O primeiro ar-condicionado surgiu para proteger papel em gráficas em 1902
Quando pensamos em ar-condicionado, logo vem à mente o alívio de um ambiente fresco em dias de calor intenso. Mas a história desse equipamento começou de um jeito bem diferente.
Em 1902, um jovem engenheiro chamado Willis Carrier desenvolveu o primeiro sistema moderno de ar-condicionado. O curioso é que sua invenção não foi criada para proporcionar conforto térmico a pessoas, mas para resolver um problema que atormentava a indústria gráfica em Nova York.
Na época, as gráficas sofriam com as variações de umidade do ar. O papel, sensível à água presente no ambiente, encolhia ou expandia de acordo com o clima. Isso comprometia a precisão das impressões, já que cada folha reagia de maneira diferente. Carrier, então, projetou um sistema capaz de controlar a temperatura e, principalmente, a umidade do ar. Assim, garantiu que as folhas de papel se mantivessem estáveis e que os resultados gráficos fossem consistentes.
O invento, que nasceu para servir ao papel, acabou mudando a relação da humanidade com o clima interno dos edifícios. Se no passado o objetivo era evitar que uma folha se deformasse, pouco tempo depois a mesma tecnologia passou a ser aplicada para tornar salas, escritórios e, mais tarde, cinemas e teatros muito mais agradáveis.
Da tipografia ao cinema, o ar-condicionado deixou de ser apenas um recurso técnico da indústria para se tornar um símbolo de conforto moderno. Um exemplo de como uma solução prática para um problema específico pode transformar o cotidiano de bilhões de pessoas em todo o mundo.