Arquivo para Tag: Aquecimento Global

PBH capacita professores do Senai-SP

Senai-SP é a primeira escola parceira do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) a realizar a fase de “Treinamento dos Treinadores”, para a capacitação dos professores que darão aulas nos cursos de boas práticas em sistemas de ar condicionado do tipo janela e mini-split.

Professores recebendo treinamento em sala de aula

Professores da Escola Senai “Oscar Rodrigues Alves” participaram de treinamento para qualificar refrigeristas durante a segunda fase do PBH

Os cursos, que fazem parte da segunda etapa do PBH, foram ministrados na semana de 13 a 17 de novembro, na Escola Senai Oscar Rodrigues Alves, no bairro do Ipiranga, na capital paulista.

O PBH é coordenado diretamente pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e, no caso do setor de serviços, os projetos são implementados pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da agência GIZ.

Durante o treinamento, os especialistas da GIZ apresentaram a nova apostila e demais materiais e equipamentos do curso, explicando cada passo da metodologia que deve ser aplicada em aula, para melhor aprendizagem dos futuros alunos, que são, em sua maioria, técnicos atuantes no mercado, que se inscrevem com o objetivo de se aperfeiçoarem profissionalmente.

Os cursos para os técnicos do setor começaram no fim de novembro. Segundo o diretor do Senai Ipiranga, Eduardo Macedo, estão previstas quatro turmas, com 16 alunos cada, até o final deste ano; e para 2018 mais de 50 turmas.

Na segunda etapa do PBH serão capacitados 9.238 técnicos em cursos de boas práticas em sistemas de ar condicionado e refrigeração comercial e em cursos para uso seguro e eficiente de fluidos alternativos de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês).

Além dos cursos no estado de São Paulo, serão iniciadas turmas, em 2018, em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Mato Grosso, Goiás, Amazonas, Rondônia, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

 

Vazamentos de fluidos refrigerantes

Um dos grandes objetivos dos treinamentos oferecidos pelo PBH é conscientizar os profissionais do setor sobre a importância da prevenção de vazamentos de fluidos refrigerantes.

Recentemente, o MMA e a GIZ lançaram o vídeo “Manutenção correta dos aparelhos de ar condicionado: benefícios sociais, ambientais e financeiros”, produção que revela que o Brasil despeja na atmosfera 11 mil toneladas do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 todos os anos.

Além de afetar a camada de ozônio e contribuir para o aquecimento global, os vazamentos de R-22 geram um prejuízo de R$ 500 milhões para o País.

Professores do SENAI aprimorando sobre o PBH

Escola técnica da zona sul de São Paulo está oferecendo cursos gratuitos de boas práticas em sistemas de ar condicionado para
profissionais do setor

Durante a cerimônia de lançamento da produção, o secretário de Mudança do Clima e Florestas do MMA, Everton Frask Lucero, lembrou que o Brasil é um dos maiores importadores de substâncias destruidoras da camada de ozônio. “Somos o quinto maior consumidor mundial de HCFCs”, disse.

“Graças ao trabalho que está sendo feito [por ministérios, agências internacionais, entidades e parceiros privados], nós já nos antecipamos às metas do Protocolo Montreal, pois já reduzimos 34% do consumo de HCFCs, em relação à linha de base [média de consumo em 2009 e 2010]”, informou.

“A nossa meta, e de todos os países em desenvolvimento, é chegar a 2020 com a redução do consumo em 35%. Então, com esse resultado alcançado, podemos dizer que estamos bem adiantados”, comemorou.

Preços dos HFCs disparam na Europa

Os fornecedores de compostos refrigerantes insistem que não estão exagerando nos alertas urgentes quanto à disponibilidade futura de substâncias com alto potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês), como o hidrofluorcarbono (HFC) R-404A.

Embora seu preço tenha dobrado no ano passado, as empresas avisam que, em breve, a questão será menos sobre a capacidade dos usuários finais de arcarem com fluidos de alto GWP e mais sobre se poderão realmente obter alguns deles.

Esta foi a mensagem predominante durante uma apresentação especial realizada pelo distribuidor IDS Climalife, com sede em Bristol, no Reino Unido, segundo reportagem publicada pelo Cooling Post.

O diretor executivo da empresa, Alan Harper, salientou que a “lua de mel” dos gases fluorados (f-gases) acabou. “Os preços vão continuar a subir neste ano e pode haver limitações na oferta”, explicou. “No ano que vem, a preocupação não será o preço, e sim a disponibilidade”.

Redução acelerada

No momento, a Europa está a apenas alguns meses da redução obrigatória dos f-gases em 2018, quando deverá fazer um corte de 37% no teto base de emissão. Em termos práticos, isso significa que a indústria europeia terá de se contentar com um máximo de 115 milhões de toneladas equivalentes de dióxido de carbono (MtCO2eq) – pouco mais de dois terços dos 168 MCo2eq consumidos em 2015.

Atingir ou não a meta inicial de 2018 depende de uma série de medidas. Reduzir a quantidade de vazamento é uma delas, mas ainda mais urgente é a necessidade de substituir os refrigerantes com alto GWP, como o R-404A.

Honeywell anunciou que não venderá R-404A e R507 no mercado europeu no ano que vem

Como os equipamentos que utilizam R-404A ainda sendo produzidos, há temores de que esses alertas similares aos feitos durante a eliminação do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 – e, antes disso, durante a substituição dos clorofluorcarbonos (CFCs) – sejam ignorados por parte dos usuários finais.

A Parceria Europeia para a Energia e o Meio Ambiente (EPEE) estimou que os supermercados europeus terão de converter ou substituir 50% de seus sistemas com R-404A, a fim de alcançarem a redução de 2018.

“Isso claramente não está acontecendo”, reiterou o diretor técnico da Climalife, Peter Dinnage. “Parte do problema são as pessoas colocando o R-404A em novos equipamentos”, acrescentou.

O R-404A, que possui um GWP de 3.922, ao lado de todos os outros refrigerantes com GWP acima de 2.500, será banido nos novos equipamentos estacionários de refrigeração a partir de 2020.

Crucialmente, para aqueles que ainda comprarem equipamentos com R-404A, em 2020 também haverá a imposição de uma proibição a todos sistemas que emitirem nível superior a 40 tCO2eq (cerca de 10kg). Os fluidos R-507 e R-422D também serão afetados por essa proibição.

Em recente comunicado distribuído à imprensa, a Honeywell anunciou que encerrará as vendas de R-404A e R-507 na União Europeia em 2018.

Os produtores argumentam que há diversas opções disponíveis. O CO2 está sendo adotado em muitos sistemas novos de refrigeração em supermercados. Também há uma série de novas alternativas de baixo GWP sendo disponibilizada para equipamentos novos e retrofits.

Entre esses gases mais ecológicos, estão o R-448A e o R-449A, compostos à base de hidrofluorolefina (HFO) que possuem índices de GWP de aproximadamente 1.300, uma redução de cerca de 65% em relação ao R-404A.

Em âmbito global, a indústria de compressores segue atualizando seus equipamentos, a fim de permitir o uso mais amplo de fluidos refrigerantes de baixo impacto climático, conforme noticiou a reportagem de capa da edição deste mês da Revista do Frio.

Danfoss qualifica 19 famílias de produtos para gases de baixo GWP

A Danfoss acaba de concluir um extenso programa de qualificação de 19 famílias de equipamentos para refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês), incluindo compressores, unidades condensadoras, válvulas, trocadores de calor e outros componentes.

A estratégia da empresa é atender aos novos regulamentos do setor, com destaque para a norma europeia F-gas, o Programas de Novas Políticas Alternativas (SNAP) dos EUA e o Protocolo de Montreal.

Por causa desse cenário regulatório, diferentes refrigerantes estão surgindo como substitutos viáveis para o R-404A, sujeito a proibições ou reduções em 2017, nos EUA, e a partir de 2020, na Europa.

Quando se trata de aplicações em refrigeração comercial e unidades condensadoras, uma mudança para o R-407A e R-407F já ocorreu em muitas áreas, reduzindo o impacto climático em cerca de 50%.

Agora, o catálogo de equipamentos da empresa para a área refrigeração comercial inclui opções que operam com R-448A, R-449A, R-452A, além do propano (R-290) e do dióxido de carbono (CO2), enquanto a área de ar-condicionado está mudando para R-1234ze(E), R-32, R-452B e R-454B.

“Fazendo um programa de qualificação deste calibre, esperamos garantir um caminho viável para nossos clientes em refrigeração comercial e ar condicionado”, diz Torben Funder-Kristensen, chefe de relações públicas da divisão de refrigeração e ar condicionado da multinacional dinamarquesa.

Honeywell encerrará vendas de R-404A

Em comunicado distribuído à imprensa nesta segunda-feira (10/4), a Honeywell diz que planeja encerrar as vendas dos refrigerantes Genetron 404A (R-404A) e Genetron AZ-50 (R-507) na União Europeia em 2018.

Um dos principais produtores mundiais desses compostos, a companhia explicou que está tomando essa medida “em antecipação à escassez esperada de produtos com alto potencial de aquecimento global [GWP, em inglês], devido ao cronograma de redução previsto na F-gas [diretiva da UE que trata da eliminação dos gases fluorados com efeito estufa]”.

Os preços do R-404A e do R-507 de todos os fabricantes e distribuidores aumentaram substancialmente este ano, em antecipação ao corte de 37% em dióxido de carbono equivalente (CO2e) obrigatório no próximo ano.

Diversas companhias já reajustaram os preços dos gases de alto GWP, como forma de alertar o mercado europeu sobre a baixa oferta prevista para o ano que vem, mas a Honeywell é o primeiro fabricante a anunciar que deixará de fornecer esses fluidos à base de hidrofluorcarbonos (HFCs).

Este último anúncio, certamente, irá inflacionar o preço do R-404A, o que pode levar os outros fabricantes a tomar medidas semelhantes.

“Em função da grande redução obrigatória de cotas a ser implementada em 1º de janeiro de 2018, espera-se que uma eliminação acelerada de produtos de alto GWP será necessária”, informa a multinacional.

“Isso significa que os clientes precisam adotar soluções ambientalmente mais adequadas, a fim de se preparar para a escassez de fluidos de alto GWP em 2018, e para atender plenamente às exigências da F-gas até o final de 2019”, esclarece.

Com cotas baseadas em CO2e, nenhum fabricante quer continuar vendendo gases de alto GWP, como o R-404A. Toda a cadeia produtiva, enfim, gastou milhões de dólares desenvolvendo novos fluidos de menor impacto climático.

A Honeywell destaca suas próprias alternativas com GWP mais baixo, tais como o R-407F e o R-407A, junto com alternativas mais novas, como o R-448A, um refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO).

A empresa diz que trabalhará com sua rede de distribuidores autorizados para ajudar os clientes e parceiros a adotar a próxima geração de refrigerantes que melhor atendam às suas necessidades, mas adverte que quantidades significativamente reduzidas de R-404A e R-507 serão disponibilizadas para amenizar problemas pontuais no período de transição.

Especialistas já advertiram que a transição estabelecida pela F-gas exigiria a adaptação de pelo menos 50% dos atuais sistemas com R-404A. Mas os relatórios técnicos sugerem que a Europa está muito aquém deste objetivo e, pior, os novos equipamentos que utilizam o R-404A continuam a ser fabricados, importados e instalados em grande número.

O R-404A, com seu GWP de 3.922, é o gás mais utilizado no continente em equipamentos de refrigeração estacionários, comumente usados em sistemas comerciais de baixa temperatura, como os instalados em supermercados. O R-507 tem um GWP de 3.985 e, embora menos comum, também é utilizado em sistemas de baixa e média temperatura.

Tanto o R-404A como o R-507 foram introduzidos na década de 1990 para substituir os clorofluorcarbonos (CFCs) R-502 e R-12, e mais tarde, o hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22, devido aos efeitos nocivos desses gases à camada de ozônio.

Naquela época, o aquecimento global e o impacto dos refrigerantes de alto GWP não foram levados em conta durante a transição tecnológica exigida.