e manutenção preventiva minimiza riscos. Elementos importantes incluem monitoramento de pressão, testes de estanqueidade para evitar vazamentos, substituição de componentes desgastados.

Lucas Fujita, engenheiro da Chemours

“Para obter total conhecimento sobre as boas práticas de manuseio e instalação do R-32, um profissional deve seguir várias etapas essenciais que garantem a segurança e a eficácia no trabalho com este fluido refrigerante” reforça Lucas Fujita, engenheiro da Chemours.

Ele acrescenta ainda que é de extrema importância estudar as instruções e diretrizes fornecidas pelos fabricantes de fluidos refrigerantes e equipamentos de refrigeração e climatização.  “Estas diretrizes incluem especificações técnicas, recomendações de segurança e procedimentos de emergência para o uso correto do R-32, além de participar de cursos de formação e certificação específicos para o manuseio de fluidos refrigerantes inflamáveis, como o R-32. Esses cursos geralmente cobrem aspectos técnicos, de segurança, legislação ambiental e práticas recomendadas no manuseio”.

Para Fujita, manter-se atualizado com as últimas normas e regulamentações da indústria, bem como com as novas tecnologias e práticas de segurança garante sucesso ao profissional de HVAC-R.

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*As tabelas desta matéria foram elaboradas com a contribuição de Rafael Ferreira, instrutor da Escola Oficina da Refrigeração, e têm caráter informativo, não contribuindo com as recomendações dos fabricantes. A manipulação do fluido refrigerante R-32 deve ser feita por profissionais, com treinamento específico e uso de EPIs. Antes de qualquer procedimento, é essencial seguir as instruções dos fabricantes para garantir segurança e conformidade com as normas técnicas.

Calor intenso impulsiona consumo de energia

Demanda cresce 5,8% em fevereiro e pressiona setor de climatização

O avanço das temperaturas no Brasil tem elevado o consumo de energia e impulsionado a busca por aparelhos de ar-condicionado. Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a carga elétrica no país deve atingir 88.113 MW médios em fevereiro, alta de 5,8% em relação ao mesmo mês de 2024. Inicialmente, a previsão era de crescimento de 3,7%, mas a onda de calor intensificou o uso de climatizadores e ventiladores, elevando a demanda.

O Sul lidera o aumento, com crescimento de 8,6% na carga de energia, seguido pelo Sudeste/Centro-Oeste (6,4%), Norte (4%) e Nordeste (1,5%). Desde janeiro, o SIN (Sistema Interligado Nacional) já registrou três recordes de demanda instantânea, atingindo 103.785 MW em 12 de fevereiro.

A terceira onda de calor, iniciada nesta segunda-feira (17), deve agravar o cenário. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais enfrentam temperaturas acima de 40°C, com alertas da Defesa Civil sobre riscos à saúde.

O calor extremo também impulsionou as vendas de equipamentos de climatização. Dados do Magazine Luiza indicam aumento de 106,8% na comercialização de climatizadores e ventiladores. Na Amazon, as buscas por esses aparelhos cresceram 520% em janeiro. A Casas Bahia triplicou a venda de ar-condicionado em relação a dezembro.

Com o consumo em alta, a eficiência energética ganha relevância. A recomendação é a escolha de aparelhos com o Selo Procel, que indicam maior eficiência e menor gasto energético. A adoção desses equipamentos contribui para reduzir o impacto sobre o sistema elétrico e diminuir os custos para os consumidores.

A forte demanda, no entanto, enfrenta obstáculos no agendamento para a instalação dos aparelhos. Técnicos em refrigeração e climatização (instaladores) operam com agenda lotada, e muitos consumidores relatam prazos longos para conseguir agendamento nas lojas.

Com a persistência das altas temperaturas, a tendência é que o mercado de climatização siga aquecido nos próximos meses.

Venda de ar-condicionado cresce em Porto Alegre

O aumento das temperaturas em Porto Alegre impulsionou a venda de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado. Segundo o presidente do Sindilojas, Arcione Piva, 27% dos lojistas relataram crescimento na comercialização de ventiladores em comparação com o mesmo período do ano passado. No caso dos aparelhos de ar-condicionado, o percentual chega a 53%.

A projeção para o setor é de expansão. Levantamento do Núcleo de Pesquisas do Sindilojas aponta que, até o final do verão, as vendas de ventiladores devem crescer para 47,5% dos lojistas, enquanto 73,3% estimam aumento na demanda por ar-condicionado.

Apesar do cenário positivo, a falta de mão de obra para instalação dos equipamentos tem sido um entrave, de acordo com Piva. A pesquisa também indicou que o parcelamento no cartão de crédito é a principal forma de pagamento nas lojas físicas, enquanto 74,1% dos consumidores que compram online optam por links de pagamento via site, WhatsApp ou Instagram.

Women in HVACR anuncia conselho diretor para 2025

EUA – A organização sem fins lucrativos Women in HVACR (WHVACR), dedicada ao apoio e promoção da participação feminina nos setores de aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração, anunciou a composição de seu conselho diretor para 2025. O grupo será responsável por definir estratégias, supervisionar a gestão financeira e assegurar a condução ética das operações.

Amy O’Grady, diretora executiva da WHVACR, destacou a relevância do novo conselho na ampliação de oportunidades para mulheres no setor. “Este conselho reúne algumas das profissionais mais experientes da área, e estou entusiasmada para trabalhar com elas em prol do avanço das mulheres nos negócios”, afirmou.

Kristin Gallup assumirá a presidência do conselho executivo, após atuar como vice-presidente em 2024. Com mais de 17 anos de experiência no setor, Gallup é diretora de peças e suprimentos de gerenciamento de produtos da Carrier Enterprise. A vice-presidência será ocupada por Jane Sidebottom, fundadora da AMK, LLC, empresa especializada em consultoria de crescimento estratégico para fabricantes e distribuidores.

O conselho executivo também contará com:

  • Lori Tschohl, ex-presidente imediata e presidente da Eagle Pipe & Mechanical;
  • Angela Miller, tesoureira e embaixadora da marca Goettl Air Conditioning & Plumbing;
  • Crystal Williams, secretária e estrategista de marketing da Lemon Seed Marketing.

O conselho de administração para 2025 inclui profissionais de diversas áreas do setor, como Laurelyn Arriaga (McDaniel Metals), Kelcey Brueggeman (Service Business Evolution), Melanie Cochran (Hawkins HVAC Distributors), Sarah Hammond (Atlas Services), Becky Hoelscher (Arkema), Lisa Knapp (Sea of Possibility Leaders Consulting), Christyn Mueller (Aprendizagem e Desenvolvimento Global) e Linda Rodriguez (Quietflex).

A WHVACR mantém seu compromisso com a capacitação profissional feminina por meio de programas de educação, mentoria e networking.

LG promove executivos no Brasil

A LG do Brasil anunciou a promoção de dois executivos em sua operação no país. A partir de 1º de fevereiro, Rodrigo Fiani, atual vice-presidente de Vendas das áreas de Eco Solution (que inclui RAC, SAC e Serviços), passará a liderar também as equipes de Vendas da Divisão de Media Entertainment Solution (MS), que abrangem os segmentos de TV, Áudio, ID Regional e TI.

Já Roberto Barboza, vice-presidente de Vendas da área de Home Appliance Solution (HS), seguirá à frente das equipes de eletrodomésticos, como refrigeradores, micro-ondas e máquinas de lavar. Entre seus desafios está a ampliação da presença da marca no setor e a preparação para a futura fábrica de refrigeradores da empresa, prevista para 2026 no Paraná.