Meio ambiente em foco

A preocupação com a saúde dos ocupantes de ambientes climatizados e os cuidados adotados para proteger a camada de ozônio são responsáveis pela destinados ao HVAC-R vem registrando nos últimos anos.


Os esforços empenhados para salvar o planeta do caosclimático resultaram em tratados internacionais que obrigam a maioria dos países, inclusive o Brasil, a substituir os gases
clorados por refrigerantes inofensivos à barreira natural que protege a Terra da radiação solar ultravioleta. O fato levou a indústria mundial a investir pesadamente em pesquisas
voltadas ao desenvolvimento e aplicação de hidrofluorcarbonos e outros fluidos ambientalmente corretos.

No contexto interno, as regulamentações da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que tratam da qualidade do ar interior abriram espaço para o segmento
de manutenção e limpeza cuidar dos sistemas declimatização espalhados pelos milhares de shoppings, hospitais, hotéis, clubes, restaurantes, indústrias e residências do País.

RECURSOS DE PONTA
Segundo o gerente de Negócios de Fluidos Refrigerantes da DuPont, Maurício Xavier, a linha ISCEON™ (R-422A) é a melhor alternativa tecnológica desenvolvida pela multinacional para ajudar as empresas a substituir os CFCs e HCFCs, substâncias prejudiciais ao meio ambiente. Seus diferenciais competitivos, afirma o engenheiro,
concentram-se, sobretudo, nas propriedades químicas.

“Os compostos dessa linha contam com a melhor relação custo-benefício para retrofit e ainda apresentam outras vantagens comparativas em relação aos demais fluidos refrigerantes em uso, como a possível redução do consumo de energia, uso de menor quantidade de carga de produto e temperatura de descarga igualmente reduzida, fator
que pode prolongar a vida útil do compressor do equipamento de refrigeração”, afirma o especialista.

Entretanto, alerta Xavier, um obstáculo que se coloca à frente da adoção em massa dos refrigerantes inofensivos à ozonosfera e de baixo potencial de aquecimento global é a invasão dos fluidos de origem duvidosa.

O mesmo problema enfrentam as empresas que prestam serviços de higienização e manutenção periódica de arcondicionado. De acordo com o diretor executivo da Uniqemi do Brasil, Paulo José Marques Hoenen, o segmento também sofre o efeito da concorrência com produtos não-homologados.

No entanto, o engenheiro avisa que um problema mais grave ainda é a desobediência à legislação em vigor por parte da maioria dos estabelecimentos dotados de sistemas centrais de condicionamento do ar, expondo a saúde humana a possíveis contaminantes químicos e biológicos.

Segundo ele, a empresa paulistana só higieniza as casas de máquinas e dutos utilizando substâncias próprias, todas elas permitidas pela Anvisa. “Nossos produtos que mais se
destacam no mercado são o protetor de serpentinas UniCoat, o limpador de bandejas UniGard e o agente de limpeza de serpentinas UniClean”, conta Hoenen.

Na avaliação do diretor comercial da Multclim do Brasil, Delucas Schumaher, as pessoas não têm consciência da necessidade de manter o ar-condicionado corretamente
higienizado. “A classe refrigerista também precisa adotar produtos e métodos corretos de manutenção e limpeza”, afirma.

A recém-nascida empresa paulistana comandada por Schumaher desenvolve o AirClean Ambiente (320 ml em aerossol) e o AirClean Industrial (galão de cinco litros), indicados para aplicações em condicionadores de janela, splits e máquinas centrais. “Nossos produtos seguem a tendência de mercado e são ecologicamente corretos, fáceis de aplicar e sem agredir a serpentina do ar-condicionado”, conclui.

Mais uma vez, portanto, fica claro que tecnologia sem a contrapartida humana em conhecê-la e, principalmente, querer utilizá-la, de pouco adianta quando estão em jogo aspectos vitais como saúde e preservação ambiental.