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O novo olhar feminino que movimenta o HVAC-R pernambucano

Da venda de ar-condicionado ao comando da própria empresa, Julliane Gomes construiu uma trajetória marcada por propósito, coragem e sensibilidade, representando a nova geração feminina no setor

Tudo começou com uma jovem de 21 anos que vendia ar-condicionado em Recife (PE) e sonhava em ir além. Hoje, Julliane Gomes é referência no setor de HVAC-R e exemplo de como propósito e coragem podem mudar destinos. Natural de Escada (PE), ela saia todos os dias antes do sol nascer, enfrentando 75 quilômetros de estrada para chegar ao trabalho e à faculdade em Recife. Sem saber, cada quilômetro percorrido ajudava a construir a trajetória que a transformaria em empresária e empreendedora, inspirando muitas mulheres do setor de climatização em Pernambuco.

Aos 37 anos, ela é a CEO e fundadora da JG Engenharia & Climatização, formada em Administração de Empresas e pós-graduada em Planejamento e Gestão Organizacional pela FCAP-UPE. “Iniciei minha trajetória na área de refrigeração e climatização em 2009 como vendedora em loja de ar-condicionado em Recife. Mesmo com a rotina intensa, me destaquei nas vendas, bati metas e realizei meus sonhos: Conquistar minha independência financeira, morar sozinha em Recife e comprar meu primeiro carro. Logo após, comecei a prestar consultoria para empresas do setor, conciliando o trabalho na Dufrio durante o dia e a consultoria à noite. Adquiri muito conhecimento com planejamento, oração e determinação, e em 12 de julho de 2013, meu maior sonho se realizou, fundei a JG Engenharia & Climatização. Comecei do zero, mas com o coração cheio de propósito. Desde o início, sempre digo que Deus é o meu sócio majoritário e que sem Ele e o total apoio da minha família nada teria acontecido”, comemora.

A vivência nas vendas deu a ela algo que nenhum curso ensina: empatia, humildade e respeito. “Os profissionais que conheci nessa fase foram essenciais. Quando abri minha empresa, muitos me estenderam a mão. Tenho uma relação de amizade e admiração que dura mais de uma década”.

Equilíbrio e propósito

No comando da empresa, Julliane faz questão de unir técnica, gestão e sensibilidade ao mesmo tempo, cultivando sua essência feminina. “Já amanheci o dia em obra, já dirigi 600 km com a equipe para executar serviços e comi marmita junto com todos. Isso me deu total conhecimento operacional. Sempre mantive o bom gosto, o salto, o perfume e o cuidado estético que me representam. E nunca deixei de sentar-se à mesa para discutir gestão e negócios em alto nível. Desde cedo, precisei ser PHD em equilíbrio entre a firmeza e a sensibilidade, entre o comando e o cuidado”.

Atuante no Comitê de Mulheres da ABRAVA e no movimento Elas no AVAC-R, para ela, a presença feminina trouxe novas perspectivas ao setor onde a união é fundamental. “As mulheres têm mostrado competência técnica, visão estratégica e um jeito único de liderar com empatia e inteligência emocional. Diversidade gera resultados reais e sustentáveis e esses espaços fortalecem o papel da mulher no setor. Quando uma mulher cresce, ela abre caminhos para outras também crescerem”.

No momento, ela prepara o livro “Elas no mercado predominantemente masculino”, que reunirá relatos e aprendizados para inspirar outras profissionais.

Fora do trabalho, valoriza o convívio com a família e os momentos de paz, desacelerando da rotina intensa. “Minha família é meu alicerce. O amor do meu sobrinho José Netto é meu combustível para seguir com alegria. Também decidi cuidar da mente, do corpo e da paz. A JG pessoa jurídica já teve o meu máximo, agora é tempo de viver plenamente a Ju pessoa física”, revela.

E para os profissionais do setor, ela deixa uma mensagem de propósito: “Não se compare, se prepare. O sucesso vem com propósito, humildade e fé. Quando Deus é o centro, o impossível se torna rotina”.

Um dos prazeres de Juliane é viajar e conhecer lugares e culturas diferentes

 

Futuro do HVAC-R une eficiência, sustentabilidade e ar mais saudável

Com foco em eficiência energética, uso de refrigerantes de baixo GWP e melhoria da qualidade do ar interno, o setor de HVAC-R no Brasil acelera sua transição para uma era mais sustentável

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À medida que o setor de HVAC-R no Brasil avança, as atenções se voltam para três pilares que definirão o futuro da climatização e refrigeração: eficiência energética, transição para refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP) e melhoria da qualidade do ar interno, e vem assumindo papel estratégico na agenda de sustentabilidade no país, além de representar participação significativa na produção industrial.

Representando cerca de 2,3% da produção industrial, nacional a eficiência energética é hoje uma das prioridades da política ambiental e industrial brasileira. O Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a organização internacional CLASP, promoveu em 14 de outubro último, o seminário “Brasil e a COP30: o papel da eficiência energética no setor HVAC-R”, que reuniu representantes do governo, entidades industriais e especialistas nacionais e internacionais.

Durante o encontro, foi lançado o Comitê de Acompanhamento do Projeto de Eficiência Energética como Instrumento de Política Industrial, iniciativa que reunirá representantes públicos e privados para sugerir ações que ampliem a competitividade e a sustentabilidade do setor. O grupo também será responsável pela elaboração de uma carta de compromisso com a eficiência energética, que poderá ser apresentada na COP30, em Belém (PA), este mês de novembro.

Para o MME, a cooperação entre ministérios, indústria e instituições de pesquisa é essencial para fortalecer a política energética brasileira e posicionar o país como referência global em inovação. O diretor do Departamento de Informações, Estudos e Eficiência Energética do MME, Leandro Andrade, destacou que o setor de HVAC-R representa cerca de 10% do consumo de energia elétrica do setor residencial no país, índice que evidencia o enorme potencial de economia e de crescimento.

Leandro Andrade destacou o papel da eficiência energética no setor HVAC-R durante seminário “Brasil e a COP30”

“A eficiência energética é o primeiro e mais imediato mecanismo de impacto para os sistemas HVAC-R. No Brasil, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou diretrizes específicas para aparelhos de ar-condicionado, estabelecendo novos índices mínimos de eficiência com metodologia baseada na norma ISO 16358-1, que permite diferenciar os equipamentos com tecnologia inverter, capazes de consumir até 30 % menos energia que os convencionais de rotação fixa. A eficiência energética usualmente é como se fosse o combustível mais barato, a alternativa energética mais econômica para o consumidor de energia. Ela pode reduzir a necessidade de novos investimentos em geração e transmissão de energia e trazer benefícios diretos ao consumidor, com redução na conta de luz, sem perder qualidade de vida. Num contexto de COP, reforçar a eficiência dentro da política industrial brasileira é essencial para alcançarmos a transição energética inclusiva que desejamos”, afirmou Andrade.

A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) vem alertando sobre os desafios na implementação de alternativas de refrigerantes de baixo GWP, tecnologias com máxima eficiência e QAI, destacando questões como infraestrutura, custo, capacitação técnica e normas de segurança e fabricantes já se movimentam.

“Durante o evento “Brasil e a COP30”, foi assinado o termo com os SENAI Amazonas e Paraná, que farão o mapeamento de toda cadeia produtiva do HVAC-R na intenção de apresentar iniciativas que impulsionam a sustentabilidade e a inovação no país. Além disso, eu e Felipe Raats representaremos a ABRAVA no Comitê de Acompanhamento do Projeto Eficiência Energética no setor”, informa Thiago Pietrobon, Diretor de Meio Ambiente da ABRAVA.

Tanto para os grandes fabricantes quanto para instaladores, esse tripé: pressão regulatória + mercado + tecnologia, significa que os sistemas devem ser projetados com componentes de alta eficiência, controles inteligentes, manutenção rigorosa e integração digital (IoT/monitoramento). O resultado: menor consumo de energia, menores custos operacionais e menor emissões de CO‚  no ciclo de vida.

A Daikin divulgou que pretende duplicar a eficiência energética de seus equipamentos até 2030 e zerar as emissões de carbono em 2050. Em sua participação no seminário “Brasil e a COP30”, a empresa apresentou sua visão de sustentabilidade e o avanço tecnológico em equipamentos inverter e VRV.

“A promoção do inverter e o desenvolvimento do VRV foram fundamentais para o salto tecnológico que resultou em equipamentos mais eficientes. Em cada COP, a Daikin buscar trazer novas ideias e aplicações com o objetivo de reduzir sua pegada de carbono e transformar o setor. Na COP30, o foco será em soluções para descarbonização de edificações e combate ao overcooling (arrefecimento excessivo)”, enfatiza João Aureliano, Gerente Sênior de Engenharia de Produto da Daikin.

Já a Hitachi, teve projeto pelo retrofit do Condomínio Edifício Villa Lobos com a substituição de chillers, infraestrutura elétrica e hidráulica que resultou em redução de consumo de energia elétrica de cerca de 20% e água em 25%. O retrofit substituiu a Central de Água Gelada (CAG), condicionadores de ar, infraestrutura elétrica e hidráulica, além da instalação das seis unidades resfriadoras de água gelada com Chiller Parafuso com Condensação a Ar de capacidade 140 TR cada, totalizando 840 TR.

Transição para refrigerantes de baixo GWP

O segundo grande vetor é a transição para refrigerantes com baixo potencial de aquecimento global (GWP). No Brasil, esse movimento é impulsionado tanto por compromissos internacionais como a Protocolo de Kigali (sobre HFCs), quanto por iniciativas setoriais. A Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ASBRAV), por exemplo, publicou recentemente um alerta sobre “Desafios na implementação de refrigerantes de baixo GWP no Brasil”, mencionando barreiras como infraestrutura, custo e capacitação técnica.

“Globalmente, a indústria de HVAC-R é incentivada a diminuir o uso de refrigerantes tradicionais devido ao seu alto GWP, que contribui significativamente para o aquecimento global. O Protocolo de Kigali, uma emenda ao Protocolo de Montreal, exige uma redução substancial na utilização destes gases até 2030. Para o Brasil, a adesão a este protocolo significa necessidades urgentes de adaptação às novas normativas internacionais que promovem um mercado mais sustentável. A transição para refrigerantes de baixo GWP no Brasil é inevitável e essencial para alinhar o país com objetivos globais de sustentabilidade. Enquanto os desafios são consideráveis, as oportunidades para inovar e liderar em eficiência energética e redução de emissões são vastas. Com o apoio governamental adequado através de incentivos fiscais e programas de financiamento, juntamente com um ambiente regulatório claro e estável, o Brasil pode superar esses obstáculos e estabelecer um novo padrão em sustentabilidade ambiental no setor de HVAC-R”, comenta Mario Henrique Canale, presidente da ASBRAV.

No setor industrial, as fabricantes já lideram esse movimento. A Daikin iniciou em Manaus a produção de equipamentos que utilizam o R-32, fluido com GWP até 68% menor que o R-410A. A Midea também investe em linhas com R-32 e em projetos que testam o uso do R-290 (propano), considerado uma solução natural e de baixíssimo impacto ambiental. Já a Copeland oferece compressores e sistemas compatíveis com refrigerantes A2L, CO2‚  (R-744) e R-290, desenvolvidos para aplicações comerciais e industriais de alta eficiência.

Esses avanços colocam o Brasil em sintonia com os compromissos do Protocolo de Kigali, que prevê a redução gradual dos HFCs. No entanto, para consolidar a transição, é indispensável investir na capacitação de técnicos e instaladores, pois o manuseio de novos gases requer normas de segurança, ferramentas específicas e procedimentos de comissionamento adequados.

Grandes fabricantes já oferecem sistemas compatíveis com refrigerantes A2L, CO2‚ (R-744) e R-290, desenvolvidos para aplicações comerciais e industriais


Qualidade do ar interno e saúde

A pandemia reforçou a importância da qualidade do ar interno (QAI) como fator de saúde pública e produtividade. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a ABRAVA têm enfatizado que a QAI deve integrar políticas ambientais e de edificações sustentáveis. Segundo dados da ABRAVA, em ambientes fechados onde passamos cerca de 90% do tempo, a poluição interna pode ser 2 a 5 vezes maior do que a externa. Isso reforça o papel crítico de projetistas, instaladores e técnicos em garantir sistemas bem dimensionados e limpos, com ventilação adequada, filtragem eficiente, controle de umidade, troca de ar e manutenção periódica.

Até recentemente, a Resolução RE 09/2003 da ANVISA era o principal documento que definia padrões referenciais de QAI no país. Contudo, ela foi substituída pela nova ABNT NBR 17.037:2023, que modernizou e ampliou os critérios de avaliação. A norma estabelece parâmetros para contaminantes biológicos, químicos e físicos, além de condições térmicas ideais e taxas mínimas de renovação de ar.

“A publicação dessa norma representa um avanço importante, pois substitui padrões antigos e alinha o Brasil às práticas internacionais de controle de qualidade do ar. A NBR 17.037 dialoga com outras referências, como a NBR 16.401-3, voltada ao projeto e manutenção de sistemas de ar-condicionado central e unitário, e as normas ASHRAE 62.1 e 55, que orientam o conforto térmico e a ventilação adequada em edifícios. Além disso, em 2024 foi sancionada a Lei nº 14.850, que institui a Política Nacional de Qualidade do Ar. Embora voltada principalmente ao ar externo, a legislação reforça a necessidade de monitoramento, divulgação de dados e integração de políticas públicas, o que influencia diretamente os esforços pela melhoria da QAI”, diz Leonardo Cozac, Presidente da ABRAVA.

Essas mudanças normativas refletem uma nova mentalidade no setor HVAC-R. Hoje, não basta climatizar, é preciso purificar, ventilar e monitorar o ar que se respira. Essa evolução tecnológica e regulatória vem acompanhada de desafios, como o custo das medições e adequações, a necessidade de atualização profissional e a substituição de equipamentos antigos por sistemas mais eficientes.

A LG, por exemplo, em sua plataforma de soluções, afirma adotar uma abordagem “digital e ecologicamente correta” e aponta que suas soluções ajudam a “garantir ambientes mais seguros e saudáveis”, com filtros de alta eficiência, monitoramento de qualidade do ar e ventilação térmica otimizada.


Desafios de instaladores e técnicos

Mesmo com equipamentos de ponta e fluidos de baixo impacto, se a instalação for inadequada, a manutenção negligente ou os controles inexistentes, o ganho se perde. Entre os desafios destacados estão:

– Capacitação técnica para os novos refrigerantes (manuseio, instalação, segurança) e para manutenção de sistemas inverter e de vazamento reduzido.

– Necessidade de projetos bem dimensionados e execução com qualidade (tubulação, isolantes térmicos, carga correta, comissionamento).

– Manutenção periódica que garanta desempenho real, qualidade do ar e vida útil dos equipamentos.

– Conscientização dos usuários finais para optar por soluções de maior eficiência, ainda que com investimento maior.

– Alinhamento regulatório, incentivos fiscais ou programas de apoio para acelerar a substituição de sistemas obsoletos, inclusive em edificações públicas ou industriais.

Projetos-piloto para reciclagem de fluidos

Recigases propõe a instrutores do PBH iniciativas para recolhimento e destinação correta de refrigerantes

Filipe Colaço, diretor da Recigases e presidente do Departamento Nacional de Meio Ambiente da Abrava, apresentou aos instrutores do Programa Brasileiro de Hidrocarbonetos (PBH) a proposta de criação de projetos-piloto de reciclagem e regeneração de fluidos refrigerantes em escolas técnicas parceiras. A iniciativa foi anunciada durante palestra no Encontro Nacional 2025 do PBH – Treinamento Sênior em Fluidos Naturais, realizado entre 20 e 31 de outubro na Firjan-Senai-Benfica, no Rio de Janeiro, que reuniu 39 instrutores e três professores-especialistas.

Segundo Colaço, a Recigases pretende desenvolver, em conjunto com cada escola, um projeto-piloto que inclui a disponibilização gratuita de alguns cilindros para coleta de fluidos. O objetivo é incentivar o recolhimento e o encaminhamento dos refrigerantes para destinação adequada.

O diretor afirma que a proposta busca responder a uma dúvida recorrente no setor — o destino dos fluidos recolhidos. Ao provocar os instrutores a aderirem ao piloto, Colaço ressaltou que cada professor do PBH poderá construir sua própria solução ao encaminhar os materiais para a Recigases, contribuindo para a estruturação de práticas de tratamento e descarte no país.

O avanço da etapa inicial do Programa HFCs

Evento em São Paulo no dia 1º/12 apresentará diretrizes da primeira fase da estratégia nacional para redução do consumo de HFCs

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) farão no dia 1º de dezembro a Apresentação da Proposta de Estratégia para a Etapa I do Programa Brasileiro de Redução do Consumo de Hidrofluorcarbonos (Programa HFCs). O encontro ocorrerá às 14h30, no auditório da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), em São Paulo, com participação presencial e online.

A atividade tem como foco apresentar as diretrizes estratégicas da primeira fase do Programa, alinhadas às metas da Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal para redução do consumo de hidrofluorcarbonos. O evento incluirá a exposição do diagnóstico do consumo brasileiro de HFCs por substâncias e setores e detalhará ações previstas para apoiar a transição para tecnologias de menor potencial de aquecimento global e maior eficiência energética.

Também serão tratadas iniciativas voltadas ao cumprimento das metas assumidas pelo Brasil, à modernização tecnológica e ao fortalecimento da indústria nacional no processo de substituição dos HFCs.

Sindratar-SP celebra 55 anos e reforça atuação no fortalecimento do setor HVAC-R

Evento em São Paulo reuniu lideranças e destacou o papel do sindicato na defesa e integração das indústrias de refrigeração e climatização.

O Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP) realizou, em 5 de novembro, no Espaço Fiesp, na capital paulista, o jantar comemorativo de 55 anos de fundação. O encontro reuniu cerca de 90 convidados, entre diretores do Sindratar-SP, da ABRAVA, da Fiesp, do Ciesp e de entidades parceiras, além de empresários e profissionais do setor HVAC-R.

O presidente do Sindratar-SP, Pedro Evangelinos, ressaltou a importância da entidade na união e representatividade do setor. Durante o evento, foi apresentado o vídeo institucional de 55 anos, que reuniu marcos da trajetória do sindicato. As empresas associadas que patrocinaram a celebração receberam certificados de reconhecimento: Diamante – Arneg Brasil, CACR, Heating Cooling, Hitachi, Indústrias TOSI e RAC Brasil; Ouro – Apema, São Rafael e TBS; Prata – Bitzer, FAM e Projelmec.

Fundado oficialmente em 23 de dezembro de 1970, o Sindratar-SP surgiu da iniciativa de empresários que buscaram representação patronal específica para o setor. Entre os presidentes que conduziram a entidade estão Paulo José Garcia Palma, Armando Taddei, Paulo Francini, Aristides Molina, Pedro Evangelinos, José Rogélio Miguel Medela e Carlos Eduardo Tombini.

A filiação à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o convênio com o SENAI, firmado em 1975, foram marcos institucionais. A parceria resultou no primeiro curso técnico de refrigeração do país e, mais tarde, na transformação da Escola SENAI Rodrigues Alves em Escola Temática para Refrigeração e Ar-Condicionado. O sindicato atualmente preside o Conselho Consultivo da escola.

A atuação recente inclui participação em discussões com o Ministério do Trabalho e Emprego, o Inmetro e o Ministério do Meio Ambiente sobre normas regulamentadoras, eficiência energética, qualidade do ar interno e descarbonização. O Sindratar-SP também teve papel relevante na ratificação da Emenda de Kigali, em articulação com a ABRAVA, a Fiesp, a CNI, a Eletros e a Amcham Brasil.

Durante a pandemia, o sindicato participou de ações que garantiram o reconhecimento do setor como atividade essencial, assegurando a continuidade dos serviços e a preservação de empregos. Também colaborou na regulamentação da Lei do PMOC, voltada à manutenção preventiva de sistemas de climatização.

Samoel Vieira, vice-presidente do Sindratar-SP, destacou a relevância da entidade na integração entre as áreas técnica e trabalhista e na aproximação com instituições como o Instituto Mauá de Tecnologia e a Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves. Segundo ele, o sindicato atua de forma contínua na formação de lideranças e na defesa dos interesses das empresas do setor.

Nova gestão do DN da ABRAVA foca em sustentabilidade e fortalecimento do comércio

Paulo Neulaender e Cida Contrera assumem o Departamento Nacional de Comércio e Distribuição da ABRAVA com mandato até 2027, representando um segmento responsável por 30% do faturamento do setor HVAC-R.

O Departamento Nacional de Comércio e Distribuição da ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) iniciou uma nova gestão com Paulo Neulaender, da Frigga, na presidência, e Cida Contrera, da Frigelar, na vice-presidência. O mandato segue até outubro de 2027 e tem como foco o fortalecimento do comércio e da distribuição no setor HVAC-R (aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração).

A ABRAVA mantém sua atuação como articuladora entre indústria, comércio e serviços, reforçando ações voltadas à capacitação profissional, inovação, regulação técnica e sustentabilidade. Segundo o Departamento de Economia e Estatística da ABRAVA, liderado por Toríbio Rolon, o setor deve superar em 2025 o faturamento de R$ 54 bilhões, com crescimento médio de 18% sobre o ano anterior e geração de cerca de 300 mil empregos formais.

Neulaender destacou que o fortalecimento do DN depende da cooperação entre os representantes do comércio e distribuidores do setor. “Um DN forte é construído com a união do mercado e a participação ativa de seus representantes. Nosso propósito é evoluir de forma coletiva e contínua”, afirmou.

Entre as prioridades da nova diretoria, estão a capacitação da mão de obra nas áreas de vendas, expedição e administração, e a atualização constante sobre variações de preços e condições de abastecimento, fatores que afetam diretamente a operação das empresas. Em médio prazo, a gestão pretende preparar o setor para as mudanças tributárias previstas para 2026 e revisar processos ligados à garantia de produtos, em diálogo com fabricantes de compressores.

No longo prazo, o objetivo é alinhar o comércio e a distribuição às novas exigências ambientais e regulatórias, incentivando práticas sustentáveis e garantindo competitividade e responsabilidade ambiental.

A nova diretoria reforça que a atuação do DN está alinhada aos eixos estratégicos da ABRAVA — qualidade do ar, segurança alimentar e descarbonização — e que as ações buscarão combater práticas inadequadas e fortalecer a profissionalização do setor.

Segundo Cida Contrera, o momento é de consolidar o papel do comércio como elo entre indústria, serviços e clientes finais. “O comércio é a porta de entrada para um setor mais profissional e alinhado”, afirmou.

Reposição de peças se torna desafio central no setor HVAC-R

A falta de peças de reposição para sistemas HVAC-R e a diferença entre produtos originais e paralelos desafiam distribuidores, instaladores e consumidores. Estratégias logísticas, hubs regionais e capacitação técnica tornam-se essenciais para garantir disponibilidade, qualidade e eficiência, enquanto políticas externas e custos logísticos pressionam o setor

 O mercado brasileiro de HVAC-R é um dos mais dinâmicos da indústria nacional, com estimativas de faturamento de R$ 54 bilhões em 2025, segundo a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento – ABRAVA, representando cerca de 2,3% do PIB industrial do país. Embora não existam estimativas públicas precisas sobre o valor do mercado de peças de reposição no Brasil, é possível inferir sua importância com base no crescimento do setor como um todo. O aumento na demanda por sistemas de climatização e refrigeração impulsiona diretamente a necessidade de manutenção e reposição de componentes.

Com a atual política externa brasileira e os gargalos logísticos, lojas e distribuidores do setor de climatização e refrigeração enfrentam desafios no acesso a peças de reposição. As dificuldades de importação, a diferença entre peças originais e paralelas, e a pressão por entregas mais rápidas têm alterado as dinâmicas de mercado.

Eletrofrigor, Frigelar, Disparcon e Leveros, entre outros distribuidores, estão no olho do furacão, buscando estratégias para garantir estoque, confiabilidade e atendimento regional. Como esses distribuidores estão lidando com uma realidade marcada por atrasos, certificações obrigatórias e exigência de qualidade?

No Brasil, os desafios desse setor foram aumentados por fatores externos e internos como variação cambial, custos de importação, políticas tarifárias, regime de comércio internacional, dificuldades logísticas e pelas exigências regulatórias para certificações e garantia das peças.

“Para quem revende ou distribui peças no Brasil, desde evaporadores, compressores e válvulas até componentes elétricos, filtros, mangueiras, manifolds e outros ferramentais, o acesso confiável, rápido e certificado é imperativo. A falta de peças ou atrasos impactam não só os instaladores e consumidores finais, mas também arriscam a reputação e a sustentabilidade dos distribuidores”, informa Graciele Davince, CEO da Eletrofrigor.

Em todo o território nacional, distribuidores enfrentam escassez, atrasos na entrega e altos custos de importação, enquanto consumidores e instaladores precisam decidir entre peças originais com garantia e certificação, e paralelas, com custo baixo e qualidade duvidosa.

Muitos fabricantes exigem o uso exclusivo de peças originais para manter a cobertura de garantia

Escassez e demora na entrega

Diversos fatores explicam por que peças e componentes de HVAC-R nem sempre estão disponíveis com rapidez. O primeiro é a dependência de importações: “Mesmo quando a produção é local, os insumos frequentemente vêm do exterior, tornando o setor vulnerável a oscilações cambiais, barreiras alfandegárias e tarifas elevadas. Qualquer atraso nos processos aduaneiros pode impactar diretamente os prazos de entrega”, esclarece Graciele.

A logística nacional desigual é outro gargalo. O Brasil é extenso e heterogêneo em infraestrutura. Regiões como Norte e Nordeste enfrentam custos de frete mais altos e menor frequência de transporte, o que encarece o produto final e alonga o tempo de reposição. Soma-se a isso o impacto das políticas externas e tarifárias, com exigências de certificações internacionais e restrições ambientais sobre gases refrigerantes e componentes químicos, o que gera incertezas e retarda a entrada de peças no país.

Por fim, a alta demanda sazonal, especialmente durante verões mais intensos, provoca rupturas de estoque, dificultando o atendimento de emergências em supermercados, indústrias e sistemas de refrigeração crítica. “As consequências são evidentes: equipamentos parados, custos de manutenção elevados e o aumento do uso de peças paralelas como solução temporária, com o risco de perda de garantia e menor eficiência operacional, comenta Alexandre Fiss, CEO da Frigelar.

Um dos dilemas comentados pelos especialistas é escolher entre a peça original, certificada pelo fabricante, e a peça paralela, geralmente mais acessível e de disponibilidade imediata. As peças originais asseguram compatibilidade técnica, durabilidade e manutenção da garantia, além de cumprirem normas ambientais e de eficiência energética. Já as peças paralelas, embora mais baratas e com ampla presença no mercado, apresentam qualidade variável, riscos de desgaste prematuro e ausência de certificações, o que pode comprometer o desempenho e a vida útil do equipamento.

“No HVAC-R, a decisão entre custo e confiabilidade é estratégica. Muitos fabricantes exigem o uso exclusivo de peças originais para manter a cobertura de garantia. Ao optar por similares, instaladores e clientes assumem o risco de comprometer o sistema, especialmente em equipamentos de alto valor e complexidade técnica”, enfatiza a CEO da Eletrofrigor.

Distribuidores buscam estratégias para garantir estoque, confiabilidade e atendimento regional

Caminhos possíveis e perspectivas

O acesso a peças de reposição nos setores de refrigeração e climatização no Brasil enfrenta desafios variados, que não se distribuem de forma homogênea. Regiões mais afastadas dos grandes centros industriais, como Norte e parte do Nordeste, convivem com transporte irregular, rotas logísticas longas e fretes elevados. A criação de hubs regionais, como os da Leveros, ajuda a reduzir esses impactos, mas o custo logístico ainda limita a competitividade. No interior de estados extensos, manter estoques locais é oneroso, e muitas vezes os lojistas dependem de redistribuição interestadual. A sazonalidade agrava ainda mais o cenário: verões mais longos e quentes pressionam o abastecimento, enquanto a escassez de mão de obra especializada dificulta a instalação e manutenção adequadas.

A política externa brasileira também exerce influência direta sobre o setor. Tarifas de importação, acordos internacionais e tratados ambientais afetam tanto o custo quanto a disponibilidade de insumos. Mudanças em normas sobre gases refrigerantes, por exemplo, exigem adaptações rápidas e novas certificações. Quando há instabilidade cambial ou entraves alfandegários, distribuidores precisam elevar margens para absorver riscos, repassando parte dos custos ao consumidor final.

O grande desafio do setor é equilibrar preço competitivo, garantia e disponibilidade imediata. Para o presidente da Abrava, Leonardo Cozac, “o setor de HVAC-R precisa de políticas públicas que incentivem a produção nacional de peças e simplifiquem processos de importação. Ao mesmo tempo, é fundamental investir em certificações acessíveis e treinamento técnico para instaladores, garantindo que as peças mantenham a eficiência e a confiabilidade dos equipamentos”.

Entre as soluções apontadas por especialistas e distribuidores, destacam-se o fortalecimento da produção nacional, o uso de estoques inteligentes, a criação de parcerias regionais com transportadoras e o investimento em tecnologia, como previsão de demanda e digitalização logística. A capacitação técnica continua sendo essencial para assegurar que as peças sejam aplicadas corretamente, preservando a performance e a durabilidade dos sistemas, ao mesmo tempo em que se minimizam riscos e custos adicionais.

Setor HVAC-R discute alinhamento climático rumo à COP 30

Evento da ABRAVA reunirá representantes da Clasp, Senai SP, Carrefour e Rede Atacadão para debater metas de sustentabilidade e transição energética no setor de refrigeração e climatização.

No dia 30 de outubro, a ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) realiza o evento “Desafios e Oportunidades para o Setor AVACR rumo à COP 30”, organizado pela Diretoria e pelo Departamento Nacional de Meio Ambiente da entidade. A iniciativa tem como foco o alinhamento do setor de climatização e refrigeração às metas climáticas globais que serão debatidas na COP 30, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.

A programação contará com palestras e um painel técnico que abordarão temas como resfriamento sustentável, economia circular, eficiência energética, inovação tecnológica e o papel do setor na promoção da saúde, segurança alimentar e desenvolvimento econômico inclusivo.

Entre os palestrantes estão Thiago Pietrobon, diretor de Meio Ambiente da ABRAVA e representante da Ecosuporte; Filipe Colaço, presidente do DN Meio Ambiente e representante da Recigases; e André Oliveira, presidente do DN Ar Condicionado Automotivo e representante da Mastercool.

O painel técnico reunirá Edilaine Camillo (CLASP Brasil), Cíntia Tiemi Kita (Grupo Carrefour Brasil), Carlos Augusto Monteiro de Barros (Atacadão) e Eduardo Macedo (Escola Senai Oscar Rodrigues Alves). As inscrições são abertas e gratuitas.

A ABRAVA tem mantido uma agenda de articulação voltada à COP 30. Recentemente, a entidade enviou uma Carta de Intenções ao Comitê Nacional de Organização da Conferência, manifestando apoio institucional e apresentando propostas de mitigação e transição justa, com foco na contribuição do setor produtivo para a agenda climática.

Segundo Filipe Colaço, o encontro pretende ser um espaço de diálogo entre representantes do setor, autoridades e especialistas, buscando soluções conjuntas para o cumprimento das metas climáticas. Thiago Pietrobon destacou que o evento deve contribuir para consolidar compromissos, definir rotas e alinhar políticas públicas em favor de um futuro sustentável para o setor HVAC-R.

SMACNA Brasil anuncia vencedores do Prêmio Destaques 2025

Em sua 31ª edição, a premiação destacou seis obras que refletem as tendências atuais do setor de climatização no Brasil

A SMACNA Brasil realizou em 15 de outubro de 2025 a cerimônia de entrega do Prêmio Destaques do Ano SMACNA Brasil 2025, reunindo profissionais e empresas do setor HVAC-R (Aquecimento, Ventilação, Ar-Condicionado e Refrigeração) em reconhecimento às obras de climatização que marcaram 2024. O evento foi aberto pelo presidente da entidade, Edson Alves, que ressaltou a importância da premiação para a valorização da excelência técnica e da inovação em engenharia de climatização.

O presidente da ABRAVA, Leonardo Cozac, também participou da solenidade e destacou a parceria entre as entidades e o papel do prêmio no fortalecimento do setor.

A Comissão Julgadora foi formada por Antonio Luis de Campos Mariani (POLI USP/SMACNA Brasil), Oswaldo de Siqueira Bueno (SMACNA Brasil/ABRAVA), Rosangela Mitie (Pro Rac Projetos), Liriane Ferreirós (Garneira Engenharia) e Sandra Botrel (Protherm Engenharia). O processo de avaliação contou com o acompanhamento dos fabricantes patrocinadores, garantindo transparência e imparcialidade.

Aos 31 anos de existência, o Prêmio Destaques do Ano SMACNA Brasil acumula 209 instalações reconhecidas em diferentes categorias. A edição de 2025 destacou seis obras, sendo três com sistemas de expansão direta (VRF) e três com sistemas de água gelada, incluindo um retrofit e uma modernização com substituição de selfs por chillers modulares.

Entre os premiados, estão:

  • W Residences, em São Paulo (SP), reconhecida como Obra Destaque do Ano, com Toledo Ferrari (empreendedor), Teknika Projetos e Consultoria (projetista), LG Electronics (fabricante) e Star Center Soluções em Climatização (instaladora);

  • Empresarial Gran Tower Shopping, em Recife (PE), com LMA Empreendimentos, COMERC Eficiência, Midea Carrier e SET – Sociedade de Engenharia Térmica;

  • Unidade Administrativa e de Engenharia da TROX do Brasil, em Curitiba (PR), com TROX do Brasil, ENCOMEL Consultoria e Projetos, OPJ Construções e Empreendimentos e TROX;

  • Arquipéo, em São Paulo (SP), com Brookfield Properties, Rocontec, Teknika Projetos e Consultoria, Outsource, CTE, Efipe, LG Electronics e Best Clima;

  • Aeroporto Internacional de Manaus – Eduardo Gomes, em Manaus (AM), com Vinci Airports, MSA Projetos e Consultoria, Midea Carrier e ARTEMP Engenharia;

  • Roxy Dinner Show, no Rio de Janeiro (RJ), com Roxy Dinner Show, Vetor Consultoria e Projetos de Engenharia, Paulo Bodas, RMS Group e A. Salles Engenharia.

As obras premiadas refletem o panorama atual do mercado de climatização no Brasil. De um lado, a expansão dos sistemas VRF; de outro, a predominância dos edifícios corporativos e empresariais como foco dos investimentos. As seis instalações contempladas mostram a diversidade regional e tecnológica do setor.

De Manaus, o retrofit do Aeroporto Eduardo Gomes, executado pela baiana ARTEMP Engenharia, representa o avanço da climatização no Norte. Do Nordeste, o Empresarial Gran Tower Shopping, conduzido pela pernambucana SET HVAC, optou por uma solução energeticamente eficiente. Em São Paulo, as instaladoras Best Clima e Star Center assinaram duas obras em áreas de transformação urbana — o Arquipéo, na Vila Leopoldina, e o W Residences, na Rua Funchal, antigo polo fabril. No Rio de Janeiro, a A. Salles Engenharia executou o projeto do Roxy Dinner Show, que adaptou o antigo Cine Roxy para um novo espaço de entretenimento. Por fim, em Curitiba, a OPJ Engenharia modernizou os escritórios da TROX do Brasil, instalando tecnologias alinhadas à tradição da empresa alemã.

A SMACNA Brasil também reconheceu as instaladoras associadas Star Center Soluções em Climatização, SET – Sociedade de Engenharia Térmica, OPJ Construções e Empreendimentos, Best Clima, ARTEMP Engenharia e A. Salles Engenharia pela contribuição técnica nas obras premiadas.

Durante a cerimônia, Edson Alves entregou placas de reconhecimento às empresas fornecedoras: Tropical – Indústrias Tosi, WEG, Tork Tecnologia em Sistemas e Aerotérmica, Traydus Climatização Indústria e Comércio, ProjElmec Ventilação Industrial, Sicflux, Multivac, Duct Air Instalações Especiais, Belimo Brasil, Mercato Automação, Berliner Luft do Brasil, Armacell Brasil, Armstrong Fluid Technology, Midea Carrier, TROX do Brasil LTDA e LG Electronics.

ABRAVA lança eBook sobre tratamento de águas em sistemas de climatização e refrigeração

Publicação reúne especialistas e aborda impacto da qualidade da água na eficiência e sustentabilidade do setor

A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), por meio do seu Departamento Nacional de Tratamento de Águas (DNTA), anunciou o lançamento do eBook “Os Impactos do Tratamento de Águas”, voltado a profissionais, empresas e estudantes do setor de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R).

O material reúne 16 artigos técnicos assinados por especialistas, com foco em corrosão, incrustação, proliferação microbiológica e controle da bactéria Legionella em sistemas de resfriamento. O eBook também aborda tecnologias como monitoramento em tempo real, Internet das Coisas (IoT) e radiação ultravioleta, destacando impactos na eficiência energética, sustentabilidade e segurança operacional.

Segundo Anderson Doms, ex-presidente do DNTA e coordenador do projeto, a gestão da água influencia a durabilidade dos equipamentos e a redução de impactos ambientais. Para Catarina Sandor, atual presidente do DNTA/ABRAVA, práticas modernas de tratamento podem otimizar custos e prolongar a vida útil de sistemas que respondem por até 50% do consumo energético em edifícios comerciais.

O trabalho conta com apoio do Sistema CFQ/CRQs (Conselho Federal e Regionais de Química). De acordo com José de Ribamar Oliveira Filho, presidente do CFQ, a atuação dos profissionais da química é fundamental para garantir a qualidade da água e prevenir riscos à saúde, como a Legionelose.

Na avaliação do professor Alberto Hernandez, da USP, idealizador do projeto, a publicação contribui para suprir a escassez de informações técnicas no setor. Já Charles Domingues, presidente do Comitê Nacional de Tratamento de Águas da ABRAVA, afirmou que a iniciativa está ligada à sustentabilidade e competitividade das empresas.